quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Bento XVI se despede de Cardeais: Prometo total obediência ao futuro Papa


Em suas palavras de agradecimento aos Cardeais reunidos na Sala Clementina do Palácio Apostólico, o Papa Bento XVI assegurou sua "total obediência e benevolência" para com seu sucessor.
O Santo Padre assegurou aos Cardeais que "também foi uma alegria caminhar com vocês à luz da presença do Senhor ressuscitado. Como falei ontem ante os fiéis que enchiam a Praça de São Pedro, sua proximidade e seu conselho foi de grande ajuda para o meu ministério".
O Papa assinalou que durante seus 8 anos de pontificado, "vivemos momentos muito belos de luz radiante com a Igreja, assim como momentos que foram escuros. Nestes momentos buscamos seguir a Cristo e a sua Igreja com amor profundo e total".
"Quero alentá-los a crescer nesta amizade profunda, de tal maneira que o Colégio dos Cardeais seja expressão da diversidade da Igreja universal, marcada por uma concorde harmonia".
O Santo Padre recordou as palavras dedicadas a ele por seu mentor, o sacerdote e teólogo italiano Romano Guardini, quem lhe escreveu que "a Igreja não é uma realidade passada, é uma realidade viva, ela vive com o passar do tempo, no suceder, como todo ser vivente transformando-se e, entretanto, permanece sempre a mesma e seu coração é o mesmo".
"Esta é a experiência que tive ontem na Praça, que a Igreja é um corpo vivo", assegurou Bento XVI, acrescentando que a Igreja "está no mundo, mas não é do mundo".
O Papa remarcou que "a Igreja vive, cresce e se reflete nas almas, que como a Virgem Maria acolhem a palavra de Deus e a concebem por obra do Espírito Santo".
"Permanecemos unidos neste mistério, na oração, especialmente na Eucaristia cotidiana", indicou, "esta é a alegria que ninguém poderá nos tirar".
Bento XVI assegurou aos Cardeais que continuará "servindo à Igreja na oração, especialmente nos próximos dias", para que a eleição do novo Papa seja fruto da docilidade ao Espírito Santo.
Depois de concluir suas palavras, o Papa Bento XVI recebeu a afetuosa saudação dos Cardeais presentes, assim como de diversos funcionários da Cúria Vaticana.
Fonte: Aci Digital

Recebe Senhor

Recebe Senhor os meus medos e
Transforma-os em confiança;
Recebe os meus sofrimentos e
Transforma-os em crescimento;
Recebe Senhor o meu silêncio e
Transforma-o em adoração;
Recebe as minhas crises e
Transforma-as em maturidade;
Recebe as minhas lágrimas e
Transforma-as em oração;
Recebe as minhas raivas e
Transforma-as em intimidade;
Recebe o meu desânimo e
Transforma-o em fé;
Recebe a minha solidão e
Transforma-a em contemplação;
Recebe as minhas amarguras e
Transforma-as em quietude interior;
Recebe as minhas esperas e
Transforma em esperança;
Recebe a minha morte e
Transforma em ressurreição.
Amém

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A erosão das fontes de sentido


Já foi dito, com verdade, que o ser humano é devorado por duas fomes: de pão e de espiritualidade. A fome de pão é saciável. A fome de espiritualidade, no entanto, é insaciável. É feita de valores intangíveis e não materiais como a comunhão, a solidariedade, o amor, a compaixão, a abertura a tudo o que é digno e sagrado, o diálogo e a prece ao Criador.
Esses valores, secretamente ansiados pelos seres humanos, não conhecem limites em seu crescimento. Há um apelo infinito que lateja dentro de nós. Somente um infinito real pode nos fazer repousar. A excessiva centralização na acumulação e no desfrute de bens materiais acaba por produzir grande vazio e decepção. Foi o que concluíram analistas da universidade Lausane. Algo em nós grita por algo maior e mais humanizador.
É nesta dimensão que se coloca a questão do sentido da vida. É uma necessidade humana encontrar um sentido coerente. O vazio e o absurdo produzem angústia e sentimento de estar só e desenraizado. Ora, a sociedade industrialista e consumista, montada sobre a razão funcional, colocou no centro o indivíduo e seus interesses particulares. Com isso, fragmentou a realidade; dissolveu qualquer cânon social; carnavalizou as coisas mais sagradas; e ironizou ancestrais convicções, chamadas de "grandes narrativas”, consideradas metafísicas essencialistas, próprias de sociedades de outro tempo. Agora funciona o "anything goes”, o vale tudo dos vários tipos de racionalidade, de posturas e de leituras da realidade. Criou-se o relativismo que afirma que nada conta definitivamente.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

2º DOMINGO DA QUARESMA - OUVIR JESUS

Cristãos de todos os tempos tem sido atraídos pela cena tradicionalmente chamada "A Transfiguração do Senhor." No entanto, aqueles que pertencem à cultura moderna não é fácil para nós, para penetrar o sentido de uma história escrita com imagens e dispositivos literários, típicas de uma "teofania" ou revelação de Deus.
No entanto, Lucas introduziu detalhes que nos permitem descobrir de forma mais realista a mensagem de um episódio que muitos acham que é estranho e implausível hoje. Desde o início nos diz que Jesus vai com seus discípulos mais próximos do topo de uma montanha simplesmente "rezar", não para contemplar uma transfiguração.
Tudo acontece durante a oração de Jesus, "eu orava, a aparência do seu rosto mudou." Jesus escolheu profundamente, saúda a presença de seu Pai, e seu rosto mudou. Os discípulos percebem um pouco de sua identidade mais profunda e oculta. Algo que você não pode capturar na vida de todos os dias.
Na vida dos seguidores de Jesus não faltam momentos de clareza e segurança, alegria e luz. Ignoramos o que aconteceu no topo da montanha, mas sabemos que na oração e no silêncio é possível ver, a partir da fé, algo da identidade oculta de Jesus. Esta oração é uma fonte de conhecimento que não pode ser obtida a partir de livros.
Lucas diz que os discípulos descobriram qualquer coisa só porque "sono caiu" e apenas "para ficar esperto" algo preso. Pedro só sabe que não está bem e que a experiência não deve durar para sempre. Lucas diz que ele "não sabia o que ele disse."
Assim, a cena termina com uma voz e uma solene. Os discípulos são capturados em uma nuvem. Eles em pânico porque supera tudo. No entanto, dessa nuvem vem uma voz: "Este é o meu Filho, o Eleito à ouvir.". O ouvinte tem que ser a primeira atitude dos discípulos.
Os cristãos de hoje precisam urgentemente de "internalizar" a nossa religião se reavivar a nossa fé. Não é o suficiente para ouvir o Evangelho tão distraído e desgastada rotina, sem qualquer desejo de ouvir. Não é inteligente o bastante preocupado não só ouvindo para entender.
Precisamos ouvir Jesus vivo nas profundezas do nosso ser. Todos, e fiéis pregadores, teólogos e leitores precisam ouvir a Boa Nova de Deus, não de fora, mas de dentro. Deixe suas palavras cair sobre nossas cabeças para o coração. A nossa fé será mais forte, mais alegre, mais contagiante.

ONDE OUVR JESUS?
Entre todos os métodos possíveis para ler a Palavra de Deus está sendo reavaliado cada vez, mais cristãos em alguns setores do método de lectio divina, muito apreciado no passado, especialmente em mosteiros. É constituída por uma leitura meditada da Bíblia, diretamente voltada para a geração de encontro com Deus e ouvir a Sua Palavra em seu coração dos corações. Esta maneira de ler o texto bíblico requer dar vários passos.
A primeira coisa é ler o texto tentando compreender o seu sentido original, para evitar qualquer interpretação arbitrária ou subjetiva. Não é legítimo para fazer a Bíblia dizer qualquer coisa, sentido distorcendo sua real. Temos de compreender o texto utilizando todas as ajudas que temos à mão: uma boa tradução das notas da Bíblia, um simples comentário.
A meditação é uma outra etapa. Agora se trata de acolher a Palavra de Deus meditando no fundo do coração. Este começa por lentamente repetindo palavras-chave do texto, tentando assimilar a sua mensagem e torná-la nossa. Os antigos diziam que é necessário para "mastigar" o texto bíblico de "passo-a da cabeça ao coração." Este momento pede recolhimento e silêncio interior, a fé em Deus, que me fala, sua abertura voz dócil.
O terceiro momento é a oração. O leitor agora se move a partir de uma atitude de escuta para uma postura reativa. Esta oração é necessária para o estabelecimento de um diálogo entre o crente e Deus. Não há necessidade de fazer grandes esforços de imaginação e inventar belos discursos. Basta perguntar sinceramente: "Senhor, o que queres dizer com este texto?, O que especificamente você está me chamando?, O que você semear confiança em meu coração? '.
Você pode passar um quarto de ponto, que é normalmente designado como a contemplação ou o silêncio diante de Deus. O crente em Deus repousa silenciar outras vozes. É hora de estar a ouvir-lhe apenas o seu amor e misericórdia, sem qualquer outra preocupação ou interesse.
Finalmente, lembre-se que a verdadeira leitura da Bíblia termina na vida real, e que o teste para ver se ouvimos Deus é a nossa conversão. Por isso é necessário passar da "palavra escrita" para "Palavra vivida." San Nilo Pai deserto venerável, dizendo, "eu interpretar a Escritura com a minha vida."
De acordo com o relato da cena do Tabor, os discípulos ouviram este convite: "Este é o meu Filho, o meu escolhido, ouvi-o". É uma maneira de aprender a ler os evangelhos de Jesus com este método. Descubra um estilo de vida que pode transformar nossas vidas para sempre.

PERDIDOS
Segundo os especialistas, um dos mais preocupantes da sociedade moderna é a "perda de referência." Tudo o que podemos verificar: a religião está perdendo força na consciência das pessoas é diluído moralidade tradicional, já não sabe quem pode ter as chaves para guiar existência.
Educadores não sei bem o que dizer ou que falar em nome de seus alunos sobre a vida. Os pais não sabem o que é "herança espiritual" deixar seus filhos. A cultura é transformado de forma sucessiva. Os valores do passado, a menos que as informações em causa o imediato.
Muitas pessoas não sabem bem onde basear a sua vida não tem a quem recorrer para dirigi-lo. Ninguém sabe onde encontrar os critérios que podem reger a nossa maneira de viver, pensar, trabalhar, amar ou morrer. Tudo está sujeito a modas em constante mudança e gostos do momento.
É fácil de ver e algumas consequências. Se não há ninguém a quem recorrer, todos devem defender quanto possível. Alguns vivem com uma "personalidade emprestada" alimentando a cultura da informação. Aqueles que procuram um substituto em cultos ou profundamente no mundo sedutor do 'virtual'. Por outro lado, estão cada vez mais vivendo perdido. Eles não têm nenhum objetivo ou projeto. Logo eles se tornam presas fáceis para qualquer um que pode satisfazer seus desejos imediatos.
Precisamos reagir. Viver com um coração mais atentos à verdade última da vida, parando para ouvir as necessidades mais profundas do nosso ser; sintonia com nosso verdadeiro eu. É fácil de despertar em nós a necessidade de ouvir uma mensagem diferente. Talvez então dar espaço mais a Deus.
A cena evangélica de Lucas recupera um sentido profundo de nossos tempos. Segundo a história, os discípulos "estão com medo", a ser coberto por uma nuvem. Eles se sentem sozinhos e perdidos. Em meio a nuvem de ouvir uma voz que diz: "Este é o meu Filho, o Eleito. Ouvi-o. " É difícil viver sem ouvir uma voz que coloca luz e esperança em nossos corações.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Parábola do Mar da Galiléia e Mar Morto


Na Terra Santa encontramos dois mares bem conhecidos. Embora alimentados pelo mesmo rio Jordão, eles são, no entanto, totalmente distintos um do outro.
O Mar da Galiléia é de água doce e contém muitos peixes. Seu litoral é salpicado por cidades e aldeias lindas. As colinas que rodeiam o mar são férteis e verdejantes.
O outro mar é o Mar Morto. É célebre pela sua densidade de sais minerais. Não tem peixe e nem os vegetais têm condições de vida. Seus arredores são desertos. Não existe área verde. O Mar Morto apresenta um aspecto desolador.
Donde vem a diferença? A explicação é simples e simbólica. O mar da Galiléia recebe, pelo norte, as águas do Rio Jordão, com toda a sua carga de vida e fertilidade. Porém, não guarda para si esta fertilidade. As águas seguem seu curso rumo para o sul. É um mar que recebe a água do Hermon e das colinas do Golan. Riquíssimo em água e vegetação. O mar da Galiléia não vive para si, reparte tudo aquilo que recebe de cima.
No entanto, o Mar Morto é, totalmente diferente. Recebe igualmente a água do rio Jordão, mas retém esta água para si. Não possui saída. Enquanto as águas se evaporam, todos os sais minerais em suspensão se acumulam no enorme recipiente fechado. A excessiva saturação é estéril. Não permite vegetação alguma. Não tem vida. É um mar que mata. É o Mar Morto.
Existem igualmente duas classes de pessoas. E, para começar, encontramos pessoas que nada guardam para si mesmas, nem seus sonhos, nem seus talentos. Colocam tudo em comum, à disposição dos outros. Tornam-se assim bem aceitas e são estimadas pelos outros. Tais pessoas são “vivificadoras”. Seu calor humano, sua caridade, sua disponibilidade e seu dom de partilhar com os outros irradiam em redor delas confiança, alegria, vida. É muito bom conviver com essas pessoas; é gratificante ver como estas seguem o Senhor e são testemunhas vivas Dele...E tudo isso porque elas possuem a arte de nada guardarem para si mesmas, porque aprenderam do nosso único Mestre, que não veio para ser servido mas para servir e dar a vida por todos.
Desgraçadamente encontramos pessoas totalmente diferentes. São aquelas que vivem para si mesmas. Acumulam, porém, somente para si; não sabem colocar-se à serviço e não querem escutar a voz de Deus em suas vidas. Sofrem de uma tríplice enfermidade: avidez, ambição e dominação. Ignoram sua enfermidade, porém sofrem e fazem sofrer. E esta doença as leva à morte. Umas não são simpáticas e nem atraentes, isolam-se; outras são simpáticas para dominarem aquelas pessoas que admiram; outras ainda pensam já ter feito tudo o que necessita e que lhes assegura uma tranqüilidade na consciência. Umas e a outras não irradiam luz e nem calor. Deterioram o clima e o ambiente. Tudo o que é vida, criatividade, espontaneidade desaparecem ao seu redor, porque estas fazem tudo menos responder com todo o seu ser ao chamado de Deus. Estas formam realmente um Mar Morto. E você com quem se parece?

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Nomeados dois novos bispos para o Brasil


Os monsenhores Marco Aurélio Gubiotti e Gabriele Marchesi foram nomeados, nesta quinta-feira, 21 de fevereiro, novos bispos para o Brasil. Monsenhor Marco Aurélio  como novo bispo da diocese de Itabira-Coronel Fabriciano (MG) e para a  diocese de Floresta (PE), foi nomeado o monsenhor Gabriele Marchesi.
Monsenhor Marco Aurélio Bubiotti é mineiro de Ouro Fino (MG), e tem 49 anos de idade. Cursou filosofia no Seminário Arquidiocesano de Pouso Alegre, e a teologia no Instituto Teológico Sagrado Coração de Jesus, em Taubaté (SP). Foi ordenado presbítero em 1989, e exerceu a missão paroquial nas cidades de Brasópolis, Jacutinga, Tocos do Mogi, Bela Vista e Santa Rita do Sapucaí. Obteve o título de Mestre em Estudos Bíblicos pela Faculdade Nossa Senhora da Assunção, de São Paulo (SP). Colaborou com a formação no Seminário Arquidiocesano de Pouso Alegre e foi diretor do Instituto Teológico Interdiocesano São José (2000 a 2005) e da Faculdade Católica de Pouso Alegre (2006 a 2009). Atualmente, padre Marco Aurélio era pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Pouso Alegre.
Monsenhor Gabriele Marchesi nasceu em Incisa Valdarno, na Itália, e está com 59 anos de idade. Cursou filosofia no seminário diocesano de Fiesole, e a teologia em Fiorentino. Ordenado sacerdote em 1978, atuou como pároco na diocese de Fiesole até 2003, quando veio para o Brasil. Desde então, está na diocese de Viana (MA) como sacerdote “Fidei Donum”. Atualmente, era o pároco da Paróquia São Pedro Apóstolo e Nossa Senhora do Rosário na cidade de Pedro do Rosário (MA), e também o coordenador de pastoral da diocese.
Fonte: CNBB

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Falece bispo chinês preso por 20 anos por ser fiel à Igreja


O Bispo Emérito da Diocese de Yinchuan da região autônoma da Ningxia (China), Dom Giovanni Battista Liu Jingshan, faleceu em 4 de fevereiro aos 99 anos. Durante quase 20 anos esteve na prisão e foi enviado a um campo de trabalho forçado por ser considerado um criminoso político pelas autoridades.
O Prelado é conhecido por ter feito renascer espiritual e materialmente à Igreja em uma região onde o catolicismo estava quase extinto.
Quando começou seu trabalho pastoral, a Diocese de Yinchuan tinha apenas dois sacerdotes e um pequeno terreno. Agora há 12 sacerdotes que assistem a 15 mil fiéis em 14 Igrejas, e 2 congregações que contam com mais ou menos vinte religiosveas.
O Bispo Emérito nasceu em 24 de outubro de 1913, em uma família católica da Diocese de Bameng, interior da Mongólia. Aos 16 anos sentiu o chamado à vocação sacerdotal e ingressou no Seminário Menor, posteriormente durante a ocupação japonesa, integrou-se ao Seminário Maior para continuar com seus estudos em filosofia e teologia.
Dom Liu foi ordenado sacerdote em 1942 e começou seu trabalho pastoral primeiro como pároco em sua diocese e depois no Seminário Menor.
Em 1951 o capturaram e foi enviado a um campo de trabalho, onde permaneceu cuidando porcos por quase 20 anos, até sua liberação em 1970. Durante nove anos, depois de ser liberado, o Prelado permaneceu em uma casa trabalhando no campo, até que retomou os trabalhos pastorais e de ensino.
Com 70 anos, no ano 1983, foi encarregado da Diocese de Yinchuan, onde estava acostumado a dizer continuamente que "ainda devo fazer algo pelo Senhor, encontrarei o caminho para construir a Igreja", e terminou a construção da Catedral da Diocese em três anos.
Posteriormente em 1993 foi ordenado Bispo e por seu trabalho pastoral, Dom Liu é reconhecido por ser um verdadeiro padre da Igreja da região autônoma da Ningxia.
Recordam-no por sua perseverança na obra de reconstrução da Igreja, em meio de um ambiente rígido e desfavorecido em uma vasta região, marcada durante anos pela revolução cultural Chinesa e que conta com uma ampla presença muçulmana.
O Prelado dizia constantemente a seus interlocutores que "embora tenha passado 19 anos como prisioneiro, amo minha pátria, e não só a pátria, amo também a minha Igreja".
Dom Liu, à medida que lhe era permitido, percorria em bicicleta muitos quilômetros de distância entre povo e povo, para servir aos fiéis e compilar seus poucos recursos.
O funeral foi celebrado na catedral Yinchuan, em 18 de janeiro e o corpo foi enterrado na Igreja de Xuhezhuang, Helan.
Dom Liu, é um dos últimos sacerdotes ordenado antes da aparição do comunismo na China, foi um exemplar testemunho não só em uma época na qual os católicos podiam professar livremente sua lealdade ao Santo Padre, mas também nos momentos de duras provas.
Fonte: Aci Digital

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Que lugar tem Deus na minha vida?


O caminho quaresmal de preparação para a Páscoa cristã começa com o gesto de penitência da imposição das cinzas na quarta-feira de Cinzas, e termina com o início do Triduo Pascal na noite da Quinta-feira Santa, com a celebração da Missa da Ceia do Senhor.
            Desde o Antigo Testamento,  as cinzas são um símbolo da morte, da dor, do arrependimento, da penitência e do desejo de conversão para demonstrar a disposição pessoal de se reconciliar com Deus. As cinzas significam a transitoriedade da vida humana sobre a terra e, ainda, o sentido passageiro de toda  realidade material. Como escreve o livro do Génesis no capítulo 3 versículo 19 “Porque tu és pó e ao pó as de voltar”. A celebração das cinzas abre para nós o período onde somos chamados de forma mais intensa a conversão de nosso coração a Deus.
            O papa Bento XVI na homilia da quarta-feira de cinzas de 2007 afirmava que a “liturgia da Quarta-Feira de Cinzas indica assim na conversão do coração a Deus a dimensão fundamental do tempo quaresmal. Esta é a chamada muito sugestiva que nos vem do tradicional rito da imposição das cinzas. Rito que assume um dúplice significado: o primeiro relativo à mudança interior, à conversão e à penitência, enquanto o segundo recorda a precariedade da condição humana, como é fácil compreender das duas fórmulas diversas que acompanham o gesto".
Nos Evangelhos, Jesus indica quais são os instrumentos úteis para realizar a autêntica renovação interior e comunitária: as obras de caridade (a esmola), a oração e a penitência (o jejum). São as três práticas fundamentais queridas também à tradição hebraica, porque contribuem para purificar o ser humano aos olhos de Deus.
Bento XVI, em 2007, ao falar sobre o jejum como prática quaresmal, afirmava que não podemos ter como base motivações de ordem física ou estética. Mas, motivações que brotam da "exigência que o homem tem de uma purificação interior; que o eduque para aquelas renúncias saudáveis que libertam o crente da escravidão do próprio eu; que o torne mais atento e disponível à escuta de Deus e ao serviço dos irmãos. Por esta razão o jejum e as outras práticas quaresmais são consideradas pela tradição cristã 'armas' espirituais para combater o mal, as paixões negativas e os vícios. A este propósito, apraz-me ouvir de novo convosco um breve comentário de São João Crisóstomo. 'Como no findar do Inverno escreve ele volta a estação do Verão e o navegante arrasta para o mar a nave, o soldado limpa as armas e treina o cavalo para a luta, o agricultor lima a foice, o viandante revigorado prepara-se para a longa viagem e o atleta depõe as vestes e prepara-se para as competições; assim também nós, no início deste jejum, quase no regresso de uma Primavera espiritual forjamos as armas como os soldados, limamos a foice como os agricultores, e como timoneiros reorganizamos a nave do nosso espírito para enfrentar as ondas das paixões. Como viandantes retomamos a viagem rumo ao céu e como atletas preparamo-nos para a luta com o despojamento de tudo' (Homilias ao povo antioqueno, 3)”.
Na catequese apresentada nessa Quarta de Cinzas o papa tomou como ponto de partida as tentações sofridas por Jesus no deserto cf. Lc 4,1-13. 
Das tentações que Jesus sofreu nasce, afirma Bento XVI, "um convite para cada um de nós a responder a uma pergunta fundamental: o que conta verdadeiramente na nossa vida? [...] Qual é o núcleo das três tentações que sofre Jesus? É a proposta de manipular Deus, de usá-Lo para os próprios interesses, para a própria glória e o próprio sucesso. E também, em sua essência, de colocar a si mesmo no lugar de Deus, removendo-O da própria existência e fazendo-O parecer supérfluo. Cada um deveria perguntar-se então: que lugar tem Deus na minha vida? É Ele o Senhor ou sou eu? Superar a tentação de submeter Deus a si e aos próprios interesses ou de colocá-Lo em um canto e converter-se à justa ordem de prioridade, dar a Deus o primeiro lugar, é um caminho que cada cristão deve percorrer sempre de novo. 'Converter-se', um convite que escutamos muitas vezes na Quaresma, significa seguir Jesus de modo que o seu Evangelho seja guia concreta da vida; significa deixar que Deus nos transforme, parar de pensar que somos nós os únicos construtores da nossa existência; significa reconhecer que somos criaturas, que dependemos de Deus, do seu amor, e somente “perdendo” a nossa vida Nele podemos ganhá-la. Isto exige trabalhar as nossas escolhas à luz da Palavra de Deus. Hoje não se pode mais ser cristãos como simples consequência do fato de viver em uma sociedade que tem raízes cristãs: também quem nasce de uma família cristã e é educado religiosamente deve, a cada dia, renovar a escolha de ser cristão, dar a Deus o primeiro lugar, diante das tentações que uma cultura secularizada lhe propõe continuamente, diante ao juízo crítico de muitos contemporâneos". 


sábado, 9 de fevereiro de 2013

Um mundo melhor começa em vc


Muitas vezes, a vida mede nossa fé opondo-nos resistência. Os obstáculos fazem parte da caminhada e render-se a eles demonstra fraqueza.Não há, na história da humanidade, um grande homem sequer que não tenha tido uma fé inquebrantável.
Somente através da persistência e do bom animo é que conseguimos tornar realidade nossos mais ousados sonhos.
Quando se tem a certeza interior de que estamos no caminho certo, nada, nem ninguém, pode ser mais forte que nós mesmos.Possuímos uma força poderosa, capaz de perseverar e conseguir tudo, bastando acreditar firmemente que, mesmo difícil, jamais será impossível.
Vale lembrar o ditado: "O IMPOSSÍVEL É O POSSÍVEL QUE NUNCA FOI TENTADO". Chega quem caminha. Então, caminhe com determinação, jamais duvidando da sua capacidade de vencer. Você pode, se acredita que pode.
Todos nós, quando bem intencionados, somos merecedores de uma vida nova. E, para tanto, necessário se faz uma ação contínua e persistente no sentido de tornar nossa vida mais próspera e feliz. Sem esforço não existe vitória. Persistência hoje e sempre, persistência mais e muito. E lembre-se: "UM MUNDO MELHOR COMEÇA EM VOCE".
Tantas outras constatações invadem o nosso dia-a-dia entrando também no espaço do desenvolvimento espiritual. Diversos são os caminhos, mas uma coisa é certa: o ser humano é resultado de si mesmo, ou seja, ele é consequência natural de seus pensamentos e ações.
Viver positivamente é criar uma visão construtiva, amorosa e otimista para melhor atuar neste mundo mágico de Deus.
Mas o que é, de forma mais detalhada, ter uma vida positiva?
Pois então vou dar algumas dicas preciosas para você conquistar tempos novos e mais prósperos para sua vida querida.
Ter uma vida positiva é ter consciência que o universo precisa de você; é lutar pelos SONHOS de maneira determinada; é crescer sem precisar diminuir ninguém; é ter a verdade como um principio vital; é usar o poder da ousadia construtiva; é saber agradecer e perdoar, fraterna e totalmente; é priorizar a família; é viver cada dia de uma vez, sendo alegre no presente e otimista no futuro; é respeitar o próprio corpo; é se preocupar com os mais carentes; é preservar a natureza; é ter a tenacidade de uma águia, o entusiasmo de uma formiga e a meiguice de um beija-flor; é não se abater nos momentos de dor; é jamais perder a esperança; é ter auto estima; é ser rico em humildade; é sempre fazer a sua parte...
Charles Spencer Chaplin

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Receita para bem viver

Culinária com Reflexão...
- Pegue a sua vida, deposite nela fartas porções de otimismo, coragem, amizade, perseverança, humildade...
Adicione muita reflexão, bom humor, esperança, solidariedade, discernimento, cautela, bom ânimo, espiritualidade, paz...
Tempere tudo com bastante convicção, sinceridade, fé, bons propósitos, criatividade, empreendedorismo...
Coloque pitadas de arte, voluntariado, lazer...
Leve tudo ao forno da consciência, pré-aquecido por sua resolução em modificar-se, mantendo em temperatura máxima, até desaparecerem:
A vaidade, orgulho, violência, arrogância, indiferença, egoísmo, avareza, maledicência, inveja, vício, hipocrisia, intolerância, fanatismo...
Quando o aroma do bom exemplo se espalhar, é hora de saborear e servir essa delícia que alimenta a alma, combatendo os "radicais livres" do medo, o "colesterol" do stress, o "infarto" da competitividade, o "câncer" do consumismo, a "verminose" insaciável do ter e outras moléstias que atormentam nosso ser.
-"Quem pensa que a comida só faz matar a fome está redondamente enganado. Comer é muito perigoso. Porque quem cozinha é parente próximo das bruxas e dos magos. Cozinhar é feitiçaria, alquimia. E comer é ser enfeitiçado".
"Comer é uma felicidade, se se tem fome. Todo mundo sabe disto. Até os ignorantes nenezinhos. Mas poucos são os que se dão conta de que felicidade maior que comer é cozinhar".
Rubem Alves

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Carta de D. Pedro Brito para o Dia da Vida Consagrada


Caros amigas e amigos,
membros da Conferência Nacional dos Institutos Seculares 
Tenho sede!
A Igreja celebra, no dia 02 de fevereiro, a Solenidade da Apresentação do Senhor. Em muitos lugares, ela faz memória litúrgica dos títulos marianos que nos levam a experiência de encontro com o próprio Jesus Cristo. Nesta mesma ocasião, celebra-se também o dia a Vida Consagrada Secular. Como no mês de agosto, enviamos uma mensagem especial aos Religiosos e às Religiosas, queremos agora lembrar e saudar, de maneira particular, todos os membros da Conferência Nacional dos Institutos Seculares. Como orientava o saudoso Beato João Paulo II: “muito além de um projeto pessoal, a Vida Consagrada é, antes, uma iniciativa de Deus, a qual é complementada pelo “sim” de cada homem e mulher escolhidos. Pessoas que deixam suas vidas profissionais e familiares, seu futuro no mundo, em vista da renúncia de si mesmas, na vivência de votos evangélicos, em exclusivo seguimento de Cristo, a serviço da Igreja na evangelização, intercessão e promoção da dignidade humana; a estes a Igreja chama de consagrados”.
Entre estes, destacamos os membros dos Institutos Seculares que escutam o silêncio e a voz de Deus nos sulcos da história. Sendo, portanto, uma vocação que ainda precisa ser descoberta, conhecida e valorizada em nosso país, os membros dos Institutos Seculares são sinais da presença amorosa de Deus onde estão. Trabalhando em diversos seguimentos da sociedade, em funções diversas, situações inúmeras, são como “sal e luz”, com as seguintes missões: ajudar o mundo a viver e experienciar uma proposta de Deus; descobrir “um algo a mais” que motiva entregar a vida e descortinar o limiar da esperança, no seguimento e no oferecimento da vida. No mundo e na Igreja são homens e mulheres que, consagrando-se ao Senhor, consagram também a sociedade, a família, os amigos, o trabalho. Conforme o Papa Pio XII, em seu motu proprio Primo Feliciter, toda a vida dos membros dos Institutos Seculares deve ser convertida em apostolado “que deve ser exercido, constante e santamente, por uma tal pureza de intenção, por uma tal intimidade com Deus, por um tal generoso esquecimento e abnegação de si próprio, por um tal amor das almas, que seja capaz de revelar o espírito interior que o anima e na mesma proporção o alimente e renove sem cessar”. Este apostolado “deve exercer-se fielmente não somente no mundo, mas de alguma sorte, a partir do mundo e, por consequência, por profissões e atividades, formas, lugares e circunstâncias correspondentes a essa condição secular”. Mais recentemente, o papa Bento XVI ressaltou a vocação dos Institutos Seculares: “estarem no mundo, assumindo todos os cargos, com um olhar humano que coincida sempre com o divino, na consciência de que Deus escreve a sua história de salvação na trama dos acontecimentos da história” do homem. Inseridos na humanidade a caminho, inspirados pelo Espírito Santo, os homens e mulheres seculares consagrados têm a capacidade de “avistar, nos caminhos muitas vezes tortuosos dos acontecimentos humanos, a orientação para a plenitude da vida em abundância”. Santa e bela vocação e missão.
Por isto, com profunda sintonia com a Solenidade da Apresentação do Senhor, os Institutos Seculares encontram seu significado e missão: como Maria apresentar o Senhor Jesus Cristo, para que seja conhecido, amado e seguido na vida cotidiana. O mundo tem sede de conhecer verdadeiramente a face de Deus. E só poderá apresentá-Lo quem o conhece. Eis, então, a missão dos Consagrados e das Consagradas: conhecer, encontrar e amar a Jesus para torná-Lo conhecido, encontrado, amado e seguido.
Nossa oração eu nosso agradecimento a todos vocês que vivem esta especial consagração. Que Nossa Senhora, Mãe das vocações, modelo de todos o que observam a vontade de Deus, interceda por todos e todas, homens e mulheres, que se entregam ao chamamento que o Senhor, em seu amor, faz a cada um.
Na caridade de Cristo, Bom Pastor,
Dom Pedro Brito Guimarães 
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada