segunda-feira, 14 de setembro de 2015
sábado, 12 de setembro de 2015
Igualdade na diversidade
Não se pode mais
falar de diferentes graus de perfeição, como se “alguns” fossem chamados a
maior e outros a menor perfeição. O Concílio foi muito claro na afirmação da
“vocação universal à santidade”, que advém de Cristo, fonte de toda a
santidade. Se nem todos são chamados aos mesmos caminhos, ministérios e trabalhos,
“todos, no entanto, são chamados à santidade” (LG, n. 32; cf. 39-40). Entre
todos os membros da Igreja “reina verdadeira igualdade quanto à dignidade e
ação comum a todos os fiéis na edificação do Corpo de Cristo” (LG, n. 32). Apesar
do crescimento da consciência da identidade e da missão dos leigos e leigas na
Igreja, que constituem a imensa maioria do povo de Deus, ainda há caminho a percorrer:
“A tomada de consciência desta responsabilidade laical, que nasce do batismo e
da confirmação, não se manifesta de igual modo em toda a parte; em alguns casos,
porque (os leigos) não se formaram para assumir responsabilidades impor tantes,
em outros por não encontrarem espaço nas suas Igrejas particulares para poderem
exprimir-se e agir, por causa de um excessivo clericalismo que os mantém à
margem das decisões” (EG, n. 102). - Estudos da CNBB
107, n. 71-72sexta-feira, 11 de setembro de 2015
Vocação: estar no meio do povo, às margens do centro
O vocacionado, por caminhar, acaba se machucando.
Inevitável! Não dá pra não ser assim. Porém, vale a pena. Tem que valer. Sonhar
é arte de ferir-se em nome da plenitude.
Vocação é, também, muito mais ouvir do que falar. Quem
fala demais, nunca vai descobrir sua vocação. Não descobre, porque não percebe.
Quem nos grita a vocação, além do sopro interior, é a boca do irmão. Saber
ouvir o clamor do outro nos indica o caminho a seguir. É como Maria chamando a
Jesus em Caná. É também como a outra Maria e a irmã Marta, que chamam Jesus
para salvar Lázaro, em Betânia. Quem ouve sabe que, por vezes, é preciso mudar
os rumos. O chamado sobrepõe-se à vontade própria. Um vocacionado deixa o
"eu" em segundo plano.
Aí vai outra coisa que penso sobre vocação: não é
possível ser vocacionado sem esvaziar-se de si. Não quer dizer que deva faltar
amor próprio. Jamais! Porém, o vocacionado não se vangloria e sabe que é
preciso se diminuir em favor de um algo maior. E isso vale para qualquer
vocação. Ou seja, se uma pessoa não saiu de seu mundinho, nunca terá descoberto
sua vocação. É preciso entender que só se enxerga a si mesmo quando sabemos ler
o espelho no olhar do outro.
Vocação a amar é universal. E a este chamado todo mundo
tem que responder. E não é "amorzinho". É amor pleno. Amor que rompe,
faz tremer e subjuga a ordem. Só pelo amor é que se descobre a vocação
verdadeira. Aquela que nos faz ver que, atendendo aos chamados, seremos
felizes.
Vocação é ter projeto, mas é também saber sentir os rumos
dos ventos. É entender que, às vezes, a missão é uma quarentena de deserto e
não uma vida inteira de leite e mel na Terra Prometida. Vocação é enfrentar
estruturas que matam, mesmo sabendo que o resultado pode ser a cruz. Vocação é
ter paciência, mesmo quando tudo parece ter sido destruído. É também aprender a
se virar numa terra estrangeira, mesmo que a saudade aperte. Sobretudo, é
aceitar chamados sem desculpas de "que não darei conta". Dessa forma,
seremos como Moisés, Jesus, Jó, José do Egito e Maria. Símbolos de vocação, que
nos ensinam, nos inspiram e nos provocam.
Afinal, não há vocação sem profundas provocações.
Provoque-se.
VINÍCIUS BORGES GOMES - Diocese de Oliveira
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
terça-feira, 8 de setembro de 2015
A luz da fé
Carta Enciclica Lumen Fidei, n. 2
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