quinta-feira, 26 de junho de 2014

Carta Compromisso Região Norte - Simpósio Vocacional

“Senhor, chamaste-nos e aqui estamos”
(cfe. 1Sm 3, 5)

         Nós bispos, presbíteros, diáconos, religiosos e religiosas, seminaristas, leigos e leigas dos Regionais Norte 1, Norte 2 e Noroeste da CNBB reunidos em Manaus nos dias 16, 17 e 18 de maio de 2014, felizes em nossa vocação e ávidos de reafirmar o nosso sim assumindo a urgência e necessidade de VOCAÇÕES DIVERSAS PARA UMA GRANDE MISSÃO, afirmamos:
       * Nosso chamado brota do coração amoroso do próprio Deus. Ele nos chama e Ele nos envia. Para Ele devemos, portanto, atrair aqueles e aquelas que também são e serão chamados;
        * Nosso Senhor Jesus é o modelo de quem responde ao chamado e o seu modo de ser e estar, deve ser para nós o paradigma de nossa resposta e vivência;
               *  O Espírito que tem nos guiado na história da Igreja é aquele que chama à comunhão e à participação. Nele queremos construir a unidade, sem perder a diversidade e riqueza de tantos dons postos a serviço da vida (cfe. 1Cor 12);
d      * Nossa Igreja na Amazônia vive e sobrevive em meio a tantas trevas e luzes: sofremos com a dificuldade das distâncias, no número de servidores e servidoras e com os problemas estruturais que afetam a todos; porém destacamos com gratidão e esperança que nossas comunidades são fieis à Escuta da Palavra, ao encontro fraterno e aos ensinamentos da Igreja;
e       *  Nossa PV/SAV quer redescobrir o sentido da caminhada, a alegria do encontro e a beleza da chegada de novos/as irmãos/as.
E para tanto, assumimos como OBJETIVO da ação da PV/SAV em nossos regionais:
NORTE 1:
            Tentar organizar um simpósio vocacional de 2 em 2 anos;
            Fazer uma reunião pós- simpósio;
            Propor um ano vocacional no regional;
            Rearticular a equipe de animação vocacional do regional;
Insistir que as dioceses/ prelazias façam um pós- simpósio em suas Igrejas locais;
NORTE 2:
            Formar uma Equipe Geral de animação vocacional;
            Buscar parcerias com a CRB, Dioceses/ Prelazias e outros;
            Organizar encontros formativos e informativos;
Elaborar um material didático que ajude as dioceses/prelazias a ter um trabalho em conjunto;

NOROESTE:
            Fomentar a vocação com Dom de Deus a serviço de Jesus Cristo;
            Insistir na consciência de que toda vocação nasce da vivência batismal;
            Criar a cultura vocacional;
            Conscientizar os padres para a responsabilidade com essa dimensão;
            Fortalecer o protagonismo juvenil;
            Estruturar as equipes para o trabalho vocacional
            Ajudar a inserir a preocupação vocacional numa pastoral de conjunto;
            Dinamizar o Plano Trienal de Pastoral;
            Articular bispos, padres, CRB em comunhão com a Igreja Local;
            Divulgar o simpósio vocacional nas dioceses/ prelazias;
           Que Nossa Senhora da Amazônia, mãe vocacional da Igreja, nos ajude a navegar por águas tão profundas e distantes sem perder a alegria, o ânimo e a confiança de que ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS.
            Manaus, 18 de maio de 2014
Regional Norte 1 - Regional Norte 2 - Regional Noroeste

domingo, 22 de junho de 2014

Vocês são o campo da fé! Vocês são os atletas de Cristo!

 O campo como lugar de treinamento. Jesus nos pede que o sigamos por toda a vida, pede que sejamos seus discípulos, que “joguemos no seu time”. Acho que a maioria de vocês ama os esportes. E aqui no Brasil, como em outros países, o futebol é uma paixão nacional. Ora bem, o que faz um jogador quando é convocado para jogar em um time? Deve treinar, e muito! Também é assim na nossa vida de discípulos do Senhor. São Paulo nos diz: «Todo atleta se impõe todo tipo de disciplina. Eles assim procedem, para conseguirem uma coroa corruptível. Quanto a nós, buscamos uma coroa incorruptível!» (1Co 9, 25). Jesus nos oferece algo muito superior que a Copa do Mundo! Oferece-nos a possibilidade de uma vida fecunda e feliz e nos oferece também um futuro com Ele que não terá fim: a vida eterna. Jesus, porém, nos pede que treinemos para estar “em forma”, para enfrentar, sem medo, todas as situações da vida, testemunhando a nossa fé. Como? Através do diálogo com Ele: a oração, que é diálogo diário com Deus que sempre nos escuta. Através dos sacramentos, que fazem crescer em nós a sua presença e nos conformam com Cristo; através do amor fraterno, do saber escutar, do compreender, do perdoar, do acolher, do ajudar os demais, qualquer pessoa sem excluir nem marginalizar ninguém. Queridos jovens, que vocês sejam verdadeiros “atletas de Cristo”!
Papa Francisco - JMJ Rio 2013

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Os novos rostos vocacionais

Aumenta o número de profissionais com carreira consolidada e ótimos salários, como médicos, dentistas e sociólogos, que abandonam tudo para se tornar padres.
O médico Sarmento terminou com a namorada, 
trocou um salário de R$ 17 mil e uma carreira promissora 
para encarar nove anos de estudos e se tornar padre
O paraense Renato Sarmento cresceu cultivando o sonho de se formar em medicina. Primogênito de três filhos de um comerciante e uma contabilista, só conseguiu concretizá-lo depois de tirar a sorte grande. Ele acertou a quina da Mega Sena, em 2007 e, com os R$ 18 mil do prêmio, pagou um semestre inteiro em uma faculdade privada. Mais adiante, conseguiu um financiamento estudantil para arcar com o restante do curso. Assim, pôde se tornar o primeiro médico da família. Empregado em dois postos de saúde e num hospital público em sua cidade natal, Paragominas, o rapaz tinha carro, um salário de R$ 17 mil e namorava. Sua carreira ia tão bem que conseguiu um estágio no departamento de neurocirurgia do Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Mas Sarmento não se achava pleno. “Sentia uma inquietação, um vazio”, diz ele, sentado no banco de um seminário católico, na capital paulista, seu novo endereço desde o mês passado. 
Sarmento abandonou a carreira, terminou o namoro, abriu mão dos bens materiais e é, hoje, aos 25 anos, um dos 17 seminaristas matriculados no curso de propedêutica do seminário Nossa Senhora da Assunção. Seu novo sonho é ser padre. Foi na capital paulista, no silêncio da Catedral da Sé, em meados de 2013, que ele sentiu esse chamado, logo anunciado ao pároco local. De volta ao Pará, conheceu um padre que se tornou uma espécie de mentor espiritual até sua mudança definitiva para o seminário. Histórias como a do jovem paraense são cada vez mais frequentes. Reitores das casas diocesanas apontam para um aumento do número de seminaristas que, já com uma faculdade no currículo, optam por abandonar suas profissões para dar ouvidos ao chamado de Deus.
Além do médico, no seminário paulista há um dentista, um psicólogo e um pós-graduado em sociologia que formam um grupo de 13 pessoas com curso superior. Em 2013, havia oito (leia quadro). “Estamos aprendendo a lidar cada vez mais com adultos que já chegam com uma considerável bagagem cultural e humana”, diz o padre Lucas Mendes, formador do seminário São José, da diocese de Porto Alegre. Nessa casa, há oito seminaristas com curso superior, sete a mais do que no ano passado. “Atualmente, o processo de maturação é lento, acontece em idades mais avançadas e isso reflete na decisão vocacional tardia.” Seminários como os de antigamente, nos quais o candidato se matriculava ainda criança, com 11, 12 anos, são cada vez mais raros no País. Poucos ainda resistem em regiões predominantemente rurais.


Foi logo após o Concílio Vaticano II (1962-1965), reunião de bispos do mundo inteiro que provocou profundas mudanças na Igreja Católica, que formadores vocacionais passaram a receber candidatos mais velhos. Ainda assim, naquela época em que os católicos representavam mais de 90% da população brasileira, a experiência cristã acontecia já na infância, o que influenciava vocações religiosas precoces. Atualmente, pelo fato de as famílias serem mais enxutas e em muitas delas a tradição católica não vir de berço, a vocação cristã é empurrada para outros momentos da vida. “No caso, muitas vezes, depois de experiências acadêmicas e no mercado de trabalho”, afirma o padre Valdecir Ferreira, assessor dos ministérios ordenados e vida consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Schwaab era repórter de jornal até o ano passado.
Hoje é requisitado para entrevistar sacerdotes
A bagagem dos seminaristas com profissão costuma ser aproveitada pela Igreja. Em Porto Alegre, por exemplo, o jornalista Darlan Schwaab, 24 anos, um dos oito do seminário São José, já foi escalado para entrevistar um padre para o departamento de comunicação local. Schwaab era repórter de cultura e gastronomia do jornal “Zero Hora” até o fim do ano passado, quando decidiu seguir uma vocação que já despontava desde pequeno. Nascido no Acre, ele vai à missa aos domingos desde 5 anos, foi coroinha e frequentou retiros vocacionais. “Mas decidi não tomar nenhuma decisão antes de me formar, para discernir melhor”, diz. Para o sacerdote José Luiz da Silva, formador do seminário Santa Cruz, em Goiânia, os jovens de agora não gostam de assumir compromissos duradouros. Ele fala isso tendo em mente os nove anos de estudos necessários para que um aluno seja ordenado padre. “Mas com o passar do tempo a nossa existência cobra isso e, assim, as vocações tardias vão aumentando”, diz.
Passos cursou economia e ganhava R$ 12 mil
como executivo comercial de uma incorporadora.
Aos 36 anos, chegou ao seminário
O pernambucano Adriano Bezerra dos Passos, 36 anos, matriculou-se neste ano no seminário paulista, mas sete anos atrás já havia iniciado um período de acompanhamento vocacional com a intenção de envergar a batina. Nesse hiato, seguiu atuando como administrador financeiro de shopping centers. Os sinais de sua vocação eram tão claros que, em seu último emprego, numa incorporadora que lhe pagava R$ 12 mil mensais como executivo comercial, os colegas o apelidaram de padre. Passos cursou economia, foi coroinha, participou de comunidades eclesiais de base e manifestou ao pai o desejo de ser sacerdote aos 12 anos. Mas foi só no ano passado, ao ver ao vivo o discurso do papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude, que decidiu mudar os rumos de sua vida. “Eu cresci no meio do povo, em comunidade, faz parte da minha formação. O papa tem o poder de fazer as pessoas se voltarem para a Igreja e eu resolvi me aproximar das dores e do sofrimento das pessoas como ele prega”, afirma.

A decisão do pernambucano, que se candidatou para recolher o lixo no seminário, não foi surpresa para as pessoas próximas, incluindo a então namorada, com quem rompeu para amadurecer os sinais de sua vocação. Seu companheiro de casa, o médico Sarmento, ao contrário, sofreu um pouco mais. Sua então namorada, quando comunicada da decisão de seguir uma vida religiosa, achou que ele a estivesse traindo. “O que choca as pessoas não é a minha escolha, mas o que abandonei, a carreira como médico e o que poderia conquistar financeiramente”, diz. Posando para as fotos com o estetoscópio e o jaleco que trouxe para o seminário, ele completa, parafraseando o evangelista Lucas, também um médico: “No exercício da medicina, eu indicava remédios, cuidava do corpo. Aqui, eu trato as questões da alma, do espírito.”

quinta-feira, 19 de junho de 2014

ADORAÇÃO AO SS. SACRAMENTO PELA SANTIFICAÇÃO DOS SACERDOTES

Animador: Jesus, eis-nos prostrados aos teus pés; vimos passar contigo esta hora de amor, de intimidade. Adoramos-Te, ó Jesus, e unimo-nos a todos os que neste dia dobram os joelhos em prece pela santificação dos sacerdotes. Dá forças e coragem a estes teus servos, ó Jesus!

Canto Exposição do Santíssimo: A ti, meu Deus.
Animador: Graças e louvores se deem a todo o momento,
Todos: Ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento. (3vezes)

Dirigente: Jesus, em tua imensa misericórdia, dá-nos, mais uma vez, a oportunidade de estarmos unidos intimamente a Ti, que nos dizes: “Pedi e recebereis! Procurai e achareis! Batei e a porta ser-vos-á aberta!” (Mt 7,7). Confiantes nessa afirmação, expressemos nossas intenções.
(Lembrar nomes do(s) sacerdote(s) que atende(m) a comunidade atualmente, como de outros que fizeram parte da história deste povo, e outras intenções)

2. MOMENTO DE ADORAÇÃO E SILÊNCIO

Canto: Não sei se descobriste

3. MOMENTO DA PALAVRA: “IDE E PREGAI O EVANGELHO A TODA CRIATURA”

Animador: Senhor Jesus Cristo, Luz do mundo que ilumina a todos os homens, Vós sois a Palavra do Pai. Assumistes a natureza humana para nos falar com palavras humanas. Instituístes o santo sacerdócio e chamais constantemente homens generosos, que apesar de suas fragilidades, assumem participar do vosso poder divino. Por meio deles quereis revelar-nos o Pai e convidar-nos à felicidade eterna convosco no céu. Dai aos vossos sacerdotes um coração disposto a escutar, inspirai-os e iluminai-os, para que se encham da vossa sabedoria e do vosso amor para comunicá-los aos irmãos. Amém.

Proclamação do Evangelho: Mt 11, 25-30

4. REFLEXÃO

L1: O Pai revela aos pequenos seu Reino de amor. Jesus louva o Pai porque revelara as coisas do Reino aos pequenos, aos humildes, isto é, aos que põem n’Ele sua confiança. Irmãos, se quisermos conhecer mais a Deus e estreitar os laços de amor e amizade com Ele, precisamos ser mansos e humildes.
L2: O papa emérito, Bento XVI, disse que, se nos aproximamos de Deus “com humilde confiança, encontramos no seu olhar a resposta ao anseio mais profundo do nosso coração. É preciso ter ”um coração humilde e confiante que nos faz retornar à condição de crianças (Mt 18,3), porque é aos pequeninos que o Pai se revela”.

Todos: Jesus convida a buscar n’Ele alívio, todos aqueles que estão aflitos, sob o pesado fardo. Muitos são os aflitos nos dias de hoje. Há muitas vidas ceifadas pelo trânsito, pelas drogas e por causa da violência. Há muitas famílias com relacionamentos conflituosos e se separando. Há muitas crianças sofridas. Há muitos jovens desempregados. Há também idosos sem assistência adequada. E há tantos deficientes precisando de ajuda. Precisamos descansar no Senhor. Pedir alívio a Ele. São tantos os fardos! Tantas aflições!

L3: Mas, nem tudo está perdido: há esperança para todos. Jesus nos diz: “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei”. Por isso, continua suscitando no coração dos jovens o chamado à vocação sacerdotal, enviados a serem sua presença no auxilio aos mais necessitados, aliviando e curando suas chagas. Com alegria e confiança, estamos em prece, na presença do Senhor vivo e verdadeiro, no Tabernáculo.
Adoremos o seu Divino Coração Eucarístico, que nos amou a ponto de se entregar por nós em sacrifício e oferenda ao Pai. Ele é a imagem e o símbolo do infinito Amor de Deus pelos homens.

Canto: Cristo, quero ser instrumento

6. LOUVOR A DEUS PELOS MINISTROS ORDENADOS

L1: Eu vos louvo, ó Deus, pelos ministros ordenados, porque eles carregam em si o Cristo de um modo inefável: carregam sua bondade e sua clemência.
R: Sagrado Coração, ajudai os sacerdotes!
L2: Eu vos louvo, ó Deus, pelos ministros ordenados, porque eles são pontes que nos ajudam a atravessar o abismo dos nossos pecados e alcançar a pátria tão esperada da tua infinita misericórdia.
R: Sagrado Coração, ajudai os sacerdotes!
L1: Eu vos louvo, ó Deus, pelos ministros ordenados, porque eles são um Cireneu não obrigado, mas que espontaneamente ajudam o Senhor a carregar a cruz!
R: Sagrado Coração, ajudai os sacerdotes!
L2: Eu vos louvo, ó Deus, pelos ministros ordenados, porque são instrumentos da misericórdia infinita de Deus humanado, e, com Ele, são pastores, bons samaritanos, cordeiros, vítimas constantemente imoladas!
R: Sagrado Coração, ajudai os sacerdotes!
L1: Eu vos louvo, ó Deus, pelos ministros ordenados, porque são qual outro João Batista, cada dia de novo, mostrando-nos o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.
R: Sagrado Coração, ajudai os sacerdotes!
L2: Eu vos louvo, ó Deus, pelos ministros ordenados, ministros do vosso perdão, o único perdão que salva.
R: Sagrado Coração, ajudai os sacerdotes!
L1: Eu vos louvo, ó Deus, pelos ministros ordenados, porque, como em Jesus na cruz, em seus corações ecoa o brado ardente de zelo pelas almas: “Tenho sede!”
R: Sagrado Coração, ajudai os sacerdotes!
L2: Eu vos louvo, ó Deus, pelos ministros ordenados, que alimentam a vossa família com a Eucaristia, Pão Vivo, que dá vida ao mundo.
R: Sagrado Coração, ajudai os sacerdotes!
DIR: Como é bom nesta Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, podermos agradecer-lhe o dom e presença dos nossos dedicados e incansáveis sacerdotes. Com eles, a cada invocação, rezemos:
Todos: Concedei-nos santos sacerdotes, Senhor Jesus!

7. LADAINHA PELOS SACERDOTES
Senhor, para zelar pela vossa honra,
Senhor, para aumentar nossa fé,
Senhor, para sustentar vossa Igreja,
Senhor, para pregar vossa doutrina,
Senhor, para defender vossa causa,
Senhor, para corrigir os erros,
Senhor, para mostrar o vosso amor,
Senhor, para não nos deixar nunca esquecer dos pobres e abandonados,
Senhor, para mostrar a vossa verdade,
Senhor, para nos encaminhar para a verdadeira Justiça,
Senhor, para sustentar a verdade,
Senhor, para dirigir nossa vida,
Senhor, para iluminar o mundo,
Senhor, para ensinar as riquezas do vosso Coração,
Senhor, para fazer-nos amar o Espírito Santo,
Senhor, para zelar pela honra e glória de vossa Mãe, a Santa Virgem Maria,
Senhor, para que todos os vossos ministros sejam o sal da terra e a luz do mundo.

8. BÊNÇÃO DO SS. SACRAMENTO
Canto: Tão sublime Sacramento

Bendito seja Deus.
Bendito seja o seu Santo Nome.
Bendito seja Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.
Bendito seja o nome de Jesus.
Bendito seja seu Sacratíssimo Coração.
Bendito seja o seu Preciosíssimo Sangue.
Bendito seja Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento do Altar.
Bendito seja o Espírito Santo, o Paráclito.
Bendita seja a grande Mãe de Deus, Maria Santíssima.
Bendita seja a sua Santa e Imaculada Conceição.
Bendita seja sua gloriosa Assunção.
Bendito seja o Nome de Maria, Virgem e Mãe.
Bendito seja São José, seu castíssimo esposo.
Bendito seja Deus nos seus Anjos e nos seus Santos.

Deus e Senhor nosso, protegei a vossa Igreja, dai-lhe santos pastores e dignos ministros, derramai as vossas bênçãos sobre o nosso santo padre, o papa, sobre o nosso bispo (arcebispo), sobre o nosso pároco e todo o clero; sobre o chefe da Nação e do Estado e sobre todas as pessoas constituídas em dignidade, para que governem com justiça; dai ao povo brasileiro paz constante e prosperidade completa. Favorecei com os efeitos
contínuos de vossa bondade o Brasil, este bispado (arcebispado), a paróquia em que habitamos, a cada um de nós em particular e a todas as pessoas por quem somos obrigados a orar, ou que se recomendaram às nossas orações. Tende misericórdia das almas dos fiéis que padecem no purgatório, dai-lhes, Senhor, o descanso e a luz eterna.
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai.
 Canto final: Procuro abrigo 
Autoria: pe. Valdecir Ferreira e Ir. Maria Dolores da Silva, ASCJ 

quarta-feira, 18 de junho de 2014

MENSAGEM PARA O DIA DE ORAÇÃO PELA SANTIFICAÇÃO DOS SACERDOTES - 27/06/2014

Caríssimos irmãos sacerdotes,
Tenho Sede!

Todo ano, a Igreja promove a Jornada Mundial de Oração pela Santificação dos Sacerdotes, por ocasião da festa do Sagrado Coração de Jesus que, neste ano, será no dia 27 de junho. Neste dia, ela convida todo o povo de Deus de nossas comunidades eclesiais, bem como as pessoas de boa vontade, para rezarem pelos seus sacerdotes para que, fiéis aos compromissos assumidos no dia da ordenação presbiteral, tenhamos uma vida íntegra e santa, de íntima e profunda comunhão com Jesus. Pois somente assim poderemos amar verdadeiramente o rebanho do Senhor que nos foi confiado.
A santidade, além de ser um projeto pessoal de vida, deve ser também um projeto pastoral. São João Paulo II, no ano 2000, assim se expressou: “em primeiro lugar, não hesito em dizer que o horizonte para onde deve tender todo o caminho pastoral é a santidade” (NMI 30). E o apóstolo Paulo: “A vontade de Deus é que sejais santos” (1Ts 4,3). Tudo na vida e na missão de um sacerdote deve ter a marca da santidade. Sem santidade, estamos sem horizonte, não somos nada, não valemos nada e não fazemos nada de bom.
No Cenáculo, durante a Última Ceia, ao instituir a Eucaristia, o mandamento do amor fraterno e o sacerdócio ministerial, Jesus, o Santo e a fonte de toda santidade, revelou aos seus discípulos um dos seus desejos mais profundos: “Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanece na videira, assim também vós não podereis dar fruto se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, e vós, os ramos” (cf. Jo 15,4-5). Permanecer em Jesus é a alegria verdadeira de nossa vida. Sem Ele, tudo em nossa vida emudece e perde sentido. Pois, foi Ele mesmo quem disse: “Sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15,5). Decorrem desta íntima união com Jesus Cristo a conversão pessoal e pastoral, a solicitude pastoral pelos pobres e sofredores e o ardor missionário. Em outras palavras, a santidade.
Hoje, mais do que em tempos passados, o sacerdote deve ser o homem de Deus. Aquele que
não se mantiver firme na fé, alegre na esperança, perseverante na oração e firme nas tribulações (cf. Rm 12,12), terá vida breve e estéril.Na realidade atual, perdemos muito daqueles papéis sociais de destaque que, em tempo de cristandade, os nossos antepassados tinham. Além do mais, com o advento dos potentes meios de comunicação, as nossas fragilidades e feridas aparecem com maior clareza, exigindo de nós mais coerência de vida e testemunho de santidade. Precisamos sempre ser pastores identificados com Jesus e com sua Igreja, pobre e para os pobres. Precisamos ser sacerdotes acolhedores, solidários, fraternos com os irmãos, encantados e apaixonados pela missão. Enfim, precisamos de sacerdotes santos. Sem a lógica da santidade, o ministério sacerdotal vale muito pouco e não passa de uma simples função social.
Neste sentido, é mister recordar o que o papa Bento XVI disse certa vez: "existem algumas condições para que haja uma crescente harmonia com Cristo na vida do sacerdote: o desejo de
colaborar com Jesus para propagar o Reino de Deus, a gratuidade no serviço pastoral e a atitude de servir".O encontro com Jesus deixa o sacerdote fascinado, encantado e apaixonado por sua pessoa, suas palavras e seus gestos. É como ser atingido pela irradiação de bondade e de amor que emanam d’Ele, a ponto de querer ficar com Ele como os dois discípulos de Emaús. Cada sacerdote deveria diariamente pedir a Jesus: “Fica conosco, pois já é tarde e à noite vem chegando” (Lc 24,29). Quem se encanta por Jesus, entra em sintonia e em amizade íntima com Ele, e tudo passa a ser feito como agrada a Deus. Ser sacerdote não é mérito nosso. É um dom a ser vivido na companhia de Jesus com gratidão e generosidade.
E acrescenta o papa Bento XVI: "o convite do Senhor para o ministério ordenado não é fruto de mérito especial, mas é um dom a ser acolhido a que se corresponde dedicando-se não apenas a um projeto individual, mas ao de Deus, totalmente generoso e desinteressado. Nunca nos devemos esquecer, como sacerdotes, que a única subida legítima rumo ao ministério do pastor não é aquela do sucesso, mas a da cruz”.
Cai bem aqui o que disse o papa Francisco: “Conscientes de terem sido escolhidos entre os homens e constituídos em seu favor para esperar nas coisas de Deus, exercitem com alegria e com caridade sincera a obra sacerdotal de Cristo, unicamente com a intenção de agradar a Deus e não a si mesmos. Sejam pastores, não funcionários. Sejam mediadores, não intermediários”.
O coração do sacerdote é um coração sempre aberto para amar, acolher, celebrar e agradecer.
Permitam-me, amados de Deus, concluir esta mensagem reportando, mais uma vez, ao que disse recentemente o papa Francisco sobre a necessidade de amar e santificar a nossa vocação sacerdotal. Diz ele: “Os sacerdotes, mais do que estudiosos, são pastores. Não podem nunca se esquecer de Cristo, seu primeiro amor, e devem permanecer sempre do seu lado.Como está hoje o meu primeiro amor? Estou enamorado como no primeiro dia? Estou feliz contigo ou te ignoro? São perguntas que temos que fazer com frequência diante de Jesus. Porque Ele pergunta isso todos os dias, como perguntou a Pedro: Simão, filho de João, tu me amas? Continuo enamorado de Jesus como no primeiro dia ou o trabalho e as preocupações me fazem olhar para outras coisas e esquecer um pouco o amor”?

Caríssimos, tenhamos sempre diante dos nossos olhos o exemplo e Jesus, o Bom Pastor, que não veio para ser servido, mas para servir e para procurar a ovelha, a moeda e filho perdidos e salvá-los (cf. Lc 15,4ss). Prometo, no dia do Sagrado Coração de Jesus, rezar de modo especial por todos vocês, sacerdotes do Senhor, a fim de que a vida e o ministério de vocês sejam vividos na alegria do Evangelho que nos liberta do pecado, da tristeza, do vazio interior e do isolamento. Peço também que todos os cristãos católicos façam momentos de oração, de adoração e súplica, pessoalmente ou reunidos em comunidade, implorando a Deus pela santificação dos nossos sacerdotes, tesouro precioso saído do Coração de Jesus. Que Maria, mãe dos sacerdotes, nos ajude a ter um coração manso e humilde como o Coração do seu Filho. E todos, em uníssono, num só coração e numa só alma, possamos dizer: Sagrado Coração de Jesus, nós temos confiança em vós! Amém.
Dom Pedro Brito Guimarães - Arcebispo de Palmas
Presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada

sexta-feira, 13 de junho de 2014

A opção pelos pobres

“Para a Igreja, a opção pelos pobres é mais uma categoria teológica que cultural, sociológica, política ou filosófica. Deus «manifesta a sua misericórdia antes de mais» a eles. Esta preferência divina tem consequências na vida de fé de todos os cristãos, chamados a possuírem «os mesmos sentimentos que estão em Cristo Jesus» (Fl 2,5). Inspirada por tal preferência, a Igreja fez uma opção pelos pobres, entendida como uma «forma especial de primado na prática da caridade cristã, testemunhada por toda a Tradição da Igreja». Como ensinava Bento XVI, esta opção «está implícita na fé cristológica naquele Deus que se fez pobre por nós, para nos enriquecer com a sua pobreza». Por isso, desejo uma Igreja pobre para os pobres. Estes têm muito para nos ensinar. Além de participar do sensus fidei, nas suas próprias dores conhecem Cristo sofredor. É necessário que todos nos deixemos evangelizar por eles. A nova evangelização é um convite a reconhecer a força salvífica das suas vidas e a colocá-los no centro do caminho da Igreja. Somos chamados a descobrir Cristo neles: não só a emprestar-lhes a nossa voz nas suas causas, mas também a ser seus amigos, a escutá-los, a compreendê-los e a acolher a misteriosa sabedoria que Deus nos quer comunicar através deles”. Evangelii Gaudium, 198 

quarta-feira, 11 de junho de 2014

O tempo de Deus

Um excelente nadador tinha o costume de correr até a água e de molhar somente o dedão do pé antes de qualquer mergulho.
Uma pessoa intrigada com aquele comportamento perguntou-lhe qual a razão daquele hábito. O nadador sorriu, e respondeu:
 Há alguns anos eu era um professor de natação que ensinava a nadar e a saltar do trampolim. Certa noite, eu não conseguia dormir, e fui até a piscina para nadar um pouco. Não acendi a luz, pois a lua brilhava através do teto de vidro do clube. Quando eu estava no trampolim, vi minha sombra na parede da frente. Com os braços abertos, minha imagem formava uma magnífica cruz. Em vez de saltar, fiquei ali parado, contemplando minha imagem. Nesse momento pensei na cruz de Jesus Cristo e em seu significado. Eu não era um cristão, mas quando criança aprendi que Jesus tinha morrido na cruz para nos salvar pelo seu precioso sangue. Naquele momento, as palavras daquele ensinamento me vieram à mente e me fizeram recordar do que eu havia aprendido sobre a morte de Jesus. Não sei quanto tempo fiquei ali parado com os braços estendidos. E continuou relatando:

 Finalmente, desci do trampolim e fui até a escada para mergulhar na água. Desci a escada e meus pés tocaram o piso duro e liso do fundo da piscina. Haviam esvaziado a piscina e eu não tinha percebido. Tremi todo, e senti um calafrio na espinha. Se eu tivesse saltado seria meu último salto. Naquela noite a imagem da cruz na parede salvou a minha vida. Fiquei tão agradecido a Deus, que ajoelhei na beira da piscina, confessei os meus pecados e me entreguei a Ele, consciente de que foi exatamente em uma cruz que Jesus morreu para me salvar. Naquela noite, fui salvo duas vezes e, para nunca mais me esquecer, sempre que vou até piscina molho o dedão do pé antes de saltar na água...

terça-feira, 10 de junho de 2014

Pastoral Vocacional do Oeste 1 visita seminário em Campo Grande

Seminaristas e formadores do Regional Oeste 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) receberam, no Instituto Teológico João Paulo II (Iteo), em Campo Grande (MS), a visita da Coordenação Regional da Pastoral Vocacional e do Serviço de Animação Vocacional (PV/SAV). O encontro aconteceu na quarta-feira, dia 4.
 O bispo auxiliar de Campo Grande (MS) e referencial da Pastoral Vocacional no Regional, dom Eduardo Pinheiro da Silva, presidiu a missa de abertura da visita, concelebrada pelos padres assessores diocesanos da PV/SAV e formadores dos seminários diocesanos.
Foi exibido aos participantes o documentário “Simpósio Vocacional do Brasil”. Também foi feita uma partilha da experiência dos 22 delegados do Regional Oeste 1 que participaram do Simpósio, realizado entre os dias 16 e 18 de maio, em Brasília (DF).

O assessor diocesano da PV/SAV da diocese de Três Lagoas (MS) e vice-reitor do Seminário Maior Maria Mãe da Igreja, padre Rogério Gomes Fernandes, relatou aspectos da cultura vocacional e destacou os três passos que compõem “uma autêntica cultura vocacional”. A mentalidade, a sensibilidade e o serviço. Padre Rogério ainda reforçou a necessidade de rezar e testemunhar a felicidade da própria vocação.
Fonte CNBB

segunda-feira, 9 de junho de 2014

O encontro pessoal com o amor de Jesus

"A primeira motivação para evangelizar é o amor que recebemos de Jesus, aquela experiência de sermos salvos por Ele que nos impele a amá-lo cada vez mais. Com efeito, um amor que não sentisse a necessidade de falar da pessoa amada, de a apresentar, de a tornar conhecida, que amor seria? Se não sentimos o desejo intenso de comunicar Jesus, precisamos de nos deter em oração para lhe pedir que volte a cativar-nos. Precisamos de o implorar cada dia, pedir a sua graça para que abra o nosso coração frio e sacuda a nossa vida tíbia e superficial. Colocados diante dele com o coração aberto, deixando que Ele nos olhe, reconhecemos aquele olhar de amor que descobriu Natanael no dia em que Jesus se fez presente e lhe disse: «Eu vi-te, quando estavas debaixo da figueira!» (Jo 1,48). Como é doce permanecer diante dum crucifixo ou de joelhos diante do Santíssimo Sacramento, e fazê-lo simplesmente para estar à frente dos seus olhos! Como nos faz bem deixar que Ele volte a tocar a nossa vida e nos envie para comunicar a sua vida nova! Sucede então que, em última análise, «o que nós vimos e ouvimos, isso anunciamos» (1Jo 1,3). A melhor motivação para se decidir a comunicar o Evangelho é contemplá-lo com amor, é deter-se nas suas páginas e lê-lo com o coração. Se o abordamos desta maneira, a sua beleza deslumbra-nos, volta a cativar-nos vezes sem conta. Por isso, é urgente recuperar um espírito contemplativo, que nos permita redescobrir, cada dia, que somos depositários de um bem que humaniza, que ajuda a levar uma vida nova. Não há nada de melhor para transmitir aos outros". Evangelii Gaudium, 264.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

A arte do acompanhamento

"Hoje mais do que nunca precisamos de homens e mulheres que conheçam, a partir da sua experiência de acompanhamento, o modo de proceder onde reine a prudência, a capacidade de compreensão, a arte de esperar, a docilidade ao Espírito, para no meio de todos defender as ovelhas a nós confiadas dos lobos que tentam desgarrar o rebanho. Precisamos de nos exerci­tar na arte de escutar, que é mais do que ouvir. Escutar, na comunicação com o outro, é a ca­pacidade do coração que torna possível a proximidade, sem a qual não existe um verdadeiro encontro espiritual. Escutar ajuda-nos a indivi­duar o gesto e a palavra oportunos que nos de­sinstalam da cômoda condição de espectadores. Só a partir desta escuta respeitosa e compassiva é que se pode encontrar os caminhos para um crescimento genuíno, despertar o desejo do ideal cristão, o anseio de corresponder plenamente ao amor de Deus e o anelo de desenvolver o melhor de quanto Deus semeou na nossa própria vida. Mas sempre com a paciência de quem está cien­te daquilo que ensinava São Tomás de Aquino: alguém pode ter a graça e a caridade, mas não praticar bem nenhuma das virtudes «por causa de algumas inclinações contrárias» que persistem.133 Por outras palavras, as virtudes organizam-se sempre e necessariamente «in habitu», embora os condicionamentos possam dificultar as operações desses hábitos virtuosos. Por isso, faz falta «uma pedagogia que introduza a pessoa passo a passo até chegar à plena apropriação do mistério».134 Para se chegar a um estado de maturidade, isto é, para que as pessoas sejam capazes de decisões verdadeiramente livres e responsáveis, é preciso dar tempo ao tempo, com uma paciência imensa. Como dizia o Beato Pedro Fabro: «O tempo é o mensageiro de Deus»". Evangelii Gaudium nº 171.