sexta-feira, 31 de maio de 2013

Parábola do retorno


Um pai tinha dois filhos... o filho maior era o modelo de perfeição; o menor, um assíduo frequentador de bar com o dinheiro de seu pai.
O filho menor um dia partiu para fazer-se de louco... Acabou comendo restos. Os restos mal digeridos adoçaram seu coração e acabou voltando à sua casa arrependido pelos fracassos. O pai o esperava e o viu chegar de longe... Na festa do retorno mataram um bezerro cevado. O irmão maior protestou, mas aceitou assentar-se à mesa. O bezerro tinha gosto de perdão!
No dia seguinte os dois irmãos saíram para trabalhar no campo... a conversa foi feita por apenas uma palavra. Por cada vale que trabalhava o menor, o maior trabalhava três. Assim passaram-se os dias. O irmão maior fazia como sempre. O menor estava nervoso, saia às noites, voltava de madrugada com o hálito cheirando a bebida.
Um dia... desapareceu. Tinha voltado a fazer-se louco. No final de algum tempo voltou à sua casa vencido e acabado. O pai o esperava e viu-o chegar de longe.
Na festa do retorno mataram um cordeiro... A cara feira do filho maior entristecia toda a mesa, mas o cordeiro tinha um gosto mais delicado que o bezerro cevado. Tinha um gosto de perdão!
Passaram-se os dias... o irmão maior como sempre trabalhador... Um dia o menor não apareceu mais, tinha voltado a  fazer-se de louco. Pouco depois voltava fraco e desfeito... O pai esperava e ou viu chegar de longe... Na festa do retorno mataram um frango. O irmão maior estava chateadissímo, calava e comia com a cabeça enterrada no prato, mas o frango tinha um gosto mais delicado que o bezerro gordo, que o cordeiro... tinha gosto de perdão!
Passaram-se os dias... o irmão maior agia como sempre. O menor estava nervoso, dava para se ver na cara... Um dia não o viram mais. Outra vez “se mandou” para fazer-se de louco. Quando voltou tinha o rosto perdido de tristeza e já nem parecia um homem... o pai o esperava e o viu chegar de longe.
No festa do retorno só encontrou o prato na mesa. O irmão estava mais chateado que nunca. O pai calava, mas calava de outra maneira.
O filho menor soube que cada dia, cada dia... tinha tido na mesa paterna um lugar e um prato para ele. Esse prato vazio, sem carne, tinha um gosto melhor do que o bezerro, que o frango... Tinha o melhor gosto de todas as comidas... Era o gosto de um perdão infinito.
Continuaram passando-se os dias. O filho maior continuava perfeito como sempre. O pai continuava mantendo sua atitude dócil e acolhedora.
O filho menor partia e voltava, partia e voltava... Partia e voltava setenta vezes sete... O pai o esperava o via chegar de longe setenta vezes sete.
O filho menor sempre encontrava o prato na mesa. E aquele prato vazio que o esperava tinha o gosto mais delicado do mundo... O gosto do pão de cada dia.
O filho maior era incapaz de entendê-lo e o pai sabia disso. E sabia que o filho menor algum dia completamente vencido, sem forças, se sentaria a mesa para não partir nunca mais!
Bendito setenta vezes sete retornos...
Depois deles o filho menor sabia que tipo de pai tinha. Como sabemos todos nós que nos aproximamos do Sacramento da Reconciliação.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Maria e a Fé

"Pela fé, Maria acolheu a palavra do Anjo e acreditou no anúncio de que seria a Mãe de Deus na obediência da sua dedicação (cf Lc 1,38). 
Ao visitar Isabel, elevou o seu cântico de louvor ao Altíssimo pelas maravilhas que realizava em quantos a Ele se confiavam (cf Lc 1,46-55). Com alegria e trepidação, deu à luz o seu Filho unigênito  mantendo intacta sua virgindade (cf Lc 2,6-7). 
Confiando em José, seu esposo, levou Jesus para o Egito a fim de o salvar da perseguição de Herodes (cf Mt 2,13-15). Com a mesma fé, seguiu o Senhor na sua pregação e permaneceu a seu lado mesmo no Gólgota (cf Jo 19,25-27).
Com fé, Maria saboreou os frutos da ressurreição de Jesus e, conservando no coração a memória de tudo (cf Lc 2,19.51), transmitiu-a aos Doze reunidos com ela no Cenáculo para receberem o Espírito Santo (cf At 1,14; 2,1-4). [...] 
Pela fé, homens e mulheres consagraram a sua vida a Cristo, deixando tudo para viver em simplicidade evangélica a obediência, a pobreza e a castidade, sinais concretos de quem aguarda o Senhor, que não tarda a vir. [...]
Pela fé, vivemos também nós, reconhecendo o Senhor Jesus vivo e presente na nossa vida e na história"
Porta Fidei, n. 13

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Celebrar a Vocação - Retiro Vocacional para Jovens


O Mês Vocacional (agosto) aproxima-se. E querendo ajudar na assimilação e vivência do mesmo, a Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada lançou um livro chamado “Celebrar a Vocação: Retiro Vocacional para Jovens”.
Este subsídio propõe quatro dias de retiro para uma vida inteira de satisfação, de vocação e de missão. Os passos, aqui sugeridos, assemelham-se muito aos passos dados por Jesus no caminho discipular de Emaús: na peregrinação, do primeiro dia, a experiência do encontro com a crise; na escuta da Palavra, do segundo dia, a experiência do encontro com o arder e o aquecer do coração; no chamado, do terceiro dia, a experiência do encontro com a abertura dos olhos; e na missão, do quarto dia, a experiência do encontro do envio, à luz bom samaritano, para salvar vidas em perigo. No final, o lucernário: a experiência do encontro com o Ressuscitado, no qual tudo fica claro, reluzente e iluminado. Encontra-se a venda através do site: www.ipv.org.br

terça-feira, 21 de maio de 2013

OSIB promove IX ENCONTRO NACIONAL DE FORMADORES, PSICÓLOGOS E PSICOPEDAGOGOS


Tema: A construção de relações na comunidade formativa

Assessor: Pe. Amedeo Cencini
Doutor em psicologia. Consultor da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada em Roma, Itália.

Data: 21 a 25 de junho de 2013 (começando com o Jantar do dia 21 e terminando com o almoço do dia 25)

Local: Pousada Bom Jesus (Seminário da Arquidiocese de Aparecida)
Rua Barão do Rio Branco 412 – Centro – Aparecida
Contato: www.pousadadobomjesus.com   Tel.  12- 31042657

Investimento:
Taxa do encontro : R$ 100,00
Diárias da Pousada:
Opção 1- Apartamentos Single – R$ 169,00  x 4 diárias  + 100,00 da taxa = 776,00
Opção 2- Apartamentos Duplos – R$ 140,00 x 4 diárias + 100,00 da taxa = 660,00
Opção 3- Apartamentos Triplos – R$ 130,00 x 4 diárias + 100,00  da taxa = 620,00
Opção 4- Para as Religiosas, Psicólogas e Psicopedagogas: Elas participarão do encontro na pousada Bom Jesus e farão todas as refeições e hospedagens   na casa das Irmãs Mensageiras do Amor Divino. Essa casa fica no mesmo terreno da Pousada Bom Jesus. Não é necessário sair na rua, tem um portão que dá acesso 92,00 x 5 +100 da Taxa = 468,00

Inscrições: até o dia 10 de Junho de 2013  pelo site da OSIB www.osib.org.br

segunda-feira, 20 de maio de 2013

O olhar de Jesus - momento de oração


Comece a preparar o seu “lugar sagrado”... É o lugar do encontro íntimo e pessoal com Deus. Coloque-se diante do mistério de Deus. Pacifique o seu coração... Respire lenta e profundamente algumas vezes... Desligue-se de tudo quanto possa interferir neste seu encontro profundo com o Criador... Jesus recomenda: “entre no seu quarto, feche a porta, e reze ao Pai ocultamente...” ( Mt, 6,6 ).
• Invoque o Espírito Santo para que Ele ilumine e conduza sua experiência de oração.
Pedir a graça: - Ter um olhar bondoso, compassivo, compreensivo, misericordioso diante das limitações e fraquezas das pessoas; um olhar que volta a dar esperança.
Os olhos fixos no céu, voltados para o Pai, caracterizaram toda a vida de Jesus. Seu olhar está em perfeita sintonia com o olhar do Pai “que vê no segredo”. Só quem, como Jesus, vê no segredo sabe discernir entre miragens e realidades, entre jóias e bijuterias, entre o brilho enganador das modas e as propostas de vida, garantidas por Deus.
Texto: Lc 22, 54 – 62.
Leia, calmamente o texto, deixando-se olhar por Jesus.
Lucas sublinha este olhar de Jesus a Pedro... Jesus prediz a negação de Pedro. Este, porém
quer ser fiel, mas confia nas próprias forças. “Nem conheço este homem de quem vocês estão falando” ( Lc 22, 5 4 ).
Coloque-se no lugar de Jesus... Imagine como você se sentiria diante desta afirmação, se partisse de uma pessoa muito achegada.
O Senhor voltou-se e olhou para Pedro; então ele recordou-se das palavras que Jesus lhe dissera: “Antes que o galo cante hoje, tu me terás negado três vezes”. Saiu e chorou amargamente ( Lc 22, 61 ).
Pedro, a “rocha”, encontra-se agora fragilizado, covarde. Não tem coragem de confessar que conhece a Jesus. O medo o paralisa...
O olhar de Jesus a Pedro não foi um olhar de julgo, de condenação, de censura, mas de misericórdia, de compaixão, de compreensão pela fraqueza de seu discípulo. Jesus “olha para dentro”, vê o coração do seu discípulo, sabe que falhou, mas que no fundo, permanece fiel.
Procure reconhecer o “Pedro” em você.  Faça a memória de situações e de experiências em que você se sentiu frustrado, decepcionado e abalado em suas convicções. Como também de situações em que você foi responsável para que outros se sentissem como Jesus: sozinhos e abandonados à própria sorte.
Deixe-se olhar por Jesus, contemplar por Ele na sua verdade, assim do jeitinho que você é. Deixe-se “tocar” pelo olhar misericordioso e compassivo de Jesus, que ama você, com todos os seus limites e fraquezas, mas também com todo o desejo que você tem de crescer, amá-lo e servi-lo. Sintonize com Jesus. Olhe para ele... Deixe que a atitude de Jesus fale ao seu coração. Aprenda com Ele a olhar para o Pai e a buscar a inspiração de como suportar os possíveis medos, ameaças, incompreensões, angústias, tentações... Aprenda com Jesus a buscar e encontrar alento e força no coração do Pai.
Agradeça ao Senhor as iluminações e toques recebidos e percebidos durante esta sua experiência de oração, renove sua fidelidade a Jesus.

sábado, 18 de maio de 2013

Deixa-te modelar


A Sagrada Escritura utiliza-se de muitas figuras e expressões para revelar Deus e Seu modo peculiar de agir, dentre as quais quero destacar a figura do oleiro – citada em Jeremias 18, 1-6ss. Tais versículos relatam a manifestação de Deus como um oleiro, moldando, como a argila, àqueles que pertencem a Ele. Essa figura é rica em expressão e em significado, pois desvela Deus em Sua ação e amor, fazendo-nos compreender o “singelo jeito” com que Ele nos acompanha e faz crescer.
Deus sabe, melhor que nós mesmos, do que realmente precisamos e o que nos fará felizes. Ele nos convida ao abandono total em Seus cuidados, os quais sempre nos proporcionam o melhor, mesmo quando não compreendemos.
Por isso, para caminhar no território da fé a confiança é mais necessária que a compreensão. Confiança “filial” de alguém que se descobre como filho amado e cuidado, e que por isso crê que Deus está sempre agindo e realizando o melhor.
Deus vê além, Ele contempla as surpresas que ao futuro pertencem e, na Sua providência, cuida de nós moldando-nos como um Oleiro, ora retirando de nosso caminho o que nos será prejudicial ora acrescentado aquilo que nos falta.
Não podemos ter a pretensão de querer condicionar a Ação de Deus à nossa limitada maneira de enxergar e compreender as coisas; antes, precisamos confiar naquilo que Ele faz.
O Senhor sabe retirar nossos excessos na hora certa, sabe o que nos fará crescer (e crescer às vezes dói...). É preciso que saibamos perder sem apegos, para que Deus nos despoje do que não é essencial.
Só quem aceita (sabe) perder poderá ganhar...
Não existe arte sem amor; quadro sem pintor; vaso sem oleiro. A obra mais bela é a que é tecida pelas mãos do artista, do Oleiro que tem em Seu coração os belos sonhos que retirarão um rude barro de sua “não-existência”. O barro não pode moldar a si mesmo, para vir a ser algo ele precisa se confiar aos sonhos e à sensibilidade do oleiro. As mãos deste comportam a medida certa, entre firmeza e delicadeza, para trabalhar essa substância e transformá-la em uma linda obra de arte.
Não existe parto sem dor; maturidade sem perdas; felicidade sem se ater ao essencial. É necessário confiar n’Aquele que nos molda, mesmo quando a firmeza de Suas mãos parecer pesar fortemente sobre nós. Confiemo-nos ao amor e à criatividade do Oleiro Divino, que nos ama e sempre realiza em nós o melhor.
A felicidade faz morada em nosso coração à medida que nos assumimos como aquilo que somos: “Barro, apenas barro, nas mãos do Oleiro
pe Adriano Zandoná

terça-feira, 14 de maio de 2013

O que Deus exige de nós

souc 2013
O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) realiza de 12 a 19 de maio a Semana de Oração para a Unidade dos Cristãos 2013, que o seu tema inspirado no profeta Miquéias 6,6-8, com a pergunta “O que Deus exige de nós?”. A programação inclui celebrações em diversas cidades brasileiras, com a união de diferentes denominações cristãs, e com o apoio da CNBB.
Para favorecer a reflexão deste tema, foi preparado um subsídio pelo Movimento de Estudantes Cristãos da Índia, com a consultoria da Federação de Universidade Católica de Toda a Índia e do Conselho Nacional de Igrejas daquele país. De acordo com o Conic, durante o processo de preparação, enquanto se refletia sobre o significado da Semana, ficou decidido que, num contexto de injustiça em relação aos dalits na Índia e na Igreja, a busca pela unidade visível não poderia estar dissociada do desmantelamento do sistema de castas e do apelo às contribuições para a unidade dos mais pobres.
O desejo dos organizadores da Semana é promover a reflexão sobre a importância da unidade na diversidade e, ao mesmo tempo, meditar sobre o que Deus, de fato, exige da comunidade cristã, seja do ponto de vida puramente religioso, mas também no que diz respeito à questão dos direitos humanos e assuntos correlacionados. Por este motivo, a arte da Semana faz uma alusão aos dalits na Índia, pessoas que vivem à margem da sociedade e, muitas vezes, afastadas de toda e qualquer assistência.
Quem desejar pode encontrar o subsídio disponível nesse endereço http://www.oikoumene.org/en/resources/week-of-prayer/WoP2013port.pdf
 

domingo, 12 de maio de 2013

A história do dia das mães


A data surgiu em virtude do sofrimento de uma americana que, após perder a mãe, passou por um processo depressivo. As amigas mais próximas de Anna M. Jarvis, para livrá-la de tal sofrimento, fizeram uma homenagem para sua mãe, que havia trabalhado na guerra civil do país. A festa fez tanto sucesso que em 1914, o presidente Thomas Woodrow Wilson oficializou a data, e a comemoração se difundiu pelo mundo afora.
As mães são homenageadas desde os tempos mais antigos. Os povos gregos faziam uma comemoração à mãe dos deuses, Reia. Na Idade Média os trabalhadores que moravam longe de suas famílias ganhavam um dia para visitar suas mães, que os ingleses chamavam de “mothering day”.
Mãe é a mulher que gera e dá à luz um filho, mas também pode ser aquela que cria um ente querido como se fosse sua geradora, dando-lhe carinho e proteção.
As mães merecem respeito e muito amor de seus filhos, pois fazem tudo para agradá-los, sofrem com seus sofrimentos e querem que estes estejam sempre bem.
Com o passar dos anos, o dia das mães aqueceu o comércio de todo o mundo, pois os filhos sempre compram presentes para agradá-las e para agradecer toda forma de carinho e dedicação que recebem ao longo da vida.
Nas diferentes localidades do mundo, a comemoração é feita em dias diferentes. Na Noruega é comemorada no segundo domingo de fevereiro; na África do Sul e Portugal, no primeiro domingo de maio; na Suécia, no quarto domingo de maio; no México é uma data fixa, dia 10 de maio. Na Tailândia, no dia 12 de agosto, em comemoração ao aniversário da rainha Mom Rajawongse Sirikit. Em Israel não existe um dia próprio para as mães, mas sim um dia para a família.
No Brasil, assim como nos Estados Unidos, Japão, Turquia e Itália, a data é comemorada no segundo domingo de maio. Aqui, a data foi instituída pela associação cristã de moços, em maio de 1918, sendo oficializada pelo presidente Getúlio Vargas, no ano de 1932.
Por Jussara de Barros - Graduada em Pedagogia

sexta-feira, 10 de maio de 2013

As setes maravilhas do mundo

Um grupo de alunos estudava sobre as sete maravilhas do mundo. No final da aula, lhes foi pedido que fizessem uma lista do que consideravam as sete maravilhas. Embora houvesse algum desacordo, prevaleceram os votos:
1)     O Taj Mahal
2)      A Muralha da China
3)      O canal do Panamá
4)      As Pirâmides do Egito
5)      O Grand Canyon
6)      O Empire Stare Building
7)      A Brasílica de São Pedro
Ao recolher os votos, o professor notou uma estudante muito quieta. A menina ainda não tinha virado sua folha. O professor, então, perguntou à ela se tinha problemas com sua lista.
Meio encabulada, a menina respondeu:
- Sim, um pouco. Eu não consigo fazer a lista, porque são muitas as maravilhas.
O professor disse:
- Bem, diga-nos o que você já tem e talvez nós possamos ajudá-la.
A menina hesitou um pouco, então leu:
- Eu penso que as sete maravilhas do mundo sejam:
1.      Ver
2.      Ouvir
3.      Tocar
4.       Provar
5.      Sentir
6.      Pensar
7.      Compreender

terça-feira, 7 de maio de 2013

o vírus da vocação


Você já ouviu falar do vírus da vocação? Não!!! Pois então não tome cuidado com ele, especialmente se você for jovem. Pois, normalmente, é durante a juventude que o vírus ataca, levando o “paciente” a procurar tratamento.
É próprio dos jovens, se perguntarem sobre o que é vocação. As respostas que dão, normalmente são muitas e diversas. O fato é que continuamente os jovens se confrontam
 com dilemas que não são simplesmente profissionais; são dilemas que se referem mais ao ser do que ao fazer.
Para que você, amigo jovem, possa compreender um pouco mais sobre tudo isso, basta que fique “esperto” com relação ao vírus da vocação.
O que é o vírus da vocação? É um vírus que ataca a todos, em especial aos, jovens. Do ponto-de-vista psicológico, poderíamos dizer que ele se refere às características ou aptidões individuais que cada um de nós tem para desempenhar, com eficiência e qualidade, atividades que nos trazem realização pessoal. As habilidades se juntam ao gosto pessoal. Assim, um tem gosto e habilidades para ser jogador de futebol, outra para ser atriz, outro para ser sociólogo e assim vai. Poderíamos apresentar este vírus como o gosto e as capacidades para realizar um serviço que nos traga satisfação pessoal.
Mas podemos pensar este vírus de uma forma mais ampla, se levarmos em conta que o ser humano é também espiritual e, portanto, aberto ao transcendente e ao diálogo com Deus. Neste caso, a vocação se apresenta como um encontro entre Deus e o ser humano; Deus chama e a pessoa responde. Tendo presente que sempre que Deus chama alguém, é para confiar-lhe uma missão, podemos dizer que este encontro nos levará a realizar um serviço concerto no mundo, que não apenas nos traz realização pessoal, mas que seja também um real serviço aos nossos irmãos.
É bem verdade que nem todos, somos chamados à mesma vocação, mas cada qual é chamado a desempenhar um papel no mundo e a deixar nele sua marca positiva na construção da história. Para alguns de nós esse chamado de Deus é mais comprometedor, para sermos sacerdotes, irmãos ou irmãs, missionários/as dispostos a dar a vida na construção do Reino.
Como o vírus é contraído? É contraído através de nossas experiências pessoais e sociais que fazemos todos os dias, e de nossa abertura de coração à voz de Deus. Esse chamado pode vir por caminhos diversos: acontecimentos que marcaram nossa vida, apelos interiores através de uma voz que sussurra lá no fundo do nosso coração, pelo convite de outras pessoas, por uma leitura da palavra de Deus, pelo clamor do povo e outros mais. Pode ser contraído também pelo encantamento provocado pelo mistério trinitário: o esplendor do Pai, a missão do Filho e a força do Espírito Santo. Este vírus se instala em nosso organismo, ou mais especificamente, em nosso coração.
Quais os sintomas? Os primeiros sintomas que indicam que contraímos o vírus da vocação são: dúvida, insegurança ou uma certa angústia. Queremos encontrar nosso caminho! Num segundo momento, estes sintomas, através da oração e da reflexão, vão se transformando em certeza, realização, convicção, satisfação ou uma sensação de felicidade. Sentiremos, então, uma vontade muito grande de vivenciar o amor cristão, que se transforma em ações vitais concretas em favor dos irmãos. Começamos a nos sensibilizar, a senti compaixão e indignação diante do sofrimento e da angústia de nossos irmãos marginalizados, injustiçados e excluídos da sociedade.
Qual é o tratamento? O paciente deverá se tratar com muita reflexão e com altas doses de entusiasmo, alegria e muita oração, alem de uma busca incessante por sua realização existencial, tendo sempre Jesus como o grande médico. Mas não esqueça: em caso de sérias suspeitas de vocação sacerdotal, religiosa ou missionária, procure uma congregação que possa acompanhar e tratar seus sintomas.

sábado, 4 de maio de 2013

Nota Oficial da CNBB sobre a Beatificação de Nhá Chica


Brasília, 2 de maio de 2013
 A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, com toda a Igreja, louva e bendiz a Deus pela Beatificação de Francisca de Paula de Jesus, carinhosamente chamada pelo povo de Nhá Chica, neste sábado, 4 de maio de 2013, na cidade mineira de Baependi. O reconhecimento pela Igreja da santidade de Nhá Chica, passado pouco mais de cem anos de sua morte, confirma a importância de se colocar em relevo o exemplo de sua vida de fidelidade a Cristo e ao seu Evangelho.
A Beatificação de Nhá Chica é uma mensagem de extraordinário significado e importância para nossa Igreja. Filha e neta de escravos, analfabeta, órfã ainda criança, viveu no escondimento, na pobreza e na simplicidade. Devota de Nossa Senhora da Conceição, consagrou seu tempo e consumiu sua vida, como leiga que testemunha a fé, servindo às pessoas, especialmente na nobre tarefa de escutar e aconselhar. Seu cuidado com os mais pobres rendeu-lhe o belo título de “Mãe dos pobres”. Aos que lhe atribuíam favores especiais, respondia com a verdade de quem crê: “Isso acontece porque rezo com fé”.
A biografia de Nhá Chica revela sua vida de intimidade com Deus e nos estimula a buscar o ideal proposto por Cristo, como nos lembra São Paulo: “A vontade de Deus é esta: a vossa santificação” (1Ts 4,3). O testemunho de nossa mais nova Beata torna-se, portanto, convite irrecusável a viver intensamente o encontro com Jesus Cristo que “implica necessariamente amor, gratuidade, alteridade, unidade, eclesialidade, fidelidade, perdão e reconciliação” e leva cada discípulo-missionário a se tornar “fonte de paz, justiça, concórdia e solidariedade” (cf. DGAE, 16).
Saudamos e agradecemos à Diocese de Campanha e a todos que se dedicam à causa de canonização de Nhá Chica, bem como ao Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, Cardeal Angelo Amato, por presidir a cerimônia de beatificação desta Serva de Deus.
Que a Beata Nhá Chica alcance de Deus graças e bênçãos para todo o povo brasileiro e nos ensine a trilhar o caminho da santidade, vivendo na simplicidade e na pobreza evangélicas.
Raymundo Damasceno Assis
Cardeal arcebispo de Aparecida (SP)
Presidente
José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luis (MA)
Vice-presidente
Leonardo Ulrich Steiner
Bispo auxiliar de Brasília (DF)
Secretário Geral

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Festa de são Felipe e são Tiago


Felipe era natural de Betsaida, na Galiléia. Jesus chamou-o ao apostolado no mesmo dia em que chamou Pedro e André. Obedecendo à voz do Divino Mestre, tornou-se apóstolo. Segundo o evangelista João, Felipe teria conhecido de perto a Jesus e convidou também Natanael a associar-se ao Messias. Três dias depois, acompanhou Jesus às bodas de Caná. Quando Jesus, no discurso de despedida, repetida vezes se rezava ao Pai, pediu-lhe Felipe que lhes mostrasse o Pai, e Jesus respondeu-lhe: “Felipe, quem me vê, vê ao Pai”.
Segundo Clemente de Alexandria, teria sido Felipe aquele apóstolo que pediu ao Divino Mestre licença para sepultar o pai, e de Jesus recebeu a resposta: “Segue-me e deixa os mortos sepultarem os mortos”. Segundo são João Crisóstomo Felipe fora casado e tivera algumas filhas. Segundo alguns autores do primeiro século, Felipe após ter pregado na Judéia, se dirigiu à Cesaréia.
As relíquias de São Felipe estão guardadas numa Igreja de Roma, que é consagrada aos dois santos que celebramos hoje.
Tiago, cognominado o Menor, recebeu, devido à grande santidade, o título de justo. São Paulo chama-o “irmão de Nosso Senhor”, por causa do parentesco próximo com Jesus Cristo. Era filho de Alfeu e Maria; irmão de Judas Tadeu e Simão, o zelador. Chamado por Jesus no segundo ano de sua vida pública, Tiago foi incorporado ao grupo dos Doze.
Segundo são Jerônimo e Epifânio, Jesus, antes de subir ao céu, teria recomendado a Tiago a Igreja de Jerusalém. Certamente por esse motivo os apóstolos, antes da separação, deixaram Tiago como primeiro bispo de Jerusalém. Santo Epifânio elogia em São Tiago a grande pureza, vivendo extraordinariamente uma vida santa e austera.
Após a morte do governador Festo e o do Sumo Sacerdote Anás, os cristãos foram duramente perseguidos pelos judeus, tendo Tiago sido martirizado pelo conselho após testemunhar a verdadeira fé.