Estávamos sentados naquela rocha. Éramos cinco. O Paulo, o Carlos, a Beth, a Clara, e eu. De repente a Beth pediu silêncio. Fizemos silêncio. - Ouçam, disse ela. Há um som gozado vindo lá de longe. Não estão ouvindo? Não estávamos. Três minutos depois, voltamos a conversar. E a Beth concluiu: - Estranho! Eu podia jurar que alguém estava chamando a gente! Aproveitei para falar sobre chamado universal....
O que muitos jovens não sabem, ou porque nunca lhes foi dito ou porque nunca aprofundaram o suficiente, é que, como no caso de Beth, às vezes parecem ouvir dentro de si uma voz que chama. Não sabem quem é, nem para que, nem tampouco tem certeza. O que sentem é que há alguma coisa que os atrai para determinada direção; seja para o bem ou para o mal.
Muitos costumam dizer: Não sei o que é, mas, às vezes, há uma coisa dentro de mim que me leva a fazer o que eu não queria fazer. E tem horas que me sinto leve e feliz porque fiz o que queria, do jeito que queria, e sei que o que fiz foi bonito e deu felicidade a alguém. E então cito a eles um outro rapaz, provavelmente homem feito, que viveu entre o chamado para o bem e o que lhe parecia um convite para o mal. Chamava-se Paulo de Tarso e numa carta aos romanos (Rm 7,15) assim desabafava: "Em verdade não entendo o que faço. Não faço o bem que quero, mas faço o mal que não quero".
Não imagino que Paulo tenha descoberto isso apenas na idade adulta. Desde jovem era perseguido por essa dualidade. Somos todos assim. Há momentos em que tendemos para o bem e o momentos em que tendemos para o mal. Mas, se quiser saber, sou daqueles que pensam conhecer o suficiente a pessoa humana para dizer que no geral, apesar de tantas falhas, fraquezas, quedas e tentações, o chamado mais constante é para o bem.
Se você observar os minutos de seu dia verá que, desde que se levanta até o momento de dormir, desde os mínimos gestos, olhares e atitudes, as chances de estar bem e fazer o bem são maiores do que chances para fazer o mal. Nós é que damos importância demasiada ao que fazemos de errado ou ao que nos acontece de errado. Na matemática da vida somos péssimos contabilistas. Registramos em detalhes as cinco ou seis experiências negativas do dia e as rodeamos com um círculo vermelho para acentuá-las, e esquecemos as mais de mil experiências agradáveis ou positivas [...] É claro que há um chamado no ar. Não ouvimos porque, ou não sintonizamos, ou não ligamos nosso interior, ou temos as pilhas descarregadas, ou não nos conectamos com a corrente da vida.
O chamado está no ar. O que falta é captá-lo. Não acusemos aquele que chama porque ainda não nos chamou. Chamou sim! O problema talvez esteja em nós: má sintonia, sintonia errada, desligamenteo, falta de energia no interior, barulho demais ao nosso redor, ruído excessivo dentro de nosso transmissores. Outros estão ouvindo. Sinal de que o chamado continua. O problema pode ser seu... e meu também.
Há um chamado no ar. Você está ouvindo?
pe. ZezinhoMuitos costumam dizer: Não sei o que é, mas, às vezes, há uma coisa dentro de mim que me leva a fazer o que eu não queria fazer. E tem horas que me sinto leve e feliz porque fiz o que queria, do jeito que queria, e sei que o que fiz foi bonito e deu felicidade a alguém. E então cito a eles um outro rapaz, provavelmente homem feito, que viveu entre o chamado para o bem e o que lhe parecia um convite para o mal. Chamava-se Paulo de Tarso e numa carta aos romanos (Rm 7,15) assim desabafava: "Em verdade não entendo o que faço. Não faço o bem que quero, mas faço o mal que não quero".
Não imagino que Paulo tenha descoberto isso apenas na idade adulta. Desde jovem era perseguido por essa dualidade. Somos todos assim. Há momentos em que tendemos para o bem e o momentos em que tendemos para o mal. Mas, se quiser saber, sou daqueles que pensam conhecer o suficiente a pessoa humana para dizer que no geral, apesar de tantas falhas, fraquezas, quedas e tentações, o chamado mais constante é para o bem.
Se você observar os minutos de seu dia verá que, desde que se levanta até o momento de dormir, desde os mínimos gestos, olhares e atitudes, as chances de estar bem e fazer o bem são maiores do que chances para fazer o mal. Nós é que damos importância demasiada ao que fazemos de errado ou ao que nos acontece de errado. Na matemática da vida somos péssimos contabilistas. Registramos em detalhes as cinco ou seis experiências negativas do dia e as rodeamos com um círculo vermelho para acentuá-las, e esquecemos as mais de mil experiências agradáveis ou positivas [...] É claro que há um chamado no ar. Não ouvimos porque, ou não sintonizamos, ou não ligamos nosso interior, ou temos as pilhas descarregadas, ou não nos conectamos com a corrente da vida.
O chamado está no ar. O que falta é captá-lo. Não acusemos aquele que chama porque ainda não nos chamou. Chamou sim! O problema talvez esteja em nós: má sintonia, sintonia errada, desligamenteo, falta de energia no interior, barulho demais ao nosso redor, ruído excessivo dentro de nosso transmissores. Outros estão ouvindo. Sinal de que o chamado continua. O problema pode ser seu... e meu também.
Há um chamado no ar. Você está ouvindo?
Extraído do livro: Senhor que queres que eu faça?
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