sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Parábola do Mar da Galiléia e Mar Morto


Na Terra Santa encontramos dois mares bem conhecidos. Embora alimentados pelo mesmo rio Jordão, eles são, no entanto, totalmente distintos um do outro.
O Mar da Galiléia é de água doce e contém muitos peixes. Seu litoral é salpicado por cidades e aldeias lindas. As colinas que rodeiam o mar são férteis e verdejantes.
O outro mar é o Mar Morto. É célebre pela sua densidade de sais minerais. Não tem peixe e nem os vegetais têm condições de vida. Seus arredores são desertos. Não existe área verde. O Mar Morto apresenta um aspecto desolador.
Donde vem a diferença? A explicação é simples e simbólica. O mar da Galiléia recebe, pelo norte, as águas do Rio Jordão, com toda a sua carga de vida e fertilidade. Porém, não guarda para si esta fertilidade. As águas seguem seu curso rumo para o sul. É um mar que recebe a água do Hermon e das colinas do Golan. Riquíssimo em água e vegetação. O mar da Galiléia não vive para si, reparte tudo aquilo que recebe de cima.
No entanto, o Mar Morto é, totalmente diferente. Recebe igualmente a água do rio Jordão, mas retém esta água para si. Não possui saída. Enquanto as águas se evaporam, todos os sais minerais em suspensão se acumulam no enorme recipiente fechado. A excessiva saturação é estéril. Não permite vegetação alguma. Não tem vida. É um mar que mata. É o Mar Morto.
Existem igualmente duas classes de pessoas. E, para começar, encontramos pessoas que nada guardam para si mesmas, nem seus sonhos, nem seus talentos. Colocam tudo em comum, à disposição dos outros. Tornam-se assim bem aceitas e são estimadas pelos outros. Tais pessoas são “vivificadoras”. Seu calor humano, sua caridade, sua disponibilidade e seu dom de partilhar com os outros irradiam em redor delas confiança, alegria, vida. É muito bom conviver com essas pessoas; é gratificante ver como estas seguem o Senhor e são testemunhas vivas Dele...E tudo isso porque elas possuem a arte de nada guardarem para si mesmas, porque aprenderam do nosso único Mestre, que não veio para ser servido mas para servir e dar a vida por todos.
Desgraçadamente encontramos pessoas totalmente diferentes. São aquelas que vivem para si mesmas. Acumulam, porém, somente para si; não sabem colocar-se à serviço e não querem escutar a voz de Deus em suas vidas. Sofrem de uma tríplice enfermidade: avidez, ambição e dominação. Ignoram sua enfermidade, porém sofrem e fazem sofrer. E esta doença as leva à morte. Umas não são simpáticas e nem atraentes, isolam-se; outras são simpáticas para dominarem aquelas pessoas que admiram; outras ainda pensam já ter feito tudo o que necessita e que lhes assegura uma tranqüilidade na consciência. Umas e a outras não irradiam luz e nem calor. Deterioram o clima e o ambiente. Tudo o que é vida, criatividade, espontaneidade desaparecem ao seu redor, porque estas fazem tudo menos responder com todo o seu ser ao chamado de Deus. Estas formam realmente um Mar Morto. E você com quem se parece?

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