Um dos grandes fatos na Historia de Imperatriz, que culminaram inclusive na fama que a cidade teve nos anos 80 de capital da pistolagem, foi o assassinato do Padre Jósimo Tavares, executado no dia 10 de maio de 1986 nas escadarias do prédio onde funcionava a CPT (Comissão Pastoral da Terra).
O trabalho do pe. Josimo junto aos camponeses do Bico do Papagaio, região norte do hoje atual Tocantins, e zona de violentos conflitos pela posse da terra e de grilagem institucional, incomodava os fazendeiros latifundiários e especuladores da terra. Gente poderosa e que tinham, por vezes, homens da lei a seu favor. Depois de investigações da policia foram autuados como mandantes do crime: João Batista de Castro Neto, Pedro Vilarino Ferreira, este morto em 2006, irmão de José Helvécio Vilarino, também envolvido. Osvaldino Teodoro da Silva um dos mandantes do assassinato foi condenado à pena de 16 anos e 06 meses de prisão, pela maioria do corpo de jurados, em 15 de setembro de 2010. Na sentença a juíza Samira Barros Heluy destacou: “As conseqüências do crime foram graves ante a perda repentina de pessoa bastante respeitada na região, pela sua reconhecida atuação como líder religioso, cuja morte, ainda hoje, é sentida no seio das comunidades nas quais desenvolvia suas atividade, bem como nos movimentos sociais, com repercussão nacional e internacional”.
Sabendo que estava jurado de morte, pe. Josimo escreveu em 1986 uma mensagem que se tornou seu testamento: “Tenho que assumir. Estou empenhado na luta pela causa dos lavradores indefesos, povo oprimido nas garras do latifúndio. Se eu me calar, quem os defenderá? Quem lutará em seu favor? Eu, pelo menos, nada tenho a perder. Não tenho mulher, filhos, riqueza… Só tenho pena de uma coisa: de minha mãe, que só tem a mim e ninguém mais por ela. Pobre. Viúva. Mas vocês ficam aí e cuidam dela. Nem o medo me detém. É hora de assumir. Morro por uma causa justa. Agora, quero que vocês entendam o seguinte: tudo isso que está acontecendo é uma conseqüência lógica do meu trabalho na luta e defesa dos pobres, em prol do Evangelho, que me levou a assumir essa luta até as últimas conseqüências. A minha vida nada vale em vista da morte de tantos lavradores assassinados, violentados, despejados de suas terras, deixando mulheres e filhos abandonados, sem carinho, sem pão e sem lar".
O trabalho do pe. Josimo junto aos camponeses do Bico do Papagaio, região norte do hoje atual Tocantins, e zona de violentos conflitos pela posse da terra e de grilagem institucional, incomodava os fazendeiros latifundiários e especuladores da terra. Gente poderosa e que tinham, por vezes, homens da lei a seu favor. Depois de investigações da policia foram autuados como mandantes do crime: João Batista de Castro Neto, Pedro Vilarino Ferreira, este morto em 2006, irmão de José Helvécio Vilarino, também envolvido. Osvaldino Teodoro da Silva um dos mandantes do assassinato foi condenado à pena de 16 anos e 06 meses de prisão, pela maioria do corpo de jurados, em 15 de setembro de 2010. Na sentença a juíza Samira Barros Heluy destacou: “As conseqüências do crime foram graves ante a perda repentina de pessoa bastante respeitada na região, pela sua reconhecida atuação como líder religioso, cuja morte, ainda hoje, é sentida no seio das comunidades nas quais desenvolvia suas atividade, bem como nos movimentos sociais, com repercussão nacional e internacional”.
Sabendo que estava jurado de morte, pe. Josimo escreveu em 1986 uma mensagem que se tornou seu testamento: “Tenho que assumir. Estou empenhado na luta pela causa dos lavradores indefesos, povo oprimido nas garras do latifúndio. Se eu me calar, quem os defenderá? Quem lutará em seu favor? Eu, pelo menos, nada tenho a perder. Não tenho mulher, filhos, riqueza… Só tenho pena de uma coisa: de minha mãe, que só tem a mim e ninguém mais por ela. Pobre. Viúva. Mas vocês ficam aí e cuidam dela. Nem o medo me detém. É hora de assumir. Morro por uma causa justa. Agora, quero que vocês entendam o seguinte: tudo isso que está acontecendo é uma conseqüência lógica do meu trabalho na luta e defesa dos pobres, em prol do Evangelho, que me levou a assumir essa luta até as últimas conseqüências. A minha vida nada vale em vista da morte de tantos lavradores assassinados, violentados, despejados de suas terras, deixando mulheres e filhos abandonados, sem carinho, sem pão e sem lar".
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