Numa unica visita, muitos significados. Uma visita de amizade. Uma visita de solidariedade. Um encontro entre o Antigo e o Novo Testamento. O Antigo prepara o terreno para a semeadura do Novo. O Novo, porém, desborda as expectativas do Antigo. A esperança humana, de fato, é sempre menor que o dom divino.
Só Lucas fala da Visitação de Maria à prima Isabel. Mediante Maria, obediente à Palavra, Deus visita o seu povo e é por ele reconhecido. Esse reconhecimento é a meta do seu plano (cf Gl 4,4), o objetivo de seus esforços (cf (,44;13,34), O cumprimento da história como história da salvação (cf. Rm 11,25-36). Nesse sentido, a Visitação - sem prejuízo de outros aspectos - é a alegria final do encontro, sempre desejado, mas sempre dificultado, entre o Esposo e a esposa, tematizado no Cântico dos Cânticos. A visita do Senhor - levado no seio da Senhora Mãe - é o sentido último da história universal.
Isabel (nome que quer dizer "o meu Deus é plenitude", "o meu Deus é cumprimento") está grávida de dois mil anos de espera. Maria leva - em seu seio o Esperado dos séculos. O encontro das duas mulheres é o encontro entre o Antigo e o Novo Testamento, entre a promessa e sua realização.
Duas mulheres - a figura feminina é símbolo de abertura e acolhimento - se saúdam e se acolhem. Em sua recíproca acolhida, é reconhecido o próprio Senhor, que é Acolhimento absoluto.
Pe. Antonio Almeida - Diocese de Apucarana
Fonte: O pão nosso de cada dia - Subsídio litúrgico-catequético mensal
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