Ricardo André Borello nasceu em Mango, perto de Alba, Itália, em 8 de março de 1916. Santificou toda a sua juventude na oração e no trabalho, seguindo o exemplo de São José. Aceitou e ofereceu o trabalho como meio de santificação própria e de redenção da humanidade. Parcipou da Ação Católica, pela qual nutria grande entusiasmo.
Após ler a biografia do venerável Majorino Vigolungo, se identificou com sua vida e história e, aos 20 anos, exatamente em 8 de julho de 1936, respondendo ao chamado de Deus, ingressou, como aspirante, na Congregação dos Padres e Irmãos Paulinos. Com a intenção de fazer da vida uma oferta viva para a glória de Deus e o bem da humanidade, consagrou-se totalmente ao Senhor com a profissão religiosa. Seguindo o exemplo de São José, colaborou com os sacerdotes paulinos na obra de evangelização com os meios de comunicação social. Oferecia o trabalho e a oração para a própria santificação e a redenção da humanidade.
Sempre humilde, disponível, vivia sua vocação e missão de Paulino como Irmão Religioso. Ofereceu a própria vida para o desenvolvimento da Congregação e para que todos os chamados fossem fiéis a graça da vocação. Irmão André Borello sentia-se indigno dessa graça tão grande e pedia que o ajudassem com a oração: "Pedi ao Senhor que me conceda a graça da humildade". Sempre se distinguiu por duas virtudes: a humildade e a disponibilidade. "Que bom viver ao lado de sacerdotes e sentir e pensar nas necessidades das almas, em união com eles, como a mãe pensa e sente as necessidades dos seus filhos". São palavras que exprimem a profundidade da sua intuição vivida na correspondência à sua vocação e missão de Paulino.
Em março de 1948, motivado pelo grande amor à própria vocação e aos Paulinos, e com o consentimento do seu diretor espiritual, ofereceu-se a Deus como vítima pelo desenvolvimento da Congregação e para que todos os Discípulos do Divino Mestre fossem fiéis à graça da vocação. Essa intenção, aceita por Jesus Mestre, o acompanhou até a morte: "Sinto em mim uma coisa que me faz sofrer muito: é o fato de alguns não serem fiéis à própria vocação". Em 1948, foi acometido por tuberculose, vindo a falecer em 4 de setembro, com 32 anos.
Um fato curioso aconteceu nesse dia: no coração da noite, exatamente às 2:30 horas, o som do sino na casa de Sanfré fez estremecer a comunidade. Um engano? Uma brincadeira? Nenhuma explicação. Ninguém havia tocado na corda do sino, que soou por alguns minutos como anunciando uma festa. Neste instante, Borello deixava este mundo. Aos irmãos da Congregação deixou esta mensagem: "Amemo-nos uns aos outros. Adeus até o céu".
Padre Alberione assim escreveu: "Na luz de São José, o Irmão André Borello teve pressa de moldar toda sua vida com piedade reparadora, com habitual recolhimento e silêncio, com serena docilidade na participação generosa no apostolado mediante a técnica e a propaganda, com permanente busca da perfeição do Paulino. No leito de morte, renovou a ofera de sua vida para a fidelidade de todos os chamados".
Em 03 de março de 1990, João Paulo II assinou o Decreto que reconhecia a heroicidade do Irmão Ricardo André Maria Borello e o proclamou venerável.
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