sexta-feira, 6 de maio de 2016

Rezava pela sua carreira no futebol, mas Deus o chamou a ser padre

Quando o americano Chase Hilgenbrinck começava a se destacar no futebol profissional, Deus o chamou ao sacerdócio. Deixou sua carreira no Chile e com muito esforço foi ordenado presbítero em 2014. Dentro de alguns dias, voltará ao país sul-americano para celebrar uma missa e compartilhar seu testemunho.
Segundo Chase desde criança, todo domingo, seus pais o levavam junto com seu irmão Blaise à Missa. Ambos foram coroinhas da Holy Trinity Church em Bloomington, Illinois.
Desde jovem Chase e seu irmão jogavam futebol, mas Chase era melhor e chegou a estar na seleção nacional sub17 dos Estados Unidos.
Quando chegou à Universidade de Clemson, Chase continuou jogando futebol, mas não deixou de lado sua fé. Em certa ocasião, uma jovem e um sacerdote lhe perguntaram se alguma vez havia pensado servir a Deus plenamente. “No fundo pensava que não, de jeito nenhum”, recorda.
Ao se graduar na universidade de Clemson em 2004, foi convidado para jogar no Chile. Ali passou por várias equipes como o Huachipato e o Ñublense durante três anos.
No Chile continuou ajudando os outros. Seus pais se recordam que, em certa ocasião ele  obteve um prêmio por ter sido o “jogador da equipe”. Com o dinheiro, comprou materiais esportivos e os doou a uma escola pobre.
O jovem recorda que “como estava sozinho em outro país, com uma cultura e idioma diferente, procurei muito dentro de minha alma”.
Os primeiros tempos no Chile foram duros, se sentia “muito sozinho e não foi o que esperava de um jogador de futebol profissional. Pensei que haveria fama, com amigos, com muitas pessoas. Ao final, sabia que estava brigando por um lugar em uma equipe onde não me conheciam. Não foi fácil”. Um dia, “rezando em uma igreja encontrei minha paz. Era inverno no Chile, chovia muito, estava congelado e me sentei sozinho na igreja da Assunção. Estava rezando em frente ao tabernáculo. Sozinho frente ao Senhor! Rezava pedindo para ficar bem, ter mais paz e que tudo desse certo no futebol. E justo aí, em silêncio, eu escutava no fundo de meu coração, escutava em inglês: ‘be my priest’ (serás meu sacerdote). E não conseguia acreditar”. Essa experiência, explicou Chase, “era muito incômoda, eu não queria escutá-lo. Eu lhe dizia (a Deus) ‘não sabe o que está dizendo!’. Eu estava convencido, aquela proposta não era algo que eu  sonhava, nunca havia pensando nisto e não o queria. Mas sabia que era o chamado do Senhor”. Chase continua: “Eu o escutava e continuava com minha vida, mas as coisas começaram a mudar”. Com a oração, os sacramentos, inclusive a confissão, foi fortalecendo sua relação com Cristo e os temores ou “barreiras” ao seu redor começaram a cair.
Em 2007, quando já estava decidido sobre sua vocação, escreveu ao responsável pela pastoral vocacional de Peoria, Pe. Brian Brownsey. O sacerdote lhe pediu um grande desafio. Tinha que escrever uma autobiografia de 20 páginas e enviar respostas a várias perguntas.
Chase não havia dito nada a ninguém sobre sua mudança na escolha vocacional: nem a sua namorada, nem a sua família com quem rezava diante a imagem de Nossa Senhora desde criança para pedir pelas futuras esposas dele e do seu irmão.
Quando voltou para os Estados Unidos, já havia terminado com a sua namorada.
No dia que terminou o seu desafio, Chase chamou seu irmão e seus pais e pediu para que comprassem champanhe e o encontrassem na Igreja Holy Trinity. Contou-lhes sobre sua decisão de ser padre em frente à imagem da Virgem. “ A reação deles? Foram muito amorosos e me apoiaram”.
Antes de ingressar no St. Mary’s Seminary, Chase jogou em duas equipes: no Colorado Rapids e no New England. O contrato com a segunda equipe acabava no dia 1º de julho, a mesma data na qual esperavam o ingresso dos novos seminaristas, algo que ele entendeu como um sinal providencial.
“Quero ser uma luz para Cristo. Isto se trata Dele, não de mim”, afirma.
Fonte: ACI Digital

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