Alexis Carrel (1873-1944) é um daqueles raros personagens que enriqueceram o mundo em vários campos. Nascido em Saint-Foy-lés-lion, na França, foi cirurgião, biólogo, sociólogo e escritor. Graduou-se em medicina pela universidade de Lion em 1900. Entre 1901 e 1902, desenvolveu o método de sutura de vasos sanguíneos. Em 1905, emigrou para os EUA, onde fez transplantes renais em animais e pesquisou técnicas de conservação extracorpórea de tecidos em culturas de laboratório. Recebeu o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia, em 1912, em vista das pesquisas em microcirurgia vascular. Durante a I Guerra Mundial atuou como médico voluntário no exército francês, tratando ferimentos em soldados com um antisséptico (fluído Carrel-Dakin), descoberto por ele e pelo químico inglês Hensry D. Dakin. Em 1936, desenvolveu um protótipo de coração artificial. Como sociólogo, escreveu, em 1935, o livro "O Homem, esse desconhecido". Retornou definitivamente à Franca em 1938. O seu livro "Reflexões sobre a conduta da vida" só foi editado após a morte, ocorrida em Paris, em 1944.
Conversão
Alexis Carrel tornou-se descrente na juventude e cresceu respirando o positivismo materialista. Formou-se em medicina com a fama de ser irascível e orgulhoso. Aos poucos, durante suas pesquisas, continuava cético em relação à fé cristã, mas não deixava de se preocupar com a "busca sincera e sequiosa da verdade". Ele a encontrou ao receber, num dia de 1902, em Lyon, o convite de um amigo médico para que acompanhasse uma paciente, com pertonite tuberculusoa em estágio terminal e desenganada pela medicina, até a cidade de Lourdes. E lá se foi Carrel, convencido que a jovem paciente, Marie Bailly, morreria em trânsito. Em meio a gemidos, a jovem chegou a Lourdes, mas precisou de socorro médico urgente, pois queimava em febre e vomitava sem parar. Não lhe permitiram acompanhar outros enfermos à piscina, ao lado da gruta. Em cadeira de rodas, aspergiram por três vezes a água sobre seu ventre inchado e coberto com uma manta. Atrás da cadeira, o cético Carrel murmurava: "Se acontecer um milagre, eu me converto". Após a terceira aspersão, a febre cedeu, o ventre se desinchou e Marie levantou-se. Foi consultada por uma equipe médica e ouviu o diagnóstico: estava curada. Perplexo, Alex Carrel iniciou aí o seu lento processo de conversão, que o acompanhou durante toda a sua vida de cientista. Mais tarde, escreveu que "a religião traz ao homem uma força interior, a luz espiritual e um inefável estado de paz". Marie Bailly morreria com a idade de 58 anos.
Entre muitas lições do grande biólogo, vamos conhecer esta: "Um grande artista, um grande cientista, um grande filósofo é geralmente um homem comum em que uma função se hipertrofiou. (...) A sua desarmonia gera o processo de
Alexis carrel foi um homem notavel....recomendo os 2 fantasticos livros...O HOMEM ,ESSE DESCONHECIDO".....o outro é "O HOMEM PERANTE A VIDA" verdadeiras preciosidades!
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