domingo, 22 de abril de 2012

Fausto Tentorio - sangue fecundo


Fausto Tentorio nasceu no dia 7 de janeiro de 1952, em Santa Maria de Rovegnate, e cresceu em Santa Maria Hoé, na região de Lecco, norte da Itália. Foi ordenado sacerdote em 1977 e partiu para as Filipinas no ano seguinte. Trabalhou nas missões de Ayala, Zamboanga e, depois, em Columbio, Sultan Kudarat, em zona habitada por cristãos, muçulmanos  e indigenas. Em seguida foi trabalhar com os nativos do Vale Arakan, chamados de manobos. Ultimamente, era também o coordenador diocesano para as populações indígenas e diretor da escola paroquial de Ensino Médio, com cerca de 350 estudantes.
Padre Fausto foi assassinado na manhã do dia 17 de outubro do ano passado. Estava saindo de casa, de carro, para se dirigir a Kidapawan, a 60 quilômetros da missão, para um encontro diocesano, quando alguém, com o rosto coberto aproximou-se e o atingiu com diversos tiros nas costas e dois na cabeça, fugindo em seguida, com outro cúmplice, que o aguardava em uma motocicleta.
Segundo Mindanao, um missionário espanhol,padre Fausto "era um personagem que incomodava, porque mostrava aos indigenas os seus direitos, despertava-lhes a consciência civil, as suas responsabilidades e possibilidades. Este empenho refletia-se, sobretudo, nas disputas das terras que as grandes companhias mineradoras ou grandes latifundiários queriam tirar dos indigenas".
Depois de sua morte, pe. Fausto deixa a si mesmo de herança aos Manobo, em seu testamento: "o sonho de vocês é o meu sonho. A luta de vocês é a minha luta. Então, vocês e eu somos um: parceiros na construção do Reino de Deus".
Padre Fausto é o terceiro mártir do Pime nas Filipinas. O primeiro foi o padre Tulio Favali, assassinado em Tulunan, em abril de 1985. O segundo foi o padre Salvatore Carzedda, morto em Zamboanga, em maio de 1992.
Fonte: Revista Mundo e Missão - abril/2012

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