terça-feira, 31 de maio de 2011

Festa da Visitação de Nossa Senhora - Lc 1,39-56

Numa unica visita, muitos significados. Uma visita de amizade. Uma visita de solidariedade. Um encontro entre o Antigo e o Novo Testamento. O Antigo prepara o terreno para a semeadura do Novo. O Novo, porém, desborda as expectativas do Antigo. A esperança humana, de fato, é sempre menor que o dom divino.
Só Lucas fala da Visitação de Maria à prima Isabel. Mediante Maria, obediente à Palavra, Deus visita o seu povo e é por ele reconhecido. Esse reconhecimento é a meta do seu plano (cf Gl 4,4), o objetivo de seus esforços (cf (,44;13,34), O cumprimento da história como história da salvação (cf. Rm 11,25-36). Nesse sentido, a Visitação - sem prejuízo de outros aspectos - é a alegria final do encontro, sempre desejado, mas sempre dificultado, entre o Esposo e a esposa, tematizado no Cântico dos Cânticos. A visita do Senhor - levado no seio da Senhora Mãe - é o sentido último da história universal.
Isabel (nome que quer dizer "o meu Deus é plenitude", "o meu Deus é cumprimento") está grávida de dois mil anos de espera. Maria leva - em seu seio o Esperado dos séculos. O encontro das duas mulheres é o encontro entre o Antigo e o Novo Testamento, entre a promessa e sua realização.
Duas mulheres - a figura feminina é símbolo de abertura e acolhimento - se saúdam e se acolhem. Em sua recíproca acolhida, é reconhecido o próprio Senhor, que é Acolhimento absoluto.
Pe. Antonio Almeida - Diocese de Apucarana
Fonte: O pão nosso de cada dia - Subsídio litúrgico-catequético mensal

quinta-feira, 26 de maio de 2011

terça-feira, 24 de maio de 2011

Será realizado no período de 24 a 29, em Itaicí, Indaiatuba (SP), o 2º Congresso Latino-americano e Caribenho do Diaconado Permanente, promovido pelo Departamento de Vocações e Ministérios do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM). O secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner participará do evento. “No dia 24, a missa de abertura eu celebrarei”, destacou o secretário geral.

Durante os seis dias de encontro, os participantes, representando todos os países da América do Sul, América Central e Caribe, alem da delegação mexicana e observadores da Europa e Estados Unidos, irão refletir o lema “Os diáconos: apóstolos nas novas fronteiras (DA 208)”. O objetivo geral do Congresso é refletir sobre a realidade pastoral da Igreja e do diaconato na América Latina e caribenha para fortalecer o apostolado dos diáconos na missão permanente das novas fronteiras, em consonância dom a Conferência de Aparecida.

Os desafios pastorais e a realidade cultural atual, além da partilha de experiências significativas pastorais das diversas regiões, bem como sugerir ações pastorais possíveis para diáconos em novas demandas da Missão Continental e novas fronteiras, serão os destaques do Congresso.

No sábado, dia 28, os Congressistas farão uma peregrinação a Aparecida, onde será celebrada uma missa na Basílica Nacional, com transmissão pela TV, e sequência dos trabalhos de reflexão no Anfiteatro do sub-solo da Basílica.

O encerramento será no dia 29 com uma missa na Igreja de Vila Kostka em Itaicí, Indaiatuba (SP).

Fonte: site CNBB

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Por que rezar pelas vocações?

Para responder a esta pergunta, quero primeiramente tentar explanar o tema da oração. Logo quando pensamos em rezar nos vem à mente alguma prática piedosa de contato com o Transcendente. Alguma novena, algum terço ou outras maneiras de aproximarmo-nos de Deus. Acredito que tudo seja válido. No entanto, a oração é mais que isto.

Os santos muito nos inspiram e ajudam a compreender o que é a oração, já que fizeram verdadeiras experiências de vida oracional. A Doutora da Igreja, Terezinha do Menino Jesus, nos indica que a “oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado ao céu, um grito de reconhecimento e amor no meio da provação ou no meio da alegria”. Já para João Damasceno a oração “é a elevação da alma a Deus ou o pedido a Deus dos bens convenientes”. Santo Agostinho nos ajuda neste tema da oração lembrando que “é o encontro entre a sede de Deus e a nossa. Deus tem sede de que nós tenhamos sede dele”. Ainda mais contemporânea, Chiara Lubich (Fundadora do Movimento dos Focolares) nos insere na realidade da oração indicando “que é diálogo, comunhão, relação intensa de amizade... é escolher Deus como único ideal, como o tudo de nossa vida... é dizer-lhe sinceramente: ‘Meu Deus e meu tudo’; ‘Eu te amo’; ‘Sou inteiramente teu, inteiramente tua’; ‘És Deus, és meu Deus, o nosso Deus de amor infinito!’”

Como vimos, rezar é estabelecer o diálogo sincero. É estar-permanecer-ficar com Deus, assim como se tem vontade de estar com um amigo. Deus é o amigo da humanidade que se compadece, olha com a misericórdia, elevando-nos e indicando a contemplarmos a Sua Vontade.

Se chegamos (com a ajuda das testemunhas do Reino que já contemplaram a face do Cristo, Bom Pastor, Amigo da humanidade) a conclusão de que a oração é o diálogo que mais agrada a Deus, pois nos lança na experiência manifestarmos nossa confiança Nele através de nossos pedidos, de exaltá-Lo pela nossa gratidão e de louvar-reverenciar Aquele que revelou a alegria de conviver e partilhar uma experiência que se estende ao mundo inteiro, pois é pautada na liberdade de abandonar-se e entregar-se unicamente ao nosso Amor Indivisível, então somos convidados a cultivar esta relação que fomos chamados a viver.

No Evangelho de São Mateus, no capítulo 9, versículos 36-38 nos indica o seguinte texto: “Ao ver as multidões, Jesus encheu-se de compaixão por elas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse aos discípulos: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita!” Jesus vê a realidade do povo, é movido interiormente pela situação e nos faz um apelo: “Pedi, pois, ao Senhor da colheita...”. Quem ao pedido de um amigo (muito caro) não se colocaria à disposição? Ainda mais sendo algo que podemos (não nos custa) fazer? Se compreendemos a oração como amizade com Deus e este amigo nos faz um pedido, então, mais do que nunca devemos estar atento a corresponder com esta ação de petição.

Aqui já teríamos razão suficiente para fazer de nossa vida uma existência voltada para este pedido do Amigo da Humanidade. Rezar pelas vocações (pelos que virão, pelos que estão respondendo e pelos que já responderam).

Além disso, como não somos inertes no mundo, percebemos a plena realidade que nos circunda. Mediante a tantos apelos que nos provocam reconhecemos que nosso povo ainda “caminha como ovelhas sem pastor” (Mc 6,30) e que sedento busca a “fonte de água viva” (Jo 4,10). Hoje temos pessoas que avaliando e percebendo o testemunho que quem já provou desta água também quer experimentar “a água que se tornou dentro dele (vocacionado) fonte que jorra para a vida eterna” (Jo 4, 14), pois a vida se transforma, toma nova dimensão, novo caminho, novo rumo. Encontramos a via: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6), e nos aproximamos daquele que é o modelo no seguimento. Configuramo-nos a Ele, queremos ser e viver Nele.

Meditante a necessidade de mais pessoas autênticas em viver a proposta do Reino, pessoas que sejam capazes testemunhar a Vida, de entregar e configura-se, anunciando o “Novo Céu e a nova Terra” (Ap 21,1), é que rezamos pedindo pelas vocações. Lembrando que o Batismo nos abre para a proposta vocacional, pedimos por todos, para que nossa Igreja seja mais comprometida. Para que nossas comunidades sejam um reflexo do Amor de Deus. Para que o mundo seja uma fonte de esperança. E, para que, sejamos abertos, disponíveis e prontos na nossa resposta generosa ao diálogo de Amor que Deus estabelece com o ser humano, pois a vocação é justamente este diálogo.

Assim, a necessidade de se rezar pelas vocações é um cumprimento evangélico e um olhar atento à realidade.

“Amigo da Humanidade, vós sois o Cristo, o Bom Pastor! Tomai-nos ao vosso serviço, nós que vimos a verdadeira luz” (CD Luz da Luz – faixa 16 – Frei José Moacyr Cadenassi). Que Jesus seja nossa inspiração para pedirmos ao Pai pessoas que estejam dispostas a assumir o Reino com sua vida, pois “a messe é grande e os trabalhadores são poucos”.

Pe. Valdecir Ferreira - Assessor PV/SAV – Regional Sul 2

terça-feira, 17 de maio de 2011

25 anos do assassinato de pe. Josimo

Um dos grandes fatos na Historia de Imperatriz, que culminaram inclusive na fama que a cidade teve nos anos 80 de capital da pistolagem, foi o assassinato do Padre Jósimo Tavares, executado no dia 10 de maio de 1986 nas escadarias do prédio onde funcionava a CPT (Comissão Pastoral da Terra).
O trabalho do pe. Josimo junto aos camponeses do Bico do Papagaio, região norte do hoje atual Tocantins, e zona de violentos conflitos pela posse da terra e de grilagem institucional, incomodava os fazendeiros latifundiários e especuladores da terra. Gente poderosa e que tinham, por vezes, homens da lei a seu favor. Depois de investigações da policia foram autuados como mandantes do crime: João Batista de Castro Neto, Pedro Vilarino Ferreira, este morto em 2006, irmão de José Helvécio Vilarino, também envolvido. Osvaldino Teodoro da Silva um dos mandantes do assassinato foi condenado à pena de 16 anos e 06 meses de prisão, pela maioria do corpo de jurados, em 15 de setembro de 2010. Na sentença a juíza Samira Barros Heluy destacou: “As conseqüências do crime foram graves ante a perda repentina de pessoa bastante respeitada na região, pela sua reconhecida atuação como líder religioso, cuja morte, ainda hoje, é sentida no seio das comunidades nas quais desenvolvia suas atividade, bem como nos movimentos sociais, com repercussão nacional e internacional”.
Sabendo que estava jurado de morte, pe. Josimo escreveu em 1986 uma mensagem que se tornou seu testamento: “Tenho que assumir. Estou empenhado na luta pela causa dos lavradores indefesos, povo oprimido nas garras do latifúndio. Se eu me calar, quem os defenderá? Quem lutará em seu favor? Eu, pelo menos, nada tenho a perder. Não tenho mulher, filhos, riqueza… Só tenho pena de uma coisa: de minha mãe, que só tem a mim e ninguém mais por ela. Pobre. Viúva. Mas vocês ficam aí e cuidam dela. Nem o medo me detém. É hora de assumir. Morro por uma causa justa. Agora, quero que vocês entendam o seguinte: tudo isso que está acontecendo é uma conseqüência lógica do meu trabalho na luta e defesa dos pobres, em prol do Evangelho, que me levou a assumir essa luta até as últimas conseqüências. A minha vida nada vale em vista da morte de tantos lavradores assassinados, violentados, despejados de suas terras, deixando mulheres e filhos abandonados, sem carinho, sem pão e sem lar".

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Novo presidente Comissão Ministérios Ordenados e Vida Consagrada


O arcebispo de Palmas, no Tocantins, dom Pedro Brito Guimarães, foi eleito presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada. A eleição aconteceu no segundo escrutínio, quando dom Pedro recebeu 162 votos. Na primeira votação recebeu 104, forçando um segundo escrutínio por não ter alcançado a maioria absoluta.

As votações estão ocorrendo ao longo das sessões desta terça-feira, no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho, em Aparecida (SP), onde ocorre, desde o dia 4, a 49ª Assembleia Geral da CNBB.

Dom Pedro sucederá ao bispo de Santarém (PA), dom Esmeraldo Barreto de Farias. A duração do mandato é de quatro anos.

Fonte site CNBB

segunda-feira, 9 de maio de 2011

VÍGILIA PELO DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES – 15 de maio de 2011

Proposta de ambientação: Música de fundo suave; Muitas flores diante do altar; Velas e sinais vocacionais (bíblia, sandália, rede, barco, frases vocacionais e outros); Poderia se manter somente as velas acesas e espalhar velas em vários pontos do ambiente para criar um clima de recolhimento.

ANIMADOR: Por ocasião do 48.º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que será celebrado no dia 15 de Maio de 2011, IV Domingo de Páscoa, como Igreja nos reunimos nesta vigília para cumprir o mandato do Senhor: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe» (Mt 9, 36-38).

ACOLHIDA: Irmãos e irmãs, sejam bem-vindos e bem-vindas a esta Hora Santa que iniciamos: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A graça do Pai que nos dá o verdadeiro “Pão do Céu”, o amor do Filho que se faz alimento de nossa caminhada e a ação do Espírito Santo que nos une em comunidade de fé e de amor, estejam convosco.

Todos: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

ANIMADOR: Irmãos estamos reunidos nesta noite para nos sentirmos mais Igreja e para rezar pelas vocações. Toda celebração é um acontecimento vocacional. Cada um de nós não pode deixar de reconhecer a própria vocação pessoal, não pode deixar de ouvir a voz do Pai que, no Filho, pela força do Espírito, o chama a doar-se igualmente pela salvação do mundo. A oração também se torna caminho para o discernimento vocacional, não só porque Jesus mesmo convidou a rogar ao dono da messe, mas porque é somente na escuta de Deus que podemos chegar a descobrir o projeto que Deus mesmo traçou: no mistério contemplado, descobre-se a própria identidade, «escondida com Cristo em Deus». A nossa atitude orante nesta noite suscitará o desejo e a preocupação pelas vocações à vida religiosa, sacerdotal, missionária e laical.

Canto de Exposição do Santíssimo

ANIMADOR: Jesus como é bom estarmos aqui diante de ti! Tua presença é fonte de paz, de alegria e de esperança! Jesus, junto de ti, buscamos o conforto para os nossos corações, a fortaleza para as nossas lutas, a esperança para as nossas provações. Mas, sobretudo Senhor viemos a ti neste dia mundial de oração pelas vocações, unidos e em comunhão com toda a Igreja, rezamos e pedirmos pelas vocações na Igreja local.

Leitor: Jesus Cristo, estou aqui diante de Ti para cumprir o teu mandato: “Rogai ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua messe” (Mt 9, 38). Tu és dono da messe e por isso venho pedir-Te o que Tu me mandaste pedir. Eu o ouvi e o li muitas vezes, mas só agora o tomo a sério, e quero dedicar-Te este momento de oração. Sempre te pedi por mim e pelas minhas coisas; de vez em quando pelos meus, mas poucas vezes te peço por algo, com que, até parece, que não tenho nada a ver. Assim, pensando bem, ao pedir-te que mandes apóstolos para os teus campos, peço indiretamente um dom para mim; esses operários que Tu mandas e que trabalham na tua messe serão para mim os mensageiros da tua palavra e do teu amor. Creio, Senhor, que estás aqui realmente presente neste sacramento admirável em que Tu, Senhor de todas as coisas, vens a mim como Pão que me fortalece no meu caminho.

Todos (cantado): Vinde, ó irmãos adorar. Vinde adorar o Senhor. A Eucaristia nos faz Igreja – comunidade de amor (bis)!

Leitor: Creio Senhor, mas aumenta a minha fé. Creio que estás aqui comigo, que me escutas, que me falas interiormente sem ruído de palavras e que, indefeso desde o altar, és um sinal eloquente de amor, de doação, de entrega sem limites. Não só Creio em Ti, como confio em Ti, porque és o amigo que deste a vida por mim; porque és a vida que me permite dar fruto; porque Tu tens palavras de vida eterna; porque és o Bom Pastor que me chamas pelo próprio nome.

Todos (cantado): Tu és Senhor o meu pastor, por isso nada em minha vida faltará (bis).

Leitor: Creio em Ti. Confio em Ti, e também Te amo porque Tu me amaste primeiro; porque deste a Tua vida para redimir o pecado; porque me abriste as portas do Teu Reino. Amo-Te pelo dom da vida que me deste de forma inesperada. Pelo dom da fé e do batismo; pela família cristã onde quiseste que nascesse e onde respirei essa fé sensível mas capaz de dar sentido a toda uma vida.

Todos: Eis-me aqui Senhor, eis-me aqui Senhor, pra fazer tua vontade pra viver do teu amor (bis)

Animador: Rezemos intercalando os lados:

Lado 1 – Senhor, cremos em Ti.

Lado 2 – Senhor, esperamos em Ti.

Lado 1 – Senhor, nós Te amamos.

Lado 2 – Senhor, nós Te adoramos.

Lado 1 – Senhor, damos-Te graças.

Lado 2 – Jesus Cristo, cremos que és o Filho de Deus vivo.

Lado 1 – Jesus Cristo, cremos que és o Salvador dos homens.

Lado 2 – Jesus Cristo.

Lado 1 – Santifica-nos.

Reflexão sobre a Carta do Papa Bento XVI

ANIMADOR: Jesus antes de chamar os discípulos, passou a noite sozinho, em oração, à escuta da vontade do Pai, numa elevação interior acima das coisas de todos os dias. A vocação dos discípulos nasce, precisamente, no diálogo íntimo de Jesus com o Pai. As vocações ao ministério sacerdotal e à vida consagrada são fruto, primariamente, de um contato constante com o Deus vivo e de uma oração insistente que se eleva ao «Dono da messe» quer nas comunidades paroquiais, quer nas famílias cristãs cenáculos vocacionais.

Leitor: O Senhor, no início da sua vida pública, chamou alguns pescadores, que estavam a trabalhar nas margens do lago da Galileia: «Vinde e segui-Me, e farei de vós pescadores de homens» (Mt 4, 19). A proposta, que Jesus faz às pessoas ao dizer-lhes «Segue-Me!», é exigente e convida-as a entrar na sua amizade, a escutar de perto a sua Palavra e a viver com Ele; ensina-lhes a dedicação total a Deus e à propagação do seu Reino. Mostrou-lhes a sua missão messiânica com numerosos «sinais», que indicavam o seu amor pelos homens e o dom da misericórdia do Pai; educou-os com a palavra e com a vida, de modo a estarem prontos para ser os continuadores da sua obra de salvação; por fim, «sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai» (Jo 13, 1), confiou-lhes o memorial da sua morte e ressurreição e, antes de subir ao Céu, enviou-os por todo o mundo com este mandato: «Ide, pois, fazer discípulos de todas as nações» (Mt 28, 19).

Todos: Pela palavra de Deus, saberemos por onde andar. Ela é luz e verdade, precisamos acreditar. Cristo me chama, Ele é Pastor. Sabe meu nome: Fala Senhor.

Leitor: Também hoje, o seguimento de Cristo é exigente; significa aprender a ter o olhar fixo em Jesus, a conhecê-Lo intimamente, a escutá-Lo na Palavra e a encontrá-Lo nos Sacramentos; significa aprender a conformar a própria vontade à d’Ele. Trata-se de uma verdadeira e própria escola de formação para quantos se preparam para o ministério sacerdotal e a vida consagrada, sob a orientação das autoridades eclesiásticas competentes.

Leitor: Especialmente neste tempo, em que a voz do Senhor parece sufocada por «outras vozes» e a proposta de O seguir oferecendo a própria vida pode parecer demasiado difícil, cada comunidade cristã, cada fiel, deveria assumir, conscientemente, o compromisso de promover as vocações. É importante encorajar e apoiar aqueles que mostram claros sinais de vocação à vida sacerdotal e à consagração religiosa, de modo que sintam o entusiasmo da comunidade inteira quando dizem o seu «sim» a Deus e à Igreja. O próprio Papa afirma: «Fizestes bem [em tomar essa decisão], porque os homens sempre terão necessidade de Deus – mesmo na época do predomínio da técnica no mundo e da globalização –, do Deus que Se mostrou a nós em Jesus Cristo e nos reúne na Igreja universal, para aprender, com Ele e por meio d’Ele, a verdadeira vida e manter presentes e tornar eficazes os critérios da verdadeira humanidade».

Todos: Tua voz me fez refletir, deixei tudo para te seguir, Nos Teus mares eu quero navegar.

Leitor: É preciso que cada Igreja local se torne cada vez mais sensível e atenta à pastoral vocacional, educando a nível familiar e paroquial sobretudo, os adolescentes e os jovens – como Jesus fez com os discípulos – para maturarem uma amizade genuína e afetuosa com o Senhor, cultivada na oração pessoal e litúrgica; para aprenderem a escuta atenta e frutuosa da Palavra de Deus, através de uma familiaridade crescente com as Sagradas Escrituras; para compreenderem que entrar na vontade de Deus não aniquila nem destrói a pessoa, mas permite descobrir e seguir a verdade mais profunda de si mesmos; para viverem a gratuidade e a fraternidade nas relações com os outros, porque só abrindo-se ao amor de Deus é que se encontra a verdadeira alegria e a plena realização das próprias aspirações. «Propor as vocações na Igreja local» significa ter a coragem de indicar, através de uma pastoral vocacional atenta e adequada, este caminho exigente do seguimento de Cristo, que, rico de sentido, é capaz de envolver toda a vida.

Animador: (momento de silêncio, ressaltar uma frase)

Oração pelas Vocações Sacerdotais, Consagradas e Missionárias

Leitor: Senhor Jesus, prostrados diante de Ti, movidos pelo teu imenso amor, queremos apresentar-te a nossa homenagem de fé e de amor, de gratidão e de adoração, pondo nas tuas mãos tudo o que somos e temos. Tu estás aqui presente entre nós oculto na espécie do pão eucarístico. Em união com a Tua Mãe, vimos aqui para te acompanhar e te encontrar como nosso Amigo e luz das nossas vidas. Vimos pedir-te, pelo mundo, por todos os homens, pelos teus sacerdotes e homens e mulheres de vida consagrada. De forma especial, imploramos-Te, Senhor e dono da messe, que envies muitos e santos operários.

Todos: Pedimos-Te, Senhor.

Leitor: Necessitamos de homens que emprestem os seus lábios para nos falarem de Ti, os seus pés para percorrerem o mundo pregando o Evangelho, as suas mãos para nos bendizer, os seus olhos para vermos neles o reflexo do Teu olhar amoroso. Pedimos-Te, Senhor, com humildade, rogamos-Te com ardor, envia-nos sacerdotes, depositários do teu poder salvador; envia-nos missionários, homens e mulheres consagradas que sejam luz nas profundezas do mundo, sal que nos livre da corrupção do mal e do pecado.

Todos: Envia, Senhor, operários à Tua messe.

Leitor: Os homens e mulheres consagradas deixam tudo para Te seguir na caridade perfeita. Por amor a Ti ofereçam sua liberdade, o melhor do seu afeto e do seu amor. Grande é a sua generosidade e grande é o dom da vida consagrada à Igreja.

Todos: Envia à Tua Igreja, Senhor, vocações à vida consagrada.

Leitor: Os missionários e missionárias, nos lugares mais remotos da terra, por vezes perseguidos, arriscando as suas vidas, pregam o Teu Evangelho a quem ainda não ouviu falar de Ti. Sofrem saudades, fadigas, incompreensões, e tudo suportam com amor.

Todos: Envia, Senhor, missionários à Tua Igreja.

Leitor: Inspira e ajuda, Senhor, os sacerdotes, irmãos e irmãs que trabalham nos seminários e nas casas de formação para que dêem à Tua Igreja santos, doutores, mártires, apóstolos, novas testemunhas de Cristo cheias de um ardor missionário para a nova evangelização.

Todos: Envia-nos, Senhor, operários à Tua messe.

Leitor: Pedimos-Te, Senhor, por todos aqueles que consagram suas vidas à pastoral vocacional, para que em nome de Cristo não deixem de lançar as redes para dar à Igreja as vocações de que necessita, a fim de cumprirem com a sua missão.

Todos: Envia-nos, Senhor, operários à Tua Igreja.

ANIMADOR: O Senhor não deixa de chamar, em todas as estações da vida, para partilhar a sua missão e servir a Igreja no ministério ordenado e na vida consagrada. Senhor Jesus, não deixes de enviar novos sacerdotes, homens e mulheres consagradas à Tua Igreja, pastores segundo o Teu coração. Eles são os instrumentos da Tua graça e do Teu amor, alimentam a nossa esperança, robustecem a nossa fé e fortalecem o nosso amor. Não nos deixes sós, Senhor. Envia operários para a messe; envia pescadores de homens que nos acompanham com as redes da Tua misericórdia. Envia, te pedimos com humildade e confiança, pastores segundo o teu coração.

Rezemos intercalando os lados:

Lado 1: A messe é grande e os operários são poucos.

Lado 2: Manda, Senhor, operários à Tua messe.

Lado 1: Aos jovens que sentem Teu chamamento.

Lado 2: Dá-lhes generosidade, Senhor.

Lado 1: Aos que se consagram a Ti.

Lado 2: Aumenta a sua caridade, Senhor.

Lado 1: Aos jovens que duvidam do seu chamamento.

Lado 2: Dá-lhes ousadia, Senhor.

Lado 1: Às crianças que sentem o Teu chamamento.

Lado 2: Acompanha-os, Senhor.

Lado 1: Aos Vocacionados que estão em casa de formação.

Lado 2: Dai-lhes perseverança, Senhor.

Lado 1: Aos sacerdotes e consagrados.

Lado 2: Incendeia-os mais no Teu amor, Senhor.

Lado 1: A messe é grande e os operários são poucos.

Lado 2: Envia, Senhor, operários para a Tua messe.

Lado 1: Pelo Santo Padre, Bento XVI.

Lado 2: Ouve-nos Senhor.

Lado 1: Pelos Pastores da Tua Igreja.

Lado 2: Ouve-nos Senhor.

Lado 1: Pelos nosso Bispo Dom Celso Antônio Marchiori

Lado 2: Ouve-nos Senhor.

Lado 1: Por aqueles que mais necessitam da Tua graça.

Lado 2: Ouve-nos Senhor.

Lado 1: Pelos que andam afastados de Ti.

Lado 2: Ouve-nos Senhor.

TODOS: “Senhor da Messe e Pastor do rebanho, faze ressoar em nossos ouvidos teu forte e suave convite: ‘Vem e Segue-me’! Derrama sobre nós o teu Espírito, que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir tua voz. Senhor, que a Messe não se perca por falta de operários. Desperta nossas comunidades para a Missão. Ensina nossa vida a ser serviço. Fortalece os que desejam dedicar-se ao Reino na diversidade dos ministérios e carismas. Amém”

ANIMADOR: A capacidade de cultivar as vocações é sinal característico da vitalidade de uma Igreja local. Invoquemos, com confiança e insistência, a ajuda da Virgem Maria, para que, seguindo o seu exemplo de acolhimento do plano divino da salvação e com a sua eficaz intercessão, se possa difundir no âmbito de cada comunidade a disponibilidade para dizer «sim» ao Senhor, que não cessa de chamar novos trabalhadores para a sua messe. Cantemos: (escolher um canto mariano).

1- Companheira Maria/ Perfeita harmonia entre nós e o Pai/

Leitor: Pedimos-te, Senhor, por todos aqueles que se consagraram na aliança do Matrimônio; para que sejam cooperadores da graça e testemunhos vivos de fé; possam anunciar com a sua vida a indissolubilidade e santidade do vínculo matrimonial.

Todos: Cuida, Senhor, das nossas famílias.

Leitor: Pedimos-te, Senhor, pelos lares cristãos, para que cultivem os valores de um amor generoso, serviçal e gratuito, educando para a disponibilidade e abrindo-se ao dom de uma vida consagrada.

Todos: Cuida, Senhor, das nossas famílias

ANIMADOR: Que as famílias sejam animadas pelo espírito de fé, de caridade e piedade, capazes de ajudar os filhos e as filhas a acolherem, com generosidade, o chamamento ao sacerdócio e à vida consagrada. Convictos da sua missão educativa, os catequistas e os animadores vocacionais procurem cultivar o espírito dos adolescentes, que eles possam sentir e seguir de bom grado a vocação divina.

Benção do Santíssimo Sacramento

Fonte: SAV Diocese de Apucarana

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Mensagem para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações - 15 de maio

Queridos irmãos e irmãs!

O 48.º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que será celebrado no dia 15 de Maio de 2011, IV Domingo de Páscoa, convida-nos a refletir sobre o tema: «Propor as vocações na Igreja local». Há sessenta anos, o Venerável Papa Pio XII instituiu a Pontifícia Obra para as Vocações Sacerdotais. Depois, em muitas dioceses, foram fundadas pelos Bispos obras semelhantes, animadas por sacerdotes e leigos, correspondendo ao convite do Bom Pastor, quando, «ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão por elas, por andarem fatigadas e abatidas como ovelhas sem pastor» e disse: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe» (Mt 9, 36-38).

A arte de promover e cuidar das vocações encontra um luminoso ponto de referência nas páginas do Evangelho, onde Jesus chama os seus discípulos para O seguir e educa-os com amor e solicitude. Objeto particular da nossa atenção é o modo como Jesus chamou os seus mais íntimos colaboradores a anunciar o Reino de Deus (cf. Lc 10, 9). Para começar, vê-se claramente que o primeiro ato foi a oração por eles: antes de os chamar, Jesus passou a noite sozinho, em oração, à escuta da vontade do Pai (cf. Lc 6, 12), numa elevação interior acima das coisas de todos os dias. A vocação dos discípulos nasce, precisamente, no diálogo íntimo de Jesus com o Pai. As vocações ao ministério sacerdotal e à vida consagrada são fruto, primariamente, de um contato constante com o Deus vivo e de uma oração insistente que se eleva ao «Dono da messe» quer nas comunidades paroquiais, quer nas famílias cristãs, quer nos cenáculos vocacionais.

O Senhor, no início da sua vida pública, chamou alguns pescadores, que estavam a trabalhar nas margens do lago da Galileia: «Vinde e segui-Me, e farei de vós pescadores de homens» (Mt 4, 19). Mostrou-lhes a sua missão messiânica com numerosos «sinais», que indicavam o seu amor pelos homens e o dom da misericórdia do Pai; educou-os com a palavra e com a vida, de modo a estarem prontos para ser os continuadores da sua obra de salvação; por fim, «sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai» (Jo 13, 1), confiou-lhes o memorial da sua morte e ressurreição e, antes de subir ao Céu, enviou-os por todo o mundo com este mandato: «Ide, pois, fazer discípulos de todas as nações» (Mt 28, 19).

A proposta, que Jesus faz às pessoas ao dizer-lhes «Segue-Me!», é exigente e exaltante: convida-as a entrar na sua amizade, a escutar de perto a sua Palavra e a viver com Ele; ensina-lhes a dedicação total a Deus e à propagação do seu Reino, segundo a lei do Evangelho: «Se o grão de trigo cair na terra e não morrer, fica só ele; mas, se morrer, dá muito fruto» (Jo 12, 24); convida-as a sair da sua vontade fechada, da sua ideia de auto-realização, para embrenhar-se noutra vontade, a de Deus, deixando-se guiar por ela; faz-lhes viver em fraternidade, que nasce desta disponibilidade total a Deus (cf. Mt 12, 49-50) e se torna o sinal distintivo da comunidade de Jesus: «O sinal por que todos vos hão-de reconhecer como meus discípulos é terdes amor uns aos outros» (Jo 13, 35).

Também hoje, o seguimento de Cristo é exigente; significa aprender a ter o olhar fixo em Jesus, a conhecê-Lo intimamente, a escutá-Lo na Palavra e a encontrá-Lo nos Sacramentos; significa aprender a conformar a própria vontade à d’Ele. Trata-se de uma verdadeira e própria escola de formação para quantos se preparam para o ministério sacerdotal e a vida consagrada, sob a orientação das autoridades eclesiásticas competentes. O Senhor não deixa de chamar, em todas as estações da vida, para partilhar a sua missão e servir a Igreja no ministério ordenado e na vida consagrada; e a Igreja «é chamada a proteger este dom, a estimá-lo e amá-lo: ela é responsável pelo

nascimento e pela maturação das vocações sacerdotais» (JOÃO PAULO II, Exort. ap. pós-sinodal Pastores dabo vobis, 41). Especialmente neste tempo, em que a voz do Senhor parece sufocada por «outras vozes» e a proposta de O seguir oferecendo a própria vida pode parecer demasiado difícil, cada comunidade cristã, cada fiel, deveria assumir, conscientemente, o compromisso de promover as vocações. É importante encorajar e apoiar aqueles que mostram claros sinais de vocação à vida sacerdotal e à consagração religiosa, de modo que sintam o entusiasmo da comunidade inteira quando dizem o seu «sim» a Deus e à Igreja. Da minha parte, sempre os encorajo como fiz quando

escrevi aos que se decidiram entrar no Seminário: «Fizestes bem [em tomar essa decisão], porque os homens sempre terão necessidade de Deus – mesmo na época do predomínio da técnica no mundo e da globalização –, do Deus que Se mostrou a nós em Jesus Cristo e nos reúne na Igreja universal, para aprender, com Ele e por meio d’Ele, a verdadeira vida e manter presentes e tornar eficazes os critérios da verdadeira humanidade» (Carta aos Seminaristas, 18 de Outubro de 2010).

É preciso que cada Igreja local se torne cada vez mais sensível e atenta à pastoral vocacional, educando a nível familiar, paroquial e associativo, sobretudo os adolescentes os jovens – como Jesus fez com os discípulos – para maturarem uma amizade genuína e afetuosa com o Senhor, cultivada na oração pessoal e litúrgica; para aprenderem a escuta atenta e frutuosa da Palavra de Deus, através de uma familiaridade crescente com as Sagradas Escrituras; para compreenderem que entrar na vontade de Deus não aniquila nem destrói a pessoa, mas permite descobrir e seguir a verdade mais profunda de si mesmos; para viverem a gratuidade e a fraternidade nas relações com os outros, porque só abrindo-se ao amor de Deus é que se encontra a verdadeira alegria e a plena realização das próprias aspirações. «Propor as vocações na Igreja local» significa ter a coragem de indicar, através de uma pastoral vocacional atenta e adequada, este caminho exigente do seguimento de Cristo, que, rico de sentido, é capaz de envolver toda a vida.

Dirijo-me particularmente a vós, queridos Irmãos no Episcopado. Para dar continuidade e difusão à vossa missão de salvação em Cristo, «promovam o mais possível as vocações sacerdotais e religiosas, e de modo particular as missionárias» (Decr. Christus Dominus, 15). O Senhor precisa da vossa colaboração, para que o seu chamado possa chegar aos corações de quem Ele escolheu. Cuidadosamente escolhei os dinamizadores do Centro Diocesano de Vocações, instrumento precioso de promoção e organização da pastoral vocacional e da oração que a sustenta e garante a sua eficácia. Quero também recordar-vos, amados Irmãos Bispos, a solicitude da Igreja universal por uma distribuição equitativa dos sacerdotes no mundo. A vossa disponibilidade face a dioceses com escassez de vocações torna-se uma bênção de Deus para as vossas comunidades e constitui, para os fiéis, o testemunho de um serviço sacerdotal que se abre generosamente às necessidades da Igreja inteira.

O Concílio Vaticano II recordou, explicitamente, que o «dever de fomentar as vocações pertence a toda a comunidade cristã, que as deve promover, sobretudo mediante uma vida plenamente cristã» (Decr. Optatam totius, 2). Por isso, desejo dirigir uma fraterna saudação de especial encorajamento a quantos colaboram de vários modos nas paróquias com os sacerdotes. Em particular, dirijo-me àqueles que podem oferecer a própria contribuição para a pastoral das vocações: os sacerdotes, as famílias, os catequistas, os animadores. Aos sacerdotes recomendo que sejam capazes de dar um testemunho de comunhão com o Bispo e com os outros irmãos no sacerdócio, para garantirem o húmus vital aos novos rebentos de vocações sacerdotais. Que as famílias sejam «animadas pelo espírito de fé, de caridade e piedade» (Ibid., 2), capazes de ajudar os filhos e as filhas a acolherem, com generosidade, o chamado ao sacerdócio e à vida consagrada. Convictos da sua missão educativa, os catequistas e os animadores das associações católicas e dos movimentos eclesiais «de tal forma procurem cultivar o espírito dos adolescentes a si confiados, que eles possam sentir e seguir de bom grado a vocação divina» (Ibid., 2).

Queridos irmãos e irmãs, o vosso empenho na promoção e cuidado das vocações adquire plenitude de sentido e de eficácia pastoral, quando se realiza na unidade da Igreja e visa servir a comunhão. É por isso que todos os momentos da vida da comunidade eclesial – a catequese, os encontros de formação, a oração litúrgica, as peregrinações aos santuários – são uma ocasião preciosa para suscitar no Povo de Deus, em particular nos menores e nos jovens, o sentido de pertença à Igreja e a responsabilidade em responder, com uma opção livre e consciente, ao chamado para o sacerdócio e a vida consagrada.

A capacidade de cultivar as vocações é sinal característico da vitalidade de uma Igreja local. Invoquemos, com confiança e insistência, a ajuda da Virgem Maria, para que, seguindo o seu exemplo de acolhimento do plano divino da salvação e com a sua eficaz intercessão, se possa difundir no âmbito de cada comunidade a disponibilidade para dizer «sim» ao Senhor, que não cessa de chamar novos trabalhadores para a sua messe. Com estes votos, de coração concedo a todos a minha Bênção Apostólica.

Bento XVI