sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Pedir um coração vocacional

Pedir um coração vocacional
Precisa alargar o coração e rezar para toda a humanidade, para que todos entrem a fazer parte do povo de Deus. Não é possível ter um coração fechado, não é possível viver de egoísmo. Precisa pensar a toda humanidade, a todos os homens que vivem e para todos rezar, e que a todos chegue a luz do Evangelho, em muitas formas, de muitas maneiras, com muitos meios, especialmente a obra das missões.

Eis: um coração largo, como o coração de Jesus. Pensar a todos, rezar para todos e esperar que todos cheguem a fazer parte do povo de Deus, do novo povo de Deus. Um coração largo! Portando o coração conformado ao coração de Jesus, que chama todos; e o nosso coração conformado ao coração de Jesus: aquilo que Jesus deseja, quer e pede, ou seja: que todos pensemos a todo o gênero humano, a todos os homens.

Portanto precisa fazer como Jesus que enviou os apóstolos: “Vão pelo mundo todo, proclamem o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15); precisam vocações, precisa quem vá. Quem vá!  Oh! Eis: vocações para todos, para todos os homens como disse Jesus: “Proclamem o Evangelho a toda criatura" (Mc 16,15). Sim.

Valorizar sempre mais a vossa vocação. A necessidade das vocações é grande, parece que hoje aumentem as dificuldades, mas quantas vezes se percebe que, enquanto pessoas se afastam de Deus, da Igreja, muitas jovens e muitos jovens permanecem fiéis, e são aqueles que abundam mais de graça, que tens mais capacidades, atitudes, disposições. E assim, muitas vezes nestas pessoas se encontram boas vocações, boas vocações.

Se deveis cumprir o ministério, o apostolado vocacional, em primeiro lugar as vocações para vocês. Porque, quem iria procurar as vocações para todos, a realizar portanto o ministério vocacional, se não há quem foi enviado? Assim se expressa São Paulo: “E se ninguém envia, e se não há ninguém para ser enviado, quem poderá dar fruto, quem pregará a Palavra de Deus?" (cf Rm 10,14). E assim também a respeito das vocações, do apostolado vocacional.

Pedir ao Senhor um coração vocazionál, um coração missionário, ou seja "que procura" que quer realizar a sua missão na terra, um coração conformado ao coração do Divino Mestre Jesus.

 (Padre Alberione às Apostolinas, 6 de janeiro de 1965)

7 verdades sobre a vida que normalmente esquecemos

É realmente surpreendente a facilidade que temos para esquecer as verdades mais importantes sobre a vida. Com o tempo passamos a ignorá-las, não damos a elas o valor que merecem e voltamos aos antigos hábitos. É como se a gravidade nos atraísse para eles, para a nossa “zona de conforto” onde estão os vícios que alimentamos durante anos.

É por isso que hoje nós queremos compartilhar com você algumas verdades sobre a vida que nunca é demais lembrar. São algumas certezas que, com suas nuances, são praticamente verdades universais.
Seja humilde para admitir seus erros, inteligente para aprender com eles e maduro o suficiente para corrigi-los.
Verdades sobre a vida que vêm e que vão
Por que é necessário recordar sempre essas verdades? Porque nos ajudarão a nos concentrarmos em nossos objetivos para alcançarmos nossas metas, acreditarmos em nós mesmos e crescermos. Elas são o nosso verdadeiro impulso para alcançar qualquer coisa que quisermos.
Além disso, lembrar-se destas verdades sobre a vida vai nos ajudar a alcançar um maior equilíbrio emocional. O bem-estar que experimentamos quando alcançamos esse equilíbrio nos fará sentir muito satisfeitos com nós mesmos.
1. Você não precisa de uma desculpa para perdoar
Por que sempre precisamos de uma desculpa para perdoar? Porque, às vezes, as pessoas nos magoam tanto que é impossível esquecer. Isto leva ao ressentimento que nos transforma em pessoas amargas e tristes. Sem perceber, estaremos alimentando o ressentimento, a raiva e o ódio.
Por que é tão difícil perdoar? Porque o nosso orgulho nos impede de esquecer e deixar para trás as experiências negativas causadas pelas outras pessoas. Acreditamos que perdoar é uma forma de nos humilharmos diante do outro e não nos damos conta de que é um ato de amor muito libertador.
“Virar a página” o ajudará a deixar para trás essa carga pesada de emoções negativas. Não espere qualquer desculpa para perdoar e começar a transformar todas essas emoções negativas em positivas.
2. Você está vivendo a vida que criou
Você acha que não tem sorte? Você acredita que o mundo está contra você? Diferentemente do que você pode acreditar, a vida que você vive é uma escolha sua e só você pode mudá-la se não está satisfeito. O que está esperando para mudar?
Há muitas pessoas que acreditam que o destino lhes pregou uma peça e que tiveram que enfrentar situações cheias de negatividade e maus momentos. O que elas não sabem é que elas próprias criaram isso, e que podem mudar tudo a qualquer momento.
Assuma o controle, não se conforme e nem se arrependa pelo que você tem permitido. Não existe má sorte, existe um medo de correr riscos e tomar decisões. Mesmo que você não acredite, existe uma saída! Aprenda a correr riscos e vai perceber que tudo pode melhorar.
3- Aceite que a vida tem momentos injustos
A vida tem momentos injustos e, infelizmente, não está em nossas mãos mudar isso. Estamos sempre pensando e esperando que tudo mude: rejeitar as situações simplesmente porque nós não gostamos delas nunca será algo positivo.
Costumamos prestar muito mais atenção nas circunstâncias mais complicadas, como o divórcio, desgosto, um acidente … Isto parece ofuscar as experiências positivas e nos esquecemos de que temos mais experiências positivas do que negativas ao longo da vida.
Precisamos aceitar a vida como ela é, com os seus detalhes bons e ruins. Tudo tem seu lado bom, mesmo que não consigamos perceber em um primeiro momento. Pense que uma decepção pode não ser uma situação desagradável, mas uma oportunidade para vivermos novas experiências.
4- Viva o momento, é tudo o que temos
Muitas pessoas vivem no passado ou pensam muito sobre o seu futuro e se esquecem de viver o presente. Temos somente este momento, o aqui e agora, e se você não aproveitar, mais cedo ou mais tarde pode se arrepender.
Não há necessidade de viver no limite a cada dia, porque temos muitas responsabilidades que não podemos ignorar. Avaliar tudo o que temos agora e aproveitar ao máximo as pessoas que estão ao nosso redor nos fará muito mais felizes.
Se o passado o persegue, liberte-se dele, aprenda com as experiências vividas e deixe-o ir. No entanto, se o futuro é o seu grande problema, coloque em prática essa pequena frase que nossas mães nos disseram tantas vezes: “tente não deixar para amanhã o que você pode fazer hoje”.
5. Estar ocupado não é o mesmo que ser produtivo
Às vezes confundimos ser ocupado com ser produtivo e não percebemos que se fôssemos produtivos teríamos muito mais tempo disponível. Quando aproveitamos as horas de trabalho, temos mais tempo para nós mesmos.
Se não somos produtivos, o estresse e a ansiedade tomam conta da nossa vida e adiamos situações que gostaríamos de desfrutar, como um jantar com aqueles amigos que não vemos há tanto tempo.
Organizar melhor a nossa vida e introduzir algumas técnicas para que o nosso trabalho e tempo sejam mais proveitosos nos ajudará a nos sentirmos melhor e termos mais tempo para nós mesmos e para as pessoas que amamos.
6. Os grandes sucessos são precedidos pelos fracassos
Quando começamos a andar tropeçamos mil vezes, mas o resultado final é positivo: aprendemos a andar. O mesmo acontece em todos os aspectos de nossa existência: os erros são necessários para que possamos atingir a meta final. Com os fracassos aprendemos a valorizar tudo o que conseguimos.
O grande problema surge quando acreditamos que cada fracasso é um erro que deve ser corrigido imediatamente. A vergonha nos bloqueia e não conseguimos seguir em frente.
Por isso, é importante perceber cada um dos seus fracassos como uma oportunidade para alcançar os seus objetivos. Os fracassos não são seus inimigos, são seus aliados. Não tenha medo, apoie-se neles.
7. Você é o reflexo das pessoas com quem se relaciona
Acreditamos que as pessoas com as quais nos relacionamos não influenciam as nossas decisões, a nossa forma de agir e viver. Tudo isso é um engano. Você acredita que, se conviver com pessoas tóxicas, não se transformará em uma delas?
Você pode até não se tornar uma pessoa tóxica, mas talvez sofra as consequências de estar perto delas. Você deixará de sorrir, se tornará uma pessoa triste e pode até se sentir culpada por circunstâncias que não lhe dizem respeito …
Definitivamente, as pessoas com as quais interagimos podem nos influenciar positiva ou negativamente. Tudo depende de nós mesmos, porque podemos escolher e, se por acaso não pudermos, está em nossas mãos deixar que isso nos afete ou não.

Eu não mudei, somente aprendi, e aprender não é mudar, é crescer.
Estas são algumas verdades sobre a vida que podem nos ajudar a cada dia. Lembrar-se delas todos os dias e repeti-las como se fossem um mantra pode ser muito benéfico. Às vezes nos esquecemos, mas em alguns momentos elas podem ser realmente necessárias. Será que você pode adicionar mais algumas verdades a esta lista?

Autor desconhecido

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

A vocação das Virgens Consagradas

A revista americana Cosmopolitan, dirigida ao público feminino e que com frequência promove uma imagem frívola da sexualidade, compartilhou o testemunho de Carmen Briceno em um artigo intitulado “Estou felizmente casada com Deus: Como uma virgem consagrada”. Uma virgem consagrada é uma mulher que opta por consagrar sua virgindade a Deus e faz um voto de castidade. Não é uma religiosa, não vive em um convento nem usa um hábito. Permanece celibatária e leva uma  vida normal como qualquer pessoa: trabalha, está com a sua família e com os seus amigos, viaja e realiza diversos trabalhos apostólicos.
A publicação é o testemunho contado por Carmen. Ela começa o seu relato narrando que é filha de um diplomata, nasceu na Venezuela, mas viveu nos Estados Unidos durante quase toda a sua vida.  Narrou que seu país tem uma forte tradição católica, mas que a sua família não era muito religiosa e apenas frequentava a missa aos domingos.
Quando se mudou para Virginia conheceu uma jovem cristã e “ela foi o instrumento de como queria que fosse a minha relação com Deus” porque “vi Jesus vivo nela. Pensei. Isso é o que eu desejo”. Carmen começou a aproximar-se mais à religião católica em 2005, na Jornada Mundial da Juventude em Colônia (Alemanha), com um grupo de 20 jovens e um sacerdote.  “Foi uma semana forte de oração, serviço e de encontro com o Papa. Nunca havia visto nada parecido. As pessoas falavam com amor de Deus e não tinham medo de expressá-lo”.
Foi durante a JMJ que ela sentiu o primeiro chamado à vocação. “Deus simplesmente me disse: Você dedicou o seu tempo a outros noivos, mas alguma vez pensou em mim? Por que não me dá uma oportunidade? Eu tinha que escutar. Tinha que dar uma oportunidade a Deus”. Em seguida, voltou para os Estados Unidos e com a ajuda de um sacerdote, começou a aprofundar mais no que Deus queria para ela, começou a estudar a Bíblia e a procurar uma resposta para todas as perguntas que estavam surgindo.
“O sexo e a virgindade são presentes que você dá, não é algo que você perde. Não se trata de algo religioso; trata-se da beleza de ser humano. Relacionei melhor que a ideia de expressar o amor não se trata somente de sexo. Trata-se de querer o melhor para a outra pessoa”, assinalou Carmen.
Esta jovem considera que a virgindade é um grande presente e indicou que antes de discernir a sua vocação “queria esperar até o matrimônio, porque entendia o propósito do sexo”. A princípio, sua decisão de ser uma virgem consagrada gerou uma tensão na relação dela com a família, mas depois “eles viram as mudanças que ocorriam em mim (...) viram-me profundamente apaixonada pela minha fé e assim eles começaram um processo de conversão”.
“Chamava-me a atenção a vida de uma virgem consagrada pelas suas lindas e antigas raízes, nos primeiros anos da Igreja, as mulheres faziam votos privados para pertencer completamente a Cristo e não se casar”. “Essas eram as virgens mártires como Ágata e Lúcia que morreram por não querer casar-se com cidadãos romanos, porque já haviam feito seus votos a Deus. Viviam com suas famílias e se dedicavam a praticar obras de misericórdia em sua comunidade. Amavam tanto o Senhor que queriam entregar-se totalmente a Ele”.
Logo depois de um profundo discernimento vocacional, em 2009 Carmen tomou a decisão e fez o pedido para ser uma virgem consagrada na sua diocese. Este foi aprovado e no dia 22 de agosto deste ano, vestida de noiva e com uma aliança, se casou com Jesus Cristo. “Foi um lindo dia”, recordou.
Como virgem consagrada, Carmem leva uma vida normal. Trabalhou em uma paróquia, levou grupos de adolescentes a missões internacionais e viajou pelo mundo dando palestras a jovens. Atualmente vive das doações que recebe em suas palestras e tem uma loja online, chamada Sacred Print, onde vende agendas decoradas com personagens católicos que ela mesma desenha.

Fonte: Aci digital

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Vem Espírito

Vem, Espírito Santo! Desce sobre nós, entre nós, em nosso íntimo. 
Vem, Espírito Santo: faze-nos sentir a tua presença viva e perene, fecunda e misteriosa, real e oculta, presença que nos julga e presença de misericórdia. 
Vem, Espírito Santo, alma de nossa alma, vida de nossa vida, união de nossa união, glória de nossa glória, cerne de nossa comunhão. 
Vem, Espírito Santo, causa de nossa insatisfação, sede de nossa sede, desejo de nosso desejo, voz das nossas mais profundas aspirações. 
Vem, Espírito Santo, anseio de nossa imperfeição, riqueza de nossa indigência, Impulso de nossa oração, apoio na fragilidade, garantia de sermos felizes. 
Vem, Espírito Santo, dom que Cristo nos prometeu, alma de nossa Igreja, hóspede em nossos corações, murmúrio de toda a verdade, lembrança de que somos responsáveis, síntese de nossa vitalidade, certeza de nossas fraquezas.
Vem, Espírito Santo, há tanto mal dentro de nós: mais racionalização do que amor, mais ideologia do que esperança, cultura demais e pouca oração, muita palavra e pouco silêncio, muita problemática e rara contemplação tanto cálculo e pouco risco, muitos planos e pouca docilidade, faz-se demais e pouco se escuta, domina a eficiência, e a confiança é esquecida, muita estrutura e pouco testemunho, excesso de medidas e falta de abandono. 
Purifica-nos, Espírito do silêncio, Espírito da paz, Espírito de amor, Espírito de comunhão. 
Converte-nos a ti Espírito de serenidade, Espírito criados, Espírito salvador, preservador, ressuscitador, renovador, Espírito de Cristo! Amém.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Brasileira disse não ao aborto, ficou paraplégica e hoje brilha na esgrima paralímpica

Nos Jogos Paralímpicos 2016, no Rio de Janeiro, o Brasil será representado na esgrima por uma mulher que há cerca de 14 anos teve que tomar uma decisão que mudaria a sua vida: disse não a um aborto para salvar sua filha, mas, por conta de uma doença, ficou paraplégica. Trata-se da esgrimista Mônica Santos tetracampeã brasileira e bicampeã das Américas.
Aos 18 anos, descobriu que estava grávida do primeiro filho. Mas, à alegria da maternidade seguiu-se outra notícia preocupante. Mônica foi diagnosticada com um angioma medular.
“Tive um angioma medular durante o segundo mês de gestação e os médicos queriam que eu interrompesse a gravidez para poder operar”, contou a atleta em uma entrevista à Gazeta Esportiva.o invés de interromper para voltar a andar – recordou –, eu optei em ter a nenê e só depois fazer a cirurgia”.
A decisão de Mônica de fazer a cirurgia após o parto poderia acarretar sérios riscos à sua saúde, inclusive de ficar tetraplégica. Mesmo consciente dessa possibilidade, optou pela vida de sua filha, Paola, hoje com 13 anos.
“Eu poderia ter ficado tetraplégica, mas acho que Deus compensou por eu não ter matado a sementinha que tinha em mim e fiquei paraplégica”, disse.
Ao declarar ter se tornado cadeirante “por opção”, Mônica comentou ao site do Globo Esporte que “o fato é que eu queria ter um bebê, ali era uma vida, e eu não queria tirar aquela vida. Acho que era um ser humano desde o momento que estava ali batendo o coraçãozinho”.
Antes mesmo da gravidez e da descoberta da doença, Mônica Santos já praticava esportes. Depois que ficou paraplégica, não deixou sua vida de atleta de lado e buscou esportes que pudesse praticar.
“Quando andava, fazia futebol amador e não conhecia a esgrima”, contou à Gazeta Esportiva. “Após a lesão – continuou –, comecei no basquete e fui apresentada ao jogo de espadas procurando esportes adaptados”.
Na esgrima, logo começou a trilhar seu caminho e, em um ano, foi convocada para a seleção brasileira, firmando-se, em seguida, como principal atleta. Vieram as conquistas nacionais e internacionais e, agora, está focada na Paralimpíada. Ao seu lado sempre esteve presente a sua maior medalha, Paola, o que não será diferente no Rio de Janeiro.

“Vai torcer bastante por mim. Hoje sou mais feliz do que quando eu andava, dou valor para outras coisas”, garantiu a atleta.

domingo, 11 de setembro de 2016

Bispo narra história de fé por trás do resgate de 33 mineiros no Chile

A dramática história dos 33 mineiros chilenos que ficaram soterrados na mina São José no dia 5 de agosto de 2010 e foram resgatados vivos diante do assombro do mundo 70 dias depois, tem uma história de fé pouco conhecida, narrada pelo então Bispo de Copiapó (Chile), Dom Gaspar Quintana.
Dom Quintana, atualmente bispo emérito da região onde estava a mina São José, falou com o Grupo ACI durante o 24º Congresso Mariológico e Mariano Internacional, que acontece em Fátima até o domingo, 11 de setembro.
Como bispo de Copiapó, Dom Quintana foi uma das primeiras autoridades que soube do acidente que deixou 33 mineiros soterrados na mina São José, localizada a 30 quilômetros da cidade, no meio do deserto.
“Do primeiro instante, o drama se converteu em um mistério de fé católica e devoção mariana”, disse o Prelado, ao narrar o clima vivido no campo chamado “Esperança”, onde, no meio do deserto e a poucos metros da entrada da mina, estavam os familiares dos mineiros, a equipe de resgate e jornalistas do mundo inteiro.
No dia seguinte ao acidente, Dom Quintana transladou a venerada imagem do santuário de Nossa Senhora do Rosário de Andacollo – que em poucas ocasiões foi tirada do seu santuário, um dos mais antigos do Chile – ao campo “Esperança”; e poucos dias depois transladou a imagem de São Lourenço, padroeiro dos mineiros.
“A primeira equipe de resgate, que enviava sondas sob a terra a fim de localizar onde os mineiros estavam soterrados, eram homens de fé”, disse o Bispo. Depois de 15 dias de brocar e enviar sondas sem receber resposta, os engenheiros “pediram que nos reuníssemos para uma oração e bênção das equipes”.
“Este foi um momento de muito recolhimento, muita fé e muita emoção”, relatou Dom Quintana. Dois dias depois, no domingo 22 de agosto, uma sonda retornou finalmente com uma mensagem em um pequeno pedaço de papel que causou uma grande alegria no acampamento: “os 33 estamos vivos”.
“Tivemos a oportunidade de fazer uma pastoral da esperança muito intensa e comovedora no acampamento entre os familiares e a equipe de resgate, todos eles surpreendidos pelo interesse da imprensa mundial que estimulava o esforço por resgatar os mineiros”, disse o hoje Bispo emérito.
“‘A Chinita’, que é o nome carinhoso como se conhece a Virgem de Andacollo, tornou-se o centro da piedade e das orações, às vezes dramáticas, porque parecia impossível encontrar uma maneira de resgatar estes homens que estavam a mais de 700 metros de profundidade no meio do deserto”, acrescentou.
Depois, com a ajuda de um perito de salvamento mineiro dos Estados Unidos, foi encontrada a maneira de salvar os mineiros um por um através de uma cápsula.
“Os trabalhos de resgate começaram na quarta-feira, 13 de outubro, aniversário da última aparição de Fátima, e a ela encomendamos os trabalhos de resgate”, recordou o Prelado. Depois de 48 horas e para surpresa do mundo inteiro, os 33 mineiros foram resgatados.
A história dos mineiros foi contada em um filme “Os 33”, protagonizado por Armando Banderas, e parte desta obra foi filmada em Copiapó.

Segundo Dom Quintana, “os produtores do filme compreenderam o papel importante que a fé teve durante o longo drama do resgate e tive a oportunidade de estar neste local e também rezar com eles”.
Fonte Acidigital

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Papa Francisco: Os monges e monjas mantêm vivos os oásis do espírito

Diante de mais de 250 participantes no Congresso dos Abades Beneditinos, em Roma, o Papa Francisco afirmou que os monges e as monjas no mundo de hoje têm um dom e uma responsabilidade especial que é manter vivo o “oásis do espírito”.

“Neste tempo e nesta Igreja chamada a buscar sempre mais o essencial, os monges e as monjas custodiam por vocação um dom peculiar e uma responsabilidade especial: manter vivos os oásis do espírito, onde pastores e fiéis podem haurir às fontes da divina misericórdia”, disse o Papa na Sala Clementina no Palácio Apostólico do Vaticano nesta manhã.
Ante os participantes reunidos em Roma para refletir sobre o carisma monástico recebido por São Bento e sua fidelidade a ele, o Pontífice ressaltou que “se é somente na contemplação de Jesus Cristo que se colhe o rosto da misericórdia do Pai, a vida monástica constitui o caminho por excelência para fazer tal experiência contemplativa e traduzi-la em testemunho pessoal e comunitário”.
O mundo de hoje, continuou, demonstra claramente a necessidade de uma misericórdia que é o coração da vida cristã e “o que, definitivamente, manifesta a credibilidade da mensagem da qual a Igreja é depositária e anunciadora”.
Com a graça de Deus e em suas comunidades, monges e monjas anunciam a fraternidade evangélica de todos os mosteiros do mundo e o fazem com um silêncio operoso e eloquente que “deixa Deus falar na vida ensurdecedora e distraída do mundo”.
Portanto, embora vivam separados do mundo, sua clausura “não é estéril, ao contrário, é uma riqueza e não um impedimento para a comunhão”, seu trabalho, em harmonia com a oração, os faz “participantes da obra criadora de Deus e solidários com os pobres que não podem viver sem trabalhar”.
Sua hospitalidade, explicou o Santo Padre, os aproxima dos “mais perdidos e afastados, dos que se encontram em uma condição de grave pobreza humana e espiritual”, e seu compromisso na formação da juventude é muito apreciado.
“Tomara que os estudantes de suas escolas, através do estudo e do vosso testemunho de vida, também sejam especialistas do humanismo que se desprende da Regra Beneditina. E sua vida contemplativa também é um canal privilegiado para alimentar a comunhão com os irmãos das Igrejas Orientais”, exortou.
“O serviço de vocês à Igreja é muito precioso”, disse Francisco para, em seguida, incentivar a cooperação entre os mosteiros e a não desanimarem se os membros de suas comunidades diminuem ou envelhecem.
“Pelo contrário, conservem o zelo do testemunho de vocês, inclusive naqueles países mais difíceis, com a fidelidade ao carisma e a coragem de fundar novas comunidades”, sublinhou o Papa.
Fonte: Aci digital