segunda-feira, 31 de março de 2014
sábado, 29 de março de 2014
Despertar Vocacional - Diocese de Oliveira
O tesouro é algo preciso para cada pessoa, e em torno dele gira a vida como nos diz o Senhor, “Onde está o teu tesouro ai estará também o teu coração” (Mt 6,21), nem sempre, porém, este tesouro é digno de tanto valor, e para que cada pessoa perceba isso, olhe para o próprio coração, lá onde está o tesouro, é preciso parar. Foi esta a proposta do I Despertar Vocacional, realizado, no último dia 16 de março, em algumas paróquias da Diocese de Oliveira/MG (Oliveira, Campo Belo, Carmópolis, Passa Tempo, Candeias, Cana verde, Santo Antônio do Amparo).
Mais de quinhentos jovens participaram do encontro, no mesmo dia, porém em lugares e horários diferentes. Foram convidados a entrar na sala da realidade, parar e pensar: Qual é o meu tesouro, onde ele está? Posso parar para encontrá-lo? Será que não estou enchendo a minha vida com “tesouros” inúteis, que na verdade impedem-me de ver o essencial?
Toda a experiência do encontro girou em torno da vivência da “sala da realidade”, neste lugar cada jovem deveria encontrar o próprio tesouro, abraçá-lo e rezar com ele, em comunidades tiveram a oportunidade de partilhar o próprio tesouro. Os jovens puderam perceber que nenhum tesouro tem sentido fora de Cristo, é nele que deve estar enraizado o coração de toda pessoa. Eis o convite, “um novo tesouro: Jesus em meu caminho”.
Redemos graças a Deus por ter proporcionado a realização deste Despertar, em preparação para os Encontros vocacionais Diocesanos que acontecerá nos dias 04, 05 e 06 de abril.
Ir. Elisangela, omj - Membro Equipe Vocacional Diocesana
Maria na Campanha da Fraternidade
Certa vez, fui dar uma palestra numa paróquia, no
início da Campanha da Fraternidade. O Doutor Alberto, senhor rico e bem
vestido, advogado famoso na cidade, levantou-se e com voz arrogante falou: “Eu
não gosto de Campanha da Fraternidade. Em vez de acentuar o jejum e a
penitência, a Igreja fica falando de problemas sociais. Eu quero é viver a quaresma, como antigamente”.
Eu entendo o que ele disse. Alguns assuntos
das Campanhas da Fraternidade são difíceis de serem traduzidas em atitudes de
conversão concretas e visíveis, no cotidiano das pessoas. Os grandes temas
sociais por vezes parecem tão complexos e difíceis de resolver, que a pregação
da Campanha da Fraternidade pode se reduzir a um tema geral, que não atinge a
vida de cada um.
O engano consiste em separar a penitência e a
conversão pessoal da mudança social. Na pregação dos profetas, estas
duas realidades sempre vão juntas. Na primeira sexta-feira da quaresma, lê-se
na liturgia o texto de Isaías 58. O profeta começa recorda a reclamação
daqueles que dizem invocar a Deus e não serem atendidos. "Por que
jejuamos, e tu não viste? Por que nos humilhamos totalmente, e nem tomaste
conhecimento?" Deus responde: “Acontece que, mesmo quando estão jejuando,
vocês só cuidam dos próprios interesses e continuam explorando quem trabalha
para vocês. O jejum que eu quero é este: acabar com as prisões
injustas, desfazer as correntes do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e
despedaçar qualquer jugo; repartir a comida com quem passa fome, hospedar em
sua casa os pobres sem abrigo, vestir aquele que se encontra nu, e não se
fechar à sua própria gente” (Is 58,3.6-7).
A originalidade da Campanha da Fraternidade consiste
justamente em acreditar que a conversão individual se faz ao mesmo tempo com
mudanças culturais, sociais e políticas. Esta convicção já está presente
na pregação e na prática de Jesus. No sermão da planície, em Lucas 6,20-28, o
Mestre anuncia as “Bem Aventuranças”: felizes são os pobres, os famintos, os
que choram, os perseguidos por causa da justiça, pois o Reino de Deus está
chegando especialmente para eles. E dirige palavras duras para os gananciosos e
injustos. Quando Jesus come com os pecadores e pobres, acolhe
cada um deles, mas também anuncia com seu gesto que se inicia uma sociedade que
supera a exclusão social e religiosa.
O cântico de Maria, a mãe de Jesus, tradicionalmente
chamado de “Magnificat” (Lc 1,46-55), manifesta o mesmo espírito de conversão e
mudança das Bem-Aventuranças. Maria começa proclamando a grandeza de
Deus que fez nela grandes maravilhas. Mas não se detém somente na sua
experiência pessoal. Ela proclama que Deus vai operar grandes mudanças na sociedade,
como saciar de bens os famintos e derrubar os poderosos de seus tronos. Maria
compreende que a conversão individual e as mudanças estruturais fariam parte do
mesmo projeto salvador e libertador de Jesus.
Peçamos a Maria que nesta quaresma ela nos faça melhores, mais bondosos(as), desprendidos(as), livres para servir a Deus, com um coração renovado. E, ao mesmo tempo, que ela nos dê consciência crítica para nos inteirarmos de situações desumanizadoras que clamam por transformação. E a lucidez para empreender iniciativas comunitárias e sociais contra o tráfico de seres humanos, nas suas diversas formas. Assim, a quaresma nos preparará para celebrar, de maneira sempre nova, a vida, morte e ressurreição de Jesus. E neste caminho pascal, Maria vai conosco, abre nossa mente e nosso coração, aponta para Jesus e o seu Reino. Amém!
Peçamos a Maria que nesta quaresma ela nos faça melhores, mais bondosos(as), desprendidos(as), livres para servir a Deus, com um coração renovado. E, ao mesmo tempo, que ela nos dê consciência crítica para nos inteirarmos de situações desumanizadoras que clamam por transformação. E a lucidez para empreender iniciativas comunitárias e sociais contra o tráfico de seres humanos, nas suas diversas formas. Assim, a quaresma nos preparará para celebrar, de maneira sempre nova, a vida, morte e ressurreição de Jesus. E neste caminho pascal, Maria vai conosco, abre nossa mente e nosso coração, aponta para Jesus e o seu Reino. Amém!
Afonso Murad - Publicado na Revista de Aparecida – Março 2014.
quinta-feira, 27 de março de 2014
Últimos dias de inscrição para o Simpósio Vocacional
Encerram-se amanhã, 28, as inscrições para o Simpósio Vocacional. Com o tema “Ide e anunciai! Vocações diversas para uma grande missão!”, o evento, que será realizado de 16 a 18 de maio, tem como objetivo incrementar a cultura vocacional na ação evangelizadora da Igreja no Brasil e avançar no discipulado missionário como legado batismal, na comunhão e complementaridade de vocações e ministérios na comunidade eclesial. As inscrições estão sendo feitas pelo Serviço de Animação Vocacional de cada regional. Os interessados deverão procurar os responsáveis pelas inscrições na sua própria localidade. (Veja abaixo os contatos para informações, por região)
Região Sul (São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul): Responsável: Padre Marcelo Martendal - martendal.bnu@ibest.com.br
Região Leste (Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro): Responsável: Padre Eliseu -pe.eliseu@gmail.com e também pelo site do Regional - /www.cnbbleste2.org.br
Região Norte (Amazonas, Rondônia, Roraima, Acre, Amapá e Pará): Responsável: Irmã Letícia -pontinilet@yahoo.com.br
Região Oeste (Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins): Responsável: Edna - ednalegal@ibest.com.br
Região Nordeste: Bahia, Sergipe, Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão - Responsável: Diácono João Batista: jbnfilho@gmail.com e também pelo site: arquidiocesedenatal.org.br
Primeiro relatório consolida dados sobre Tráfico de Pessoas no Brasil
Entre 2005 e 2011 a Polícia Federal (PF) registrou 157
inquéritos por tráfico internacional de pessoas para fins de exploração sexual,
enquanto que o Poder Judiciário, segundo o Conselho Nacional de Justiça,
teve 91 processos distribuídos. Os dados constam no primeiro relatório com a
consolidação das informações existentes sobre o Tráfico de Pessoas no Brasil
elaborado pela Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça
(SNJ/MJ), em parceria com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime
(UNODC).
Os números ainda revelam que foram instaurados no
total 514 inquéritos pela Polícia Federal entre 2005 e 2011, dos quais 13 de
tráfico interno de pessoas e 344 de trabalho escravo. “O estudo mostra que o
sistema de justiça criminal funciona como um funil. Deveria ser um processo
distribuído pra cada inquérito. No caso dos inquéritos de tráfico internacional
realizados pela PF e dos processos distribuídos no poder judiciário, funciona
na razão de dois pra um”, explica o secretário Nacional de Justiça, Paulo Abrão.
O relatório elaborado entre os meses de maio a
setembro de 2012 recuperou estatísticas, sobretudo criminais, sobre o tráfico
de pessoas no Brasil. Órgãos vinculados ao Ministério da Justiça, como o
Departamento de Polícia Federal, Departamento de Polícia Rodoviária Federal,
Departamento Penitenciário Nacional, Defensoria Pública da União e a Secretaria
Nacional de Segurança Pública, além dos organismos que atendem diretamente
vítimas de tráfico de pessoas, como a Assistência Consular do Ministério das
Relações Exteriores, foram entrevistados e forneceram dados. Também foram
ouvidos o Conselho Nacional de Justiça e o Conselho Nacional do Ministério
Público.
terça-feira, 25 de março de 2014
Os olhos de quem vê
Um dia, um pai de família
rica, grande empresário, levou seu filho para viajar até um lugarejo com o
firme propósito de mostrar-lhe o quanto as pessoas podem ser pobres. Seu
objetivo era convencer o filho da necessidade de valorizar os bens materiais
que possuía, seu status e
prestígio social. O pai queria desde cedo passar esses valores para seu
herdeiro.
Eles ficaram um dia e uma
noite numa pequena casa de taipa, de um morador da fazenda de seu primo.
Quando retornavam da
viagem, o pai perguntou ao filho:
– E aí filhão, como foi a viagem para você?
– Muito boa, papai.
– Você viu a diferença entre viver na riqueza
e viver na pobreza?
– Sim pai... - Retrucou o filho,
pensativamente.
– E o que você aprendeu com tudo o que viu
naquele lugar tão pobre?
O menino respondeu:
– É pai, pude ver muitas coisas... Vi
que nós temos só um cachorro em casa, enquanto eles têm quatro. Nós temos uma
piscina que alcança metade do jardim, e eles têm um riacho sem fim.
Nós temos uma varanda coberta e iluminada com lâmpadas fluorescentes e eles têm
as estrelas e a lua no céu. Nosso quintal vai até o portão de
entrada e eles têm uma floresta inteirinha. Nós temos alguns canários numa
gaiola e eles têm todas as aves que a natureza pode oferecer-lhes, soltas!
O filho suspirou e
continuou:
– E além do mais, papai, observei que eles
oram antes de qualquer refeição, enquanto nós sentamos à mesa e falamos de
negócios e eventos sociais. Então comemos, empurramos o prato e pronto! No
quarto onde fui dormir com o Tonho, passei vergonha, pois não sabia sequer
orar, enquanto ele se ajoelhou e agradeceu a Deus por tudo, inclusive por nossa
visita. Lá em casa, vamos para o quarto, deitamos, assistimos TV e
dormimos. Outra coisa papai, eu dormi na rede do Tonho e ele
dormiu no chão, pois não havia rede para cada um de nós. Na nossa casa,
colocamos nossa empregada para dormir naquele quarto onde guardamos entulho,
apesar de termos camas macias e cheirosas sobrando.
Conforme o garoto falava,
o pai ficava constrangido, enrubescido e envergonhado. O filho, em sua sábia
ingenuidade e brilhante desabafo, abraçou o pai e ainda acrescentou:
– Obrigado papai, por ter me mostrado o quanto
somos pobres!
domingo, 23 de março de 2014
Beato José de Anchieta será canonizado no próximo 2 de abril
O Papa Francisco vai presidir no dia 24 de abril uma Missa na igreja de Santo Inácio, em Roma,
em ação de graças pela canonização do Beato José de Anchieta (1534-1597), o
Apóstolo do Brasil, que será declarado santo por meio de um decreto pontifício
neste 2 de abril. O Papa Francisco também vai assinar decretos de canonização
equipolente de dois beatos franceses que promoveram a evangelização no Canadá:
o bispo François de Montmorency-Laval (1623-1708) e a mística missionária Maria
da Encarnação Guyart (1599-1672).
Nascido em Tenerife, nas Canárias (Espanha), o jesuíta chegou
ao Brasil em julho de 1553, onde fundou juntamente com o padre português Manuel
da Nóbrega um colégio em Piratininga, deu origem à cidade de São Paulo. José de
Anchieta foi a Portugal aos 14 anos para estudar das Artes e Humanidades, em
Coimbra, confiado aos jesuítas, anexo à Universidade local. Ali entrou no
noviciado da Companhia de Jesus, e foi logo destinado à missão do Brasil.
Segundo a Rádio Vaticano, O Papa Francisco também vai
assinar decretos de canonização equipolente de dois beatos franceses que
promoveram a evangelização no Canadá: o bispo François de Montmorency-Laval
(1623-1708) e a mística missionária Maria da Encarnação Guyart (1599-1672).
Os três futuros santos foram beatificados por João Paulo II
a 22 de junho de 1980, com outras duas figuras da Igreja Católica na América,
Pedro de Betancour (1626-1667) e Catarina Tekakwitha (1656-1680), entretanto
canonizados.
A ‘canonização equipolente’, explica a Agência Ecclesia do
Episcopado português, é um processo instituído no século XVIII por Bento XIV,
através do qual o Papa “vincula a Igreja como um todo para que observe a
veneração de um Servo de Deus ainda não canonizado pela inserção de sua
festividade no calendário litúrgico da Igreja universal, com Missa e Ofício
Divino”.
Francisco já recordou a este procedimento em outubro, com a
Beata Ângela de Foligno (1248-1309), e em dezembro, com o jesuíta Pedro Fabro
(1506-1546).
Beato José de Anchieta será canonizado no próximo 2 de
abril. O Papa Francisco vai presidir no dia 24 de abril uma Missa na igreja de
Santo Inácio, em Roma, em ação de graças pela canonização do Beato José de
Anchieta (1534-1597), o Apóstolo do Brasil, que será declarado santo por meio
de um decreto pontifício neste 2 de abril. O Papa Francisco também vai assinar
decretos de canonização equipolente de dois beatos franceses que promoveram a
evangelização no Canadá: o bispo François de Montmorency-Laval (1623-1708) e a
mística missionária Maria da Encarnação Guyart (1599-1672).
Nascido em Tenerife, nas Canárias (Espanha), o jesuíta
chegou ao Brasil em julho de 1553, onde fundou juntamente com o padre português
Manuel da Nóbrega um colégio em Piratininga, deu origem à cidade de São Paulo.
José de Anchieta foi a Portugal aos 14 anos para estudar das Artes e
Humanidades, em Coimbra, confiado aos jesuítas, anexo à Universidade local. Ali
entrou no noviciado da Companhia de Jesus, e foi logo destinado à missão do
Brasil.
Segundo a Rádio Vaticano, O Papa Francisco também vai assinar
decretos de canonização equipolente de dois beatos franceses que promoveram a
evangelização no Canadá: o bispo François de Montmorency-Laval (1623-1708) e a
mística missionária Maria da Encarnação Guyart (1599-1672).
Os três futuros santos foram beatificados por João Paulo II
a 22 de junho de 1980, com outras duas figuras da Igreja Católica na América,
Pedro de Betancour (1626-1667) e Catarina Tekakwitha (1656-1680), entretanto
canonizados.
A ‘canonização equipolente’, explica a Agência Ecclesia do
Episcopado português, é um processo instituído no século XVIII por Bento XIV,
através do qual o Papa “vincula a Igreja como um todo para que observe a
veneração de um Servo de Deus ainda não canonizado pela inserção de sua
festividade no calendário litúrgico da Igreja universal, com Missa e Ofício
Divino”.
Francisco já recordou a este procedimento em outubro, com a
Beata Ângela de Foligno (1248-1309), e em dezembro, com o jesuíta Pedro Fabro
(1506-1546).
O Beato foi escolhido como um dos intercessores da JMJ Rio 2013 que contou com a presença do primeiro Papa Jesuíta da história. O missionário chegou ao Brasil com apenas 19 anos, e exerceu também as funções de sacerdote, historiador, professor e poeta.
O Beato foi escolhido como um dos intercessores da JMJ Rio 2013 que contou com a presença do primeiro Papa Jesuíta da história. O missionário chegou ao Brasil com apenas 19 anos, e exerceu também as funções de sacerdote, historiador, professor e poeta.
No próprio dia 2 de abril, em todas as Igrejas da Arquidiocese
de São Paulo, às 14h, haverá repicar dos sinos pela canonização de Anchieta.
Haverá uma surpresa para quem comparecer à Praça da Sé.
Segundo informa o site da Arquidiocese, São Paulo está em
festa e convida todos a participar da Missa em ação de graças pela canonização
de Anchieta, no domingo, 6/4, às 11h, na Catedral da Sé. A celebração será
transmitida ao vivo pela TV Cultura e retransmitida, por meio de pool, por
emissoras católicas, como a Canção Nova, Rede Vida e
TV Aparecida, as que, até o momento.
sexta-feira, 21 de março de 2014
quinta-feira, 20 de março de 2014
Freira participa do "The Voice" versão italiana
Na noite da última
quarta-feira, 19, durante a segunda edição italiana do The Voice, uma das
candidatas agitou a plateia e surpreendeu o júri. Tratava-se de Irmã
Cristina, uma freira de 25 anos que impressionou com sua ousadia ao participar
do programa.
Irmã Cristina pertence
à Congregação das Irmãs Ursulinas da Sagrada Família e fez o seu noviciado na
cidade de Mogi das Cruzes em São Paulo.
A irmã cantou “No one”, de
Alicia Keys. O júri composto por J-Ax, Noemi, Piero Pelù e Raffaella
Carrà, ficou boquiaberto ao girar a cadeira e ter diante dos olhos uma freira.
Além de fazer vários elogios, o júri questionou sua decisão de participar do
The Voice. J-Ax, aquele que foi escolhido por Irmã Cristina para segui-la na
competição, emocionou-se verdadeiramente ao ver a ousadia da irmã. “Mas o
que você acha que o Vaticano dirá por você ter se apresentado no The Voice?”,
indagou Raffaella Carrà.
“Olha, eu não sei,
espero um telefonema do Papa Francisco de saudação. Ele nos convida a sair,
evangelizar, a dizer que Deus não nos tira nada, pelo contrário, nos dá ainda
mais. Eu estou aqui por isso” Irmã Cristina.
Confira a
apresentação de Irmã Cristina:
quarta-feira, 19 de março de 2014
Como vive José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus, da Igreja?
“Como vive José a sua vocação de guardião de
Maria, de Jesus, da Igreja? Numa constante atenção a Deus, aberto aos seus
sinais, disponível mais ao projeto d’Ele que ao seu. [...] E José é “guardião”,
porque sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar pela sua vontade e, por isso mesmo, se
mostra ainda mais sensível com as pessoas que lhe estão confiadas, sabe ler com
realismo os acontecimentos, está atento àquilo que o rodeia, e toma as decisões
mais sensatas. Nele, queridos amigos, vemos como se responde à vocação de Deus:
com disponibilidade e prontidão; mas vemos também qual é o centro da vocação
cristã: Cristo. Guardemos Cristo na nossa vida, para guardar os outros, para
guardar a criação!
Entretanto a vocação de guardião não diz
respeito apenas a nós, cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é
simplesmente humana e diz respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a
beleza da criação, como se diz no livro de Gênesis e nos mostrou São Francisco
de Assis: é ter respeito por toda a criatura de Deus e pelo ambiente onde
vivemos. É guardar as pessoas, cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma,
especialmente das crianças, dos idosos, daqueles que são mais frágeis e que
muitas vezes estão na periferia do nosso coração. É cuidar uns dos outros na
família: os esposos guardam-se reciprocamente, depois, como pais, cuidam dos
filhos, e, com o passar do tempo, os próprios filhos tornam-se guardiões dos
pais. É viver com sinceridade as amizades, que são um mútuo guardar-se na
intimidade, no respeito e no bem. Fundamentalmente tudo está confiado à guarda
do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito a todos. Sede guardiões
dos dons de Deus! [...] Nos Evangelhos, São José aparece como um homem forte,
corajoso, trabalhador, mas, no seu íntimo, sobressai uma grande ternura, que
não é a virtude dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza de ânimo e
capacidade de solicitude, de compaixão, de verdadeira abertura ao outro, de
amor. Não devemos ter medo da bondade, da ternura!”
Papa Francisco 19 de março 2013
segunda-feira, 17 de março de 2014
sábado, 15 de março de 2014
Vocações no Ano do Centenário da Família Paulina
Neste ano em que a Família Paulina comemora seu 1º
Centenário de existência, é bom olhar para esta história que se inicia no
coração de um sacerdote que se abriu à graça de Deus e soube ouvi-Lo.
Pe. Tiago Alberione, na noite de 31 de dezembro de
1900, início do século XX, rezava na catedral de Alba, região norte da Itália. Os
pensamentos o invadiam no silêncio da noite, quando, no íntimo, ouviu uma voz
como a ouviu o profeta Elias na brisa da tarde. Assim descreve o fato, como se
tratasse de outra pessoa:
“Veio uma luz particular... E ele sentiu-se
profundamente obrigado a preparar-se para fazer alguma coisa pelo Senhor e
pelos homens do novo século”. (AD 15)
Ele bem sabia de quem vinha o apelo... Era de
Cristo que o impelia a fundar uma família religiosa cujo carisma seria
comunicar o Evangelho através dos meios de comunicação social. Deste modo
nasceu a Família Paulina.
Uma história simples, bem humana, carregada de
idealismo, porém nada extraordinária ou digna de manchetes. A
história de nossa Família Paulina foi acontecendo ao longo dos anos sem
planejamentos minuciosos, e sem grandes provisões de recursos.
Essa história assemelha-se à de Cristo, que veio ao
mundo para dar a conhecer a vontade do Pai e, na pobreza, castidade e
obediência, manifestá-La ao mundo pela Sua Palavra.
Pe. Alberione assemelha-se ao Divino Mestre ao possuir
o Espírito Santo de forma plena, única e exclusiva. Para ele, como
também para São Paulo, o Patrono da Família Paulina, o viver foi Cristo.
O Papa Paulo VI afirmava sobre Alberione: “Aqui está
ele, humilde e silencioso, infatigável, sempre vigilante, sempre recolhido em
seus pensamentos, que correm da oração para a ação, sempre atento em sondar os
sinais dos tempos”. (Observatore Romano 29/06/1969).
A Família Paulina com
seus dez “braços”: Irmãos e Padres Paulinos, Irmãs Paulinas, Pias Discípulas do
Divino Mestre, Irmãs Pastorinhas, Irmãs Apostolinas, Instituto de Vida Secular
Consagrada Nossa Senhora da Anunciação (para moças), IVSC São Gabriel Arcanjo
(para moços), IVSC Santa Família (para casais), IVSC Jesus Sacerdote (para
sacerdotes diocesanos) e Cooperadores Paulinos, oferece a todos a oportunidade
de encontrar seu lugar, para também dizer sim a CristoFonte: Blog Instituto Santa Família
quinta-feira, 13 de março de 2014
Mensagem Dia Mundial de Oração pelas Vocações 2014
Amados irmãos e irmãs!
1. Narra o Evangelho que «Jesus percorria as cidades e as aldeias (...). Contemplando a multidão, encheu-
Se de compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor. Disse, então, aos seus discípulos: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe”» (Mt 9, 35-38). Estas palavras causam-nos surpresa, porque todos sabemos que, primeiro, é preciso lavrar, semear e cultivar, para depois, no tempo devido, se poder ceifar uma messe grande. Jesus, ao invés, afirma que «a messe é grande». Quem trabalhou para que houvesse tal resultado? A resposta é uma só: Deus. Evidentemente, o campo de que fala Jesus é a humanidade, somos nós. E a ação eficaz, que é causa de «muito fruto», deve-se à graça de Deus, à comunhão com Ele (cf. Jo 15,5). Assim a oração, que Jesus pede à Igreja, relaciona-se com o pedido de aumentar o número daqueles que estão ao serviço do seu Reino. São Paulo, que foi um destes «colaboradores de Deus», trabalhou incansavelmente pela causa do Evangelho e da Igreja. Com a consciência de quem experimentou, pessoalmente, como a vontade salvífica de Deus é imperscrutável e como a iniciativa da graça está na origem de toda a vocação, o Apóstolo recorda aos cristãos de Corinto: «Vós sois o seu [de Deus] terreno de cultivo» (1Cor 3,9). Por isso, do íntimo do nosso coração, brota, primeiro, a admiração por uma messe grande que só Deus pode conceder; depois, a gratidão por um amor que sempre nos precede; e, por fim, a adoração pela obra realizada por Ele, que requer a nossa livre adesão para agir com Ele e por Ele.
2. Muitas vezes rezamos estas palavras do Salmista: «O Senhor é Deus; foi Ele quem nos criou e nós pertencemos-Lhe, somos o seu povo e as ovelhas do seu rebanho» (Sl 100/99,3); ou então: «O Senhor escolheu para Si Jacob, e Israel, para seu domínio preferido» (Sl 135/134,4). Nós somos «domínio» de Deus, não no sentido duma posse que torna escravos, mas dum vínculo forte que nos une a Deus e entre nós, segundo um pacto de aliança que permanece para sempre, «porque o seu amor é eterno!» (Sl 136/135,1). Por exemplo, na narração da vocação do profeta Jeremias, Deus recorda que Ele vigia continuamente sobre a sua Palavra para que se cumpra em nós. A imagem adotada é a do ramo da amendoeira, que é a primeira de todas as árvores a florescer, anunciando o renascimento da vida na Primavera (cf. Jr 1,11-12). Tudo provém d’Ele e é dádiva sua: o mundo, a vida, a morte, o presente, o futuro, mas – tranquiliza-nos o Apóstolo - «vós sois de Cristo e Cristo é de Deus» (1Cor 3,23). Aqui temos explicada a modalidade de pertença a Deus: através da relação única e pessoal com Jesus, que o Batismo nos conferiu desde o início do nosso renascimento para a vida nova. Por conseguinte, é Cristo que nos interpela continuamente com a sua Palavra, pedindo para termos confiança n’Ele, amando-O «com todo o coração, com todo o entendimento, com todas as forças» (Mc 12,33). Embora na pluralidade das estradas, toda a vocação exige sempre um êxodo de si mesmo para centrar a própria existência em Cristo e no seu Evangelho. Quer na vida conjugal, quer nas formas de consagração religiosa, quer ainda na vida sacerdotal, é necessário superar os modos de pensar e de agir que não estão conformes com a vontade de Deus. É «um êxodo que nos leva por um caminho de adoração ao Senhor e de serviço a Ele nos irmãos e nas irmãs» (Discurso à União Internacional das Superioras Gerais, 8 de maio de 2013). Por isso, todos somos chamados a adorar Cristo no íntimo dos nossos corações (cf. 1Pd 3,15), para nos deixarmos alcançar pelo impulso da graça contido na semente da Palavra, que deve crescer em nós e transformar-se em serviço concreto ao próximo. Não devemos ter medo: Deus acompanha, com paixão e perícia, a obra saída das suas mãos, em cada estação da vida. Ele nunca nos abandona! Tem a peito a realização do seu projeto sobre nós, mas pretende consegui-lo contando com a nossa adesão e a nossa colaboração.
3. Também hoje Jesus vive e caminha nas nossas realidades da vida ordinária, para Se aproximar de todos, a começar pelos últimos, e nos curar das nossas enfermidades e doenças. Dirijo-me agora àqueles que estão dispostos justamente a pôr-se à escuta da voz de Cristo, que ressoa na Igreja, para compreenderem qual possa ser a sua vocação. Convido-vos a ouvir e seguir Jesus, a deixar-vos transformar interiormente pelas suas palavras que «são espírito e são vida» (Jo 6,63). Maria, Mãe de Jesus e nossa, repete também a nós: «Fazei o que Ele vos disser!» (Jo 2,5). Far-vos-á bem participar, confiadamente, num caminho comunitário que saiba despertar em vós e ao vosso redor as melhores energias. A vocação é um fruto que amadurece no terreno bem cultivado do amor uns aos outros que se faz serviço recíproco, no contexto duma vida eclesial autêntica. Nenhuma vocação nasce por si, nem vive para si. A vocação brota do coração de Deus e germina na terra boa do povo fiel, na experiência do amor fraterno. Porventura não disse Jesus que «por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros» (Jo 13,35)?
4. Amados irmãos e irmãs, viver esta «medida alta da vida cristã ordinária» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte, 31) significa, por vezes, ir contra a corrente e implica encontrar também obstáculos, fora e dentro de nós. O próprio Jesus nos adverte: muitas vezes a boa semente da Palavra de Deus é roubada pelo Maligno, bloqueada pelas tribulações, sufocada por preocupações e seduções mundanas (cf. Mt 13,19-22). Todas estas dificuldades poder-nos-iam desanimar, fazendo-nos optar por caminhos aparentemente mais cômodos. Mas a verdadeira alegria dos chamados consiste em crer e experimentar que o Senhor é fiel e, com Ele, podemos caminhar, ser discípulos e testemunhas do amor de Deus, abrir o coração a grandes ideais, a coisas grandes. «Nós, cristãos, não somos escolhidos pelo Senhor para coisas pequenas; ide sempre mais além, rumo às coisas grandes. Jogai a vida por grandes ideais!» (Homilia na Missa para os crismandos, 28 de Abril de 2013). A vós, Bispos, sacerdotes, religiosos, comunidades e famílias cristãs, peço que orienteis a pastoral vocacional nesta direção, acompanhando os jovens por percursos de santidade que, sendo pessoais, «exigem uma verdadeira e própria pedagogia da santidade, capaz de se adaptar ao ritmo dos indivíduos; deverá integrar as riquezas da proposta lançada a todos com as formas tradicionais de ajuda pessoal e de grupo e as formas mais recentes oferecidas pelas associações e movimentos reconhecidos pela Igreja» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte, 31).
Disponhamos, pois, o nosso coração para que seja «boa terra» a fim de ouvir, acolher e viver a Palavra e, assim, dar fruto. Quanto mais soubermos unir-nos a Jesus pela oração, a Sagrada Escritura, a Eucaristia, os Sacramentos celebrados e vividos na Igreja, pela fraternidade vivida, tanto mais há de crescer em nós a alegria de colaborar com Deus no serviço do Reino de misericórdia e verdade, de justiça e paz. E a colheita será grande, proporcional à graça que tivermos sabido, com docilidade, acolher em nós. Com estes votos e pedindo-vos que rezeis por mim, de coração concedo a todos a minha Bênção Apostólica.
Vaticano, 15 de Janeiro de 2014
Francisco
terça-feira, 11 de março de 2014
domingo, 9 de março de 2014
Consertando o mundo - parábola
Um cientista vivia
preocupado com os problemas do mundo e estava resolvido a encontrar meios de
minimizá-los. Passava dias em seu laboratório em busca de respostas para suas
dúvidas.
Certo dia, seu filho de
sete anos invadiu seu santuário decidido a ajudá-lo a trabalhar. O cientista,
nervoso pela interrupção, tentou que o filho fosse brincar em outro lugar.
Vendo que seria impossível
demovê-lo, o pai procurou algo que pudesse ser oferecido ao filho com o
objetivo de distrair sua atenção. De repente, deparou-se com um mapa do mundo.
Com o auxílio de uma tesoura, recortou o mapa em vários pedaços e, junto
com um rolo de fita adesiva, entregou ao filho dizendo:
– Você gosta de quebra-cabeças? Então vou lhe
dar o mundo para consertar. Aqui está o mundo todo quebrado. Veja se consegue
consertá-lo bem direitinho! Faça tudo sozinho.
Calculou que a criança
levaria dias para recompor o mapa. Algumas horas depois, ouviu a voz do filho
que o chamava calmamente:
– Pai, pai, já fiz tudo. Consegui terminar
tudinho!
A princípio o pai não deu
crédito às palavras do filho. Seria impossível na sua idade ter conseguido
recompor um mapa que jamais havia visto.
Relutante, o cientista
levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria um trabalho digno de
uma criança.
Para sua surpresa, o mapa
estava completo. Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos lugares.
Como seria possível? Como o menino havia sido capaz?
– Você não sabia como era o mundo, meu filho,
como conseguiu?
– Pai, eu não sabia como era o mundo, mas
quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que do outro lado
havia a figura de um homem. Quando você me deu o mundo para consertar, eu
tentei, mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem, virei os recortes e
comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui
consertar o homem, virei a folha e vi que havia consertado o mundo.
Autor: Desconhecido
sexta-feira, 7 de março de 2014
Precisamos de mudança, de uma transformação, precisamos nos converter!
Na Quarta-feira de
Cinzas, o Papa Francisco presidiu na Basílica romana de São Anselmo em Aventino.
Conforme assinala a Rádio Vaticano, em sua homilia, o Santo Padre destacou três
elementos que caracterizam a oração, que é a força do cristão e de cada pessoa
crente. “Na fraqueza e na fragilidade da nossa vida, podemos nos voltar para
Deus, com a confiança de filhos, e entrar em comunhão com Ele. Diante de tantas
feridas que nos fazem mal e poderiam endurecer o coração, somos chamados a
mergulhar no mar da oração, que é o mar do amor sem limites de Deus, para
desfrutar de sua ternura”.
O segundo elemento
relevante do caminho quaresmal é o jejum. Mas devemos estar atentos, disse o
Papa, para não fazer “um jejum formal”, posto que o jejum faz sentido somente
se realmente “afeta a nossa segurança”, e também se consegue um benefício para
os outros, se nos ajuda a crescer no estilo do Bom Samaritano, que se inclina
sobre o irmão em dificuldade e cuida dele.
Daí que o Pontífice
afirmou que o jejum envolve a escolha de uma vida sóbria, que não desperdiça, que
não “descarta”. Jejuar “ajuda-nos a treinar o coração na essencialidade na
partilha. É um sinal de consciência e responsabilidade diante das injustiças,
dos abusos, especialmente para com os pobres e os pequeninos, e é um sinal da
confiança que depositamos em Deus e na Sua providência”.
O terceiro elemento é a
esmola, disse deste modo Francisco, porque indica a gratuidade, já que a esmola
“é dada a alguém de quem não se pode esperar nada em troca”. Enquanto
hoje com frequência a gratuidade não faz parte da vida cotidiana, onde “tudo se
vende e compra”. Tudo é cálculo e medição.
O Santo Padre recordou
que com seus convites à conversão, a quaresma vem
providencialmente “despertar-nos para sacudir-nos do torpor, do risco de
avançar por inércia”.
À pergunta de por que
devemos voltar para Deus?, o Santo Padre disse: “Porque algo está errado em
nós, na sociedade, na Igreja. Nós precisamos de mudança, de uma transformação,
precisamos nos converter!”.
“A Quaresma vem
dirigir-nos um apelo profético para nos lembrar de que é possível realizar algo
novo em nós mesmos e ao nosso redor, simplesmente porque Deus é fiel,
continua a ser cheio de bondade e misericórdia, e está sempre pronto a perdoar
e recomeçar. Com esta confiança filial, coloquemo-nos a caminho!”.
Fonte: Aci Digital
quinta-feira, 6 de março de 2014
Beleza negra - discurso de Lupita Nuong'o
Durante o evento Black
Women in Hollywood (Mulheres negras em Hollywood), organizado pela revista “Essence” em um hotel
em Los Angeles, três dias antes da grande premiação do Oscar, Lupita Nyong’o na
fez um discurso que deixou Oprah Winfrey (bastante citada na fala, aliás),
Spike Lee e Kerry Washington com lágrimas nos olhos.
Leia abaixo integra do discurso.
"Quero aproveitar essa oportunidade para falar
de beleza. Beleza negra. Recebi uma carta de uma garota e gostaria de
compartilhar um pequeno trecho com vocês. 'Querida Lupita, acho que você tem
muita sorte por ter tanto sucesso em Hollywood mesmo sendo tão negra". Eu
estava a ponto de comprar o creme Whitenicious da Dencia para clarear minha
pele quando você apareceu no meu mundo e me salvou'.
Meu coração sangrou um pouco quando li essas
palavras. Eu nunca imaginaria que meu primeiro trabalho fora da escola seria
tão poderoso e que me tornaria esse tipo de imagem de esperança do mesmo jeito
que as mulheres de 'A cor púrpura' foram para mim.
Lembro do tempo em que eu também me achava feia. Eu
ligava a TV e só via peles claras. Fui insultada e provocada por causa da cor
da minha pele. E minha única prece para Deus era no sentido de pedir que
acordasse no dia seguinte mais clara. (...) E todo dia eu experimentava a mesma
frustração de estar tão negra quanto o dia anterior. Tentei negociar com Deus:
disse que nunca mais roubaria cubos de açúcar no meio da noite se ele me desse
o que eu queria; disse que ouviria cada palavra que minha mãe dissesse e que
nunca perderia meu suéter do trabalho de novo se ele me tornasse mais clara.
Mas imagino que Deus não tenha se impressionado muito com minha barganha,
porque ele nunca ouviu.
Quando me tornei adolescente passei a me odiar
ainda mais, como se pode imaginar que aconteça na adolescência. Minha mãe
tentava me dizer que eu era linda, mas não tinha consolo: ela é minha mãe, é
claro que vai pensar e dizer isso. E aí Alek Wek apareceu na cena
internacional. Uma modelo celebrada, negra como a noite, estava em todas as
pistas e em todas as revistas e todo mundo estava falando sobre como ela era
bonita. Até Oprah disse que ela era linda, e isso se transformou em um fato.
Não conseguia acreditar que as pessoas estavam considerando uma mulher que se
parecia tanto comigo bonita. Minha pele sempre foi um obstáculo a ser superado
e, de repente, Oprah estava me dizendo que não era.
Quando vi Alek inadvertidamente eu vi um reflexo de
mim mesma que eu não podia negar. (...) Mas para as pessoas que eu pensavam que
importavam, eu ainda era feia. E minha mãe me dizia: "Você não pode comer
beleza. Isso não te alimenta." E essas palavras me incomodavam: eu não
entendia o que queria dizer até compreender que beleza não era uma coisa que eu
poderia adquirir ou consumir, era algo que só poderia existir.
E o que minha mãe quis dizer quando falou que você
não pode comer beleza é que você não pode confiar apenas na aparência para se
sustentar. O que é bonito é fundamentalmente compaixão por si mesmo e para
aqueles ao seu redor. Esse tipo de beleza inflama o coração e encanta a alma.
(...) Então espero que minha presença nas telas e nas revistas possa te jogar,
jovem menina, em uma jornada similar. Que você possa sentir a validação de sua
beleza externa mas também se comprometa ao máximo em ser bonita por dentro. Não
existe sombra para este tipo de beleza."
Fonte: O Globo
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