quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Santa Maria, Mãe do Senhor, Tu permaneceste fiel quando os discípulos fugiram. Assim como acreditastes quando o anjo te anunciou o inacreditável, Mãe do Altíssimo, assim acreditaste na hora da sua mais profunda humilhação. Assim, na hora da Cruz, na hora da noite mais escura do mundo, te tornaste a mãe dos crentes, na mãe da Igreja.  Te pedimos: ensina-nos a acreditar e ajudar-nos a transformar a fé em coragem para servir e na ação do amor que ajuda e se compadece. Amém.

Papa Bento XVI

sábado, 20 de agosto de 2016

Quanto você vale

– Venho aqui, professor, porque me sinto tão pouca coisa que não tenho forças para fazer nada. Dizem-me que não sirvo para nada, que não faço nada bem, que sou lerdo e muito idiota. Como posso melhorar? O que posso fazer para que me valorizem mais?
O professor, sem olhá-lo, disse:
– Sinto muito, meu jovem, mas não posso te ajudar. Devo primeiro resolver o meu próprio problema. Talvez depois.
E fazendo uma pausa, falou:
– Se você me ajudasse, eu poderia resolver este problema com mais rapidez e depois, talvez possa te ajudar.
– C...claro, professor - gaguejou o jovem, que se sentiu outra vez desvalorizado e hesitou em ajudar seu mestre. O professor tirou um anel que usava no dedo pequeno e deu ao garoto dizendo:
– Monte no cavalo e vá até o mercado. Devo vender esse anel porque tenho que pagar uma dívida. É preciso que obtenhas pelo anel o máximo possível, mas não aceite menos que uma moeda de ouro. Vá e volte com a moeda o mais rápido possível.
O jovem pegou o anel e partiu. Mal chegou ao mercado, começou a oferecer o anel aos mercadores. Eles olhavam com algum interesse, até quando o preço pretendido era informado. Quando o jovem mencionava uma moeda de ouro, alguns riam, outros saíam sem ao menos olhar para ele, mas só um velhinho foi amável a ponto de explicar que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel. Tentando ajudar o jovem, chegaram a oferecer uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o jovem seguia as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro e recusava as ofertas.
Depois de oferecer a joia a todos que passaram pelo mercado, abatido pelo fracasso, montou no cavalo e voltou. O jovem desejou ter uma moeda de ouro para que ele mesmo pudesse comprar o anel, assim livrando a preocupação de seu professor e podendo receber ajuda e conselhos. Entrou na casa e disse:
– Professor, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu. Talvez pudesse conseguir duas ou três moedas de prata, mas não acho que se possa enganar ninguém sobre o valor do anel.
– Importante o que disse, meu jovem - contestou sorridente o mestre. – Devemos saber primeiro o valor do anel. Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro. Quem melhor para saber o valor exato do anel? Diga que quer vendê-lo e pergunte quanto ele te dá por ele. Mas não importa o quanto ele te ofereça, não o venda. Volte aqui com meu anel.
O jovem foi até o joalheiro e lhe deu o anel para examinar. O artesão examinou-o com uma lupa, pesou-o e disse:
– Diga ao seu professor, se ele quiser vender agora, não posso dar mais que 58 moedas de ouro pelo anel.
O jovem, surpreso, exclamou:
– 58 MOEDAS DE OURO!!!
– Sim, replicou o joalheiro, eu sei que com tempo poderia oferecer cerca de 70 moedas, mas se a venda é urgente...
O jovem correu emocionado para a casa do professor para contar o que ocorreu.
– Sente-se, disse o professor, e depois de ouvir tudo que o jovem lhe contou, disse:
– Você é como esse anel, uma joia valiosa e única. E que só pode ser avaliada por um expert. Pensava que qualquer um podia descobrir o seu verdadeiro valor?
E dizendo isso voltou a colocar o anel no dedo.

– Todos nós somos como esta joia. Valiosos e únicos, andando pelos mercados da vida pretendendo que pessoas inexperientes nos valorizem...

terça-feira, 16 de agosto de 2016

DIA NACIONAL DA VIDA CONSAGRADA

Queridas Consagradas, queridos Consagrados!
Ninguém pode ficar excluído da alegria do Evangelho. Por isso, Jesus, como no relato de Marcos, continua caminhando ao longo do mar da Galileia, passando pelas bancas de cobradores de impostos e subindo ao monte, para chamar os que ele quer, para estarem com ele, e enviá-los em missão. Cada discípulo(a) missionário(a) é chamado(a) por seu nome, com sua história, seus relacionamentos e compromissos, para que a alegria do Evangelho renasça sem cessar e configure um novo horizonte de esperança. Toda vocação supõe um caminho ou itinerário de saída de si para centrar a própria existência em Cristo e no Evangelho. Optar por um serviço concreto ao próximo significa olhar nos olhos, estender a mão e avançar com pés de peregrino(a) em direção às periferias existenciais e às novas fronteiras onde a vida mais clama. Deus conduz todas as coisas com suavidade e sabedoria, e nos faz mesmo trilhar caminhos insuspeitados, porque “já desponta a coisa nova que se propôs a fazer” (Cf. Is 43, 19). Ele conta conosco para manifestar a alegria do Evangelho e tecer relações de misericórdia, através de palavras, atitudes e gestos humanizadores, priorizando os empobrecidos e vulneráveis, as juventudes e a ecologia integral. Somos chamados(as) a ser um sinal de esperança, pois a vocação brota do coração de Deus, germina na terra boa do povo fiel e na experiência do amor fraterno. “Uma grande tarefa-missão da VRC consiste, outrossim, em trabalhar seu processo de transformação, considerando as grandes transformações que vêm ocorrendo no mundo contemporâneo. Sem esse exercício de adequação responsável e profundo, no que tange às mudanças na sociedade, os/as religiosos(as) estarão, possivelmente, caminhando para uma situação de “esquizofrenia existencial”, desenvolvendo uma mumificação institucional ou uma miopia, frente às novas exigências da vida”. A Vida Religiosa Consagrada acredita, profundamente, no chamado do Senhor. Com fé e esperança, ela convida todos(as) a assumirem as palavras-chave: “falar, orar e convidar”, porque a “messe é grande e os/as operários(as) são poucos(as)”(Lc 10, 2). Prossigamos confiantes! Deus é o Senhor da História e caminha conosco! 

Parabéns, Consagrados! Parabéns, Consagradas! Por seu SIM renovado!
Presidente e Diretoria da CRB Nacional

segunda-feira, 15 de agosto de 2016




O imperativo de Jesus é dirigido a quantos ouvem a sua voz (cf. Lc 6, 27). Portanto, para sermos capazes de misericórdia, devemos primeiro pôr-nos à escuta da Palavra de Deus. Isso significa recuperar o valor do silêncio, para meditar a Palavra que nos é dirigida. Deste modo, é possível contemplar a misericórdia de Deus e assumi-la como próprio estilo de vida. 
Papa Francisco - Misericordiae Vultus sobre a Proclamação do Ano da Misericórdia

sábado, 13 de agosto de 2016

JOVENS PARTICIPAM DE MINI JORNADA EM CARMÓPOLIS DE MINAS

Mais de 120 jovens de várias paróquias participaram, em Carmópolis de Minas, da II Mini Jornada Vocacional, nos dias 23 e 24 de julho, em sintonia com a Jornada Mundial da Juventude, realizada em Cracóvia, na Polônia. A atividade teve como tema “Bem aventurados os misericordiosos, porque alcançarão a misericórdia”. O encontro teve início com uma caminhada pelas ruas do município. 
Os jovens cantaram e chamaram a atenção com as mensagens inspiradas pelo Jubileu da Misericórdia. Ainda no primeiro dia da atividade, os participantes confraternizaram em uma noite cultural seguida da oração de Taizé, conduzida pelos padres da Ordem de Santa Cruz (Crúzios), que vieram de Campo Belo. O jovem assessor da Pastoral da Juventude da Diocese de Oliveira, Harnonn Richard, foi convidado para falar aos presentes sobre o tema escolhido. Segundo ele, a ideia foi recuperar as temáticas das Jornadas Mundiais anteriores como iluminação. “Não adiantaria ter conhecimentos e não viver a misericórdia, então preparei de corpo e espírito para que pudesse viver misericórdia; e não existe sensação melhor em ter compaixão e ajudar o próximo com o pouco que já é de obrigação de um cristão fazer”, destacou. 
O exercício do olhar misericordioso pode ser colocado em prática com as visitas missionárias no Bairro Santo Antônio, realizada durante a tarde do dia 24. Ao fim da missão, os jovens rezaram um terço luminoso e celebraram a Eucaristia junto com a comunidade carmopolitana, na Matriz de Nossa Senhora do Carmo. A atividade teve a colaboração da Pastoral Vocacional e da Pastoral da Juventude. A primeira edição foi realizada no ano de 2013 em sintonia com a Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro.
Por  Vinicius Borges

Ao Mestre Divino

Mestre, tua vida traça o caminho; teu ensinamento confirma e ilumina os meus passos; a tua graça me sustenta e guia no caminho para o céu. Tu és o Mestre perfeito: ensinas, dás o exemplo e fortaleces o discípulo no teu seguimento.
Mestre, tu tens palavras de vida eterna: à minha mente, aos meus pensamentos substitui a ti mesmo. Tu, que iluminas todo ser humano e és a própria verdade. Eu não quero raciocinar a não ser como tu ensinas, nem julgar a não ser segundo os teus critérios, nem pensar a não ser como tu pensas, Verdade substancial, doada a mim pelo Pai. Vive na minha mente, ó Jesus Verdade.
A tua vida é caminho, segurança única, verdadeira e infalível. O presépio, Nazaré, o calvário, traça o caminho divino do amor ao Pai, de pureza infinita e de amor às pessoas. Faze-me conhecer o teu caminho e que, a cada momento, eu coloque os meus pés sobre as tuas pegadas de pobreza, castidade e obediência. Qualquer outro caminho não é o teu, eu quero evitar todo caminho que não conduz a ti. Aquilo que tu queres, eu quero. Estabelece a tua vontade no lugar da minha vontade.
Substitui o meu coração pelo teu. Substitui o meu amor a Deus, ao próximo, a mim mesmo pelo teu amor. Substitui minha vida pecadora e humana pela tua vida divina. “Eu sou a Vida”. Que minhas ações manifestem a tua vida como fez São Paulo. “É Cristo que vive em mim”. Vive em mim, ó Jesus Vida!
Bem-aventurado Thiago Alberione

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Misericórdia e Vocação

Quando Deus toma a iniciativa de chamar alguém é porque já o conhece intimamente. Se analisarmos profundamente descobrimos que misericórdia e vocação querem dizer a mesma coisa: são modos de Deus agir diretamente sobre o coração humano. Por isso, é fundamental pensar a vocação sobre a perspectiva da misericórdia.
O profeta Jeremias diante do chamado de Deus fez a experiência profunda do olhar misericordioso de Deus. O primeiro sentimento que brotou do coração de Jeremias frente ao chamado foi de medo e ele objeta dizendo “eu não sei falar”. Nesse momento Jeremias descobre um elemento central na vocação: Deus não chama homens e mulheres por mérito; apesar das nossas fragilidades Ele nos chama por amor. A misericórdia é a pura manifestação do amor de Deus. É um amor sem limites que não pode ser mensurado, Deus é mãe que tem útero e colo. Ser chamado-vocacionado é ser gestado no útero misericordioso de Deus para, na vocação-missão a ser desenvolvida, ser expressão concreta de sua misericórdia.
 A palavra de Jesus é essencialmente um chamado a segui-lo, é um convite a sair de si mesmo e ir ao encontro do outro. “Eles deixaram tudo e o seguiram” (cf. Mc 1,16-20).
A “vocação” dos “apóstolos” manifesta visivelmente as exigências da fé e da resposta vocacional. Quando Jesus chama, ele não está preocupado se o discípulo está apto ou não para o seu seguimento, mas a sua preocupação primeira é que o discípulo forme seu coração para a misericórdia, ou seja, para colocar seu coração sobre a miséria e a fraqueza do outro.
No caminho do seguimento é necessário transformar a pobreza do outro no altar da misericórdia divina, porque é assim que Deus vem ao nosso encontro.

Não podemos ser discípulos do Senhor deixando de lado a misericórdia, pois sem a atitude da misericórdia podemos correr o rico de agirmos, de ensinar somente a partir do humano. O agir do discípulo deve ser um agir de ternura, de compaixão diante de um povo cansado e abatido. 
Ir. Luciana Conceição de Oliveira

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Floresta que cresce, Ação Solidária no Ano da Misericórdia

No dia 15 de maio, durante a celebração de Pentecostes e do Jubileu da Juventude, Dom Carlos Lema Garcia, bispo referencial para o Setor Juventude da Arquidiocese de São Paulo, lançou oficialmente o Projeto “FLORESTA QUE CRESCE, Ação Solidária da Juventude no Ano da Misericórdia”.
No final da celebração, todos os jovens receberam uma bandeirinha da iniciativa: “Aqui nessa bandeira – explicou Dom Carlos – vocês têm o site www.florestaquecresce.org.br) para cadastrar qualquer ação, qualquer obra de misericórdia que vocês têm realizado no grupo de vocês: visitando os doentes, dando aula de catequese, fazendo uma visita a um asilo… Visitem o site e registrem essa boa ação, esta obra de misericórdia. Imediatamente, ela vai aparecer num mapa da cidade de São Paulo e vai aparecer uma árvore que é o reflexo dessa ação”.
“Em todo o Brasil – continuou Dom Carlos – esse Projeto está sendo lançado e ao terminar o Ano da Misericórdia nós vamos fazer a contagem geral das pessoas que trabalharam, das pessoas que receberam essas ações e vamos entregar isso para o Papa Francisco como um presente de todos os nossos jovens que realizaram essas ações durante o Ano da Misericórdia”.
Um convite à prática do bem
Para mostrar a força dessa prática, foi escolhida a imagem de uma “floresta” que se compadece das “árvores que caem” – símbolo das inúmeras pessoas, sobretudo jovens, vítimas da violência, do crime, das drogas, da falta de esperança e de perspectivas – e que reage produzindo “frutos” bons para todos.
Nesse sentido, o Projeto FLORESTA QUE CRESCE convida a todos à prática do bem, a usar as suas próprias forças para manter e/ou ampliar as ações de solidariedade já existentes e a usar a criatividade para implementar novas atividades promotoras de misericórdia. Os resultados dessas diferentes ações serão coletados, somados e divulgados no site floresta que cresce de forma a motivar outros jovens (e não só eles) a também serem “árvores saudáveis de uma FLORESTA QUE CRESCE”.
A iniciativa FLORESTA QUE CRESCE, e o compromisso concreto dos jovens com ações de solidariedade e misericórdia, já é uma realidade para muitos grupos e comunidades de São Paulo e do Brasil: no mapa, já estão aparecendo as primeiras árvores, um primeiro sinal do envolvimento e do precioso trabalho de tantas realidades diferentes, formadas por pessoas que desejam ser “boa notícia” para si mesmas e para os outros, construindo uma sociedade mais justa, mais solidária… Mais misericordiosa.
Ao clicar em cada árvore, é possível descobrir belíssimas iniciativas como a “Campanha de doação de sangue”, promovida pelo Projeto Juventude Cultivando a Paz; a “Visita em presidio” do Setor Juventude Jaraguá; o “Levando Paz às Ruas”, iniciativa de visita aos moradores de rua, com encontro de oração, promovida pela Comunidade Missão Mensagem de Paz; o “Projeto de doação de Alimentos aos moradores de Rua”, da Força Jovem; a Vigília da Unidade, evento ecumênico que foi realizado anteontem (14) por iniciativa do Centro de Juventude Anchietanum e Paróquia São Luís Gonzaga e muitas outras ações…
Escolas, paróquias, famílias, pastorais, comitês de bairro, grupos de amigos, movimentos, etc. que já estão se movimentando – cada um a partir de sua própria realidade – para começar ou consolidar caminhos de esperança em meio a tanto desespero. Uma grande variedade de gestos de caridade, solidariedade e cidadania, uma FLORESTA que poderá crescer sempre, na medida em que – como concluiu Dom Carlos – “Cada um de vocês (se tornará) uma árvore que cresce um pouco mais!”
Fonte: Jovens Conectados