quarta-feira, 19 de outubro de 2016
segunda-feira, 17 de outubro de 2016
A MISSA TERMINOU, A TUA PAZ TAMBÉM!
O fruto da
eucaristia deveria ser a partilha dos bens. Celebrando uma
missa, deveria parti-la ao meio, tornando-a em duas, em quatro… e assim por
diante. Os nossos comportamentos, porém, são a inversão dessa lógica.
As nossas missas deveriam desmascarar
os novos rostos da idolatria. As nossas missas deveriam nos colocar em crise
todas as vezes que as celebramos. E para evitar as crises deveríamos reduzi-las
ao mínimo possível, a não ser que tenhamos motivos mais sérios.
Elas deveriam desmascarar a nossa
hipocrisia e a hipocrisia do mundo. Deveriam fomentar a audácia evangélica. Não
deveriam servir aos opressores. Dietricht
Bonhoeffer dizia que não pode cantar o canto gregoriano aquele que sabe que um irmão
hebreu foi assassinado. Não se pode cantar o canto
gregoriano quando se sabe que o mundo está deste jeito.
Tantas vezes também nós, dominados
por uma fé flácida, anêmica, fazemos da eucaristia um momento de deleites
prazerosos, morosos, de satisfações extenuantes que enfraquecem a força do
clamor da eucaristia, impedindo-nos de ouvir o grito dos Lázaros que estão
fora, à porta do nosso banquete. Se da eucaristia não brota uma força explosiva
que muda o mundo, que faz nascer o inédito, então é uma eucaristia que não diz
nada.
Se a eucaristia não libera uma força
explosiva que muda o mundo, capaz de oferecer a nós crentes, a nós presbíteros
que celebramos, a audácia do Espírito Santo, a vontade de descobrir o novo que
ainda se encontra presente na realidade humana, é inútil celebrar a eucaristia.
E entre nós existe o novo, não
percebido por muita gente. Bastaria nos lembrarmos dos que não vêm à missa, de
todos aqueles que não conhecem Jesus Cristo. Esta é para nós a novidade: a
praça. Aqui, na praça, deveríamos apresentar o Senhor, com muita coragem. A
eucaristia deveria nos levar até lá onde o povo hoje sofre. Nós, sendo uma
Igreja que ama, uma Igreja que se desespera no desejo de levar um pouquinho de
esperança aos outros, não somos um sinal eficaz, um sinal claro. A missa
deveria nos empurrar para fora. Ao invés de dizer “a missa terminou, ide em
paz”, deveríamos dizer: “a paz terminou, ide à missa”. Porque quando você vai à
missa, termina a sua paz.
As nossas eucaristias deveriam ser
explosões que nos empurram para bem longe. Mas, ao contrário, o Senhor, depois
de cinco minutos, ainda nos vê ali diante do altar.
Você padre, você bispo deve defender
a liberdade do povo exatamente como se tocasse e tutelasse a hóstia consagrada.
Você deve ser luz. Acender o farol do
Evangelho, da Palavra de Deus, do Magistério da Igreja. Seja luz, mas tome
cuidado para que o olho do seu irmão possa ver. Você não deve querer ver por
ele: “feche os olhos e deixe que eu vejo por você!”. Seja luz. Assim devemos
nos comportar em todas as situações, também em nossas propostas morais. Você
deve acender a luz. A consciência pessoal de cada um não pode ser delegada. É
algo único que não pode ser manipulada por ninguém. Nenhum de nós pode impor as
suas decisões à consciência dos outros .
A educação, inclusive aquela cristã,
significa permanecer no limiar para vigiar e indicar, nunca para forçar . Eu
acredito que se nós pastores nos diferenciássemos mais pela defesa da liberdade
de consciência do povo do que pela imposição daquilo que consideramos ser realmente
a estrada certa, a Igreja se tornaria, de fato, a Igreja do Espírito Santo.
Nós pastores devemos cuidar bem para
que, nas nossas comunidades, o povo beba das fontes do Espírito. Quando a
comunidade cresce à luz do Espírito e com a força da eucaristia podemos ficar
tranqüilos porque as pessoas saberão o que escolher.
Um só corpo, um só Espírito. Mas como
isso custa! O nosso compromisso sacerdotal, cristão, não pode ser outro, senão
aquele do crucificado. A lei da cruz é a capacidade de assumir, interpretar e
concluir também cada nosso ato de sofrimento. É a lei da Cruz. Como fez Jesus
Cristo.
Na sua vida existia a lucidez, a clareza, a
firmeza para colocar em prática um projeto-programa, diante do qual Ele nunca
recuou, mesmo quando teve que enfrentar os poderes políticos, os poderes
culturais, os poderes sacerdotais e a pressão dos amigos ou dos familiares .
Certas eucaristias se parecem com os
livros ornamentais das casas, colocados à mostra em cima dos móveis. A sua
força de plenitude não é liberada porque as comunidades não as colocam em
prática.
Esta é a liturgia eucarística: o
desejo de Deus de doar-se. Pois a Ele não bastam as palavras. Ele quer
comunhão. Quanto pudor da nossa parte, impedindo-nos de mostrar para o povo
como esta realidade é grande!
A eucaristia educa para o martírio,
para o testemunho. A vida de Jesus Cristo não foi somente pré-existência. Ela
foi também pró-existência. Ela não só existiu antes, mas existe para. Quem
comunga deveria convidar para o banquete toda pessoa humana. E a Palavra é rica
de propostas: reparta o pão com o faminto, acolha na sua casa quem não tem
teto, vista os que estão nus… Enquanto não libertarmos dos porões toda essa
força explosiva da Palavra de Deus, as nossas comunidades permanecerão
prisioneiras daqueles soníferos feitos de gesticulações e ritos.
A comunidade eucarística, como Jesus,
deve ser subversiva e crítica diante de todas as míopes realizações deste
mundo. Você deve ser um espinho que incomoda quem vive na bem-aventurança das
suas seguranças. Afligir os consolados significa ser voz crítica, consciência
crítica, denunciando o que não está certo. Tantas vezes nós nos tornamos
prisioneiros, acorrentados por um sistema. Nem sempre transmitimos a imagem de
homens livres. Isso não é poesia! Nós, muitas vezes, nos deixamos dominar,
tornando-nos os homens do sistema e não anunciadores das coisas futuras.
A eucaristia é um escândalo que
precisa ser assumido até as últimas conseqüências. A paz do Senhor nos obriga a
sermos subversivos. A Igreja deve assumir toda dor humana, toda fome de
justiça, mesmo de uma só pessoa. A memória eucarística deve evidenciar o
compromisso histórico da Igreja, corpo doado de Cristo, sangue derramado de
Cristo.
sábado, 15 de outubro de 2016
quinta-feira, 13 de outubro de 2016
CRISTO UMA RESPOSTA DE DEUS AO HOMEM E DO HOMEM A DEUS
Logo que nos deparamos com a frase acima,
nasce quase que automaticamente uma pergunta: como Cristo pode ser ao mesmo
tempo uma resposta de Deus e do homem?
Para tentarmos compreender isso, devemos
nos recordar um pouco do que refletimos nas lições anteriores. Vimos que somos
pessoas amadas, chamadas por Deus à vida e para vivermos em contínua comunhão
(comum-união) com Ele e os irmãos. É a partir desta comunhão que vamos
percebendo o chamado de Deus, para sairmos de nós mesmos e ir ao encontro dos
outros. A partir desta experiência, de perceber o outro em nossa vida, é que
vai se tornando clara a missão, ou seja, o projeto que o Criador nos preparou.
Vimos também que, por causa deste grande
amor de Deus, desde o início da história do homem, existiram pessoas que foram
chamadas a viver este “sair de si” de forma mais intensa e radical; desta forma
é que temos os Patriarcas, Juízes, Profetas etc.
Todas estas pessoas, foram chamadas para
ajudar a humanidade a retomar o projeto de Deus. Só que chegou um tempo onde as
pessoas já não davam mais ouvido a estes enviados de Deus; as pessoas estavam
perdendo o verdadeiro sentido do AMOR
e de uma vivência JUSTA E FRATERNA.
Havia muita desigualdade e injustiça
social, o culto a Deus era mais por costume e obrigação do que uma resposta de
amor, resposta que nasce do conhecimento e de uma experiência de Deus e de seu
amor.
Não podemos dizer que todos agiam assim, e
foi por perceber tal fato que Deus resolveu mandar seu próprio Filho ao mundo.
“Deus amou de tal forma o mundo que
entregou seu Filho único” (Jo 3,16).
Com isto, concluímos que a vinda de Jesus é
a maior resposta do Amor de Deus ao homem, pois Cristo é a plena revelação de
Deus, e é Ele mesmo que nos diz isto:
“Felipe, quem me vê, vê também o Pai” (Jo 14,9).
É através de suas palavras e ações que o
Pai se faz presente. Jesus foi uma pessoa que teve sempre como preocupação
primeira o ser humano; por esse motivo, procurou sempre manter relações
profundas, sinceras e transformadoras com os que encontrava. Todas as narrações
dos Evangelhos nos provam tal coisa; elas nos mostram que Jesus ao lado de
todos aqueles que são oprimidos e esquecidos pela sociedade: como as crianças,
órfãos, doentes, viúvas etc. A todos dispensava especial atenção e procurava,
de todas as formas, reintegrá-los na sociedade.
Entre estes, destacamos a figura das
mulheres. Na época de Jesus, as mulheres eram consideradas ninguém; tinham
poucos deveres sociais e, no que diz respeito aos seus direitos, eram menos
ainda.
Jesus inova e transforma tudo isso, pois
mantém com elas, uma relação de compreensão, aceitação, respeito e inserção na
sociedade.
Podemos perceber isso em várias passagens:
a cura da sogra de Pedro (Mc 1,29-31), a adúltera (Jo 8,1-11), a pecadora (Lc
7,37-50), a hemorroíssa (Mc 5,25-34).
Para conhecermos o projeto de Deus para o
homem e, por conseguinte, para cada um de nós, devemos conhecer mais a pessoa
de Jesus, suas palavras e seus atos, ao mesmo tempo que buscamos segui-lo e
imitá-lo. E o primeiro passo neste caminho é assumirmos plenamente o nosso
compromisso batismal assim como Cristo fez, pois é com o batismo de João que
Jesus inaugura sua vida pública. É através do batismo que se tem a revelação de
sua identidade. “Logo que Jesus saiu da água... do céu veio uma voz: ‘Tu
és o meu Filho amado; em Ti está o meu agrado’” (Mc 1,10-11); é também
uma tomada de consciência e de responsabilidade de sua missão.
Toda sua vida, foi vivida totalmente ao
lado e a favor daqueles que menos tinham, tanto materialmente quanto
espiritualmente. Uma vida que foi um SIM pleno, total ao Pai e aos homens seus
irmãos (2Cor 1,19-20). Desta forma, toda a existência de Jesus, e seu
sacrifício, foram o grande e perene ato de oferta a Deus por todos nós.
Através do amor do Pai, Cristo se
solidarizou conosco até a morte: foi somente por nos amar e também ao Pai, que
realizou a sua vontade.
A
VOCAÇÃO DE TODA PESSOA É SEGUIR E DAR CONTINUIDADE À VOCAÇÃO DE CRISTO
Autor: Irmãs Apostolinas
Perguntas:
- Para
refletir e rezar: Jô 8,1-11 (adúltera); Lc 7,37-50 (pecadora perdoada); Mc
5,25-34 (hemorroíssa); Jo 11,1-14 (ressurreição de Lázaro).
- Por que a vinda de Jesus é a maior resposta do amor de Deus ao homem?
- Qual é a missão, ou seja, o projeto que o Criador nos preparou?
- Quais
são as atitudes mais significativas que você encontra em Jesus?
terça-feira, 11 de outubro de 2016
domingo, 9 de outubro de 2016
Deus chama ao longo da história
É importante saber que a nossa resposta, ao chamado de Deus, está ligada não só ao nosso bem, mas também
ao de muitas outras pessoas.
Lembremo-nos de nossos pais: um dia se
encontraram, se gostaram e começaram um namoro: este gostar foi aumentando até
que um se encheu de coragem e lançou a proposta de casamento.
Deste SIM, que foi trocado por nossos pais,
é que foi possível estarmos vivos. Se por acaso um deles tivesse desistido nós
não existiríamos.
Este é apenas um exemplo da importância de
nossa resposta, frente à vida. Mas no
mundo, existem várias situações que nos chamam (menores, favelados,
desabrigados, etc...) e a nossa resposta pode interferir na sociedade de hoje
mesmo, ou de amanhã; porque a resposta
de hoje, já começa a transformar esta realidade.
Eis o testemunho de algumas pessoas que ao
longo da história, souberam responder SIM
a Deus: um SIM de disponibilidade e compromisso.
“Deixa tua terra, tua família... e vai para
a terra que eu te mostrar; Abraão partiu...” (Gn 12,1-7).
Foi com Abraão que começou a surgir na
Palestina, uma nova consciência e uma nova maneira de se viver a vida humana.
Abraão foi a semente de uma longa caminhada. A resposta dele, fez que seu povo
largasse a terra, os amigos, a cultura e tudo o que envolve as pessoas em um
certo lugar, para ir em busca de uma nova terra (onde havia mais fartura) confiando
somente na promessa de Deus.
“Eu vi a aflição do meu povo e ouvi os seus
clamores... vai, eu te envio... Moisés partiu...” (Ex 3,7).
A partir do SIM de Moisés, um povo todo foi
libertado da opressão e reorganizado como povo de Deus.
Deus quer ser para o seu povo uma presença
libertadora. Ele é a raiz da fé, da esperança e do amor dos pobres e dos
oprimidos. Ele é a fonte de liberdade e da paz.
“Quem hei de enviar? Respondi: ‘Eis-me
aqui, envia-me’” (Is
6,8).
Isaías e Jeremias eram profetas que lembravam
ao povo que era preciso manter e ser fiel à aliança com Deus. Eles, como todos
os profetas, souberam captar a “voz de Deus” escondida no “clamor dos pobres”.
“Não temas, pois encontraste graça junto de
Deus... Eis que conceberás e darás à luz um filho” (Lc 1,30-31).
Maria, ao dar o seu SIM, supera todos os
medos com muita fé e certeza de que Deus não abandona os que agem de boa
vontade e deseja o bem dos pobres. Em Maria, escolhida por Deus, pode-se notar
a presença deste Deus que está no meio dos pobres.
“André encontrou seu irmão Simão e levou-o
a Jesus... Tu és Simão... Tu serás chamado Pedro” (Jo 1,41-42).
Pedro=pedra: base do novo povo. Apesar de
sua inconstância, prova que Deus quer realizar o seu projeto com os homens,
mesmo fracos, mas disponíveis a recomeçar.
“Quem és Senhor? ‘Eu sou Jesus, a quem
persegues. Levanta-te, entra na cidade e te será dito o que deves fazer’” (At 9,5-6).
Em Paulo podemos ver que Deus é capaz de
transformar o mais profundo do homem para uma missão. Ele de perseguidor se
torna apóstolo e isto “por graça”. A experiência da “gratuidade” e do “amor” de
Deus, foram tão marcantes em Paulo que o seu desejo imenso foi o de responder a
este amor se doando totalmente à serviço dos irmãos.
Autor: Irmãs Apostolinas
Perguntas:
- Leia:
Gn 12,1-7; Ex 3,1-15 e 4,1-17; Is 6,1-13; Jr 1,4-10; Lc 1,26-38; Jo
1,40-42; At 9,1-18. Depois procure explicar como e para que Deus chama estas pessoas e a atitude que
tiveram frente ao chamado.
- Com qual chamado você mais se identificou? Por quê?
- Para
você hoje, como e quem Deus chama?
sexta-feira, 7 de outubro de 2016
Recado aos jovens
A juventude é o amanhã
da vida.
Não é um capítulo
separado
do restante da
existência
nem é o prefácio de um
livro.
É a premissa de tudo.
É a semente de onde
brota tudo.
É o alicerce sobre o
qual deve apoiar-se
o grande edifício da
vida.
São vocês mesmos,
jovens,
que estão preparando
suas vidas
para o amanhã.
Se a meia-noite vocês
olharem o nascente,
porque de lá virá a
luz,
vocês olharão por
muito tempo,
e poderão até pensar
que é inútil.
Mas se continuarem
insistindo
e olharem uma segunda,
uma terceira vez,
vocês irão divisar
um raio de luz na
alvorada.
E todo o panorama
circundante se iluminará.
Duas coisas foram
necessárias:
a perseverança em
olhar
e a existência da luz.
Para todas as grandes
coisas
exigem-se lutas
penosas
e um preço muito alto.
A única derrota da
vida
é a fuga diante das
dificuldades.
O homem que morre
lutando é um vencedor.
(Pe. Alberione)
quinta-feira, 6 de outubro de 2016
Sinodo de 2018 será sobre Juventude, Fé e discernimento Vocacional
O Papa Francisco convocou para
outubro de 2018 um sínodo, ou assembleia de bispos de todo o mundo, sobre os
jovens e os novos modelos de vida, anunciou o Vaticano.
Os bispos de todas as regiões do planeta se reunirão no
Vaticano para debater sobre as mudanças que afetam a juventude, a fé e o
"discernimento vocacional".
A decisão do pontífice foi adotada após consultas às
conferências episcopais e depois de ouvir as observações dos padres sinodais
nas assembleias passadas, dedicadas à família.
A Igreja Católica deseja "acompanhar os jovens em seu
caminho existencial até a maturidade", de maneira a enfrentar a crise de
vocações que a afcta atualmente.
Em muitos países caiu o número de jovens que desejam ser
padres ou dedicar-se à vida religiosa, um fenômeno que preocupa a hierarquia da
Igreja Católica.
Em outubro de 2014 e 2015, durante os dois sínodos
dedicados à família, as divisões dentro da Igreja ante as mudanças sociais se
tornaram evidentes.
Após as deliberações, o papa Francisco divulgou em abril
sua segunda exortação apostólica, "Laetitia Amoris" ("A alegria
do amor"), um documento que estabelece as diretrizes da Igreja sobre a
família, o amor e o casamento.
O documento, fruto dos dois encontros, convida a integrar
na vida da Igreja as "famílias feridas" e os "casados em
segundas núpcias", um princípio que deverá ser aplicado caso por caso.
Fonte: News.va
quarta-feira, 5 de outubro de 2016
Bem-aventurado Tiago Alberione - Apóstolo da Comunicação
Tiago Alberione
nasceu a 04 de abril de 1884, numa modesta família de agricultores e cristãos
praticantes, em São Lourenço de Fossano, norte da Itália. Foi o quinto filho de
Miguel Alberione e Teresa Rosa Alloco e, desde pequeno tinha claro um ideal:
fazer o bem às pessoas.
Um dia, na
escola primária, sua professora, Rosa Cardona, perguntou aos seus alunos o que
eles queriam ser quando adultos. Tiago já tinha clara a sua decisão e respondeu
sem hesitar: "Quando for grande
serei padre". Desde cedo teve de pagar por essa declaração, pois os
colegas caçoavam e exigiam mais dele.
Tiago deixou
sua cidade e a família que amava e foi para o seminário de Brá. No seminário
sua vida corria sem grandes lances de inteligência e qualidades especiais que o
distinguissem. Pelo contrário, era considerado uma pessoa frágil. Tanto seus
familiares quanto os diretores do seminário temiam pela sua saúde. Deus, porém
tinha outros planos para ele, o que aliás não nos surpreende, porque os planos
de Deus sempre valorizam a nossa pequenez, a nossa fraqueza. É na fraqueza que
o seu poder se manifesta. Demitido do seminário de Brá, Tiago voltou a Monte Capriolo para ajudar
a família; mas continuava a devorar livros e a meditar inquieto sobre o futuro.
Seu pároco, padre João Batista Montersino, o aconselhou a voltar ao seminário,
agora em Alba, onde Tiago entrou no outono de 1900.
A noite entre 31 de dezembro de 1900 e 1° de janeiro
de 1901, foi decisiva para a vida e missão do jovem Alberione, que tinha apenas
16 anos. Permaneceu por quatro horas em oração diante do Santíssimo Sacramento,
solenemente exposto na Catedral de Alba. “Sentiu-se profundamente obrigado a
preparar-se para fazer alguma coisa pelo Senhor e pelas pessoas do novo
século”, como escreverá mais tarde. O Apóstolo
Paulo era a paixão de Alberione. Em Paulo apóstolo, Padre Alberione confirmou
seu desejo de espalhar pelo mundo todo a mensagem de Jesus. São Paulo o fizera
no século I, Tiago o quis fazer agora, no século XX, e nos seguintes.
No dia 20 de
agosto de 1914, inicia sua primeira fundação: a Pia Sociedade de São Paulo,
conhecida no Brasil como Padres e Irmãos Paulinos. Esta fundação seria o
primeiro ramo da grande árvore constituída por várias Congregações e diversos
Institutos Seculares que juntas formam a Família Paulina (Irmãs Paulinas; Irmãs
Discípulas do Divino Mestre; Irmãs Pastorinhas; quatro Institutos Seculares e a
União de Cooperadores Paulinos).
Padre Tiago
Alberione sempre foi um homem sensível à questão vocacional. Pela década de
1950, com mais de 70 anos e mantendo-se aberto as moções do Espírito e com
aguçada sensibilidade vocacional, percebeu o quanto era necessário à existência
de pessoas que doassem seu tempo, sua vida, para ajudar outras pessoas a
encontrarem o verdadeiro sentido para suas vidas, ou seja, descobrirem sua
vocação.
Desta forma, em 08 de setembro de 1959 funda o
Instituto Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos para as Vocações, mais conhecidas
como Irmãs Apostolinas: mulheres interpeladas por Jesus a viver seu seguimento
em comunidade, na vivência dos Conselhos Evangélicos, doando e consumindo suas
vidas por todas as vocações.
Falando sobre a
missão das Irmãs Apostolinas assim se expressava padre Alberione: “Considerai a bela vocação que Deus vos
concedeu: vós tendes a missão de trabalhar por todas as vocações, colaborando
com os sacerdotes, os pais, os professores, nas paróquias, nas dioceses, nas
missões. Vós sois como canais. O canal leva a água. A vocação parte de Deus,
passa por vós, que sois os canais e chega às pessoas”.
Padre Alberione
faleceu em 26 de novembro de 1971 e foi beatificado pelo Papa João Paulo II em
27 de abril de 2003. Sua festa litúrgica celebra-se a 26 de novembro.
domingo, 25 de setembro de 2016
sexta-feira, 23 de setembro de 2016
Pedir um coração vocacional
Pedir
um coração vocacional
Precisa alargar o coração e rezar para toda a humanidade, para que todos
entrem a fazer parte do povo de Deus. Não é possível ter um coração fechado, não
é possível viver de egoísmo. Precisa pensar a toda humanidade, a todos os
homens que vivem e para todos rezar, e que a todos chegue a luz do Evangelho,
em muitas formas, de muitas maneiras, com muitos meios, especialmente a obra
das missões.
Eis: um coração largo, como o coração de Jesus.
Pensar a todos, rezar para todos e esperar que todos cheguem a fazer parte do
povo de Deus, do novo povo de Deus. Um coração
largo! Portando o coração conformado ao coração de Jesus, que
chama todos; e o nosso coração conformado ao coração de Jesus: aquilo que Jesus
deseja, quer e pede, ou seja: que todos pensemos a todo o gênero humano, a
todos os homens.
Portanto precisa fazer como Jesus que enviou os apóstolos: “Vão pelo
mundo todo, proclamem o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15); precisam vocações, precisa quem vá. Quem
vá! Oh!
Eis: vocações para todos, para todos os homens como
disse Jesus: “Proclamem o Evangelho a toda criatura" (Mc 16,15). Sim.
Valorizar sempre
mais a vossa vocação. A necessidade das vocações é grande, parece que
hoje aumentem as dificuldades, mas quantas vezes se percebe que, enquanto pessoas
se afastam de Deus, da Igreja, muitas jovens e muitos jovens permanecem fiéis,
e são aqueles que abundam mais de graça, que tens mais capacidades, atitudes,
disposições. E assim, muitas vezes nestas pessoas se encontram boas vocações,
boas vocações.
Se deveis cumprir o ministério, o apostolado vocacional, em primeiro
lugar as vocações para vocês. Porque, quem iria procurar as vocações para
todos, a realizar portanto o ministério vocacional, se não há quem foi
enviado? Assim se expressa São Paulo: “E se ninguém envia, e se não há ninguém
para ser enviado, quem poderá dar fruto, quem pregará a Palavra de Deus?" (cf Rm 10,14). E assim também a respeito das vocações, do apostolado vocacional.
Pedir
ao Senhor um coração vocazionál, um coração missionário, ou seja "que
procura" que quer realizar a sua missão na terra, um coração conformado ao
coração do Divino Mestre Jesus.
(Padre Alberione às Apostolinas,
6 de janeiro de 1965)
7 verdades sobre a vida que normalmente esquecemos
É realmente surpreendente a facilidade que temos
para esquecer as verdades mais importantes sobre a vida. Com o tempo passamos a
ignorá-las, não damos a elas o valor que merecem e voltamos aos antigos
hábitos. É como se a gravidade nos atraísse para eles, para a nossa “zona de
conforto” onde estão os vícios que alimentamos durante anos.
É por isso que hoje nós queremos compartilhar com
você algumas verdades sobre a vida que nunca é demais lembrar. São algumas
certezas que, com suas nuances, são praticamente verdades universais.
Seja humilde para admitir seus erros, inteligente
para aprender com eles e maduro o suficiente para corrigi-los.
Verdades sobre a vida que vêm e que vão
Por que é necessário recordar sempre essas
verdades? Porque nos ajudarão a nos concentrarmos em nossos objetivos para
alcançarmos nossas metas, acreditarmos em nós mesmos e crescermos. Elas são o
nosso verdadeiro impulso para alcançar qualquer coisa que quisermos.
Além disso, lembrar-se destas verdades sobre a
vida vai nos ajudar a alcançar um maior equilíbrio emocional. O bem-estar que
experimentamos quando alcançamos esse equilíbrio nos fará sentir muito
satisfeitos com nós mesmos.
1. Você não
precisa de uma desculpa para perdoar
Por que sempre precisamos de uma desculpa para
perdoar? Porque, às vezes, as pessoas nos magoam tanto que é impossível
esquecer. Isto leva ao ressentimento que nos transforma em pessoas amargas e
tristes. Sem perceber, estaremos alimentando o ressentimento, a raiva e o ódio.
Por que é tão difícil perdoar? Porque o nosso
orgulho nos impede de esquecer e deixar para trás as experiências negativas
causadas pelas outras pessoas. Acreditamos que perdoar é uma forma de nos
humilharmos diante do outro e não nos damos conta de que é um ato de amor muito
libertador.
“Virar a página” o ajudará a deixar para trás essa
carga pesada de emoções negativas. Não espere qualquer desculpa para perdoar e
começar a transformar todas essas emoções negativas em positivas.
2. Você está
vivendo a vida que criou
Você acha que não tem sorte? Você acredita que o
mundo está contra você? Diferentemente do que você pode acreditar, a vida que
você vive é uma escolha sua e só você pode mudá-la se não está satisfeito. O
que está esperando para mudar?
Há muitas pessoas que acreditam que o destino lhes
pregou uma peça e que tiveram que enfrentar situações cheias de negatividade e
maus momentos. O que elas não sabem é que elas próprias criaram isso, e que
podem mudar tudo a qualquer momento.
Assuma o controle, não se conforme e nem se
arrependa pelo que você tem permitido. Não existe má sorte, existe um medo de
correr riscos e tomar decisões. Mesmo que você não acredite, existe uma saída!
Aprenda a correr riscos e vai perceber que tudo pode melhorar.
3-
Aceite que a vida tem momentos injustos
A vida tem momentos injustos
e, infelizmente, não está em nossas mãos mudar isso. Estamos sempre pensando e
esperando que tudo mude: rejeitar as situações simplesmente porque nós não
gostamos delas nunca será algo positivo.
Costumamos prestar muito mais atenção nas
circunstâncias mais complicadas, como o divórcio, desgosto, um acidente … Isto
parece ofuscar as experiências positivas e nos esquecemos de que temos mais
experiências positivas do que negativas ao longo da vida.
Precisamos aceitar a vida como ela é, com os seus
detalhes bons e ruins. Tudo tem seu lado bom, mesmo que não consigamos perceber
em um primeiro momento. Pense que uma decepção pode não ser uma situação
desagradável, mas uma oportunidade para vivermos novas experiências.
4- Viva o momento,
é tudo o que temos
Muitas pessoas vivem no passado ou pensam muito
sobre o seu futuro e se esquecem de viver o presente. Temos somente este
momento, o aqui e agora, e se você não aproveitar, mais cedo ou mais tarde pode
se arrepender.
Não há necessidade de viver no limite a cada dia,
porque temos muitas responsabilidades que não podemos ignorar. Avaliar tudo o
que temos agora e aproveitar ao máximo as pessoas que estão ao nosso redor nos
fará muito mais felizes.
Se o passado o persegue, liberte-se dele, aprenda
com as experiências vividas e deixe-o ir. No entanto, se o futuro é o seu
grande problema, coloque em prática essa pequena frase que nossas mães nos
disseram tantas vezes: “tente não deixar para amanhã o que você pode fazer
hoje”.
5. Estar ocupado
não é o mesmo que ser produtivo
Às vezes confundimos ser ocupado com ser produtivo
e não percebemos que se fôssemos produtivos teríamos muito mais tempo
disponível. Quando aproveitamos as horas de trabalho, temos mais tempo para nós
mesmos.
Se não somos produtivos, o estresse e a ansiedade
tomam conta da nossa vida e adiamos situações que gostaríamos de desfrutar,
como um jantar com aqueles amigos que não vemos há tanto tempo.
Organizar melhor a nossa vida e introduzir algumas
técnicas para que o nosso trabalho e tempo sejam mais proveitosos nos ajudará a
nos sentirmos melhor e termos mais tempo para nós mesmos e para as pessoas que
amamos.
6. Os grandes
sucessos são precedidos pelos fracassos
Quando começamos a andar tropeçamos mil vezes, mas
o resultado final é positivo: aprendemos a andar. O mesmo acontece em todos os
aspectos de nossa existência: os erros são necessários para que possamos
atingir a meta final. Com os fracassos aprendemos a valorizar tudo o que
conseguimos.
O grande problema surge quando acreditamos que
cada fracasso é um erro que deve ser corrigido imediatamente. A vergonha nos
bloqueia e não conseguimos seguir em frente.
Por isso, é importante perceber cada um dos seus
fracassos como uma oportunidade para alcançar os seus objetivos. Os fracassos
não são seus inimigos, são seus aliados. Não tenha medo, apoie-se neles.
7. Você é o
reflexo das pessoas com quem se relaciona
Acreditamos que as pessoas com as quais nos
relacionamos não influenciam as nossas decisões, a nossa forma de agir e viver.
Tudo isso é um engano. Você acredita que, se conviver com pessoas tóxicas, não
se transformará em uma delas?
Você pode até não se tornar uma pessoa tóxica, mas
talvez sofra as consequências de estar perto delas. Você deixará de sorrir, se
tornará uma pessoa triste e pode até se sentir culpada por circunstâncias que
não lhe dizem respeito …
Definitivamente, as pessoas com as quais
interagimos podem nos influenciar positiva ou negativamente. Tudo depende de
nós mesmos, porque podemos escolher e, se por acaso não pudermos, está em
nossas mãos deixar que isso nos afete ou não.
Eu não mudei, somente aprendi, e aprender não é
mudar, é crescer.
Estas são algumas verdades sobre a vida que podem nos ajudar a cada dia.
Lembrar-se delas todos os dias e repeti-las como se fossem um mantra pode ser
muito benéfico. Às vezes nos esquecemos, mas em alguns momentos elas podem ser
realmente necessárias. Será que você pode adicionar mais algumas verdades a
esta lista?
Autor desconhecido
quarta-feira, 21 de setembro de 2016
A vocação das Virgens Consagradas
A revista americana
Cosmopolitan, dirigida ao público feminino e que com frequência promove uma
imagem frívola da sexualidade, compartilhou o testemunho de Carmen Briceno em
um artigo intitulado “Estou felizmente casada com Deus: Como uma virgem
consagrada”. Uma virgem consagrada é uma mulher que opta por consagrar sua
virgindade a Deus e faz um voto de castidade. Não é uma religiosa, não
vive em um convento nem usa um hábito. Permanece celibatária e
leva uma vida normal como qualquer pessoa: trabalha, está com a sua
família e com os seus amigos, viaja e realiza diversos trabalhos apostólicos.
A publicação é o testemunho contado por Carmen. Ela
começa o seu relato narrando que é filha de um diplomata, nasceu na Venezuela,
mas viveu nos Estados Unidos durante quase toda a sua vida. Narrou que seu país tem uma forte tradição
católica, mas que a sua família não era muito religiosa e apenas frequentava a missa aos
domingos.
Quando se mudou para Virginia conheceu uma jovem
cristã e “ela foi o instrumento de como queria que fosse a minha relação com
Deus” porque “vi Jesus vivo nela. Pensei. Isso é o que eu desejo”. Carmen
começou a aproximar-se mais à religião católica em 2005, na Jornada Mundial da
Juventude em Colônia (Alemanha), com um grupo de 20 jovens e um
sacerdote. “Foi
uma semana forte de oração, serviço e de encontro com o Papa. Nunca havia visto
nada parecido. As pessoas falavam com amor de Deus e não tinham medo de
expressá-lo”.
Foi durante a JMJ que ela sentiu o primeiro
chamado à vocação. “Deus simplesmente me disse: Você dedicou o seu tempo a
outros noivos, mas alguma vez pensou em mim? Por que não me dá uma
oportunidade? Eu tinha que escutar. Tinha que dar uma
oportunidade a Deus”. Em seguida, voltou para os Estados Unidos e com a ajuda
de um sacerdote, começou a aprofundar mais no que Deus queria para ela, começou
a estudar a Bíblia e a procurar uma resposta para todas as perguntas que
estavam surgindo.
“O sexo e a virgindade são presentes que você dá,
não é algo que você perde. Não se trata de algo religioso; trata-se da beleza
de ser humano. Relacionei melhor que a ideia de expressar o amor não se trata
somente de sexo. Trata-se de querer o melhor para a outra pessoa”, assinalou
Carmen.
Esta jovem considera que a
virgindade é um grande presente e indicou que antes de discernir a sua vocação
“queria esperar até o matrimônio, porque entendia o propósito do sexo”. A
princípio, sua decisão de ser uma virgem consagrada gerou uma tensão na relação
dela com a família, mas depois “eles viram as mudanças que ocorriam em mim
(...) viram-me profundamente apaixonada pela minha fé e assim eles começaram um
processo de conversão”.
“Chamava-me a atenção a
vida de uma virgem consagrada pelas suas lindas e antigas raízes, nos primeiros
anos da Igreja, as mulheres faziam votos privados para pertencer completamente
a Cristo e não se casar”. “Essas eram as virgens mártires como Ágata e Lúcia
que morreram por não querer casar-se com cidadãos romanos, porque já haviam
feito seus votos a Deus. Viviam com suas famílias e se dedicavam a praticar
obras de misericórdia em sua comunidade. Amavam tanto o Senhor que queriam
entregar-se totalmente a Ele”.
Logo depois de um profundo discernimento
vocacional, em 2009 Carmen tomou a decisão e fez o pedido para ser uma virgem
consagrada na sua diocese. Este foi aprovado e no dia 22 de agosto deste ano,
vestida de noiva e com uma aliança, se casou com Jesus Cristo. “Foi um lindo
dia”, recordou.
Como virgem consagrada, Carmem leva uma vida
normal. Trabalhou em uma paróquia, levou grupos de
adolescentes a missões internacionais e viajou pelo mundo dando palestras a
jovens. Atualmente vive das doações que recebe em suas palestras e tem uma loja
online, chamada Sacred Print, onde vende agendas decoradas com personagens
católicos que ela mesma desenha.
Fonte: Aci digital
segunda-feira, 19 de setembro de 2016
Vem Espírito
Vem, Espírito Santo! Desce sobre nós, entre
nós, em nosso íntimo.
Vem, Espírito Santo: faze-nos sentir a tua presença viva
e perene, fecunda e misteriosa, real e oculta, presença que nos julga e
presença de misericórdia.
Vem, Espírito Santo, alma de nossa alma, vida de
nossa vida, união de nossa união, glória de nossa glória, cerne de nossa
comunhão.
Vem, Espírito Santo, causa de nossa insatisfação, sede de nossa sede,
desejo de nosso desejo, voz das nossas mais profundas aspirações.
Vem, Espírito
Santo, anseio de nossa imperfeição, riqueza de nossa indigência, Impulso de
nossa oração, apoio na fragilidade, garantia de sermos felizes.
Vem, Espírito
Santo, dom que Cristo nos prometeu, alma de nossa Igreja, hóspede em nossos
corações, murmúrio de toda a verdade, lembrança de que somos responsáveis, síntese
de nossa vitalidade, certeza de nossas fraquezas.
Vem, Espírito Santo, há tanto
mal dentro de nós: mais racionalização do que amor, mais ideologia do que
esperança, cultura demais e pouca oração, muita palavra e pouco silêncio, muita
problemática e rara contemplação tanto cálculo e pouco risco, muitos planos e
pouca docilidade, faz-se demais e pouco se escuta, domina a eficiência, e a confiança
é esquecida, muita estrutura e pouco testemunho, excesso de medidas e falta de
abandono.
Purifica-nos, Espírito do silêncio, Espírito da paz, Espírito de
amor, Espírito de comunhão.
Converte-nos a ti Espírito de serenidade, Espírito
criados, Espírito salvador, preservador, ressuscitador, renovador, Espírito de
Cristo! Amém.
terça-feira, 13 de setembro de 2016
Brasileira disse não ao aborto, ficou paraplégica e hoje brilha na esgrima paralímpica
Nos Jogos Paralímpicos 2016,
no Rio de Janeiro, o Brasil será representado na esgrima por uma mulher que há
cerca de 14 anos teve que tomar uma decisão que mudaria a sua vida:
disse não a um aborto para
salvar sua filha, mas, por conta de uma doença, ficou paraplégica. Trata-se da
esgrimista Mônica Santos tetracampeã brasileira e bicampeã das Américas.
Aos 18 anos, descobriu
que estava grávida do primeiro filho. Mas, à alegria da maternidade seguiu-se
outra notícia preocupante. Mônica foi diagnosticada com um angioma medular.
“Tive
um angioma medular durante o segundo mês de gestação e os médicos queriam que
eu interrompesse a gravidez para poder operar”, contou a atleta em uma
entrevista à Gazeta Esportiva.o invés de interromper para voltar a andar – recordou –, eu optei em ter a
nenê e só depois fazer a cirurgia”.
A
decisão de Mônica de fazer a cirurgia após o parto poderia acarretar sérios
riscos à sua saúde, inclusive de ficar tetraplégica. Mesmo consciente dessa
possibilidade, optou pela vida de sua filha, Paola, hoje com 13 anos.
“Eu
poderia ter ficado tetraplégica, mas acho que Deus compensou por eu não ter
matado a sementinha que tinha em mim e fiquei paraplégica”, disse.
Ao
declarar ter se tornado cadeirante “por opção”, Mônica comentou ao site do
Globo Esporte que “o fato é que eu queria ter um bebê, ali era uma vida, e eu
não queria tirar aquela vida. Acho que era um ser humano desde o momento que
estava ali batendo o coraçãozinho”.
Antes
mesmo da gravidez e da descoberta da doença, Mônica Santos já praticava
esportes. Depois que ficou paraplégica, não deixou sua vida de atleta de lado e
buscou esportes que pudesse praticar.
“Quando
andava, fazia futebol amador e não conhecia a esgrima”, contou à Gazeta
Esportiva. “Após a lesão – continuou –, comecei no basquete e fui apresentada
ao jogo de espadas procurando esportes adaptados”.
Na
esgrima, logo começou a trilhar seu caminho e, em um ano, foi convocada para a
seleção brasileira, firmando-se, em seguida, como principal atleta. Vieram as
conquistas nacionais e internacionais e, agora, está focada na Paralimpíada. Ao
seu lado sempre esteve presente a sua maior medalha, Paola, o que não será
diferente no Rio de Janeiro.
“Vai
torcer bastante por mim. Hoje sou mais feliz do que quando eu andava, dou valor
para outras coisas”, garantiu a atleta.
domingo, 11 de setembro de 2016
Bispo narra história de fé por trás do resgate de 33 mineiros no Chile
A dramática história
dos 33 mineiros chilenos que ficaram soterrados na mina São José no dia 5 de
agosto de 2010 e foram resgatados vivos diante do assombro do mundo 70 dias
depois, tem uma história de fé pouco conhecida, narrada pelo então Bispo de
Copiapó (Chile), Dom Gaspar Quintana.
Dom Quintana,
atualmente bispo emérito da região onde estava a mina São José, falou com o
Grupo ACI durante o 24º
Congresso Mariológico e Mariano Internacional, que acontece em Fátima até o
domingo, 11 de setembro.
Como bispo de Copiapó,
Dom Quintana foi uma das primeiras autoridades que soube do acidente que deixou
33 mineiros soterrados na mina São José, localizada a 30 quilômetros da cidade,
no meio do deserto.
“Do primeiro instante,
o drama se converteu em um mistério de fé católica e devoção mariana”, disse o
Prelado, ao narrar o clima vivido no campo chamado “Esperança”, onde, no meio
do deserto e a poucos metros da entrada da mina, estavam os familiares dos
mineiros, a equipe de resgate e jornalistas do mundo inteiro.
No dia seguinte ao acidente,
Dom Quintana transladou a venerada imagem do santuário de Nossa Senhora do
Rosário de Andacollo – que em poucas ocasiões foi tirada do seu santuário, um
dos mais antigos do Chile – ao campo “Esperança”; e poucos dias depois
transladou a imagem de São Lourenço, padroeiro dos mineiros.
“A primeira equipe de
resgate, que enviava sondas sob a terra a fim de localizar onde os mineiros
estavam soterrados, eram homens de fé”, disse o Bispo. Depois de 15 dias de
brocar e enviar sondas sem receber resposta, os engenheiros “pediram que nos
reuníssemos para uma oração e bênção das equipes”.
“Este foi um momento de
muito recolhimento, muita fé e muita emoção”, relatou Dom Quintana. Dois dias
depois, no domingo 22 de agosto, uma sonda retornou finalmente com uma mensagem
em um pequeno pedaço de papel que causou uma grande alegria no acampamento: “os
33 estamos vivos”.
“Tivemos a oportunidade
de fazer uma pastoral da esperança muito intensa e comovedora no acampamento
entre os familiares e a equipe de resgate, todos eles surpreendidos pelo
interesse da imprensa mundial que estimulava o esforço por resgatar os
mineiros”, disse o hoje Bispo emérito.
“‘A Chinita’, que é o
nome carinhoso como se conhece a Virgem de Andacollo, tornou-se o centro da
piedade e das orações, às vezes dramáticas, porque parecia impossível encontrar
uma maneira de resgatar estes homens que estavam a mais de 700 metros de
profundidade no meio do deserto”, acrescentou.
Depois, com a ajuda de
um perito de salvamento mineiro dos Estados Unidos, foi encontrada a maneira de
salvar os mineiros um por um através de uma cápsula.
“Os trabalhos de
resgate começaram na quarta-feira, 13 de outubro, aniversário da última
aparição de Fátima, e a ela encomendamos os trabalhos de resgate”, recordou o
Prelado. Depois de 48 horas e para surpresa do mundo inteiro, os 33 mineiros
foram resgatados.
A história dos mineiros
foi contada em um filme “Os 33”, protagonizado por Armando Banderas, e parte
desta obra foi filmada em Copiapó.
Segundo
Dom Quintana, “os produtores do filme compreenderam o papel importante que a fé
teve durante o longo drama do resgate e tive a oportunidade de estar neste
local e também rezar com eles”.
Fonte Acidigital
sexta-feira, 9 de setembro de 2016
Papa Francisco: Os monges e monjas mantêm vivos os oásis do espírito
Diante de mais de 250
participantes no Congresso dos Abades Beneditinos, em Roma, o Papa Francisco
afirmou que os monges e as monjas no mundo de hoje têm um dom e uma
responsabilidade especial que é manter vivo o “oásis do espírito”.
“Neste
tempo e nesta Igreja chamada a buscar sempre mais o essencial, os monges e
as monjas custodiam por vocação um dom peculiar e uma responsabilidade
especial: manter vivos os oásis do espírito, onde pastores e fiéis podem haurir
às fontes da divina misericórdia”, disse o Papa na Sala Clementina no Palácio
Apostólico do Vaticano nesta manhã.
Ante
os participantes reunidos em Roma para refletir sobre o carisma monástico
recebido por São Bento e sua fidelidade a ele, o Pontífice ressaltou que “se é
somente na contemplação de Jesus Cristo que se colhe o rosto da misericórdia do
Pai, a vida monástica constitui o caminho por excelência para fazer tal
experiência contemplativa e traduzi-la em testemunho pessoal e comunitário”.
O mundo de hoje,
continuou, demonstra claramente a necessidade de uma misericórdia que é o
coração da vida cristã e “o que, definitivamente, manifesta a credibilidade da
mensagem da qual a Igreja é depositária e anunciadora”.
Com a graça de Deus e
em suas comunidades, monges e monjas anunciam a fraternidade evangélica de
todos os mosteiros do mundo e o fazem com um silêncio operoso e eloquente que
“deixa Deus falar na vida ensurdecedora e distraída do mundo”.
Portanto, embora vivam
separados do mundo, sua clausura “não é estéril, ao contrário, é uma riqueza e
não um impedimento para a comunhão”, seu trabalho, em harmonia com a oração, os
faz “participantes da obra criadora de Deus e solidários com os pobres que não
podem viver sem trabalhar”.
Sua hospitalidade,
explicou o Santo Padre, os aproxima dos “mais perdidos e afastados, dos que se
encontram em uma condição de grave pobreza humana e espiritual”, e seu
compromisso na formação da juventude é muito apreciado.
“Tomara que os
estudantes de suas escolas, através do estudo e do vosso testemunho de vida,
também sejam especialistas do humanismo que se desprende da Regra Beneditina. E
sua vida contemplativa também é um canal privilegiado para alimentar a comunhão
com os irmãos das Igrejas Orientais”, exortou.
“O serviço de vocês à
Igreja é muito precioso”, disse Francisco para, em seguida, incentivar a
cooperação entre os mosteiros e a não desanimarem se os membros de suas
comunidades diminuem ou envelhecem.
“Pelo contrário,
conservem o zelo do testemunho de vocês, inclusive naqueles países mais
difíceis, com a fidelidade ao carisma e a coragem de fundar novas comunidades”,
sublinhou o Papa.
Fonte: Aci digital
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
quarta-feira, 24 de agosto de 2016
Santa Maria, Mãe do Senhor, Tu permaneceste
fiel quando os discípulos fugiram. Assim como acreditastes quando o anjo te
anunciou o inacreditável, Mãe do Altíssimo, assim acreditaste na hora da sua
mais profunda humilhação. Assim, na hora da Cruz, na hora da noite mais escura
do mundo, te tornaste a mãe dos crentes, na mãe da Igreja. Te pedimos: ensina-nos a acreditar e
ajudar-nos a transformar a fé em coragem para servir e na ação do amor que
ajuda e se compadece. Amém.
Papa Bento XVI
segunda-feira, 22 de agosto de 2016
sábado, 20 de agosto de 2016
Quanto você vale
– Venho aqui, professor, porque me sinto tão
pouca coisa que não tenho forças para fazer nada. Dizem-me que não sirvo para
nada, que não faço nada bem, que sou lerdo e muito idiota. Como posso melhorar?
O que posso fazer para que me valorizem mais?
O professor, sem olhá-lo,
disse:
– Sinto muito, meu
jovem, mas não posso te ajudar. Devo primeiro resolver o meu próprio problema. Talvez
depois.
E fazendo uma pausa,
falou:
– Se você me
ajudasse, eu poderia resolver este problema com mais rapidez e depois, talvez
possa te ajudar.
– C...claro,
professor - gaguejou o jovem, que se sentiu outra vez desvalorizado e hesitou
em ajudar seu mestre. O professor tirou um anel que usava no dedo pequeno e deu
ao garoto dizendo:
– Monte no cavalo e
vá até o mercado. Devo vender esse anel porque tenho que pagar uma dívida. É
preciso que obtenhas pelo anel o máximo possível, mas não aceite menos que uma
moeda de ouro. Vá e volte com a moeda o mais rápido possível.
O jovem pegou o anel e partiu. Mal chegou ao
mercado, começou a oferecer o anel aos mercadores. Eles olhavam com algum
interesse, até quando o preço pretendido era informado. Quando o jovem
mencionava uma moeda de ouro, alguns riam, outros saíam sem ao menos olhar para
ele, mas só um velhinho foi amável a ponto de explicar que uma moeda de ouro
era muito valiosa para comprar um anel. Tentando ajudar o jovem,
chegaram a oferecer uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o jovem
seguia as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro e recusava as ofertas.
Depois de oferecer a joia
a todos que passaram pelo mercado, abatido pelo fracasso, montou no cavalo e
voltou. O
jovem desejou ter uma moeda de ouro para que ele mesmo pudesse comprar o anel,
assim livrando a preocupação de seu professor e podendo receber ajuda e
conselhos. Entrou na casa e disse:
– Professor, sinto
muito, mas é impossível conseguir o que me pediu. Talvez pudesse conseguir duas
ou três moedas de prata, mas não acho que se possa enganar ninguém sobre o
valor do anel.
– Importante o que
disse, meu jovem - contestou sorridente o mestre. – Devemos saber
primeiro o valor do anel. Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro.
Quem melhor para saber o valor exato do anel? Diga que quer vendê-lo e pergunte
quanto ele te dá por ele. Mas não importa o quanto ele te ofereça, não o venda.
Volte aqui com meu anel.
O jovem foi até o
joalheiro e lhe deu o anel para examinar. O artesão examinou-o com uma lupa,
pesou-o e disse:
– Diga ao seu
professor, se ele quiser vender agora, não posso dar mais que 58 moedas de ouro
pelo anel.
O jovem, surpreso,
exclamou:
– 58 MOEDAS DE
OURO!!!
– Sim, replicou o
joalheiro, eu sei que com tempo poderia oferecer cerca de 70 moedas, mas se a
venda é urgente...
O jovem correu emocionado
para a casa do professor para contar o que ocorreu.
– Sente-se, disse o
professor, e depois de ouvir tudo que o jovem lhe contou, disse:
– Você é como esse
anel, uma joia valiosa e única. E que só pode ser avaliada por um expert.
Pensava que qualquer um podia descobrir o seu verdadeiro valor?
E dizendo isso voltou a
colocar o anel no dedo.
– Todos nós somos
como esta joia. Valiosos
e únicos, andando pelos mercados da vida pretendendo que pessoas inexperientes
nos valorizem...
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