sábado, 30 de abril de 2011

Pedi ao dono da messe

No 01 de maio, o papa Bento XVI terá a alegria de proclamar seu predecessor, João Paulo II, bem-aventurado. No dia 15 do mesmo mês, conhecido como domingo do Bom Pastor, celebraremos o 48º Dia Mundial de Oração pelas Vocações que foi instituído pelo Papa Paulo VI em 1964. Talvez, alguns possam achar uma feliz coincidência celebrar este Dia tão próximo da beatificação do papa que mais nos deixou Mensagens sobre a importância da oração pelas vocações. Mas, como dizia D. Helder Câmara: “para o Pai não há acaso”. Talvez, este fato, seja um convite a nos tornamos mais abertos e sensíveis à Animação Vocacional em nossas comunidades eclesiais, principalmente a não deixar passar desapercebido a existência de um Dia onde, toda a Igreja é convidada a parar e rezar pelas vocações.

Em 1979 celebrava-se o 16º ano de instituição do domingo do Bom Pastor como Dia Mundial de Oração pelas Vocações e, João Paulo II, recém eleito papa, propunha aos féis do mundo inteiro um itinerário vocacional a ser seguido: “Me dirijo hoje [...] para transmitir a vocês e confiar algumas coisas que me estão no coração, como que três palavras de ordem: orar – chamar e responder”.

Com estas palavras João Paulo II dava o tom com o qual deve pulsar toda a Igreja, geradora e educadora das vocações, neste dia “cheio de esperança” que deve se converter num “testemunho público de fé e obediência à ordem do Senhor”. Por isso, é importante celebrá-lo em todos os lugares: catedrais, paróquias, comunidades, santuários, colégios e “nos locais onde se encontram pessoas que sofrem”, formando um grande centro de “irradiação espiritual”, como um “mosteiro invisível” que pede ao “dono da messe que envie operários para a sua messe” (Mt 9,38). Porque a “Igreja é dom de Deus para a salvação da humanidade. E as vocações para servir totalmente a mesma Igreja também são, portanto, um dom especial de Deus. Por isso, só a Ele o pedimos, porque somente Ele o pode conceder. E pedimos este dom (vocações) com o coração aberto para o mundo, olhando para o maior bem de todos os homens. Recordam, com certeza, que o Senhor Jesus nos convidava a orar pelas vocações precisamente porque o Seu coração misericordioso via os sofrimentos do mundo” (cf. Mt 9,36-38), afirmava ele em 1983.

Em sua mensagem no ano de 1984 o papa, João Paulo II, alertava sobre o risco contínuo de separar a oração pelas vocações da ação vocacional, como se fossem dois momentos ou realidades distintas: “sem dúvida que a insistência sobre a oração querida por Jesus não pode significar falta de ação e fuga das outras nossas responsabilidades. Pelo contrário! A vontade do Senhor é de que à oração, bem compreendida e vivida, estejam unidos o nosso operar e a nossa colaboração. [...] O Concílio Vaticano II recordou que a colaboração efetiva para o incremento das vocações é um dever de toda a comunidade cristã. Trata-se de uma ação convergente e diversificada. Portanto todos os batizados, cada um segundo a própria condição, devem, com a ajuda de Deus, empenhar-se a tornar eficaz a ação da Igreja num setor tão importante para a sua vida e para o seu futuro”. Pois, como afirmava, o papa, em 1988: “sem oração específica, habitual, insistente, confiante, não pode existir uma verdadeira pastoral das vocações”. Sendo assim, a primeira de todas as ações vocacionais é a oração que, por sua vez, se converte em atitudes concretas de animação vocacional por todas as vocações.

Ir. Clotilde P. de Azevedo, ap

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Simpósio sobre Novas Comunidades Católicas

O Instituto de Pastoral Vocacional (IPV), entre os dias 23 a 26 de junho, estará realizando o seu 18º Simpósio com o tema as Novas Comunidades Católicas. A assessoria ficará por conta da pesquisadora e professora da PUC-Campinas Brenda Caranza, e do pe. José Carlos Lima provincial dos padres Vocacionistas.

As inscrições podem ser feitas diretamente na sede do IPV , rua Comandante Ferreira Carneiro nº 99, Freguesia do Ó, São Paulo, fone 11.39315365, com Anna Paula ou pelo e-mail ipv@ipv.org.br.

Beatificação pe. Justino Russolilo fundador da Sociedade das Divinas Vocações

No próximo dia 7 de maio, na Itália, será beatificado o fundador da Sociedade das Divinas Vocações, pe. Justino Russolilo que nasceu em Pianura (Nápoles - Itália) a 18 de janeiro de 1891 e ai morreu a 2 de agosto de 1955.

O venerável pe. Justino foi chamado por Deus a conduzir as pessoas a "Divina União" e, preparou-se para este grande ministério, com um estudo profundo, com o exercício das virtudes e com a catequese. Foi ordenado sacerdote a 20 de setembro de 1913, e logo esforçou-se a fim de traduzir em atos o seu ideal vocacionista: a glória de Deus, por meio da santificação universal. Seu lema programático era: "Glória, Amor, Voluntas Dei In Universo Mundo", ou seja, que a Glória o Amor, a Vontade de Deus reinem no Universo e no Mundo.

Pe. Justino era muito estimado pelos seus contemporâneos por causa de sua, humildade, caridade e pelo incomparável ministério quotidiano da Palavra Divina, era procurado também pelos seus conselhos e por suas sábias diretivas.


Nos anos seguinte à sua ordenação, em 30/04/1914, deu início ao primeiro grupo dos “Padres Vocacionistas”, como são conhecidos os membros da Congregação.

Nomeado pároco de Pianura, a 5 de agosto de 1920, incrementou logo a vida da Congregação Masculina e a 1º de fevereiro de 1921, escolheu para a vida comum um grupo de jovens mulheres, primícias da congregação feminina, chamada "Irmãs das Divinas Vocações".

Em 1950 atendendo ao convite do bispo de Salvador, Bahia, os Vocacionistas abraçaram a primeira missão em terras estrangeiras. As missões vocacionistas continuaram crescendo e atualmente marcam presença também nos Estados Unidos, Argentina, Nigéria, nas Filipinas e na Índia.

Para maiores informações acesse o site www.vocacionista.org.br e, no endereço eletrônico oficial da beatificação www.beatificazionedongiustino.it, o internauta poderá acompanhar toda a celebração de Beatificação.

Sua Festa litúrgica será celebrada no dia 02 de agosto, e poderá ser invocado pelo nome de Beato Justino da Santíssima Trindade.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

A vocação cristã como seguimento de Cristo

A vocação batismal é um chamado à santidade e essa é essencialmente seguimento de Jesus Cristo. O Espírito suscita no coração de cada batizado o desejo forte de caminhar com o Mestre. Sendo Jesus aquele que revela cada pessoa a si mesma, ajudando-a a descobrir a própria vocação (cf. GS 22), então é claro que a resposta ao chamado divino só se torna autêntica quando se faz seguimento de Cristo. O próprio Jesus, tantas vezes, evidenciou esta verdade. Mostrou que responder ao Pai que chama é segui-lo: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim. Se me conheceis, também conhecereis a meu Pai. Desde agora o conhecereis e o vistes" (Jo 14,6-7). Por isso, ao convocar os primeiros discípulos, tinha uma proposta muito clara: "Vinde em meu seguimento" (Mc 1,17). Podemos então dizer que é o seguimento de Jesus Cristo que faz da Igreja uma comunidade de pessoas chamadas, convocadas para uma missão.
José Lisboa M. Oliveira
Extraido do livro: Qual o sentido da vocação e missão?

sábado, 23 de abril de 2011

Que está acontecendo hoje?

Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei está dormindo; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque o Deus feito homem adormeceu e acordou os que dormiam há séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos.

Ele vai antes de tudo à procura de Adão, nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Faz questão de visitar os que estão mergulhados nas trevas e na sombra da morte. Deus e seu Filho vão ao encontro de Adão e Eva cativos, agora libertos dos sofrimentos.

O Senhor entrou onde eles estavam, levando em suas mãos a arma da cruz vitoriosa. Quando Adão, nosso primeiro pai, o viu, exclamou para todos os demais, batendo no peito e cheio de admiração: "O meu Senhor está no meio de nós". E Cristo respondeu a Adão: "E com teu espírito". E tomando-o pela mão, disse: "Acorda, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará".

Eu sou o teu Deus, que por tua causa me tornei teu filho; por ti por aqueles que nascerem de ti, agora digo, que com todo o meu poder, ordeno aos que estava na prisão: 'Sai!'; e aos que jaziam na trevas. 'Vinde para a luz!'; E aos entorpecidos: 'Levantai-vos!'

Eu te ordeno: Acorda, tu que dormes, porque não te criei para permaneceres na mansão dos mortos. Levanta-te, obra das minhas mãos; levanta-te, ó minha imagem, tu que foste criado à minha semelhança. Levanta-te, saiamos daqui; tu em mim e eu em ti, somos uma só e indivisível pessoa.

Por ti, eu, o teu Deus, me tornei teu Filho; por ti, eu, o Senhor, tomei tua condição de escravo por ti, eu, que habito no mais alto dos céus, desci a terra e foi até mesmo sepultado debaixo da terra; por ti, feito homem, tornei-me como alguém sem apoio, abandonado entre os mortos. Por ti, que deixastes o jardim do paraíso, ao sair de um jardim fui entregue aos judeus, e num jardim crucificado.

Vê em meu rosto os escarros que por ti recebi, para restituir-te o sopro da vida original. Vê na minha face as bofetadas que levei para restaurar, conforme à minha imagem, tua beleza corrompida.

Vê minhas costas as marcas dos açoites que suportei por ti para retirar dos teus ombros o peso dos pecados. Vê minhas mãos fortemente pregadas à arvore da cruz, por causa de ti, como outrora estendes suas mãos para a árvore do paraíso.

Adormeci na cruz e por tua causa a lança penetrou no meu lado, como Eva surgiu do teu, ao adormeceres no paraíso. Meu lado curou a dor do teu lado. Meu sono vai arrancar-te do sono da morte. Minha lança deteve a lança que estava dirigida contra ti.

Levante-te, vamos daqui. O inimigo te expulsou da terra do paraíso; eu, porém, já não te coloco no paraíso, mas no trono celeste. O inimigo afastou de ti a árvore, símbolo da vida; eu, porém, que sou a vida, estou agora junto de ti. Constitui anjos que, como servos, te guardassem, ordeno agora que eles te adorem como Deus, embora não sejas Deus.

Está preparado o trono dos querubins prontos e a postos os mensageiros, construídos o leito nupcial, preparado o banquete, as mansões e os tabernáculos eternos, adornados, abertos os tesouros de todos os bens e o Reino dos Céus preparado para ti desde toda a eternidade".

Retirado Liturgia das Horas - uma antiga Homilia no grande Sábado Santo

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Eucaristia e Vocação

A Eucaristia constitui o momento culminante no qual Jesus, no seu Corpo doado e no seu Sangue derramado pela nossa salvação, desvela o mistério da sua identidade e indica o sentido da vocação de toda pessoa de fé. De fato, todo o significado da vida humana reside naquele Corpo e naquele Sangue, porque deles nos vieram a vida e a salvação. De qualquer modo, deve identificar-se com eles a existência mesma da pessoa, que se realiza na medida em que, por sua vez, sabe fazer-se dom para os outros.

Na Eucaristia, tudo isso é misteriosamente significado no sinal do pão e do vinho, memorial da Páscoa do Senhor: o fiel que se nutre daquele Corpo entregue e daquele Sangue derramado recebe a força de transformar-se também em dom. Como diz Santo Agostinho: “Sede aquilo que recebeis e recebei aquilo que sois” (Discurso 271 1: Nella Pentecoste).

No encontro com a Eucaristia, alguns descobrem que são chamados a se tornarem ministros do Altar, outros a contemplar a beleza e a profundidade desse mistério, outros a transbordar esse ímpeto de amor sobre os pobres e os fracos, e outros ainda, a captar, na realidade e nos gestos da vida de cada dia, o seu poder transformante. Na Eucaristia, todo fiel encontra não apenas a chave interpretativa da própria existência, mas a coragem de realizá-la a ponto de – na diversidade dos carismas e das vocações – construir o único Corpo de Cristo na história.

Na narrativa dos discípulos de Emaús (Lc 24,13-35), São Lucas faz entrever o que acontece na vida daquele que vive da Eucaristia. Quando, “ao partir o pão” por parte do “forasteiro” os olhos dos discípulos se abrem, eles reconhecem que o coração ardia-lhes no peito enquanto o escutavam explicar as Escrituras. Naquele coração que arde podemos ver a história e a descoberta de toda vocação, que não é comoção passageira, mas percepção sempre mais certa e forte de que a Eucaristia e a Páscoa do Filho serão cada vez mais a Eucaristia e a Páscoa dos seus discípulos.

O Senhor Jesus fincou a sua tenda no meio de nós, e dessa morada eucarística ele repete a cada homem e a cada mulher: “Vinde a mim, todos vós que estais aflitos sob o jugo, e eu vos aliviarei” (Mt 11,28).

Queridos jovens, ide ao encontro de Jesus Salvador! Amai-o e adorai-o na Eucaristia! Ele está presente na Santa Missa, que torna sacramentalmente presente o sacrifício da Cruz. Ele vem a nós na santa comunhão e permanece no tabernáculo das nossas igrejas, porque é nosso amigo, amigo de todos, especialmente de vós, jovens, tão precisados de confiança e de amor.

Depois de tanta violência e opressão, o mundo precisa de jovens capazes de “lançar pontes” para unir e reconciliar; depois da cultura do homem sem vocação temos urgência de homens e mulheres que acreditam na vida e sabem acolhê-la como chamado que vem do Alto, daquele Deus que chama porque ama; depois do clima de suspeita e de desconfiança, que corrompem os relacionamentos humanos, somente jovens corajosos, com mente e coração abertos a ideais elevados e generosos, poderão restituir beleza e verdade à vida e aos contatos humanos”.

Síntese da Mensagem de João Paulo II para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, 2000

domingo, 17 de abril de 2011

Domingo de Ramos

O Domingo de Ramos abre por excelência a Semana Santa. Relembramos e celebramos a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, poucos dias antes de sofrer a Paixão, Morte e Ressurreição. Este domingo é chamado assim porque o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão onde Jesus passava montado num jumento. Com folhas de palmeiras nas mãos, o povo o aclamava “Rei dos Judeus”, “Hosana ao Filho de Davi”, “Salve o Messias”... E assim, Jesus entra triunfante em Jerusalém despertando nos sacerdotes e mestres da lei muita inveja, desconfiança, medo de perder o poder. Começa então uma trama para condenar Jesus à morte e morte de cruz. O povo o aclama cheio de alegria e esperança, pois Jesus como o profeta de Nazaré da Galiléia, o Messias, o Libertador, certamente para eles, iria libertá-los da escravidão política e econômica imposta cruelmente pelos romanos naquela época e, religiosa que massacrava a todos com rigores excessivos e absurdos. Mas, essa mesma multidão, poucos dias depois, manipulada pelas autoridades religiosas, o acusaria de impostor, de blasfemador, de falso messias. E incitada pelos sacerdotes e mestres da lei, exigiria de Pôncio Pilatos, governador romano da província, que o condenasse à morte. Por isso, na celebração do Domingo de Ramos, proclamamos dois evangelhos: o primeiro, que narra a entrada festiva de Jesus em Jerusalém fortemente aclamado pelo povo; depois o Evangelho da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, onde são relatados os acontecimentos do julgamento de Cristo. Julgamento injusto com testemunhas compradas e com o firme propósito de condená-lo à morte. Antes porém, da sua condenação, Jesus passa por humilhações, cusparadas, bofetadas, é chicoteado impiedosamente por chicotes romanos que produziam no supliciado, profundos cortes com grande perda de sangue. Só depois de tudo isso que, com palavras é impossível descrever o que Jesus passou por amor a nós, é que Ele foi condenado à morte, pregado numa cruz.O Domingo de Ramos pode ser chamado também de “Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor”, nele, a liturgia nos relembra e nos convida a celebrar esses acontecimentos da vida de Jesus que se entregou ao Pai como Vítima Perfeita e sem mancha para nos salvar da escravidão do pecado e da morte. Crer nos acontecimentos da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, é crer no mistério central da nossa fé, é crer na vida que vence a morte, é vencer o mal, é também ressuscitar com Cristo e, com Ele Vivo e Vitorioso viver eternamente. É proclamar, como nos diz São Paulo: ‘“Jesus Cristo é o Senhor”, para a glória de Deus Pai’ (Fl 2, 11).

Luis Alberto Massarote - http://www.koinonialivros.com.br

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Consagração do apostolado a Maria

Salve, Maria, Mãe, Mestra e Rainha de todo apostolado!
Sois a Rainha dos céus, que intercedeis pela salvação de todos.
Lembrai-vos de que Jesus, ao morrer,
nos confiou aos vossos cuidados de mãe!
Continuai portanto a suscitar, fortalecer e formar santas vocações,
para o Reino de vosso Filho!
E nós, chamados a anunciar o Evangelho,
através da comunicação social,
consagramo-vos hoje todos os meios de comunicação
em que trabalhamos, bem como os êxitos e frustrações
alegrias, cansaços de cada dia.
Nós vos consagramos, de modo especial, toda nossa pessoa:
tudo o que temos e o que somos, nós o oferecemos a Jesus,
pelas vossas mãos, Mãe querida!
Alcançai-nos o Dom do Espírito Santo,
com a plenitude com que o receberam os primeiros apóstolos!
Iluminai nossa inteligência, para compreendermos
a grandeza de nossa vocação.
Dai-nos fortaleza e um coração grande para amar! Amém.

quarta-feira, 13 de abril de 2011



Não deixem de assistir a este filme que entrará em cartaz no próximo dia 15 de abril nas salas de São Paulo. Aqui segue o depoimento de uma pessoa que assistiu ao filme.

Caríssimos,

Ontem fui à pré-estréia do filme Homens e Deuses (Literalmente a tradução seria de homens e de deuses). Trata-se do relato da vida e martírio de monges trapistas de um vilarejo na Argélia (Thibirine) em 1996, cujo entorno era majoritariamente formado por muçulmanos, dos quais uma parte era (é) fundamentalista. Os monges tinham uma vida alternada de oração e trabalho, com destaque para a vida comunitária interna e externa, pois participavam dos momentos intensos da vida do povo local. A inspiração original e a efetiva atuação dos monges eram de empenho pacífico na convivência com todos, inclusive com os fundamentalistas. A partir do assassinato de alguns estrangeiros trabalhadores, por parte de fundamentalistas, a situação fica tensa e, em meio a reflexões e discussões comuns, os monges decidem ficar, sendo a sua maioria assassinada em 1996, sobrevivendo apenas dois (o mais idoso que se escondeu debaixo da cama [morto em 2008] e o porteiro daquela noite, que não foi visto pelos seqüestradores, pois entraram por outra portaria [ainda vivo residindo num mosteiro no Marrocos]).

A partir do filme surgem em minha mente e coração algumas questões para reflexão as quais compartilho:

v O testemunho humano-cristão é eloqüente principalmente pela densa qualidade da presença humana e solidária com os pobres e sofredores, dispensando discursos sentenciais. Daí que a força performática é infinitamente mais determinante que a locução.

v A motivação para viver é também a que dá sentido ao morrer, o que torna a pessoa marcada por uma liberdade capaz de conservar o espírito sereno apesar do medo e das dores que aparecem durante os conflitos.

v É importante não ter vergonha dos dramas interiores que se tem diante dos acontecimentos e grandes decisões da vida. As escolhas fundamentais não são fáceis, mas nem por isso supõem super-homens e super-mulheres para fazê-las, o que seria ilusão. O sim a um motivo fundamental é muitas vezes o desfecho de muitos nãos ruminados em meio a angústias.

v Quando se tem um ideal de vida bem esclarecido, no caso dos monges, um profundo amor por Jesus de Nazaré e o seu projeto, é possível tematizar e debater a vida de forma objetiva, sem deixar-se influenciar pelos melindres comuns de uma subjetividade ainda não amadurecida.

v Nem mesmo as pessoas pelas quais se luta em defesa da sua vida e da sua paz, estão isentas do ressentimento e são capazes de compreender um amor perdoador indiscriminado, focado na vida e dignidade da pessoa humana.

v A fé precisa ultrapassar o ressentimento para ser verdadeiramente libertadora e fomentadora de um mundo transformado pela paz.

v É importante ouvir o outro com atenção, inclusive nas suas situações mais contraditórias, porque ali ele pode ser propriamente o que é, acolhendo as decisões que brotam de sua autonomia e que expressam sua liberdade.

v O convívio pacífico entre as religiões dificilmente ocorrerá sem uma espiritualidade enraizada no reconhecimento intersubjetivo solidário, que é revelador do Deus que habita o coração de cada ser humano.

Depois de ver o filme, agradeci a Deus pelos cristãos e muçulmanos da Argélia que vivem um esforço conjunto de paz e senti que o caminho que tenho pra percorrer neste sentido é ainda muito longo, mas tenho esperança.

Fraternalmente,

pe. Antonio Lisboa Lustosa Lopes

Arquidiocese de São Paulo - Região Ipiranga - Área Pastoral N. Sra de Fátima

pe.lisboalustosa@yahoo.com.br

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Quem são os anjos?

Uma menina voltou-se subitamente para a mãe e perguntou:
- Os anjos existem mesmo? Eu nunca vi nenhum
Como ela lhe afirmasse a existência deles, a pequena decidiu que iria andar pelas estradas, até encontrar um anjo.
- É uma boa idéia - falou a mãe - irei com você
- Mas você anda muito devagar. Você tem um pé machucado
A mãe insistiu que a acompanharia. Afinal, ela podia andar muito mais depressa do que ela pensava. Lá se foram. A menina saltitando e correndo e a mãe, mancando, seguia atrás. De repente, apareceu uma carruagem puxada por esbeltos cavalos brancos. Dentro dela, uma linda dama, envolta em veludos e sedas, com plumas alvas nos cabelos escuros. As jóias eram tão brilhantes que pareciam pequenos sóis.
A menina correu até a carruagem e perguntou à senhora:
- Você é um anjo?
Ela nem respondeu. Resmungou alguma coisa ao cocheiro que chicoteou os cavalos, e a carruagem sumiu na poeira da estrada. Os olhos e a boca da menina ficaram cheios de pó. Ela esfregou os olhos e tossiu bastante. Então, chegou sua mãe que limpou a poeira com seu avental de algodão azul.
- Ela não era um anjo, não é, mamãe?
- Com certeza, não. Mas um dia poderá se tornar um
Mais adiante, a menina encontrou uma jovem belíssima, num vestido branco. Seus olhos eram estrelas azuis e ele lhe perguntou:
- Você é um anjo?
Ela ergueu a pequena em seus braços e falou feliz
- Uma pessoa me disse ontem à noite que eu era um anjo
Enquanto acariciava a menina e a beijava, ela viu seu namorado chegando. Mais do que depressa, colocou a garota no chão. Tudo foi tão rápido que ela não conseguiu firmar bem o pé e caiu.
- Olhe como você sujou meu vestido branco, sua monstrinha! - disse a moça, enquanto corria ao encontro de seu amado.
A menina ficou no chão, chorando, até que sua mãe chegou e lhe enxugou as lágrimas com o avental de algodão azul. Aquela moça, certamente, não era um anjo.
A garota abraçou o pescoço da mãe e disse estar cansada.
- Você me carrega?
- É claro, foi para isso que vim.
Com o precioso fardo nos braços, a mãe foi mancando pelo caminho, enquanto cantava a música que ela mais gostava. A menina a abraçou com força e perguntou:
- Mãe, você não é um anjo?
A mãe sorriu e falou mansinho:
- Imagine! Nenhum anjo usaria um avental de algodão azul como o meu.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Pastoral Vocacional e Novas Comunidades somam forças para a difusão do serviço de animação vocacional na Igreja no Brasil

Estão reunidos no 20º Encontro Nacional da Pastoral Vocacional, que acontece na sede das Pontifícias Obras Missionárias (POM) em Brasília, 23 coordenadores da Pastoral Vocacional (PV) dos Regionais da CNBB e representantes de Novas Comunidades pertencentes à Fraternidade Internacional.

O encontro, que teve início nesta segunda-feira, 4, e segue até amanhã, 6, tem por objetivo partilhar as experiências e o itinerário vocacional assumido pelos diversos grupos. Eles discutem formas para somar forças no serviço de animação vocacional na realização do mês vocacional (agosto) a partir do tema proposto para 2011, “Chamados à Vida plena em Cristo”.

Estão sendo retomadas as conclusões do 3º Congresso Vocacional do Brasil, celebrado em setembro de 2010, além das reflexões do Congresso Latino Americano de vocações celebrado em Cartago, Costa Rica, no início deste ano.
Ainda no encontro, os participantes conhecerão a Mensagem do Papa Bento XVI para o 48º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, e indicarão ações que podem auxiliar no processo de divulgação e celebração em torno da mensagem do Papa.

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sábado, 2 de abril de 2011

Oração Vocacional

Senhor Jesus, Mestre da humanidade,
vós que sois o Caminho, a Verdade e a Vida,
ajudai-nos a anunciar a vossa Palavra
a ser fiéis ao vosso chamado.
Nossa vocação é anunciar o Evangelho da Vocação!
Com vossa graça, possamos ser no mundo
mensageiros da paz, da fé e do amor.
Que sejamos, como Paulo, apóstolos por vocação.
Senhor Jesus, despertai generosas vocações
para todas as necessidades do mundo e da Igreja.
Enviai trabalhadores para a messe,
gente disposta a deixar tudo
para seguir-vos na concretização
do vosso Reino entre nós. Amém.