domingo, 27 de fevereiro de 2011

Originalidade da intuição apostólica de pe. Alberione

Padre Alberione, por causa de sua intuição original, é justamente definido como "profeta dos meios de comunição de massa". Por quê?
Segundo São Paulo - em quem pe. Alberione se espelha - o profeta "é aquele que fala às pessoas, edificando-as, exortando-as e consolando-as... Aquele que profetiza, edifica a Igreja" (1cor 14,1).
O termo "profeta", na linguagem atual, presta-se a múltiplas concepções:
a) para as pessoas comuns: é aquele que prediz o futuro;
b) no terceiro mundo, frequentemente, é sinônimo de contestador: ou seja, ataca as estruturas opressivas do povo. A intervenção dos profetas, nesta concepção, determina a deflagração de revoluções que nem sempre sanam as injustiças, antes, fazem surgir outras;
c) mas entende-se também (e este parece se o sentido bíblico genuíno) aquele que, tendo nascido dentro de um sistema, "julga-o" mediante uma luz superior, em nome de Deus: revela os seus limites, as deficiências e anuncia ideais e sinais novos, com uma lucidez que outros contemporâneos não possuem [...] o "profeta" está particularmente atento aos sinais dos tempos e sobretudo respeita os tempos de Deus.
Padre Alberione foi profeta nesta última concepção do termo; muito sensível às mudanças que se aproximavam e capaz de indicá-las com precisão; mas consciente de que "não se deve forçar a mão de Deus: basta vigiar, deixar-se conduzir"; "agir tão naturalmente, de modo a não distinguir entre a graça e a natureza, mas contando certamente com uma e outra..." (AD 43-44).
Padre Alberione se coloca, com todo o direito, no universo dos profetas, que não apontam o dedo para ameaçar castigos ou denunciar somente os abusos mas edificam, acolhendo o impulso do Espírito, sem derramar lágrimas estéreis: "as lágrimas estéreis sobre os males presentes não dão glória a Deus nem proporcionam bem aos homens, não! Faça, você também, alguma coisa" (CISP 1309).
Onde está, pois, a novidade de sua intuição apostólica? Ela surge, com energia, naquilo que chamamos o seu carisma específico: a evangelização através "dos meios mais rápidos e eficazes" no espírito do apóstolo Paulo.
1. Como Paulo: ter tomado Paulo como inspirador da missão, já é um grande sinal profético. Paulo é o homem do Concílio de Jerusalém, o profeta da grande mudança da Igreja primitiva, que leva a romper as cadeias do legalismo judaico, para caminhar em direção a todos os povos. É assim o libertador do cristianismo.
Padre Alberione, na trilha de Paulo, sem estardalhaço, indica à Igreja, com as suas intuições carismáticas, como superar o complexo que a aflinge, fazendo-a viver em estado de defesa. Que deixe de lamentar-se, passando à ofensiva "com novo impulso missionário" (AD 19) para recuperar, com novos métodos e novos meios, as massas que se afastaram da Igreja, de Cristo, e talves de Deus. Portanto, não deixar somente para os adversários o uso maciço dos novos meios de comunicação, mas utilizá-los para o evangelho. Padre Alberione foi, para nós, uma imagem de Paulo vivo na atualidade, colocando os meios de comunicação social ao serviço do evangelho.
2. Com a Igreja: uma sensibilidade especial o conduziu, não somente a sempre acolher as instâncias do Magistério da Igreja, como também a intuir as exigências profundas do homem de hoje. Aqui, adquire plena originalidfade a sua intuição espiritual, que coloca como fundamento da sua multifome instituição: viver o Cristo integral para comunicá-lo ao homem de hoje, tal como se apresentou no Evangelho e como foi vivenciado por São Paulo.
Encontra, na sua ação, a resposta às solicitações dos papas, que indicam na história as necessidades do homem e incentivam as energias vivas da Igreja:
  • de Leão XIII retoma a doutrina social, a proposta de Cristo Caminho, Verdade e Vida e a oposição entre imprensa e imprensa;
  • de Pio X, retoma o sentido da pastoral, a volta às fontes: bíblia e liturgia, a dedicação à Igreja e ao papa; o lema: instaurar tudo em Cristo;
  • de Pio XI, retoma as missões, a vida leiga organizada, a formação cientifica de seus filhos;
  • de Pio XII, retoma a atenção aos novos problemas do mundo, aos novos meios de comunicação social, o direcionamenteo para os intelectuais e para a necessidade de integrar todos os valores em Cristo;
  • o Concílio, do qual participa com a oração, o silêncio, o sofrimento, confirma muitas de suas principais intuições
Fonte: Catequese Paulina - fichas referentes ao conteúdo específico da formação paulina

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Pelo passado obrigada, pelo futuro sim!

Tinha 17 anos quando acolhi o convite de Jesus a segu-lo mais de perto entre as Irmãs Apostolinas. Era um convite que me fascinava, mas que, ao mesmo tempo, era obscuro, misterioso.
Com 21 anos fiz a minha profissão religiosa, disse o meu "sim", um sim generoso e aberto ao futuro, que deixava a Deus a possibilidade de dispor de minha vida.
Hoje, aquele convite permanece ainda misterioso, mas não mais obscuro. Assumiu um rosto nas várias proposts que Deus me fez ao longo destes anos, às quais procurei dar a minha resposta.
Aquele convite me trouxe até o Brasil, onde continuo repetindo o meu sim ajudando os jovens no seu caminho vocacional.
É bonito acompanhar os jovens que estão construindo sua vida e precisam de uma mão amiga.
É com gratdão que me dirijo a Deus por tudo aquilo que realizou em mim.
E agradeço também todas as pessoas que, neste tempo, encontrei no meu caminho, que foram "sinais" da presença e da ternura de Deus e me ajudaram a dar uma resposta mais verdadeira e coerente.
Ir. Teresa Boschetto, ap

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Oração Vocacional

“Senhor da Messe e Pastor do rebanho, faze ressoar em nossos ouvidos teu forte e suave convite: ‘Vem e Segue-me’! Derrama sobre nós o teu Espírito, que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir tua voz. Senhor, que a Messe não se perca por falta de operários. Desperta nossas comunidades para a Missão. Ensina nossa vida a ser serviço. Fortalece os que desejam dedicar-se ao Reino na diversidade dos ministérios e carismas. Amém”

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A consciência vocacional em pe. Alberione

Por ocasião da primeira Exposição Vocacional realizada no Seminário de Alba , pe. Alberione fala da formação da consciência vocacional como meio dos meios para o trabalho vocacional: «Meios para as vocações. São muitos, mas o meio dos meios é formar em si uma consciência vocacionária, iluminada, profunda, operosa». Estas palavras, pronunciadas na cidade onde o jovem Alberione recebeu aquela luz particular da Hóstia que lhe revelou seu chamado pessoal, e no lugar onde foi formado nos permite fazer um breve memorial de como amadureceu nele aquela viva consciência vocacional, depois capaz de orientar vocacionalmente toda a sua vida.
O bem-aventurado Tiago Alberione soube responder com fidelidade aos muitos apelos de Deus, sempre vigilante e atento a perscrutar os sinais dos tempos. Relendo a presença fiel de Deus em sua vida, soube reconhecer os momentos de luz e maior graça que o guiaram a compreender sua vocação.
Provocado pelas orientações eclesiais do papa Leão XIII e suas reflexões sobre as questões sociais , na noite da passagem do século transcorrida em adoração (1900-1901), teve maior compreensão da missão à qual era chamado. O convite de Jesus - “Vinde a mim, todos vós” (Mt 11,28) - motivou o empenho de sua resposta: «Sentiu-se profundamente obrigado a preparar-se para fazer uma coisa pelo Senhor e pelos homens do novo século com quem iria viver» . Mesmo consciente da própria nulidade, ele percebeu a presença do Senhor que lhe dava segurança infundindo-lhe a certeza de «que em Jesus-Hóstia se podia ter luz, alimento, conforto, vitória sobre o mal».
Esta obrigação se tornou tão central que se fixou na mente e no coração, tanto que orientou «sempre os pensamentos, a oração, o trabalho interior, as aspirações» . O seu olhar compassivo frente à realidade social e eclesial o levava a compreender que «nenhuma riqueza maior se pode dar a este mundo pobre e orgulhoso do que Jesus Cristo […] Caminho, Verdade e Vida».
Por meio de sua experiência vocacional, pe. Alberione testemunha como seja necessário o tempo de um «amadurecimento sereno, calmo, das coisas a serem feitas» e um confronto aberto com quem acompanha no caminho espiritual , para conseguir a concretização de tudo o que se compreende ser a vontade de Deus. Para ele, o discernimento da vontade de Deus se realizou sempre numa «dupla obediência: inspiração aos pés de Jesus-Hóstia confirmada pelo Diretor Espiritual; e ao meso tempo na vontade expressa pelos Superiores eclesiásticos». A atenção à história, à vida eclesial e social, se tornaram para ele experiências que, «meditadas diante do Santíssimo Sacramento» , foram «escola e orientação», até se tornar resposta ativa para o bem de muitos.
A consciência vocacional de pe. Alberione se expressou posteriormente na direção espiritual a muitas pessoas, empenhando seja no ministério pastoral como vice-pároco em Narzole e na direção espiritual no Seminário de Alba. Esse cuidado vocacional continuou na obra de fundação de cada Instituto da «admirável Família Paulina». Suas qualidades humanas e espirituais, atestadas seja por seus superiores como também pelas pessoas por ele orientadas – e entre estas as Apostolinas que o conheceram e foram pessoalmente orientadas por ele no colocar bases sólidas na fundação de nosso Instituto por todas as vocações – testemunham sua atenção personalizada a cada um e a orientação clara à santidade, por meio de uma sólida formação espiritual nutrida pela palavra de Deus e pela Eucaristia; de uma devoção sincera à Rainha dos Apóstolos e a São Paulo; do amor incondicional ao apostolado paulino e da capacidade de entusiasmar em direção a este.
Não faltaram, contudo, momentos de dúvidas e dificuldades na história fundacional da Família Paulina. O constante abandono ao Senhor e a confiança em sua Providência, se tornaram paz e segurança interior: «certo dia, orando, teve uma certa luz: “Você pode enganar-se, mas eu não me engano. As vocações vêm só de mim, não de você: este é o sinal externo deque estou com a Família Paulina”».
Nessa perspectiva, o amadurecimento de sua consciência vocacional alcançou profunda sensibilidade no compreender e transmitir que o homem pode dar-se todo a Deus somente se corresponde com tudo de si à ação da graça. Por isso, pe. Alberione insiste sobre a necessidade do desenvolvimento integral da personalidade, como única possibilidade para responder plenamente à vocação pessoal. Só o encontro com Cristo permite a cada um encontrar e expressar a própria identidade: «Todo o homem em Jesus Cristo, para um amor total a Deus: inteligência, vontade, coração, forças físicas».
O olhar compassivo de pe. Alberione, capaz de verdadeira escuta da vontade de Deus frente às necessidades mais urgentes da humanidade de seu tempo, torna-se para nós Apostolinas olhar vocacional de amor. Este nos faz experimentar a mesma compaixão de Jesus para com quem perdeu o rumo (cf Mt 9,36; 11,28; 14,14; Lc 7,13) e nos faz sentir «obrigadas a nos preparar para fazer alguma coisa pelo Senhor e pelos homens de nosso tempo”. Pe. Alberione mesmo nos indica também aonde orientar o nosso olhar: «Não existe, por quanto eu saiba, estudo mais necessário, mais delicado, e trabalho mais importante e contribuição maior à humanidade e à Igreja que a orientação à vida. E exatamente aquela orientação da vida daqueles que são chamados para Deus». Mas, sobretudo, nos convida cada dia a compreender como manter vivo este olhar: «O primeiro elemento que constitui a consciência vocacionária que nós estamos pedindo e esperando do Senhor, e que ele a crie em nós, é o espírito de fé, muita fé, para compreender o que significa dizer salvar as almas, o que significa uma alma que se perde. O segundo: crer que o Senhor destina pessoas em particular a se ocupar das vocações... A vossa é a vocação para todas as vocações [...] Terceiro: amor profundo de todo o ser às almas, pelas quais desejamos buscar quem as salve. É necessário consumir a vida e oferecê-la pelas vocações».



Trechos do Documento Final 3º Capítulo Geral - Irmãs Apostolinas

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Os 10 Mandamentos do Missionário

Escutar: capacidade de ouvir de verdade, dialogar, adaptar-se a outros costumes, diferentes modos de pensar, reconhecendo os valores. Deve ter profunda convicção de sua fé, respeitar os outros e não se julgar dono da verdade

Acolher: considera a pessoa centro de tudo, valoriza o acolhimento e simplicidade dos pobres, como Jesus gosta de estar no meio do povo.

Solidarizar-se: tem grande sensibilidade, senso de justiça, desejo de verdade. Reconhece que os pobres são os preferidos de Jesus. Sem paternalismo assume as dores e esperança do povo.

Resistir: aguenta os desafios, enfrenta as dificuldades, assume as lutas necessárias, está sempre disponível sem jamais desistir.

Esperar: tem paciência consigo mesma, com os outros, com a vida, com a caminhada do povo. Faz sua parte e espera com paciência os resultados.

Acreditar: tem profunda fé no Deus da vida, sabendo que sem fé, não há evangelização, e que é da fé que brota a paixão pelo Reino de Deus

Amar: tem profundo amor a Deus, reconhecendo sua presença nos pobres, nos que sofrem, nos quais consola e promove

Orar: a oração alimenta a fé e a missão, coloca agente em sintonia com Deus. A escuta da Palavra e a oração garantem a perseverança.

Assumir a cruz: a missão nasce e cresce aos pés da cruz: “quem quiser me seguir, pegue sua cruz e me siga”. A cruz é compromisso e fonte de alegria. Não há missão sem cruz

Ser coerente: a credibilidade da pessoa esta no testemunho de vida. O papa Paulo VI dizia: “as pessoas ouvem muito mais as testemunhas do que os mestres”. O que a gente é fala mais do que agente diz.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Os amigos

Um homem, seu cavalo e seu cão, caminhavam por uma estrada. Depois de muito caminhar, esse homem se deu conta de que ele, seu cavalo e seu cão haviam morrido num acidente. Às vezes os mortos levam tempo para se dar conta de sua nova condição...A caminhada era muito longa, morro acima, o sol era forte e eles ficaram suados e com muita sede. Precisavam desesperadamente de água. Numa curva do caminho, avistaram um portão magnífico, todo de mármore, que conduzia a uma praça calçada com blocos de ouro, no centro da qual havia uma fonte de onde jorrava água cristalina.O caminhante dirigiu-se ao homem que numa guarita, guardava a entrada. - Bom dia, ele disse.- Bom dia, respondeu o homem.- Que lugar é este, tão lindo? ele perguntou.- Isto aqui é o céu, foi a resposta..- Que bom que nós chegamos ao céu, estamos com muita sede, disse o homem.- O senhor pode entrar e beber água à vontade, disse o guarda, indicando-lhe a fonte.- Meu cavalo e meu cachorro também estão com sede.- Lamento muito, disse o guarda.- Aqui não se permite a entrada de animais.O homem ficou muito desapontado porque sua sede era grande. Mas ele não beberia, deixando seus amigos com sede.Assim, prosseguiu seu caminho. Depois de muito caminharem morro acima, com sede e cansaço multiplicados, ele chegou a um sítio, cuja entrada era marcada por uma porteira velha semi aberta. A porteira se abria para um caminho de terra, com árvores dos dois lados que lhe faziam sombra.À sombra de uma das árvores, um homem estava deitado, cabeça coberta com um chapéu, parecia que estava dormindo.- Bom dia, disse o caminhante.- Bom dia, disse o homem.- Estamos com muita sede, eu, meu cavalo e meu cachorro.- Há uma fonte naquelas pedras, disse o homem e indicando o lugar.- Podem beber a vontade.O homem, o cavalo e o cachorro foram até a fonte e mataram a sede.- Muito obrigado, ele disse ao sair.- Voltem quando quiserem, respondeu o homem.- A propósito, disse o caminhante, qual é o nome deste lugar?- Céu, respondeu o homem.- Céu? Mas o homem na guarita ao lado do portão de mármore disse que lá era o céu!- Aquilo não é o céu, aquilo é o inferno.O caminhante ficou perplexo.- Mas então, disse ele, essa informação falsa deve causar grandes confusões.- De forma alguma, respondeu o homem. Na verdade, eles nos fazem um grande favor. Porque lá ficam aqueles que são capazes de abandonar seus melhores amigos..."

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Leitura Orante - Vocação e missão de Moisés Ex 3,1-15

Preparação: Coloco-me na presença de Deus, tranqüilizo-me, respirando profundamente.
A vida de Moisés se divide em 3 épocas:
1ª) sua formação no Egito,
2ª) sua vida oculta na terra de Madiã,
3ª) já na sua "terceira idade", a atividade ao frente do seu povo. Em toda idade, Deus nos convida a viver na Sua presença.
Composição de lugar: Imagino um deserto no Oriente Médio. Moisés foi "além do deserto". Eu também posso "ir além" dos desertos de minha vida atual. "E existem tantas formas de deserto... Há o deserto da obscuridão de Deus, do esvaziamento das almas que perderam a consciência da dignidade e do caminho do ser humano..."(Bento XVI).
Petição: Peço a graça de experimentar a presença do Senhor: "Mostra-me teu Rosto!"
Primeiro ponto (Ex 3,1-6) - A Teofania: Deus irrompe na vida de Moisés no meio da sua vida cotidiana. Quais são os lugares habituais do meu encontro com Deus? "Moisés! Moisés!" (Ele conhece meu nome). "Eis-me aqui!" (Moisés responde com disponibilidade). "Não te aproximes! Tira as sandálias dos pés, porque o lugar onde estás é uma terra santa" (Seja simples, não enfeite, não complique sua oração. A manifestação de Deus suscita em Moisés atitudes de respeito e de temor (Moisés cobre o rosto).
Segundo ponto (Ex 3,7-12): A missão justifica-se pela situação de opressão do povo e pela vontade libertadora de Javé, que vê, escuta e conhece o sofrimento dos oprimidos. Moisés deve ir ao faraó e tirar os israelitas do Egito. À objeção ou resistência de Moisés, Deus responde prometendo assistência ("Eu estarei contigo"). Javé escuta o clamor dos filhos de Israel (Deus me ouve).
Terceiro ponto: (Ex 3,13-15): Revelação do Nome de YHWH (Adonai, o Senhor). Moisés apresenta a possível objeção do povo a sua missão, como pedido de um sinal ou garantia da mesma ("Qual é o seu nome?"). Javé responde: "Eu Sou Aquele que Sou" (ou "Eu Sou Aquele que Serei" convosco, Aquele que vos acompanhará, ao longo do deserto, até a Terra Prometida). Deus confia a Moisés este nome inefável, numa prova de rara intimidade. A experiência religiosa profunda de Moisés transcende a própria missão de libertação político-social de Israel. O conhecimento do nome divino têm o valor de investidura ou consagração solene de Moisés para o cumprimento de sua missão.
Reflexão: Moisés será sempre, aos olhos de Israel, o profeta por excelência (cf Os12,14), o mediador da Aliança entre Javé e o povo eleito, o amigo íntimo de Deus (Ex 33,11; Nm 12,6-8). A nota dominante da sua personalidade é a perseverança. A fé cristã vê nele a figura de Cristo e o modelo de toda vocação de serviço aos outros. Os povos do Terceiro Mundo e todos os pobres redescobrem no episódio do Êxodo, as exigências da libertação. Como Moisés, muitos homens e mulheres entregam sua vida para construir um mundo mais justo, ainda que eles, pessoalmente, não cheguem nunca a entrar nessa "terra prometida" (cf Dt 34,1-5).
Colóquio: Termino a oração, adorando a presença (ou a saudade) de Deus, na natureza, na História Sagrada e na vida cotidiana; em mim e nos meus irmãos e irmãs. Obrigado, Senhor!
Faço uma breve revisão e anoto no caderno o que desejo conservar desta oração.

Pe. Luis González-Quevedo, SJ
luisquevedosj@vilakostkaitaici.org.br

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Mensagem do papa aos participantes do 2º Congresso Continental de Vocações da América Latina

O papa Bento XVI enviou uma mensagem aos participantes do 2º Congresso Continental de Vocações da América Latina, que acontece na cidade costarriquenha de Cartago, de 31 de janeiro a 5 de fevereiro.
Destacando o tema do encontro "Mestre, pela tua palavra lançarei as redes", o papa diz que os agentes da Pastoral Vocacional da Igreja na América Latina e Caribe são chamados a fortalecer a pastoral vocacional, "a fim de que os batizados se tornem discípulos e missionários de Cristo nas circunstâncias atuais dessas amadas terras".
Bento XVI ressalta também que tal Congresso pretende seguir o impulso missionário promovido na 5ª Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, realizada em Aparecida (SP).

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Congresso Continental de Vocações da América Latina acontece na Costa Rica

Teve início no dia 31 e segue até o próximo sábado, 5 de fevereiro, o 2º Congresso Continental de Vocações da América Latina, realizado em Cartago, na Costa Rica. O objetivo central do encontro é reforçar a cultura de vocações para o batizado ser incentivado a buscar a vocação de ser discípulo e missionário de Cristo, nas circunstâncias atuais do continente.
Convocado pelo Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) através do Departamento de Vocações, com coordenação da Conferência Episcopal da Costa Rica, o encontro, que reúne 400 pessoas, é uma resposta aos desafios impostos pelo Documento de Aparecida (DAp) e destina-se a estimular a reflexão dos participantes sobre a importância da vocação e dar força ao processo de discernimento. O assessor da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, padre Reginaldo de Lima, participa do encontro.
O bispo auxiliar de Guadalajara e secretário geral do Celam, dom José Leopoldo González González, disse que o encontro é importante para lembrar que todos têm uma vocação específica e que estão destinadas a ela. “O encontro é importante para voltar à natureza da vocação e reconhecer que estamos destinados a uma vocação específica com o objetivo da santidade. O discernimento vocacional é essencial para fortalecer e renovar-nos para que possamos contagiar outras pessoas através do testemunho de vida”, sublinhou o bispo.
Fonte: site CNBB