quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A história da atriz que beijou Elvis mas preferiu virar freira

Primeira mulher a beijar Elvis Presley nos cinemas, Dolores Hart, é atualmente madre superiora da Ordem Beneditina e há 50 anos vive em clausura, nos Estados Unidos. Ex-atriz, a freira esteve na premiação do Oscar em 2012 para prestigiar o documentário que conta a história de sua vida "God is the bigger Elvis".
Dolores Hart entrou para o convento aos 25 anos de idade, na década de 60, após um convite de um amigo para que ela descansasse, depois de uma peça na Broadway, numa cabana no convento católico, Regina Laudis, em Connecticut, nos EUA. E ela não quis mais voltar à vida de estrela! As freiras, no entanto, não aceitaram a jovem de imediato: Dolores esperou três anos para ingressar na clausura. Antes, ela terminou um noivado de cinco anos com o arquiteto inglês, Don Robinson – que jamais casou e morreu ano passado, logo após participar do documentário sobre a vida da freira e registrar que nunca encontrou outra mulher como Dolores. Hollywood detestou a decisão daquela que era comparada à famosa Grace Kelly e não demorou para os tabloides da época noticiarem que Dolores fugia para um convento afim de dar a luz a um filho ilegítimo do cantor Elvis Presley. Ela guardou silêncio e durante entrevista ao jornal New York Times respondeu sucintamente: "eles disseram isso. Mas quem me conhecia bem saiba que eu sempre fui muito católica".
A história da atriz que virou freira poderia sequer ter existido. Dolores é fruto de uma gravidez não planejada de um casal adolescente de 16 e 17 anos (Bert Hicks e Harriett Hicks) que também se tornaram atores! A notícia da gravidez de sua mãe foi uma tragédia para a família. Os pais de Dolores se divorciaram quando ela tinha apenas três anos de idade. Enviada para a casa dos avós, ela acabou indo estudar em uma escola católica e, aos 10 anos, converteu-se ao catolicismo.
Fonte: Folha UOL

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Oração da pessoa livre

Tua presença está gravada em cada fibra de meu ser. 
E teu amor transborda os limites de minha humana realidade. 
Sabes, como ninguém, quando sou fiel ou infiel a mim mesmo; 
e somente sob a luz do teu olhar o ser humano 
pode chegar a saber algo sobre a verdade de seu ser.
A que dimensão da minha existência 
dirigirei o olhar que não cegue o esplendor de teu mistério?
Para onde poderei fugir da profundeza de ti, que me invade? 
Se vôo nas asas da contemplação, és tu o êxtase que me surpreende; 
se o desânimo ou a depressão cravam suas frias garras nos ombros da minha alma, 
ali me aguardas tu, lembrando-me que todo mal tem limites. 
Se com fervor e entusiasmo me entrego à minha obra diária de continuar tua criação,
 tu me sorris na alegria da obra acabada; se perturbado pela sede ou a fadiga chego a dizer: 
"Minha vida não tem sentido, pois o fracasso mordeu a raiz do meu agir no mundo",
neste momento mesmo tu avivas em mim uma brasa de esperança 
partilhando com teu amor minhas horas difíceis. 
Eu te agradeço tua forma respeitosa de ser meu Deus 
e minha premente necessidade de ser criatura tua.
Conhecias as metas de minha vida antes que eu fosse concebido. 
Meus temores, retrocessos e contradições, 
minhas traições e covardias faziam parte deste avançar no ventre do mistério 
do qual tu me haverias de chamar para um novo e definitivo nascimento.
Meus dias estavam sob teus desígnios de liberdade, 
tecendo uma grinalda de louvores à tua sabedoria.
Quão inútil me seria querer compreender-me a mim mesmo! 
Que tolice pretender ser o autor do meu próprio destino! 
Quando é tão evidente que o ser humano não possui as chaves de seu projeto vital e
com frequência age contra a sua mais feliz realização.
Guia-me, Senhor, até que consiga escapar do meu eu fracionado disperso 
e minha vida floresça em cantos de comunhão e de unidade. 
Que a utilidade e a beleza do meu peregrinar por este mundo 
seja unicamente ajudar os meus irmãos a ler em suas vidas a obra do teu amor, 
que trabalha sem violentar no escondido de seus corações.
Seja esta minha súplica definitiva: 
"Se alguma vez tu deixares de ser o desejo de todas as batidas do meu coração, 
abrasa-me com tua presença escrita em cada fibra do meu ser".
Fonte: Viver e conviver, pe. Canísio Mayer

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

"Maria foi discípula, depois Mestra" - Pe. Alberione

Em outubro, mês mariano e missionário, podemos refletir sobre a relação do Bem Aventurado Tiago Alberione com Maria, a primeira discípula de Jesus Mestre. Esta relação foi tecida ao mesmo tempo de devoção, reflexão e ação.
O título que mais amou e propagou foi o de Maria, Rainha dos Apóstolos. Na realidade, este título era inseparável de outros dois: Maria Mãe e Mestra.
Tratava-se de uma herança recebida de Leão XIII, que na encíclica Adjutricem popoli christiani (Auxiliadora do povo cristão – 05/09/1895) havia declarado que a partir do Cenáculo Maria aceitou e cumpriu a sua missão de ajudar «admiravelmente os primeiros fiéis com a santidade do seu exemplo, com a autoridade dos seus conselhos, com a doçura dos seus incentivos, com a eficácia das suas orações, tornando-se assim verdadeiramente mãe da Igreja e mestra e Rainha dos Apóstolos, aos quais comunicou também aqueles divinos oráculos que ela “conservava ciosamente no seu coração”»
Para expor seu pensamento sobre o discipulado de Maria, Alberione recorre a uma esplêndida pagina do livro Jesus Mestre, do Padre João Roatta, ao falar da prova de sensibilíssima devoção ao Fundador expressa no Santuário-Basílica Rainha dos Apóstolos, consagrado na conclusão do Ano Mariano, em 1954:
“A função da Virgem-Mãe é aquela de fazer nascer e formar gradualmente Jesus também em todos aqueles que devem “tornarem-se conformes à imagem do seu Filho”. Maria nos está diante como Mãe e Mestra, para nos oferecer um ensaio maravilhoso de como se torna verdadeiros “discípulos” de Cristo, e para nos guiar a construir a pessoa segundo a forma do Verbo.
Maria de fato é o exemplar supremo do discipulado, como nos afirma claramente Santo Agostinho: «Para Maria valeu mais o ser discípula de Cristo do que o ser sua Mãe; foi para ela coisa mais feliz o ser discípula sua do que ser Mãe. Por isso Maria era bem-aventurada, porque também, antes de dá-lo à luz, havia carregado em seu seio o Mestre».
É um pensamento que será amplamente desenvolvido por São Bernardo, para nos guiar a estudar as admiráveis disposições da “discípula” perfeita do Altíssimo.
Exemplar perfeito do “discipulado”, Maria se torna o exemplar perfeito do “magistério” ao lado do seu Filho Jesus. Há uma viva relação entre Maria Santíssima e o Mestre da humanidade. Tornada Mãe de Cristo, após ter sido sua “discípula” perfeitíssima, ela se tornou por sua vez Mestra de Cristo, segundo a bela expressão de Santo Efrém: «Ave, ó Maria, que educaste o Cristo comunicador da vida, o Cristo misericordiosíssimo criador e formador de todo o mundo».
Numa memorável hora de adoração o Bem-Aventurado Tiago Alberione entregou a Maria o Santuário como agradecimento à Virgem pela proteção durante a guerra e fez esta oração:
“Tu, ó Maria, tens uma missão social:
Primeiro: santificaste uma casa, domicílio das virtudes domésticas; guarda a primeira sociedade que é a família.
Segundo: deste início à vida religiosa com o voto de virgindade e a observância de uma perfeita obediência e pobreza: guarda a sociedade religiosa.
Terceiro: carregaste nos braços a Igreja nascente, sociedade sobrenatural instituída pelo teu Filho Jesus: guarda a Igreja.
Quarto: a ti foi confiada a humanidade, da qual és Mãe espiritual e que deve irmanar-se numa sociedade supranacional: graças a Ti se unam os homens na verdade, caridade, justiça: guarda a sociedade das Nações.
Quinto: Em Jesus Cristo és  a Mãe da civilização, que brota do Evangelho e se realiza na obra da Igreja: guarda a verdadeira civilização”.
A descrição de quem é o apóstolo, feita pelo Bem-Aventurado Tiago Alberione, se aplica de modo especial a Maria:
“Apóstolo é quem leva Deus na própria alma e o irradia ao redor de si. É um santo que acumula tesouros, e comunica o que excede às almas. É um coração que ama tanto a Deus e os homens, e não pode mais comprimir em si quanto sente e pensa. É um ostensório que contém Jesus Cristo, e expande uma luz inefável ao redor de si. É um vaso de eleição que reversa, porque cheio demais, e de sua plenitude todos podem gozar. É um templo da Santíssima Trindade, a qual é sumamente operante; de todos os poros transpira Deus: com as palavras, as obras, as orações, os gestos, as atitudes; privadamente e em público. Agora, com este retrato, examinai o rosto de pessoas, próximas ou distantes: reconheceis nele o apóstolo? Em sumo grau, com inatingível semelhança é o rosto de Maria. Seguirá depois Paulo”
Maria é a missionária  a quem devemos imitar, amar, rogar e seguir, pois ela sempre nos levará a Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida.
Texto extraído do retiro pregado por Pe. Antonio F. da Silva, ssp, 
em maio de 2011 aos Institutos Paulinos de Vida secular Consagrada.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

O Papa convoca Sínodo Extraordinário sobre os desafios pastorais da família

O Papa Francisco convocou a celebração da III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, de 5 a 19 de outubro de 2014 no Vaticano, para refletir sobre o tema dos desafios pastorais da família no contexto da Evangelização.
O último Sínodo ordinário se realizou de 7 a 28 de outubro de 2012 no Vaticano, com o tema "A nova evangelização para a transmissão da fé cristã".
O Diretor do Escritório de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, assinalou hoje, ao referir-se ao próximo Sínodo extraordinário, que "é muito importante a convocação de um Sínodo extraordinário sobre o tema da pastoral da família".
"É assim que o Papa deseja promover a reflexão e o caminho da comunidade da Igreja, com a participação responsável do episcopado das diversas partes do mundo", assinalou.
O Padre Lombardi disse que "é justo que a Igreja se mova comunitariamente na reflexão e na oração, e que assuma as orientações pastorais comuns sobre os pontos mais importantes -como a pastoral da família- sob a guia do Papa e dos bispos".
"A convocação do Sínodo Extraordinário indica claramente este caminho", indicou.
O porta-voz do Vaticano assinalou que "neste contexto, propor soluções pastorais particulares por parte de pessoas ou entidades locais pode levar a que se corra o risco de gerar confusão. É bom fazer insistência na importância de realizar um caminho na plena comunhão da comunidade eclesial".
Fonte: Acidigital

domingo, 6 de outubro de 2013

Maria, mãe e discípula de Jesus...

Eu sustento com o silêncio a música da minha vida...
Estamos aprofundando o significado fundamental de nossa vocação, como inspiração e resposta de fé, dentro das situações concretas da vida de cada um.
Hoje, vamos meditar na vocação de Maria, mãe e discípula de Jesus e ver como ela optou radicalmente por Deus. A vocação de Maria aconteceu no fim da história do Antigo Testamento. Ela, como judia, está enraizada na tradição do povo de Israel, mas ao mesmo tempo abre seu coração e mente para a Boa Nova do Filho. Ela é a primeira discípula!
Todos carregamos uma história pessoal e social que pode transformar-se, também, em história de salvação. Como as mariposas são atraídas inevitavelmente pela luz dos holofotes, assim também nós fomos cativados pela pessoa e a proposta do Senhor Jesus! Maria também!
Nossa Senhora é paradigma, exemplo perfeito, de todas as vocações; ela respondeu generosamente à proposta de Deus. Faça-se em mim a sua Palavra!... E, desse modo respondia ao convite de Deus.
Maria de Nazaré, filha de Joaquim e Ana, foi uma jovem em idade de opção. Quando muitos vizinhos, jovens como ela, eram definidos pelas circunstâncias familiares e sociais, Maria saiu do anonimato e decidiu firmemente fazer a vontade de Deus de uma outra forma. Só com o olho do Espírito, percebemos a vida em profundidade, de uma outra forma, onde tudo é dom e presença de um Deus apaixonado.
O Deus misericordioso que um dia chamou Maria o faz, hoje, com você
Deus fala de muitas formas, mas geralmente o faz através dos acontecimentos da vida e de pessoas que passam gratuitamente ao nosso lado. Quando Deus chama, o nosso coração se perturba, mas logo se aquieta, pois não fostes vós que me escolhestes, mas eu que vos escolhi... E essa palavra reconforta e dá segurança. 
Maria também foi convidada a viver na fé. Sua sensibilidade reage espantada diante da sublime proposta: Salve, cheia de graça, o Senhor está contigo!...Quando Deus se aproxima e entra em nosso ser, tudo fica iluminado, e Ele ocupa plenamente nossos espaços psíquicos e emocionais. Precisamos discernir nossas inspirações e desejos, para responder com generosidade aos seus apelos. E, oxalá possamos também dizer como Maria: Eis-me aqui! Que queres que eu faça?...
Jesus nos chama para estarmos com ele e na sua companhia; só depois nos envia em missão, para anunciar que Ele vive e nos ama, como o Pai. Não temas! Se você foi chamado, ele estará sempre ao seu lado. Para Deus nada é impossível!
Nosso mundo precisa experimentar e perceber mais esta presença libertadora do Senhor nos seus escolhidos
Maria disse SIM à proposta de Deus. Um SIM decidido, como discípula, colocando-se a serviço dos outros, sem nada exigir, sem nada cobrar. E você, como vai responder? Você responde 'sim' e 'não' ao mesmo tempo? Sempre admirei os que, sem nada regatear, se colocaram a serviço dos outros. 
Hoje, mais do que nunca, o mundo precisa de pessoas generosas e decididas. 
Uma pergunta: que tipo de discípulo é você? 

Pe. Ramón F. de La Cigoña, sj

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

A Igreja que é santa não é somente dos "puros" e está aberta aos mais afastados, diz o Papa

A Igreja é Santa porque sua origem é Deus que é santo e a ela pertencem não somente os "puros", mas também todos os pecadores, inclusive aqueles que estão mais afastados, disse nesta manhã o Papa Francisco na audiência geral que presidiu na Praça de São Pedro ante 50 mil pessoas.
Refletindo sobre o Credo, concretamente na parte em que se diz que a Igreja é Santa, o Santo Padre disse que "vocês poderiam dizer-me: mas a Igreja é formada por pecadores, vemos isso todos os dias. E isto é verdade: somos uma Igreja de pecadores; e nós pecadores somos chamados a deixar-nos transformar, renovar, santificar por Deus. Houve na história a tentação de alguns que afirmavam: a Igreja é somente a Igreja dos puros, daqueles que são totalmente coerentes e os outros seguem afastados. Isto não é verdade! Isto é uma heresia!".
"A Igreja, que é santa, não rejeita os pecadores; não rejeita todos nós; não rejeita porque chama todos, acolhe-os, está aberta também aos mais distantes, chama todos a deixar-se envolver pela misericórdia, pela ternura e pelo perdão do Pai, que oferece a todos a possibilidade de encontrá-Lo, de caminhar rumo à santidade... Alguém de vocês está aqui sem os próprios pecados? Alguém de vocês? Ninguém, nenhum de nós. Todos levamos conosco os nossos pecados".
A consciência da santidade da Igreja, explicou o Papa Francisco, "esteve presente desde o começo na consciência dos primeiros cristãos, que se chamavam simplesmente 'os Santos' porque tinham a certeza que é a ação de Deus, o Espírito Santo que santifica a Igreja".
Mas, perguntou-se, "em que sentido a Igreja é santa se vemos que a Igreja histórica, em seu caminho ao longo dos séculos, teve tantas dificuldades, problemas, momentos sombrios? Como pode ser santa uma Igreja feita de seres humanos, de pecadores? Homens pecadores, mulheres pecadoras, sacerdotes pecadores, irmãs pecadoras, bispo pecadores, cardeais pecadores, Papa pecador? Todos. Como pode ser santa uma Igreja assim?".
A Igreja é Santa porque "procede de Deus que é santo, lhe é fiel e não a abandona em poder da morte e do mal. É santa por que Jesus Cristo, o Santo de Deus, está unido de forma indissolúvel a esta; é santa porque é guiada pelo Espírito Santo que purifica, transforma, renova. Não é santa pelos nossos méritos, mas porque Deus a torna santa".
Na Igreja, o Deus que encontramos "não é um juiz implacável, mas é como o Pai da parábola evangélica... O Senhor nos quer parte de uma Igreja que sabe abrir os braços para acolher todos, que não é a casa de poucos, mas a casa de todos, onde todos podem ser renovados, transformados, santificados pelo seu amor, os mais fortes e os mais frágeis, os pecadores, os indiferentes, aqueles que se sentem desencorajados e perdidos. A Igreja oferece a todos a possibilidade de percorrer o caminho da santidade, que é o caminho do cristão".
Para concluir o Papa exortou a não ter medo "da santidade, não ter medo de sonhar alto, de deixar-se amar e purificar por Deus... Deixemo-nos contagiar pela santidade de Deus. Todo cristão é chamado à santidade; e a santidade não consiste antes de tudo em fazer coisas extraordinárias, mas no deixar Deus agir. É o encontro da nossa fraqueza com a força da Sua graça".
Fonte: Aci digital