quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Meu Deus, se os homens te conhecessem!

Durante o processo de beatificação de Santo Inácio de Loyola, um senhor se apresentou e declarou que, na sua adolescência, havia conhecido o homem de Deus. Que este ficara hospedado em sua casa e dividido o quarto com ele. Chegada a hora de deitar, Inácio lhe dissera:
- João, vai dormir, que eu tenho ainda algo para fazer
O rapaz se deitava e fingia dormir, mas contemplava admirado como seu companheiro de quarto ficava rezando, ajoelhado, durante várias horas. A única coisa que ele conseguia escutar do santo eram estas palavras:
- Meu Deus, meu Deus, se os homens te conhecessem!
Eram palavras que ele não esqueceu depois de tantos anos. Elas expressam o desejo que invadia o coração daquele homem convertido. Um desejo parecido explica a dimensão missionária da Igreja e a vida de tantos cristão que conhecemos.
Este "conhecer" por dentro Jesus Cristo deveria ser a tarefa primordial de todos nós, a nossa súplica constante e a fonte de toda sabedoria. "Dar conhecer" a Jesus é a missão fundamental da Igreja e de todo batizado. Quando este "conhecimento" fica descuidado, formal ou apenas racional a qualidade de vida cristã se enfraquece ou morre.
São João da Cruz se lamentava de que Cristo fosse muito pouco conhecido, mesmo pelo que se diziam seus amigos. E Santa Teresa de Ávila queria "trazer sempre diante dos olhos seu retrato e imagem, já que não o posso trazer esculpido na minha alma como eu gostaria".
É bom experimentar a alegria de ver Jesus Cristo conhecido e amado por tantas pessoas e culturas! Essa experiência nos anima e estimula a evangelizar.
Manuel E. Iglesias, sj
Extraído do livro: Onde estás, Senhor?

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