quinta-feira, 16 de junho de 2011

Jesus e as vocações

A quem Jesus procurou preferencialmente? Os pobres. Ele se apresentou manso e humilde; não fazia barulho ao seu redor, fugia sempre das homenagens e dos aplausos.
Jesus teve com os apóstolos muita paciência. Mostrava a doutrina mais sublime com grande simplicidade, adaptava-se à inteligência daqueles que o ouviam. O apostolado é um serviço: as falhas são nossas, o bem é feito pelos outros.
Estudemos bem o apostolado de Jesus. O espírito de apostolado é bem diverso do que se pensa geralmente; muitos não dão frutos por quê? A razão é encontrada neles mesmos.
E a vida de Jesus, o seu sofrimento! Ele sentia tanta pena porque não escutavam a sua doutrina. Ele chorou sobre Jerusalém: 'Se você soubesse a graça que recebeu... Mas, você resiste'. Por quem sofrem as Apostolinas? Para obter a graça de que os chamados tenham a força de corresponder. Quantas infidelidades à vocação, não correspondências, medo do sacrifício: reparar a tudo isso compete a vós, é a vossa porção. Vocações não acolhidas, ou não perseverantes, ou que se adaptam a uma vida cômoda, ao invés de se dedicarem ao apostolado. Oferecer tudo o que se encontrar na vida de Jesus, pelas vocações. Em uma palavra: elevar-se pelas vocações, como Jesus se elevava pela humanidade.
Jesus sofreu muito pela não correspondência dos chamados, especialmente na última ceia e no Getsêmani... Mas, todos os apóstolos fugiram. Por isso, no primeiro mistério doloroso meditai sobre o que Jesus sofreu pelos que são chamados.
E nem todos os chamados vivem inocentemente: a flagelação de Jesus!
O que impede muitas vezes de seguir a vocação é o orgulho; e quantos chamados sentem dificuldades para obedecer. O orgulho pois impede a fidelidade à vocação, a prática dos apostolado: Jesus é coroado de espinhos!
Jesus ama as vocações e as toma como companheiras na sua viagem ao Calvário, como Maria. Sabe-se oferecer a vida por Jesus, segue-se a Jesus até o Calvário... Mas depois se seguirá a Jesus também no Paraíso: última parada, parada eterna. Orar pelas vocações traídas, para que caiam em si mesmas. Certas vezes é muito tarde, mas que pelo menos reparem as ofensas a Jesus.
Enfim, ser capazes de viver e morrer pelas vocações. A esposa de Cristo se associa a Maria no Calvário: "Mesmo que todos te abandonem, eu não te deixarei".
Eis como os mistérios dolorosos poderão ser rezados por vós no espírito do vosso instituto.
O cuidado de Jesus pelas vocações não terminou em sua morte de cruz, mas continuou ainda depois de sua ressurreição, e continua no céu. "Não temais, eu estou convosco até o fim do mundo".
Adquirir a ciência das vocações. Pedir luz. Compreender o quanto Jesus amava as vocações e as queria perto de si.
Distinguir as vocações e os meios para ajudá-las: é necessária uma pedagogia vocacionária, toda uma iluminação especial! Pedir uma consciência vocacionária. Sentir a responsabilidade das vocações. O diabo detesta mortalmente as vocações. A vossa oração de oferta compreende todos os pontos pelos quais deveis orar e operar de modo particular.
Viver pelas vocações. Não ficar nunca em paz. Fazer como Jesus fez. Sempre orar pelas vocações. O Senhor abençoe a cada uma e vos conceda a graça de vos tornardes eficazes na promoção e formação das vocações.
pe. Tiago Alberione às Apostolinas - Retiro de 1961

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