quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Vocação é ternura


Imagem internet
Da parte de Deus, não há chamado sem ternura!
O homem tem muitos modos de chamar, alguns deles terrivelmente cruéis, outros falsos e mentirosos, outros, ainda, humilhantes para quem é ou foi chamado.
- Vem cá!
- Faça isso! Eu tô mandando!
- Passa aqui, seu moleque!
A brutalidade e o desrespeito de certos chamados revelam o desequilibrio de quem chama e o medo de quem foi chamado.
Isso é tudo, menos vocação. Esta é algo exigente, envolvente, chega a doer lá dentro e exige rompimento e renúncias dolorosas, mas é cheia de ternura.
O Deus que chama, não força, exige mas não oprime, convida mas não engana, propões mas não impõe.
Como no caso de Jeremias, o homem tem direito de espernear, e Deus de insistir, mas a última palavra é do homem.
Como no caso do jovem rico, a última palavra é do homem. 
Como no caso dos discípulos, a última palavra é do homem.
O Todo-poderoso que chama é tão humilde que não quer ter a última palavra.
Todos os grandes vocacionados da história foram exigidos, convidados, instados ou suavemente conduzidos, mas a última palavra ficou sempre com eles.
-Quero! Não quero!
O homem raramente chama com ternura!
Deus, sim! E, porque nos ama, nos chama. E porque é terno, respeita nossas opções.
Pe. Zezinho - "A vocação de cada um" ed. Paulinas

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