quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Alberione e a missão das Apostolinas


Ao fundar as irmãs Apostolinas, pe. Tiago Alberione estava preocupado com o futuro dos jovens e assim dizia: "O problema do futuro é o problema de todo jovem, ainda mesmo quando não bem examinado e considerado, constitui fundamentalmente a preocupação de toda a pessoa. É por isso uma bela caridade ajudar aos jovens a se indagarem: 'E tu, o que farás?'. É preciso fazer compreender aos jovens que, se é importante saber escolher e adivinhar bem a própria carreira, a própria tarefa, é muito mais importante a escolha da própria vocação. Orar e iluminar as pessoas na solução deste problema fundamental é grande coisa, é uma especial bondade, é meritória caridade. Trabalhar pelas vocações significa servir a Igreja".
Pe. Alberione poderia parar seu discurso aqui com essa significativa frase, mas ele foi muito além, mostrou que é necessário: "Adquirir a ciência das vocações. Pedir luz. Compreender o quanto Jesus amava as vocações e as queria perto de si. Distinguir as vocações e os meios para ajudá-las: é necessária uma pedagogia vocacionária, toda com uma iluminação especial! Rogar a Deus uma consciência vocacional. Sentir a responsabilidade das vocações. Viver pelas vocações. Não ficar nunca em paz... É um ofício grande, o que o vosso Instituto tem, e deve ser sentido, atuado e posto em prática, com muita delicadeza. Aqui se trata das pessoas chamadas por Deus e de ajudá-las a atingir a vocação, ao estado para a qual Deus as convoca... Jesus foi o primeiro vocacionista. Basta pensar como fez e ensinou aos apóstolos. Vós deveis aprender a conhecer as vocações; quase uma habilidade especial de descobrir o caráter, as tendências, etc. E como endereçá-las, formá-las, acompanhá-las... o campo é imenso e é fundamental na Igreja, é de suma importância".
Em todas as suas meditações pe. Alberione sempre enfatizava às primeiras irmãs: "Considerai a bela vocação que Deus vos concedeu: vós tendes a missão de trabalhar por todas as vocações, colaborando com os sacerdotes, os pais, os professores, nas paróquias, nas dioceses, nas missões, etc... Vós sois como canais. O canal leva a água. A vocação parte de Deus, passa por vós, que sois os canais e chega às pessoas. No canal podem estar algumas pedrinhas: a água não passa bem. Assim, a voz de Deus não pode passar se não houver a pureza mental, pensamentos elevados".
Ao mesmo tempo que ele dizia isto via e sentia as dificuldades em responder à vocação. Por isso falava: "Por quem sofrem as Apostolinas? Para obter a graça de que os chamados tenham a força de corresponder. Quantas infidelidades à vocação, incorrespondências, medo do sacrifício: reparar a tudo isso compete a vós, é a vossa parte. Vocações não aceitas, ou não perseverantes, ou que se adaptam a uma vida cômoda, ao invés de se dedicar ao apostolado. Oferecer tudo isso que se encontrará na vida a Jesus, pelas vocações. Em uma palavra: elevar-se pelas vocações, como Jesus se elevava pela humanidade"
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Esse não é o único sofrimento das Apostolinas, existe também aquele de quem tenha dificuldade em entender a sua missão. Por isso ele as anima dizendo: "Há quem compreende um apostolado, quem mais apostolados, quem todos os apostolados... Vós tendes a vocação de todas as vocações... A vocação que o Senhor inspirou em vós, pela qual fazeis este trabalho, vos estabelece na Igreja numa posição toda providencial, porque se é belo seguir a vocação, é muito mais conduzir a ela as pessoas".

ir. Clotilde P. de Azevedo, ap

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