O leigo, sujeito na Igreja e no mundo, é o cristão
maduro na fé, que fez o encontro pessoal
com Jesus Cristo e se dispôs a segui-lo com todas as consequências dessa
escolha; é o cristão que adere ao projeto do Mestre e busca identificar-se
sempre mais com sua pessoa; é o cristão que se coloca na escuta do Espírito,
que envia à edificação da comunidade e à transformação do mundo na direção do
Reino de Deus. Tornar-se sujeito eclesial é um projeto de construção que supera
todas as formas de infantilismo eclesial que possam manter cristãos dependentes
de outrem na consciência de si mesmo e de sua missão.
A condição eclesial é dom e tarefa para todos os
cristãos, o que implica, antes de tudo, a acolhida do dom na comunidade eclesial
feita de comunhão e diversidade, de individualidades e de vida comum, de
liberdades e de compromissos. A tarefa da construção de autênticos sujeitos eclesiais
se impõe igualmente para todos os membros: como crescimento mútuo no respeito às diferenças e às regras
comuns; como busca das condições para o exercício da autonomia na edificação da
Igreja; como discernimento dos dons que cada um oferece para o serviço à
comunidade e como crescimento espiritual,
psicológico e intelectual de cada sujeito no que se refere ao aprofundamento
permanente da compreensão da fé e da realidade.
Estudos da CNBB 107, n. 49-50
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