sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Religiosas entram em campo na Copa de 2014

Elas tem tudo para vencer: trabalham em equipe, adotam estratégias convincentes e são fiéis observadoras das regras do jogo. Com cuidado, pautadas  nas orientações do Técnico por excelência, elas não querem cometer faltas e pretendem ir ao ataque para ganhar de goleada.
Mulheres?! Sim. Elas formam um time muito antes de ser pensada a Copa do Mundo no Brasil. Time formado por mulheres fortes, corajosas e altaneiras. Mulheres mais experientes, veteranas e junioras. Há muito tempo elas já treinavam no cotidiano, no campo da missão, em todas as cidades que sediam ou não a Copa do Mundo. Elas correm nas estradas, nos becos e nas vielas, fazem a musculação do coração por meio da contemplação do Mistério Divino, pegam os peso da dor  de muitos e muitas, os carregam nos próprios ombros e ganham massa física e espiritual, movidas pela paixão que têm pelo jogo a favor da  vida.  
Com os pés no chão da realidade, de olhos abertos contra os adversários, pautadas nas orientações do Técnico, contidas nas Sagradas Escrituras,  elas pretendem  alcançar a vitória.  Mas com que propósito?  Com um único propósito: a defesa da vida. Mas da vida de quem? Das meninas, adolescentes e adultas, dos homens, tantos, de todas as etnias, crenças e de diferente orientação sexual que são escravizados, impedidos de viver com dignidade, porque as suas vidas geram, ao ano, 32 bilhões de dólares para os traficantes de seres humanos. E as copas mundiais são um "prato cheio" para os traficantes. Você sabia?
São crianças indefesas adotadas ilegalmente e arrancadas do berço familiar para sempre, meninos adolescentes que,  levados para treinos esportivos, se tornam objeto de exploração sexual e escravos de seus aliciadores. Meninas e adolescentes que para obterem um pouco mais de dignidade acreditam nas promessas de realização dos sonhos e  acabam sendo exploradas e escravizadas.   
O jogo não é fácil. Precisa-se de boas e bons jogadores, de homens e mulheres que acreditam que a vida é mais forte que morte, que Ressurreição de Jesus não aconteceu por acaso, mas para dar força aos atletas da Vida e do Reino.
Por enquanto são elas, as mulheres que estão entrando em campo. Precisa-se também de homens, consagrados por causa do Reino, cristãs e cristãos comprometidos que entrem com vontade de vencer  que não tenham medo de sofrer alguma contusão, alguma lesão, algum enfarto durante a partida, por que sabem em quem colocaram a esperança, como diz o apóstolo Paulo.
O time está muito bem preparado, com regras e objetivos claros. Não há limite para o número de jogadores. Todos os que acreditam em Jesus e na sua proposta, de um Reino onde todos tenham o direito de viver com dignidade, onde todos tenham direito à mesa farta e o direito em viver em liberdade são convidados para a partida. Uns como centro-avante, outras/os como ponta de lança,  como  árbitro, outras como goleiras/os, e ainda, como defesa, meio-campo, atacante, lateral direito, lateral esquerdo, zagueiro.  Cada um pode atuar conforme os dons que lhes foram concedidos do alto. O importante é jogar sério e com responsabilidade a favor da vida.
Na arquibancada brasileira, elas contam com uma torcida organizada interessantíssima: Religiosos padres, irmãos e irmãs consagradas, de vida apostólica ou contemplativa: São 13.121 padres diocesanos, 454 bispos, 7.580 padres religiosos consagrados, 2.903 Diáconos, 2.702 irmãos religiosos consagrados, 30.528 religiosas consagradas além dos milhares de católicos que se somam ao todo em território nacional 174.780.000. E tem mais: Toda essa torcida já está preparada física e espiritualmente para entrar em campo a qualquer momento que for preciso. Ou seja, da arquibancada elas contam com a energia, a unidade e as preces de 510.834 torcedores que abraçaram o celibato e a Vida Consagrada e mais 174.269.166 católicos. Dá para imaginar essa torcida num grande e único "olé"  pela vida. Elas tem tudo para vencer.
“Jogue a favor da vida”, é o tema da  campanha lançada, de forma virtual,  essa semana,  pela Conferência dos Religiosos do Brasil, através da Rede Um grito pela vida, com o objetivo de prevenir o tráfico e exploração sexual durante a Copa do Mundo de 2014. Uma rede iniciada por um grupo de religiosas consagradas sensíveis à situação de escravidão de milhares de brasileiros e brasileiras que são vítimas do tráfico de pessoas. Hoje, a rede já conta com  a adesão de alguns religiosos consagrados que abraçaram a causa.
“É uma campanha de prevenção e informação. Material impresso com as devidas orientações do conceito de tráfico, de como se prevenir serão distribuídos nas rodoviárias, nos ônibus, nos aeroportos, nos hotéis das cidades que sediarão a Copa. Os trabalhos iniciam de 18 de maio de 2014 até final do evento”, afirmou Irmã Eurides de Oliveira, coordenadora da Rede. A Campanha acontecerá em todas as cidades-sedes da Copa do Mundo. Para maiores informações acesse o site da Rede.
Ainda de acordo com Irmã Eurides, organizações, núcleos de enfrentamento do tráfico, a Pastoral do Menor, Instituto São Tomás de Aquino dos Jesuítas de Belo Horizonte, a PUC de Minas, a Pastoral do Menor, a Universidade do Vale do Rio dos Sinos- RS (UNISINOS), a Cáritas Internacional e o Ministério da Justiça entram em campo e se  somam ao time na esperança da vitória.
Entre nesse time, você também! Jogue a favor da vida!

Como se proteger do Tráfico de Pessoas
Fique atento!
  • ·      Desconfie de casamentos arranjados por agências e promessas de trabalho com altos rendimentos ou ganhos fáceis;
  • ·         Não aceite contratos e promessas de emprego sem informações suficientes. Procure se informar com as referencias pessoais e profissionais do seu contratante;
  • ·    Se viajar para o exterior, leve sempre uma cópia autenticada do passaporte e guarde-o separadamente;
  • ·       Desconfie se alguém pedir par guardar seus documentos pessoais. Mantenha-os sempre em seu poder;
  • ·         Os consulados e embaixadas do Brasil no exterior existem para ajudar você, independente se sua situação é regular ou não;
  • ·         Tenha os números de telefones importantes à mão e aprenda a fazer ligações locais e internacionais;
  • ·         Mantenha contato constante com alguém da sua confiança no seu país de origem, informando sempre onde e com quem você está, para onde está indo quando estará de volta;
  • ·         Informe aos familiares mudanças de endereço ou de telefone.

Denuncie
Se você tem informações ou suspeitas de casos de tráfico de pessoas ou outra violação aos direitos humanos, ligue:
·         180 para a central de atendimento à mulher;
·         100, para denunciar violações aos direitos humanos.

Fonte CRB Nacional


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