Elas tem tudo para vencer: trabalham em equipe, adotam
estratégias convincentes e são fiéis observadoras das regras do jogo. Com
cuidado, pautadas nas orientações do Técnico por excelência, elas não
querem cometer faltas e pretendem ir ao ataque para ganhar de goleada.
Mulheres?! Sim. Elas formam um time muito antes de ser
pensada a Copa do Mundo no Brasil. Time formado por mulheres fortes,
corajosas e altaneiras. Mulheres mais experientes, veteranas e
junioras. Há muito tempo elas já treinavam no cotidiano, no campo da
missão, em todas as cidades que sediam ou não a Copa do Mundo. Elas correm nas
estradas, nos becos e nas vielas, fazem a musculação do coração por meio da
contemplação do Mistério Divino, pegam os peso da dor de muitos e muitas,
os carregam nos próprios ombros e ganham massa física e espiritual, movidas
pela paixão que têm pelo jogo a favor da vida.
Com os pés no chão da realidade, de olhos abertos contra
os adversários, pautadas nas orientações do Técnico, contidas nas Sagradas
Escrituras, elas pretendem alcançar a vitória. Mas com que
propósito? Com um único propósito: a defesa da vida. Mas da vida de quem?
Das meninas, adolescentes e adultas, dos homens, tantos, de todas as etnias, crenças
e de diferente orientação sexual que são escravizados, impedidos de viver com
dignidade, porque as suas vidas geram, ao ano, 32 bilhões de dólares para os
traficantes de seres humanos. E as copas mundiais são um "prato
cheio" para os traficantes. Você sabia?
São crianças indefesas adotadas ilegalmente e arrancadas
do berço familiar para sempre, meninos adolescentes que, levados para
treinos esportivos, se tornam objeto de exploração sexual e escravos de seus
aliciadores. Meninas e adolescentes que para obterem um pouco mais de dignidade
acreditam nas promessas de realização dos sonhos e acabam sendo
exploradas e escravizadas.
O jogo não é fácil. Precisa-se de boas e bons jogadores,
de homens e mulheres que acreditam que a vida é mais forte que morte, que
Ressurreição de Jesus não aconteceu por acaso, mas para dar força aos atletas
da Vida e do Reino.
Por enquanto
são elas, as mulheres que estão entrando em campo. Precisa-se também de homens,
consagrados por causa do Reino, cristãs e cristãos comprometidos que entrem com
vontade de vencer que não tenham medo de sofrer alguma contusão, alguma
lesão, algum enfarto durante a partida, por que sabem em quem colocaram a
esperança, como diz o apóstolo Paulo.
O time está
muito bem preparado, com regras e objetivos claros. Não há limite para o número
de jogadores. Todos os que acreditam em Jesus e na sua proposta, de um Reino
onde todos tenham o direito de viver com dignidade, onde todos tenham direito à
mesa farta e o direito em viver em liberdade são convidados para a partida. Uns
como centro-avante, outras/os como ponta de lança, como árbitro,
outras como goleiras/os, e ainda, como defesa, meio-campo, atacante, lateral
direito, lateral esquerdo, zagueiro. Cada um pode atuar conforme os dons
que lhes foram concedidos do alto. O importante é jogar sério e com
responsabilidade a favor da vida.
Na
arquibancada brasileira, elas contam com uma torcida organizada
interessantíssima: Religiosos padres, irmãos e irmãs consagradas, de vida
apostólica ou contemplativa: São 13.121 padres diocesanos, 454 bispos, 7.580
padres religiosos consagrados, 2.903 Diáconos, 2.702 irmãos religiosos
consagrados, 30.528 religiosas consagradas além dos milhares de católicos que
se somam ao todo em território nacional 174.780.000. E tem mais: Toda essa torcida
já está preparada física e espiritualmente para entrar em campo a qualquer
momento que for preciso. Ou seja, da arquibancada elas contam com a energia, a
unidade e as preces de 510.834 torcedores que abraçaram o celibato e a Vida
Consagrada e mais 174.269.166 católicos. Dá para imaginar essa torcida num
grande e único "olé" pela vida. Elas tem tudo para vencer.
“Jogue a favor da vida”, é o tema da campanha
lançada, de forma virtual, essa semana, pela Conferência dos
Religiosos do Brasil, através da Rede Um grito pela vida, com o objetivo
de prevenir o tráfico e exploração sexual durante a Copa do Mundo de 2014. Uma
rede iniciada por um grupo de religiosas consagradas sensíveis à situação de
escravidão de milhares de brasileiros e brasileiras que são vítimas do tráfico
de pessoas. Hoje, a rede já conta com a adesão de alguns religiosos
consagrados que abraçaram a causa.
“É uma
campanha de prevenção e informação. Material impresso com as devidas
orientações do conceito de tráfico, de como se prevenir serão distribuídos
nas rodoviárias, nos ônibus, nos aeroportos, nos hotéis das cidades que
sediarão a Copa. Os trabalhos iniciam de 18 de maio de 2014 até final do
evento”, afirmou Irmã Eurides de Oliveira, coordenadora da Rede. A Campanha
acontecerá em todas as cidades-sedes da Copa do Mundo. Para maiores informações
acesse o site da Rede.
Ainda de
acordo com Irmã Eurides, organizações, núcleos de enfrentamento do tráfico, a
Pastoral do Menor, Instituto São Tomás de Aquino dos Jesuítas de Belo
Horizonte, a PUC de Minas, a Pastoral do Menor, a Universidade do Vale do Rio
dos Sinos- RS (UNISINOS), a Cáritas Internacional e o Ministério da Justiça
entram em campo e se somam ao time na esperança da vitória.
Entre nesse
time, você também! Jogue a favor da vida!
Como
se proteger do Tráfico de Pessoas
Fique atento!
- · Desconfie de casamentos arranjados por agências e promessas de trabalho com altos rendimentos ou ganhos fáceis;
- · Não aceite contratos e promessas de emprego sem informações suficientes. Procure se informar com as referencias pessoais e profissionais do seu contratante;
- · Se viajar para o exterior, leve sempre uma cópia autenticada do passaporte e guarde-o separadamente;
- · Desconfie se alguém pedir par guardar seus documentos pessoais. Mantenha-os sempre em seu poder;
- · Os consulados e embaixadas do Brasil no exterior existem para ajudar você, independente se sua situação é regular ou não;
- · Tenha os números de telefones importantes à mão e aprenda a fazer ligações locais e internacionais;
- · Mantenha contato constante com alguém da sua confiança no seu país de origem, informando sempre onde e com quem você está, para onde está indo quando estará de volta;
- · Informe aos familiares mudanças de endereço ou de telefone.
Se você tem
informações ou suspeitas de casos de tráfico de pessoas ou outra violação aos
direitos humanos, ligue:
·
180 para a central de atendimento à mulher;
·
100, para denunciar violações aos direitos humanos.
Fonte CRB Nacional
Nenhum comentário:
Postar um comentário