O tráfico de seres
humanos refere-se exploração em consequência de violações dos direitos das
pessoas e, é uma ofensa aos direitos humanos porque oprime e escraviza a
pessoa, ferindo sua dignidade e evidenciando diversas violações de direitos
presentes na sociedade contemporânea. Esta forma de tráfico é um crime que
atenta contra a dignidade da pessoa humana, já que explora o filho e a filha de
Deus, limita suas liberdades, despreza sua honra, agride seu amor próprio,
ameaça e subtrai sua vida, quer seja da mulher, da criança, do adolescente, do
trabalhador ou da trabalhadora — de cidadãs e cidadãos que, fragilizados por
sua condição socioeconômica e/ou por suas escolhas, tornam-se alvo fácil para
as ações criminosas de traficantes.
A Igreja está intimamente solidária com as pessoas afetadas pelo tráfico humano e
comprometida com a defesa da dignidade
humana, dos direitos fundamentais e a erradicação deste crime. Pois, o tráfico
de seres humanos é uma negação radical do projeto de Deus para a humanidade. Segundo
o Papa Francisco: “O tráfico de pessoas é uma atividade ignóbil, uma
vergonha para as nossas sociedades que se dizem civilizadas!”.
Diante de um crime que clama aos
céus, como o tráfico humano, não se pode permanecer indiferente, sobretudo os
discípulos-missionários. A Conferência de Aparecida reafirmou à Igreja latino-americana
que sua missão implica necessariamente advogar pela justiça e defender os
pobres, especialmente em relação às situações que envolvem morte.
Que esta Campanha da Fraternidade
suscite, com as luzes do Espírito de Deus, muitas ações e parcerias que
contribuam para a erradicação da nossa sociedade dessa chaga desumanizante, que
impede pessoas de trilharem seus caminhos e crescerem como filhos e filhas de
Deus. Afinal, foi para a liberdade que Cristo nos libertou.
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