Você já ouviu falar do vírus da vocação? Não!!! Pois então não tome cuidado com ele, especialmente se você for
jovem. Pois, normalmente, é durante a juventude que o vírus
ataca, levando o “paciente” a procurar tratamento.
É próprio dos jovens questionar-se sobre o que é vocação. As respostas,
normalmente são muitas e diversas. O fato é que continuamente nos confrontamos
com dilemas que não são simplesmente profissionais; são dilemas que se referem
mais ao ser do que ao fazer. Para que você, amigo jovem, possa compreender um
pouco mais sobre tudo isso, basta que fique “esperto” com relação ao vírus da
vocação.
O que é o vírus
da vocação? É um vírus que ataca a todos, em especial aos, jovens. Do
ponto-de-vista psicológico, poderíamos dizer que ele se refere às
características ou aptidões individuais que cada um de nós tem para
desempenhar, com eficiência e qualidade, atividades que nos trazem realização
pessoal. As habilidades se juntam ao gosto pessoal. Assim, um tem gosto e
habilidades para ser jogador de futebol, outra para ser atriz, outro para ser
sociólogo e assim vai. Poderíamos apresentar este vírus como o gosto e as
capacidades para realizar um serviço que nos traga satisfação pessoal.
Mas podemos
pensar este vírus de uma forma mais ampla, se levarmos em conta que o ser
humano é também espiritual e, portanto, aberto ao transcendente e ao diálogo
com Deus. Neste caso, a vocação se apresenta como um encontro entre Deus e o
ser humano; Deus chama e a pessoa responde. Tendo presente que sempre que Deus
chama alguém, é para confiar-lhe uma missão, podemos dizer que este encontro
nos levará a realizar um serviço concerto no mundo, que não apenas nos traz
realização pessoal, mas que seja também um real serviço aos nossos irmãos.
É bem verdade
que nem todos, somos chamados à mesma vocação, mas cada qual é
chamado a desempenhar um papel no mundo e a deixar nele sua marca positiva na
construção da história. Para alguns de nós esse chamado de Deus é mais
comprometedor, para sermos sacerdotes, irmãos ou irmãs, missionários/as
dispostos a dar a vida na construção do Reino.
Como o vírus é
contraído? É contraído através de nossas experiências pessoais e
sociais que fazemos todos os dias, e de nossa abertura de coração à voz de
Deus. Esse chamado pode vir por caminhos diversos: acontecimentos que marcaram
nossa vida, apelos interiores através de uma voz que sussurra lá no fundo do
nosso coração, pelo convite de outras pessoas, por uma leitura da palavra de
Deus, pelo clamor do povo e outros mais. Pode ser contraído também pelo
encantamento provocado pelo mistério trinitário: o esplendor do Pai, a missão
do Filho e a força do Espírito Santo. Este vírus se instala em nosso organismo,
ou mais especificamente, em nosso
coração.
Quais os
sintomas? Os primeiros sintomas que indicam que contraímos o
vírus da vocação são: dúvida, insegurança ou uma certa angústia. Queremos
encontrar nosso caminho! Num segundo momento, estes sintomas, através da oração
e da reflexão, vão se transformando em certeza, realização, convicção,
satisfação ou uma sensação de felicidade. Sentiremos, então, uma vontade muito
grande de vivenciar o amor cristão, que se transforma em ações vitais concretas
em favor dos irmãos. Começamos a nos sensibilizar, a senti compaixão e
indignação diante do sofrimento e da angústia de nossos irmãos marginalizados,
injustiçados e excluídos da sociedade.
Qual é o
tratamento? O paciente deverá se tratar com muita reflexão e com altas
doses de entusiasmo, alegria e muita oração, alem de uma busca incessante por
sua realização existencial, tendo sempre Jesus como o grande médico. Mas não
esqueça: em caso de sérias suspeitas de vocação sacerdotal, religiosa ou
missionária, procure uma congregação que possa acompanhar e tratar seus
sintomas.
Autor Desconhecido
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