segunda-feira, 17 de março de 2014
sábado, 15 de março de 2014
Vocações no Ano do Centenário da Família Paulina

Pe. Tiago Alberione, na noite de 31 de dezembro de
1900, início do século XX, rezava na catedral de Alba, região norte da Itália. Os
pensamentos o invadiam no silêncio da noite, quando, no íntimo, ouviu uma voz
como a ouviu o profeta Elias na brisa da tarde. Assim descreve o fato, como se
tratasse de outra pessoa:
“Veio uma luz particular... E ele sentiu-se
profundamente obrigado a preparar-se para fazer alguma coisa pelo Senhor e
pelos homens do novo século”. (AD 15)
Ele bem sabia de quem vinha o apelo... Era de
Cristo que o impelia a fundar uma família religiosa cujo carisma seria
comunicar o Evangelho através dos meios de comunicação social. Deste modo
nasceu a Família Paulina.
Uma história simples, bem humana, carregada de
idealismo, porém nada extraordinária ou digna de manchetes. A
história de nossa Família Paulina foi acontecendo ao longo dos anos sem
planejamentos minuciosos, e sem grandes provisões de recursos.
Essa história assemelha-se à de Cristo, que veio ao
mundo para dar a conhecer a vontade do Pai e, na pobreza, castidade e
obediência, manifestá-La ao mundo pela Sua Palavra.
Pe. Alberione assemelha-se ao Divino Mestre ao possuir
o Espírito Santo de forma plena, única e exclusiva. Para ele, como
também para São Paulo, o Patrono da Família Paulina, o viver foi Cristo.
O Papa Paulo VI afirmava sobre Alberione: “Aqui está
ele, humilde e silencioso, infatigável, sempre vigilante, sempre recolhido em
seus pensamentos, que correm da oração para a ação, sempre atento em sondar os
sinais dos tempos”. (Observatore Romano 29/06/1969).
A Família Paulina com
seus dez “braços”: Irmãos e Padres Paulinos, Irmãs Paulinas, Pias Discípulas do
Divino Mestre, Irmãs Pastorinhas, Irmãs Apostolinas, Instituto de Vida Secular
Consagrada Nossa Senhora da Anunciação (para moças), IVSC São Gabriel Arcanjo
(para moços), IVSC Santa Família (para casais), IVSC Jesus Sacerdote (para
sacerdotes diocesanos) e Cooperadores Paulinos, oferece a todos a oportunidade
de encontrar seu lugar, para também dizer sim a CristoFonte: Blog Instituto Santa Família
quinta-feira, 13 de março de 2014
Mensagem Dia Mundial de Oração pelas Vocações 2014
Amados irmãos e irmãs!
1. Narra o Evangelho que «Jesus percorria as cidades e as aldeias (...). Contemplando a multidão, encheu-
Se de compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor. Disse, então, aos seus discípulos: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe”» (Mt 9, 35-38). Estas palavras causam-nos surpresa, porque todos sabemos que, primeiro, é preciso lavrar, semear e cultivar, para depois, no tempo devido, se poder ceifar uma messe grande. Jesus, ao invés, afirma que «a messe é grande». Quem trabalhou para que houvesse tal resultado? A resposta é uma só: Deus. Evidentemente, o campo de que fala Jesus é a humanidade, somos nós. E a ação eficaz, que é causa de «muito fruto», deve-se à graça de Deus, à comunhão com Ele (cf. Jo 15,5). Assim a oração, que Jesus pede à Igreja, relaciona-se com o pedido de aumentar o número daqueles que estão ao serviço do seu Reino. São Paulo, que foi um destes «colaboradores de Deus», trabalhou incansavelmente pela causa do Evangelho e da Igreja. Com a consciência de quem experimentou, pessoalmente, como a vontade salvífica de Deus é imperscrutável e como a iniciativa da graça está na origem de toda a vocação, o Apóstolo recorda aos cristãos de Corinto: «Vós sois o seu [de Deus] terreno de cultivo» (1Cor 3,9). Por isso, do íntimo do nosso coração, brota, primeiro, a admiração por uma messe grande que só Deus pode conceder; depois, a gratidão por um amor que sempre nos precede; e, por fim, a adoração pela obra realizada por Ele, que requer a nossa livre adesão para agir com Ele e por Ele.
2. Muitas vezes rezamos estas palavras do Salmista: «O Senhor é Deus; foi Ele quem nos criou e nós pertencemos-Lhe, somos o seu povo e as ovelhas do seu rebanho» (Sl 100/99,3); ou então: «O Senhor escolheu para Si Jacob, e Israel, para seu domínio preferido» (Sl 135/134,4). Nós somos «domínio» de Deus, não no sentido duma posse que torna escravos, mas dum vínculo forte que nos une a Deus e entre nós, segundo um pacto de aliança que permanece para sempre, «porque o seu amor é eterno!» (Sl 136/135,1). Por exemplo, na narração da vocação do profeta Jeremias, Deus recorda que Ele vigia continuamente sobre a sua Palavra para que se cumpra em nós. A imagem adotada é a do ramo da amendoeira, que é a primeira de todas as árvores a florescer, anunciando o renascimento da vida na Primavera (cf. Jr 1,11-12). Tudo provém d’Ele e é dádiva sua: o mundo, a vida, a morte, o presente, o futuro, mas – tranquiliza-nos o Apóstolo - «vós sois de Cristo e Cristo é de Deus» (1Cor 3,23). Aqui temos explicada a modalidade de pertença a Deus: através da relação única e pessoal com Jesus, que o Batismo nos conferiu desde o início do nosso renascimento para a vida nova. Por conseguinte, é Cristo que nos interpela continuamente com a sua Palavra, pedindo para termos confiança n’Ele, amando-O «com todo o coração, com todo o entendimento, com todas as forças» (Mc 12,33). Embora na pluralidade das estradas, toda a vocação exige sempre um êxodo de si mesmo para centrar a própria existência em Cristo e no seu Evangelho. Quer na vida conjugal, quer nas formas de consagração religiosa, quer ainda na vida sacerdotal, é necessário superar os modos de pensar e de agir que não estão conformes com a vontade de Deus. É «um êxodo que nos leva por um caminho de adoração ao Senhor e de serviço a Ele nos irmãos e nas irmãs» (Discurso à União Internacional das Superioras Gerais, 8 de maio de 2013). Por isso, todos somos chamados a adorar Cristo no íntimo dos nossos corações (cf. 1Pd 3,15), para nos deixarmos alcançar pelo impulso da graça contido na semente da Palavra, que deve crescer em nós e transformar-se em serviço concreto ao próximo. Não devemos ter medo: Deus acompanha, com paixão e perícia, a obra saída das suas mãos, em cada estação da vida. Ele nunca nos abandona! Tem a peito a realização do seu projeto sobre nós, mas pretende consegui-lo contando com a nossa adesão e a nossa colaboração.
3. Também hoje Jesus vive e caminha nas nossas realidades da vida ordinária, para Se aproximar de todos, a começar pelos últimos, e nos curar das nossas enfermidades e doenças. Dirijo-me agora àqueles que estão dispostos justamente a pôr-se à escuta da voz de Cristo, que ressoa na Igreja, para compreenderem qual possa ser a sua vocação. Convido-vos a ouvir e seguir Jesus, a deixar-vos transformar interiormente pelas suas palavras que «são espírito e são vida» (Jo 6,63). Maria, Mãe de Jesus e nossa, repete também a nós: «Fazei o que Ele vos disser!» (Jo 2,5). Far-vos-á bem participar, confiadamente, num caminho comunitário que saiba despertar em vós e ao vosso redor as melhores energias. A vocação é um fruto que amadurece no terreno bem cultivado do amor uns aos outros que se faz serviço recíproco, no contexto duma vida eclesial autêntica. Nenhuma vocação nasce por si, nem vive para si. A vocação brota do coração de Deus e germina na terra boa do povo fiel, na experiência do amor fraterno. Porventura não disse Jesus que «por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros» (Jo 13,35)?
4. Amados irmãos e irmãs, viver esta «medida alta da vida cristã ordinária» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte, 31) significa, por vezes, ir contra a corrente e implica encontrar também obstáculos, fora e dentro de nós. O próprio Jesus nos adverte: muitas vezes a boa semente da Palavra de Deus é roubada pelo Maligno, bloqueada pelas tribulações, sufocada por preocupações e seduções mundanas (cf. Mt 13,19-22). Todas estas dificuldades poder-nos-iam desanimar, fazendo-nos optar por caminhos aparentemente mais cômodos. Mas a verdadeira alegria dos chamados consiste em crer e experimentar que o Senhor é fiel e, com Ele, podemos caminhar, ser discípulos e testemunhas do amor de Deus, abrir o coração a grandes ideais, a coisas grandes. «Nós, cristãos, não somos escolhidos pelo Senhor para coisas pequenas; ide sempre mais além, rumo às coisas grandes. Jogai a vida por grandes ideais!» (Homilia na Missa para os crismandos, 28 de Abril de 2013). A vós, Bispos, sacerdotes, religiosos, comunidades e famílias cristãs, peço que orienteis a pastoral vocacional nesta direção, acompanhando os jovens por percursos de santidade que, sendo pessoais, «exigem uma verdadeira e própria pedagogia da santidade, capaz de se adaptar ao ritmo dos indivíduos; deverá integrar as riquezas da proposta lançada a todos com as formas tradicionais de ajuda pessoal e de grupo e as formas mais recentes oferecidas pelas associações e movimentos reconhecidos pela Igreja» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte, 31).
Disponhamos, pois, o nosso coração para que seja «boa terra» a fim de ouvir, acolher e viver a Palavra e, assim, dar fruto. Quanto mais soubermos unir-nos a Jesus pela oração, a Sagrada Escritura, a Eucaristia, os Sacramentos celebrados e vividos na Igreja, pela fraternidade vivida, tanto mais há de crescer em nós a alegria de colaborar com Deus no serviço do Reino de misericórdia e verdade, de justiça e paz. E a colheita será grande, proporcional à graça que tivermos sabido, com docilidade, acolher em nós. Com estes votos e pedindo-vos que rezeis por mim, de coração concedo a todos a minha Bênção Apostólica.
Vaticano, 15 de Janeiro de 2014
Francisco
terça-feira, 11 de março de 2014
domingo, 9 de março de 2014
Consertando o mundo - parábola
Um cientista vivia
preocupado com os problemas do mundo e estava resolvido a encontrar meios de
minimizá-los. Passava dias em seu laboratório em busca de respostas para suas
dúvidas.
Certo dia, seu filho de
sete anos invadiu seu santuário decidido a ajudá-lo a trabalhar. O cientista,
nervoso pela interrupção, tentou que o filho fosse brincar em outro lugar.
Vendo que seria impossível
demovê-lo, o pai procurou algo que pudesse ser oferecido ao filho com o
objetivo de distrair sua atenção. De repente, deparou-se com um mapa do mundo.
Com o auxílio de uma tesoura, recortou o mapa em vários pedaços e, junto
com um rolo de fita adesiva, entregou ao filho dizendo:
– Você gosta de quebra-cabeças? Então vou lhe
dar o mundo para consertar. Aqui está o mundo todo quebrado. Veja se consegue
consertá-lo bem direitinho! Faça tudo sozinho.
Calculou que a criança
levaria dias para recompor o mapa. Algumas horas depois, ouviu a voz do filho
que o chamava calmamente:
– Pai, pai, já fiz tudo. Consegui terminar
tudinho!
A princípio o pai não deu
crédito às palavras do filho. Seria impossível na sua idade ter conseguido
recompor um mapa que jamais havia visto.
Relutante, o cientista
levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria um trabalho digno de
uma criança.
Para sua surpresa, o mapa
estava completo. Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos lugares.
Como seria possível? Como o menino havia sido capaz?
– Você não sabia como era o mundo, meu filho,
como conseguiu?
– Pai, eu não sabia como era o mundo, mas
quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que do outro lado
havia a figura de um homem. Quando você me deu o mundo para consertar, eu
tentei, mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem, virei os recortes e
comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui
consertar o homem, virei a folha e vi que havia consertado o mundo.
Autor: Desconhecido
sexta-feira, 7 de março de 2014
Precisamos de mudança, de uma transformação, precisamos nos converter!
Na Quarta-feira de
Cinzas, o Papa Francisco presidiu na Basílica romana de São Anselmo em Aventino.
Conforme assinala a Rádio Vaticano, em sua homilia, o Santo Padre destacou três
elementos que caracterizam a oração, que é a força do cristão e de cada pessoa
crente. “Na fraqueza e na fragilidade da nossa vida, podemos nos voltar para
Deus, com a confiança de filhos, e entrar em comunhão com Ele. Diante de tantas
feridas que nos fazem mal e poderiam endurecer o coração, somos chamados a
mergulhar no mar da oração, que é o mar do amor sem limites de Deus, para
desfrutar de sua ternura”.
O segundo elemento
relevante do caminho quaresmal é o jejum. Mas devemos estar atentos, disse o
Papa, para não fazer “um jejum formal”, posto que o jejum faz sentido somente
se realmente “afeta a nossa segurança”, e também se consegue um benefício para
os outros, se nos ajuda a crescer no estilo do Bom Samaritano, que se inclina
sobre o irmão em dificuldade e cuida dele.
Daí que o Pontífice
afirmou que o jejum envolve a escolha de uma vida sóbria, que não desperdiça, que
não “descarta”. Jejuar “ajuda-nos a treinar o coração na essencialidade na
partilha. É um sinal de consciência e responsabilidade diante das injustiças,
dos abusos, especialmente para com os pobres e os pequeninos, e é um sinal da
confiança que depositamos em Deus e na Sua providência”.
O terceiro elemento é a
esmola, disse deste modo Francisco, porque indica a gratuidade, já que a esmola
“é dada a alguém de quem não se pode esperar nada em troca”. Enquanto
hoje com frequência a gratuidade não faz parte da vida cotidiana, onde “tudo se
vende e compra”. Tudo é cálculo e medição.
O Santo Padre recordou
que com seus convites à conversão, a quaresma vem
providencialmente “despertar-nos para sacudir-nos do torpor, do risco de
avançar por inércia”.
À pergunta de por que
devemos voltar para Deus?, o Santo Padre disse: “Porque algo está errado em
nós, na sociedade, na Igreja. Nós precisamos de mudança, de uma transformação,
precisamos nos converter!”.
“A Quaresma vem
dirigir-nos um apelo profético para nos lembrar de que é possível realizar algo
novo em nós mesmos e ao nosso redor, simplesmente porque Deus é fiel,
continua a ser cheio de bondade e misericórdia, e está sempre pronto a perdoar
e recomeçar. Com esta confiança filial, coloquemo-nos a caminho!”.
Fonte: Aci Digital
quinta-feira, 6 de março de 2014
Beleza negra - discurso de Lupita Nuong'o
"Quero aproveitar essa oportunidade para falar
de beleza. Beleza negra. Recebi uma carta de uma garota e gostaria de
compartilhar um pequeno trecho com vocês. 'Querida Lupita, acho que você tem
muita sorte por ter tanto sucesso em Hollywood mesmo sendo tão negra". Eu
estava a ponto de comprar o creme Whitenicious da Dencia para clarear minha
pele quando você apareceu no meu mundo e me salvou'.
Meu coração sangrou um pouco quando li essas
palavras. Eu nunca imaginaria que meu primeiro trabalho fora da escola seria
tão poderoso e que me tornaria esse tipo de imagem de esperança do mesmo jeito
que as mulheres de 'A cor púrpura' foram para mim.
Lembro do tempo em que eu também me achava feia. Eu
ligava a TV e só via peles claras. Fui insultada e provocada por causa da cor
da minha pele. E minha única prece para Deus era no sentido de pedir que
acordasse no dia seguinte mais clara. (...) E todo dia eu experimentava a mesma
frustração de estar tão negra quanto o dia anterior. Tentei negociar com Deus:
disse que nunca mais roubaria cubos de açúcar no meio da noite se ele me desse
o que eu queria; disse que ouviria cada palavra que minha mãe dissesse e que
nunca perderia meu suéter do trabalho de novo se ele me tornasse mais clara.
Mas imagino que Deus não tenha se impressionado muito com minha barganha,
porque ele nunca ouviu.
Quando me tornei adolescente passei a me odiar
ainda mais, como se pode imaginar que aconteça na adolescência. Minha mãe
tentava me dizer que eu era linda, mas não tinha consolo: ela é minha mãe, é
claro que vai pensar e dizer isso. E aí Alek Wek apareceu na cena
internacional. Uma modelo celebrada, negra como a noite, estava em todas as
pistas e em todas as revistas e todo mundo estava falando sobre como ela era
bonita. Até Oprah disse que ela era linda, e isso se transformou em um fato.
Não conseguia acreditar que as pessoas estavam considerando uma mulher que se
parecia tanto comigo bonita. Minha pele sempre foi um obstáculo a ser superado
e, de repente, Oprah estava me dizendo que não era.
Quando vi Alek inadvertidamente eu vi um reflexo de
mim mesma que eu não podia negar. (...) Mas para as pessoas que eu pensavam que
importavam, eu ainda era feia. E minha mãe me dizia: "Você não pode comer
beleza. Isso não te alimenta." E essas palavras me incomodavam: eu não
entendia o que queria dizer até compreender que beleza não era uma coisa que eu
poderia adquirir ou consumir, era algo que só poderia existir.
E o que minha mãe quis dizer quando falou que você
não pode comer beleza é que você não pode confiar apenas na aparência para se
sustentar. O que é bonito é fundamentalmente compaixão por si mesmo e para
aqueles ao seu redor. Esse tipo de beleza inflama o coração e encanta a alma.
(...) Então espero que minha presença nas telas e nas revistas possa te jogar,
jovem menina, em uma jornada similar. Que você possa sentir a validação de sua
beleza externa mas também se comprometa ao máximo em ser bonita por dentro. Não
existe sombra para este tipo de beleza."
Fonte: O Globo
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