Lectio
(Leia,
com calma e atenção, um pequeno trecho da Bíblia. Se for preciso, leia o texto
várias vezes. Identifique as passagens mais importantes deste texto: o
ambiente, os personagens, os diálogos, as imagens usadas, as acções. Relacione
com outros textos bíblicos. É um momento para conhecer e reconhecer a Boa
Notícia que este trecho nos traz!)
Escolha dos Doze Lc 6,12-16 (Mt 10,1-4;; 9,1; Jo
1,40-49; At 1,13) - Jesus subiu depois a
um monte, chamou os que Ele queria e foram ter com Ele. Estabeleceu doze para
estarem com Ele e para os enviar a pregar, com o poder de expulsar demónios.Estabeleceu
estes doze: Simão, ao qual pôs o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e
João, irmão de Tiago, aos quais deu o nome de Boanerges, isto é, filhos do
trovão; André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu,
Simão, o Cananeu, e Judas Iscariotes, que o entregou.
Meditatio
(É o
momento de descobrir os valores e a mensagem da Palavra de Deus. Saboreamos a
Palavra de Deus.)
Este evangelho apresenta-nos o
acolhimento e o chamamento dos doze Apóstolos. Jesus começou com dois aos quais
juntou outros. Começamos por um chamamento que impele e convida a uma dupla
missão. Jesus chama os que quer e eles seguem-n'O. Depois institui doze para
que estejam com Ele, anunciem o Evangelho e expulsem demónios. Jesus tem uma
dupla missão a entregar-lhes. Quer que com Ele formem a primeira comunidade de
discípulos, por um lado, por outro quer rezar com eles e dar-lhes poder para
expulsar demónios, anunciar a boa nova e lutarem contra o poder do mal que
arruína. Marcos diz que Jesus subiu ao monte e estando ali chamou os
discípulos, subir ao monte evoca sempre um encontro com Deus, um chamamento é
sempre uma subida. O Evangelista S. Lucas diz que Jesus reza uma noite para
saber aqueles que escolhe. Os doze são os novos rostos das doze Tribos de
Israel. Esta comunidade modelo cresce junto a Jesus, durante a Sua vida
pública, a partilha de vida faz com que a comunidade cresça e com ela também a
missão. É neste contexto que aumenta o número de missionários. Jesus envia
setenta e dois … Jesus está com a sua comunidade e envia-os. A comunidade dos chamados
é missionária está inserida no meio do mundo e dá testemunho de uma forma
radicalmente nova de viver o Evangelho. Deus faz história com cada um por isso
os conhece pelo seu nome, tal como os doze apóstolos, cada um de nós é chamado
por Deus pelo seu próprio nome.
Oratio
(Toda
boa meditação proporciona naturalmente a oração. É um diálogo pessoal!)
Salmo 8
Ó SENHOR, nosso Deus,
como é admirável o teu nome em
toda a terra!
Adorarei a tua majestade, mais
alta que os céus.
Da boca das crianças e dos pequeninos
fizeste uma fortaleza contra os
teus inimigos,
para fazer calar os adversários
rebeldes.
Quando contemplo os céus, obra
das tuas mãos,
a Lua e as estrelas que Tu
criaste:
que é o homem para te lembrares
dele,
o filho do homem para com ele te
preocupares?
Quase fizeste dele um ser divino;
de glória e de honra o coroaste.
Deste-lhe domínio sobre as obras
das tuas mãos,
tudo submeteste a seus pés:
rebanhos e gado, sem excepção,
e até mesmo os animais bravios;
as aves do céu e os peixes do
mar,
tudo o que percorre os caminhos
do oceano.
Ó SENHOR, nosso Deus,
como é admirável o teu nome em
toda a terra!
Contemplatio
(É um
momento que pertence a Deus e sua presença misteriosa, sim, mas sempre
presença. É um momento no qual se permanece em silêncio diante de Deus.)
A esperança é expectativa de algo
de positivo para o futuro, mas que deve ao mesmo tempo sustentar o nosso
presente, marcado frequentemente por dissabores e insucessos. Onde está fundada
a nossa esperança? Olhando a história do povo de Israel narrada no Antigo
Testamento, vemos aparecer constantemente, mesmo nos momentos de maior
dificuldade como o exílio, um elemento que os profetas de modo particular não
cessam de recordar: a memória das promessas feitas por Deus aos Patriarcas;
memória essa que requer a imitação do comportamento exemplar de Abraão, o qual–
como sublinha o Apóstolo Paulo– «foi com uma esperança, para além do que se
podia esperar, que ele acreditou e assim se tornou pai de muitos povos,
conforme o que tinha sido dito: Assim será a tua descendência» (Rm 4,18).
Então, uma verdade consoladora e instrutiva que emerge de toda a história da
salvação é a fidelidade de Deus à aliança, com a qual Se comprometeu e que
renovou sempre que o homem a rompeu pela infidelidade, pelo pecado, desde o
tempo do dilúvio (cf. Gn 8,21-22) até ao êxodo e ao caminho no deserto (cf. Dt
9,7); fidelidade de Deus que foi até ao ponto de selar anova e eterna aliança
com o homem por meio do sangue de seu Filho, morto e ressuscitado para a nossa
salvação. Em todos os momentos, sobretudo nos mais difíceis, é sempre a
fidelidade do Senhor– verdadeira força motriz da história da salvação–que faz
vibrar os corações dos homens e mulheres e os confirma na esperança de chegar
um dia à «Terra Prometida». O fundamento seguro de toda a esperança está aqui:
Deus nunca nos deixa sozinhos e permanece fiel à palavra dada. Por este motivo,
em toda a situação, seja ela feliz ou desfavorável, podemos manter uma
esperança firme, rezando como salmista: «Só em Deus descansa a minha alma,
d'Ele vem a minha esperança»(Sl62/61,6). Portanto ter esperança equivale a
confiar no Deus fiel, que mantém as promessas da aliança. Por isso, a fé e a
esperança estão intimamente unidas. A esperança «é, de facto, uma palavra
central da fé bíblica, a ponto de, em várias passagens, ser possível
intercambiar os termos “fé” e “esperança”. Assim, a Carta aos Hebreus liga
estreitamente a “plenitude da fé” (10,22) com a “imutável profissão da
esperança” (10,23). De igual modo, quando a Primeira Carta de Pedro exorta os
cristãos a estarem sempre prontos a responder a propósito do logos – o sentido
e a razão – da sua esperança (3,15), “esperança” equivale a “fé”» (Enc. Spe
salvi, 2).
Papa Bento XVI
Ação
(Depois
de um momento de silêncio propomos um meio de actualização da Palavra de Deus
na vida.)
E se hoje o Senhor me chamar a subir com
Ele ao monte?
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