Quando o americano Chase Hilgenbrinck
começava a se destacar no futebol profissional, Deus o chamou ao sacerdócio.
Deixou sua carreira no Chile e com muito esforço foi ordenado presbítero em
2014. Dentro de alguns dias, voltará ao país sul-americano
para celebrar uma missa e compartilhar seu testemunho.
Segundo Chase desde
criança, todo domingo, seus pais o levavam junto com seu irmão Blaise à Missa. Ambos
foram coroinhas da Holy Trinity Church em Bloomington, Illinois.
Desde jovem
Chase e seu irmão jogavam futebol, mas Chase era melhor e chegou a estar na
seleção nacional sub17 dos Estados Unidos.
Quando chegou à
Universidade de Clemson, Chase continuou jogando futebol, mas não deixou de
lado sua fé. Em certa ocasião, uma jovem e um sacerdote lhe perguntaram se
alguma vez havia pensado servir a Deus plenamente. “No fundo pensava que não,
de jeito nenhum”, recorda.
Ao se graduar na
universidade de Clemson em 2004, foi convidado para jogar no Chile. Ali passou
por várias equipes como o Huachipato e o Ñublense durante três anos.
No Chile
continuou ajudando os outros. Seus pais se recordam que, em certa ocasião ele obteve um prêmio por ter sido o “jogador da
equipe”. Com o dinheiro, comprou materiais esportivos e os doou a uma escola
pobre.
O jovem recorda
que “como estava sozinho em outro país, com uma cultura e idioma diferente,
procurei muito dentro de minha alma”.
Os primeiros
tempos no Chile foram duros, se sentia “muito sozinho e não foi o que esperava
de um jogador de futebol profissional. Pensei que haveria fama, com
amigos, com muitas pessoas. Ao final, sabia que estava brigando por um lugar em
uma equipe onde não me conheciam. Não foi fácil”. Um
dia, “rezando em uma igreja encontrei minha paz. Era inverno no Chile, chovia
muito, estava congelado e me sentei sozinho na igreja da Assunção. Estava
rezando em frente ao tabernáculo. Sozinho frente ao Senhor! Rezava pedindo para
ficar bem, ter mais paz e que tudo desse certo no futebol. E justo aí, em
silêncio, eu escutava no fundo de meu coração, escutava em inglês: ‘be my
priest’ (serás meu sacerdote). E não conseguia acreditar”. Essa experiência,
explicou Chase, “era muito incômoda, eu não queria escutá-lo. Eu lhe dizia (a
Deus) ‘não sabe o que está dizendo!’. Eu estava convencido, aquela proposta não
era algo que eu sonhava, nunca havia
pensando nisto e não o queria. Mas sabia que era o chamado do Senhor”. Chase
continua: “Eu o escutava e continuava com minha vida, mas as coisas começaram a
mudar”. Com a oração, os sacramentos, inclusive a confissão, foi fortalecendo
sua relação com Cristo e os temores ou “barreiras” ao seu redor começaram a
cair.
Em 2007, quando
já estava decidido sobre sua vocação, escreveu ao responsável pela pastoral
vocacional de Peoria, Pe. Brian Brownsey. O sacerdote lhe pediu um grande
desafio. Tinha
que escrever uma autobiografia de 20 páginas e enviar respostas a várias
perguntas.
Chase não havia
dito nada a ninguém sobre sua mudança na escolha vocacional: nem a sua
namorada, nem a sua família com quem rezava diante a imagem de Nossa Senhora
desde criança para pedir pelas futuras esposas dele e do seu irmão.
Quando voltou
para os Estados Unidos, já havia terminado com a sua namorada.
No dia que
terminou o seu desafio, Chase chamou seu irmão e seus pais e pediu para que
comprassem champanhe e o encontrassem na Igreja Holy Trinity. Contou-lhes sobre
sua decisão de ser padre em frente à imagem da Virgem. “ A reação deles? Foram
muito amorosos e me apoiaram”.
Antes de
ingressar no St. Mary’s Seminary, Chase jogou em duas equipes: no Colorado
Rapids e no New England. O contrato com a segunda equipe acabava
no dia 1º de julho, a mesma data na qual esperavam o ingresso dos novos
seminaristas, algo que ele entendeu como um sinal providencial.
“Quero ser uma luz para Cristo. Isto se
trata Dele, não de mim”, afirma.
Fonte: ACI Digital
Nenhum comentário:
Postar um comentário